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Bertold Brecht

Elogio da Dialtica A injustia avana hoje a passo firme Os tiranos fazem planos para dez mil anos O poder apregoa: as coisas continuaro a ser como so Nenhuma voz alm da dos que mandam E em todos os mercados proclama a explorao; isto apenas o meu comeo Mas entre os oprimidos muitos h que agora dizem Aquilo que ns queremos nunca mais o alcanaremos Quem ainda est vivo no diga: nunca O que seguro no seguro As coisas no continuaro a ser como so Depois de falarem os dominantes Falaro os dominados Quem pois ousa dizer: nunca De quem depende que a opresso prossiga? De ns De quem depende que ela acabe? Tambm de ns O que esmagado que se levante! O que est perdido, lute! O que sabe ao que se chegou, que h a que o retenha E nunca ser: ainda hoje Porque os vencidos de hoje so os vencedores de amanh

Bertold Brecht

H homens que lutam um dia, e so bons; H outros que lutam um ano, e so melhores; H aqueles que lutam muitos anos, e so muito bons; Porm h os que lutam toda a vida Estes so os imprescindveis ****************************************************************** Do rio que tudo arrasta se diz que violento Mas ningum diz violentas as margens que o comprimem

Nada impossvel de mudar


Desconfiai do mais trivial, na aparncia singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: no aceiteis o que de hbito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confuso organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossvel de mudar.

DESPERTAR PRECISO Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e no dizemos nada. Na segunda noite, J no se escondem; pisam as flores, matam o nosso co, e no dizemos nada. At que um dia o mais frgil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque no dissemos nada, J no podemos dizer nada. Vladimir Maiakvski

E ento, que quereis?...


Maiakvski Fiz ranger as folhas de jornal abrindo-lhes as plpebras piscantes. E logo de cada fronteira distante subiu um cheiro de plvora perseguindo-me at em casa. Nestes ltimos vinte anos nada de novo h no rugir das tempestades. No estamos alegres,

certo, mas tambm por que razo haveramos de ficar tristes? O mar da histria agitado. As ameaas e as guerras havemos de atravess-las, romp-las ao meio, cortando-as como uma quilha corta as ondas.

(1927)

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