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OBS.: Os monossílabos átonos (artigos, conjunções, preposições e pronomes oblíquos sem preposição) não
recebem acento gráfico.
De hoje em diante dê mais atenção a eles.
De - monossílabo átono
Dê - monossílabo tônico
OBS.: Note bem que palavras paroxítona terminada em N deve ser acentuada, mas terminada em NS não deve
ser acentuada (hifens, edens, itens, homens, etc.). Note ainda que paroxítona terminada em ONS continua, como
no singular, tendo acento (prótons, nêutrons, etc.).
OBS.: Você deve ter um certo cuidado com palavras que podem ter duas pronúncias diferentes e, por isso,
enquadrarem-se em regras diferentes.
Ex.: lástima (substantivo) é acentuada por ser proparoxítona
lastima (verbo) não é acentuada, pois paroxítona terminada em A não recebe acento.
São acentuados os ditongos abertos ÉI, ÉU, ÓI, seguidos ou não de S, desde que estejam na sílaba tônica da
palavra.
Note que:
· Em palavras como amei, gineceu, foice, o ditongo não recebe acento pois ele não é aberto, e sim fechado.
· Em palavras como pasteizinhos, apesar de o ditongo ser aberto(ÉI), não se coloca o acento gráfico pois ele não
está na sílaba tônica; a sílaba tônica, no caso, é ZI.
As letras I e U devem ser acentuadas sempre que forem a 2a vogal de um hiato, desde que estejam sozinhas (ou
com S) na sílaba e não estejam seguidas de NH.
Tra-í-da pa-ís
Hiato hiato
Observe, no entanto, que palavras como as exemplificadas a seguir não recebem acento:
· Ju-iz: embora o I seja a 2a vogal do hiato, ele não recebe acento porque não está sozinho na sílaba.
· Ra-ul: embora o U seja a 2a vogal do hiato, ele não recebe acento porque não está sozinho na sílaba.
· Ba-i-nha: embora o I seja a 2a vogal do hiato e esteja sozinho na sílaba, ele não recebe acento porque está
seguido de NH.
o Acento diferencial
Até 1971, o acento diferencial era usado para diferenciar Ê (fechado) de É (aberto) e para diferenciar Ô (fechado)
de Ó (aberto) quando tais letras aparecessem em palavras homógrafas (com a mesma grafia).
Até aquele ano, escrevia-se, por exemplo, môlho, com acento, para ficar diferente de molho (verbo molhar).
Tais acentos foram eliminados e atualmente o acento diferencial é usado apenas em dois casos:
· Para diferenciar homógrafos tônicos de átonos. Isso ocorre somente com as palavras abaixo:
Pára (verbo) pôr (verbo)
Para (preposição) por (preposição)
Pêra (fruta)
Péra (em péra-fita)
· Como exceção, para diferenciar pôde (passado do verbo poder) de pode (presente do verbo poder).
Ontem ele pôde vir aqui. (passado)
Hoje ele pode vir aqui. (presente)
Os verbos crer, dar, ler e ver (e seus derivados) levam acento circunflexo na primeira e na terceira pessoa do
plural do presente do indicativo.
Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo.
Prefixos
Não obedecem às regras de acentuação, não devendo, por isso, receber acento gráfico:
Ex.: semi, super, hiper, hemi, etc.
Formas verbais às quais se associam os pronomes oblíquos lo, la, los, las
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (ACAFE/SC) Assinale a alternativa cujas palavras são acentuadas graficamente com base na mesma regra:
a) idéia, céu, porém, além;
b) ingênuo, água, matéria, dromedário;
c) concluí, saí, lá, está;
d) lá, já, calçá-las, saí;
e) época, desagradável, solícito, apanhá-las.
3. (AMAN/RJ) Assinale o vocábulo acentuado graficamente por imposição de regra diferente das demais:
a) inúmeros
b) calmíssima
c) cédulas
d) cálculo
e) uísque
7. (EU-FEIRA DE SANTANA/BA) Quero que vocês ... todas as encomendas; é preciso que tudo ... em ordem
para a entrega.
a) averíguem - esteje
b) averíguem - esteja
c) averígüem - esteja
d) averigúem - esteje
e) averigúem - esteja
8. (UM/SP) Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado.
a) voo, orfão, taxi, balaustre
b) itens, parabens, alguem, tambem
c) tactil, amago, cortex, roi
d) papeis, onix, bau, ambar
e) hifen, cipos, leem, pe
9. (FFAP/SP)
"Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!"
Com o substantivo acendedor no plural, escreveríamos os dois primeiros versos assim:
a) Lá veem os acendedores de lampiões da rua
Estes mesmos que veem infatigavelmente
b) Lá vêem os acendedores de lampiões da rua
Estes mesmos que vêem infatigavelmente
c) Lá vêm os acendedores de lampiões da rua
Estes mesmos que vêm infatigavelmente
d) Lá vêem os acendedores de lampiões da rua
Estes mesmos que vêm infatigavelmente
10. (CESGRANRIO/RJ) Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica:
a) terás, límpida
b) necessário, verás
c) dá-lhes, necessário
d) incêndio, também
e) extraordinário, incêndio
11. (UFSCAR/SP) Estas revistas que eles ... ... artigos curtos e manchetes que todos ...
a) leem, tem, vêem
b) lêm, têem, vêm
c) lêem, têm, vêem
d) lêem, têm, vêm
e) lêm, tem, vêem
14. (UM/SP) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos estejam corretamente acentuados:
a) rítmo, impossível, enjôos, alcatéia
b) pôquer, sanduíche, seminú, afáveis
c) sótão, môsca, portátil, coronéis
d) carnaúba, caracóis, ítens, vintém
e) ensaísta, antevéspera, protótipo, orquídea
15. AMAN/RJ) Das palavras abaixo, uma admite duas formas de justificar o acento gráfico, por enquadrar-se em
duas regras de acentuação. Assinale-a:
a) combustível
b) está
c) três
d) países
e) veículos
16. (FUVEST/SP) Copie as palavras que devem ser acentuadas graficamente, colocando os respectivos acentos.
boia boa doce
substitui-lo reune heroico
benção parti-lo
19. (EU-PONTA GROSSA/PR) Obedecendo às regras, coloque, se necessário, acento gráfico nas palavras em
destaque; depois, respectivamente, marque a alternativa correta.
O juiz inflexivel foi a ruina de Estevão, o qual não atendia aos reclamos dos orfãos.
a) não há, agudo, agudo, circunflexo, não há
b) agudo, agudo, agudo, não há, não há
c) não há, agudo, agudo, circunflexo, agudo
d) agudo, agudo, não há, não há, agudo
e) não há, agudo, não há, circunflexo, agudo
RESPOSTAS
1. B
2. B
3. E
4. C
5. D
6. C
7. E
8. B
9. C
10. E
11. C
12. A
13. A
14. E
15. E
16. Bóia, substituí-lo, bênção, reúne, heróico
17. a) aljôfares é proparoxítona; b) Não. O singular de aljôfares é aljôfar, que recebe acento por ser paroxítona
terminada em -r.
18. idéias; síncope; você
19. C
20. a) chalé: oxítona terminada em -e; b) límpidas: proparoxítona; c) céu: ditongo aberto -éu; d) porém: oxítona
terminada em -em; e) difícil: paroxítona terminada em -l.
ADJETIVO
é a palavra variável em gênero, número e grau que caracteriza o substantivo, indicando-lhe qualidade, estado,
modo de ser ou aspecto.
Ex.: homem bom, pessoa doente, homem honesto, dia chuvoso
s pátrios
Os adjetivos podem se referir a países, continentes, cidades, regiões, etc., exprimindo a nacionalidade ou a
origem do ser.
Ex.: Alagoas - alagoano; Brasília - brasiliense; Israel - israelense.
s Pátrios
Locução adjetiva
Locução adjetiva é a expressão formada de preposição (de, em, com, etc.) mais substantivo (ou advérbio) com
valor de adjetivo.
Ex.: dia de chuva (chuvoso)
atitudes de anjo (angelicais)
menino do Brasil (brasileiro)
rua sem saída
Gênero
Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser:
b) biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, outra para o feminino.
Ex.: homem simpático / mulher simpática
aluno estudioso / aluna estudiosa
OBS.: No que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é semelhante à dos substantivos.
Número
a) adjetivos simples: formam o plural da mesma maneira que os substantivos simples.
Ex.: pessoa honesta / pessoas honestas
regra fácil / regras fáceis
homem feliz / homens felizes
OBS.:
· Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável.
Ex.: camisa verde-abacate / camisas verde-abacate
blusa amarelo-ouro / blusas amarelo-ouro
Grau
O adjetivo pode apresentar-se no grau comparativo, quando a qualidade que ele expressa está em comparação
com a de outros seres, e no grau superlativo, quando a qualidade expressa pelo adjetivo apresenta-se em grau
elevado.
A mudança de grau do adjetivo pode ser obtida por dois processos:
a) sintético: quando a alteração de grau é feita através de sufixos.
Ex.: Esta casa é agradabilíssima.
b) analítico: quando a alteração de grau é feita pelo acréscimo de alguma palavra que modifique o adjetivo.
Ex.: Esta casa é muito agradável.
® Grau comparativo
O comparativo pode ser:
a) de igualdade: quando a qualidade expressa pelo adjetivo aparece com a mesma intensidade nos elementos
que se comparam.
Ex.: Esta casa é tão arejada quanto aquela.
b) de superioridade: quando a qualidade expressa pelo adjetivo aparece mais intensificada no primeiro elemento
da relação de comparação.
Ex.: Esta casa é mais arejada que aquela.
c) de inferioridade: quando a qualidade expressa pelo adjetivo aparece menos intensificada no primeiro elemento
da relação de comparação.
Ex.: Esta casa é menos arejada que aquela.
Normalmente, o grau comparativo é obtido pelo processo analítico. Há, no entanto, poucos adjetivos que formam
o comparativo de superioridade pelo processo sintético.
bom - melhor
mau - pior
grande - maior
pequeno - menor
Nesses casos, deve-se preferir a forma sintética. Só se deve usar a forma analítica quando se comparam duas
qualidades no mesmo ser.
Ex.: Esta sala é maior que a outra. mas Esta sala é mais grande que arejada.
® Grau superlativo
O superlativo pode ser:
a) absoluto: quando a qualidade expressa pelo adjetivo não é posta em relação a outros elementos.
Ex.: Este exercício é muito fácil. (superlativo absoluto analítico)
Este exercício é facílimo. (superlativo absoluto sintético)
b) relativo: quando a qualidade expressa pelo adjetivo é posta em relação a outros elementos.
Ex.: Este exercício é o mais fácil da lição. (superlativo relativo de superioridade)
Este exercício é o menos fácil da lição. (superlativo relativo de inferioridade)
QUESTÕES DE VESTIBULAR
2. (U.E. PONTA GROSSA/PR) Os adjetivos que, respectivamente, melhor caracterizam a forma ou a natureza
das seguintes expressões: objeto fora de uso, caminho com muitas curvas, coisa se peso, nariz semelhante a um
bico de águia:
a) obsoleto, sinuoso, imponderável, aquilino
b) estagnado, cúbico, portátil, afunilado
c) vultoso, inacessível, intangível, abaulado
d) delgado, intransitável, inumerável, abobadado
e) sombrio, tubular, imensurável, gretado
4. (U.E. PONTA GROSSA/PR) Assinale a alternativa em que todos os adjetivos têm uma só forma para os dois
gêneros:
a) andaluz, hindu, comum
b) europeu, cortês, feliz
c) fofo, incolor, cru
d) superior, agrícola, morador
e) exemplar, fácil, simples
12. (F.C. CHAGAS-BA) Selecione a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase apresentada.
Os acidentados foram encaminhados a diferentes clínicas ... .
a) médicas-cirúrgicas
b) médica-cirúrgicas
c) médico-cirúrgicas
d) médicos-cirúrgicas
e) médica-cirúrgicos
RESPOSTAS
1. B
2. A
3. E (eterno é adjetivo, mas, como está antecedido por artigo, passa a ser substantivo).
4. E
5. E
6. C
7. B
8. E
9. E
10. E
11. A
12. C
ADVÉRBIO
Advérbio é a palavra invariável que modifica o verbo, o adjetivo ou ainda outro advérbio, exprimindo determinada
circunstância.
Ex.: Cheguei cedo.
Eram alunas muito bonitas.
Eles chegaram bastante cedo.
Locução adverbial
Freqüentemente o advérbio não é representado por uma única palavra, mas por um conjunto de palavras. A esse
conjunto de palavras, geralmente formado por preposição + substantivo, adjetivo ou advérbio, dá-se o nome de
locução adverbial.
Ex.: Ele resolveu o problema com calma. ( = calmamente)
Advérbios interrogativos
As palavras onde, como, quando, quanto e por que usadas em frases interrogativas (diretas ou indiretas) são
chamadas advérbios interrogativos.
Ex.: Onde você mora? (interrogativa direta)
Não sei como ele fez isso. (interrogativa indireta)
Quando você volta? (interrogativa direta)
Queria saber por que ela não veio. (interrogativa indireta)
Quanto custou a mercadoria? (interrogativa direta)
Emprego dos advérbios
1. Quando se coordenam vários advérbios terminados em -mente, pode-se usar esse sufixo somente no último
advérbio.
Ex.: Estava dormindo calma, tranqüila e sossegadamente.
2. Na linguagem popular, é comum o advérbio receber sufixo diminutivo. Cumpre observar que, nestes casos, o
sufixo não possui propriamente valor diminutivo, e sim valor superlativo.
Ex.: Ele chegou cedinho. (muito cedo)
PALAVRAS DENOTATIVAS
Certas palavras que se assemelham a advérbios não possuem, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira,
classificação especial. São simplesmente chamadas palavras denotativas e podem ser, dentre outros tipos:
¨ de designação: eis.
Ex.: Eis o verdadeiro culpado de tudo.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
2. (UNIRIO/RJ) Assinale a frase em que as palavras sublinhadas correspondem, pela ordem, a substantivo,
adjetivo, advérbio:
a) Feliz a nação que emprega bastantes recursos na educação.
b) As escolas organizadas fazem um extraordinário bem à educação.
c) O governo que acultura seu povo passa à história.
d) Educação e cultura fazem forte uma país bem promissor.
e) A preparação da juventude forja o amanhã de um país.
4. (U.E. PONTA GROSSA/PR) Marque a alternativa na qual a palavra que é advérbio de intensidade.
a) se eu tiver que ajudar-te, alegrar-me-ei.
b) Que importa a opinião deles?
c) O professor resolveu o que pediram.
d) Que feliz serei, se vieres.
e) Esperamos que os dias melhorem.
5. (U.E. PONTA GROSSA/PR) A frase em que o advérbio expressa simultaneamente idéias de tempo e negação
é:
a) Falei ontem com os embaixadores.
b) Não me pergunte as razões da minha atitude.
c) Eles sempre chegam atrasados.
d) Eu jamais acreditei que você viesse.
e) Agora seremos felizes.
9. (FUVEST/SP) Na passagem: "... um homem rico como Clemente Chapadense e sua viúva apresentando a
inventário tão-somente a casinha do povoado: , classifique, sob o ponto de vista da classe gramatical, a
expressão destacada.
RESPOSTAS
ARTIGO
a) artigo definido: determina o substantivo de modo preciso. Pode ser singular (o,a) ou plural (os, as).
Ex.: O menino resolveu a questão.
b) artigo indefinido: determina o substantivo de modo vago, impreciso. Pode ser singular (um,uma) ou plural (uns,
umas).
Ex.: Um menino resolveu uma questão.
1. É obrigatório o emprego do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere.
Ex.: O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges.
2. Nunca deve ser usado artigo depois de pronome relativo cujo (e flexões).
Ex.: Este é o homem cujo amigo desapareceu.
3. Depois do pronome indefinido todo, emprega-se artigo quando se quer dar idéia de inteiro, totalidade. Quando
se quer dar idéia de qualquer, omite-se o artigo.
Ex.: Todo o país comemorou a conquista. (o país inteiro)
Todo país tem seu governo. (qualquer país, cada país)
4. Não se combina com preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias.
Ex.: Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
A notícia foi publicada em O Globo.
5. Com nomes de pessoas, geralmente não se usa artigo. Na linguagem popular, porém, é freqüente a
anteposição de artigo a nomes de pessoas, a fim de indicar afetividade ou familiaridade.
Ex.: O Édson é meu irmão mais novo.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FUVEST/SP)
"Ele é o homem,
eu sou apenas
uma mulher"
Nesses versos, reforça-se a oposição entre os termos homem e mulher.
a) Identifique os recursos lingüísticos utilizados para provocar esse reforço.
b) Explique por que esses recursos causam tal efeito.
5. (U.F. UBERLÂNDIA/MG) Em qual das frases o artigo definido está empregado erradamente?
a) A velha Roma está sendo modernizada.
b) A "Paraíba" é uma bela fragata.
c) Não reconheço agora a Lisboa do meu tempo.
d) O gato escaldado tem medo de água fria.
e) O Havre é um porto de muito movimento.
6. (E.E. MAUÁ/SP)
A manhã era linda. (A borboleta) veio por ali, modesta e negra, espairecendo as suas borboletices, sob a vasta
cúpula de um céu azul, que é azul para todas as asas. Passa pela minha janela, entre e dá comigo. Suponho que
nunca teria visto um homem; não sabia, portanto, o que era o homem; descreveu infinitas voltas... (Machado de
Assis)
Qual a diferença de sentido da palavra homem na frase: Suponho que nunca teria visto um homem; não sabia,
portanto, o que era o homem?
RESPOSTAS
1. a) A oposição entre os substantivos "homem" e "mulher" é reforçada pelo emprego do artigo definido o para
homem e o indefinido uma para mulher. Além disso, a segunda oração, que tem "mulher" como predicativo, inclui
um adjunto adverbial de exclusão.
b) A oposição definido / indefinido (o / uma) reforça a oposição homem / mulher, acrescentando-lhe uma distinção
valorativa: o homem é apresentado em sua singularidade essencial, enquanto uma mulher implica indistinção,
indiferença, que é um atributo rebaixante nesse contexto. Reforçando ainda mais esse caráter pejorativo,
desvalorizador, do artigo indefinido, o denotador de exclusão "apenas" limita à quase insignificância o valor
atribuído ao predicativo "mulher".
2. E
3. C
4. A
5. D
6. Um homem significa um indivíduo, uma pessoa, um representante qualquer da espécie, enquanto que o
homem está indicando, no texto, todos os homens, a espécie humana.
CLASSES DE PALAVRAS
As palavras costumam ser agrupadas em classes, de acordo com suas funções e formas. Palavras que se
apresentam sempre com a mesma forma chamam-se invariáveis; são variáveis obviamente as que apresentam
flexão ou variação de forma.
As classes de palavras variáveis são: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome e verbo.
As classes de palavras invariáveis são: advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
OBS.: O advérbio só apresenta as flexões de grau em casos muito limitados, motivo por que se costuma incluí-lo
entre as classes invariáveis.
SUBSTANTIVO
Substantivo é a palavra que nomeia o existente, seja ele animado ou inanimado, real ou imaginário, concreto ou
abstrato.
Ex.: mar, cidade, saudade, fome, alma.
Substantivos coletivos
O substantivo é denominado coletivo quando, mesmo estando no singular, exprime a idéia de conjunto, de
pluralidade, de coleção de seres de uma mesma espécie.
Ex.: enxame (de abelhas), cardume (de peixes), acervo (de obras de arte).
Flexão do substantivo
Gênero de substantivo
Quanto ao gênero, o substantivo pode indicar: masculino e feminino.
A desinência -O indica o gênero masculino, como em gatO, e a desinência -A indica o feminino, como em gatA.
No entanto, a passagem de um substantivo do masculino para o feminino nem sempre se faz com a simples
mudança da desinência -O pela desinência -A; existem substantivos com terminações variadas.
Ex.: homem - mulher
pai - mãe
frei - sóror
Substantivos uniformes
São aqueles que apresentam uma única forma para o masculino e o feminino.
a) epiceno: designa o sexo de certos animais com o auxílio dos adjetivos macho e fêmea.
Ex.: cobra, jacaré
Número do substantivo
b) terminados em ão:
- ão átono: acréscimo de -s.
Ex.: órgão - órgãos; bênção - bênçãos.
c) terminados em -l:
- terminação el -al, -el, -ol, -ul: trocam -l por -is.
Ex.: jornal - jornais; anel - anéis; anzol - anzóis.
- terminação -il: átono: -eis
tônico: -is
Ex.: fóssil - fósseis; barril - barris
e) terminados em -s
- paroxítonos ou proparoxítonos: invariáveis
- oxítonos ou monossílabos tônicos: + -es
Ex.: pires - pires; ônibus - ônibus; gás - gases; inglês - ingleses.
f) terminados em -x normalmente são invariáveis.
Ex.: tórax - tórax; sílex - sílex.
Observações finais:
1. Nos compostos formados de verbo seguido de substantivo no plural, ambos os elementos ficam invariáveis.
Ex.: o saca-rolhas - os saca-rolhas
Grau do substantivo
Grau é a propriedade que o substantivo tem de expressar as modificações de tamanho dos seres. Além do grau
normal, o substantivo possui dois outros graus:
Grau aumentativo: indica um aumento no tamanho normal dos seres. O aumentativo pode ser expresso por dois
diferentes processos:
· Analítico: quando a idéia de aumento é dada pelo adjetivo grande ou por um sinônimo dele.
Ex.: casa - casa grande; lago - lago enorme
· Sintético: quando a idéia de tamanho é indicada por sufixos (ÃO, ARRA, ONA, etc.).
Ex.: casa - casarão; boca - bocarra
Grau diminutivo: indica uma diminuição no tamanho normal dos seres. O diminutivo também pode ser:
· Analítico: a idéia de diminuição é dada pela palavra pequeno ou por um sinônimo dela.
Ex.: casa - casa pequena
· Sintético: formado com o auxílio de sufixos que indicam diminuição (INHO, ISCO, ETA, etc.)
Ex.: casa - casinha/casebre; chuva - chuvisco
Os graus aumentativo e diminutivo, fora da idéia de aumento ou diminuição, podem traduzir o nosso desprezo, a
nossa crítica, a nossa afeição; chamam-se pejorativos (gentalha, livreco, jornaleco) ou afetivos (paizinho, filhinho,
Carlito).
QUESTÕES DE VESTIBULAR
2. (EU/BA) Ficou com ... quando soube que ... caixa do banco entregara aos ladrões todo o dinheiro ... clã.
a) o moral abalado - o - do
b) a moral abalada - o - da
c) o moral abalado - a - da
d) a moral abalada - a - do
e) a moral abalada - a - da
3. (FAC. OBJETIVO/SP) Assinale a alternativa em que todas as palavras são do gênero feminino:
a) omoplata, apendicite, cal, ferrugem
b) cal, faringe, dó, alface, telefonema
c) criança, cônjuge, champanha, dó, afã
d) cólera, agente, pianista, guaraná, vitrina
e) jacaré, ordenança, sofisma, análise, nauta
4. (UNIRIO/RJ) Algumas palavras portuguesas terminadas em ditongo nasal admitem mais de uma forma para o
plural: vilão, vilões e vilãos. Assinale o item em que a palavra está nesse caso:
a) barão
b) pensão
c) casarão
d) ingratidão
e) corrimão
6. (U.E. PONTA GROSSA/PR) Palavras que, originalmente diminutivos ou aumentativos, perderam essa acepção
e se constituem hoje em formas normais, independentes do termo derivante:
a) pratinho, papelzinho, livreco, barcaça
b) tampinha, cigarrilha, estantezinha, elefantão
c) cartão, flautim, lingüeta, cavalete
d) chapelão, bocarra, vidrinho, martelinho
e) palhacinho, narigão, beiçorra, boquinha
10.(UFPR/PR)
l. O cônjuge se aproximou.
ll. O servente veio atender-nos.
lll. O gerente chegou cedo.
Não está claro se o sujeito é homem ou mulher:
a) no primeiro período
b) no segundo período
c) no terceiro período
d) no primeiro e no segundo períodos
e) no segundo e no terceiro períodos
RESPOSTAS
1. A
2. A
3. A
4. E
5. Núpcias, primícias, belas-artes
6. C
7. D
8. A
9. E
10. A
11. E
12. E
13. B
14. E
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Os pronomes pessoais oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, te, se, nos, vos), em relação ao verbo, podem
assumir três posições:
a) próclise - antes do verbo:
Ex.: Não nos mostraram nada.
USO DA PRÓCLISE
A próclise é obrigatória quando houver palavra que atraia o pronome para antes do verbo. As palavras que
atraem o pronome são as seguintes:
a) palavras ou expressões negativas:
Ex.: Nunca me informavam os verdadeiros motivos.
b) advérbios:
Ex.: Depois nos encontraremos.
d) conjunções subordinativas:
Ex.: Quando me contaram o fato, fiquei furioso.
e) pronomes relativos:
Ex.: Reencontrei um amigo que me ajudou a decifrar o código.
OBS.: Se houver duas palavras atraindo um mesmo pronome oblíquo, pode-se colocá-lo entre essas duas
palavras.
Ex.: É difícil entender quando se não ama.
b) exclamativas:
Ex.: Quanto nos custou tal procedimento!
USO DA MESÓCLISE
A mesóclise é obrigatória com o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja antes
palavra atrativa.
Ex.: Convidar-me-ão para a cerimônia. (futuro do presente)
Convidar-me-iam para a cerimônia. (futuro do pretérito)
OBS.: É sempre errado o uso do pronome oblíquo depois de verbo no futuro do presente ou do futuro do
pretérito.
USO DA ÊNCLISE
A ênclise é obrigatória:
OBS.: Se o auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não
haja atração.
Ex.: Ter-me-iam falado a verdade, se soubessem.
Caso haja palavra atrativa, coloca-se o pronome antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
Ex.: Não lhe quero dizer a verdade. ou Não quero dizer-lhe a verdade.
Não lhe ia dizendo a verdade. ou Não ia dizendo-lhe a verdade.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (UFSE) "Os projetos que ... estão em ordem; ... ainda hoje, conforme ... ."
a) enviaram-me; devolvê-los-ei; lhes prometi.
b) enviaram-me; os devolverei; lhes prometi.
c) enviaram-me; os devolverei; prometi-lhes.
d) me enviaram; os devolverei; prometi-lhes.
e) me enviaram; devolvê-los-ei; lhes prometi.
Resposta: e
2. (FI UBERLÂNDIA/MG) Nada ... como eu ..., mas sequer ... atenção.
a) se passou - dissera-lhe - deu-me
b) passou-se - lhe dissera - deu-me
c) se passou - lhe dissera - me deu
d) passou-se - lhe dissera - me deu
e) se passou - dissera-lhe - me deu
Resposta: c
3. (UEBA) Entre eles e ... existe um compromisso que só ... se ... ao sacrifício.
a) eu - se cumprirá - dispusermo-nos
b) mim - cumprir-se-á - nos dispuser-mos
c) mim - se cumprirá - nos dispusermos
d) eu - cumprir-se-á - dispusermo-nos
e) eu - se cumprirá - dispusermo-nos
Resposta: c
4. (FUEL/PR) Logo que você ..., é claro que eu ... da melhor maneira possível, ainda que isso ... o serviço.
a) me chamar, atendê-lo-ei, me atrase
b) chamar-me, atendê-lo-ei, atrase-me
c) me chamar, o atenderei, me atrase
d) ma chamar, o atenderei, atrase-me
e) chamar-me, atenderei-o, atrase-me
Resposta: c
5. (F.C. CHAGAS/SP) No caso de não ... as condições do tratado, ... as relações diplomáticas entre os dois
países.
a) se satisfizerem, romper-se-ão
b) se satisfazerem, romper-se-á
c) se satisfazerem, romper-se-ão
d) as satisfizer, se romperão
e) se satisfizerem, se romperá
Resposta: c
6. (UFF/RJ) Numa das frases abaixo, a colocação do pronome pessoal átono não obedece às normas vigentes.
Assinale-a.
a) Ter-lhe-iam falado a meu respeito?
b) Tenho prevenido-o várias vezes.
c) Quem nos dará as razões?
d) Nunca nos diriam inverdades.
e) Haviam-no procurado por toda parte.
Resposta: b
7. (ITA/SP) O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só dos períodos. Qual?
a) Me causava admiração ver aquela turma se dedicando com tanto afinco aos estudos, enquanto os outros não
esforçavam-se nada.
b) Apesar de contrariarem-se, não farão me mudar de resolução.
c) Já percebeu que não é este o lugar onde deve-se colocar os livros?
d) Ninguém falou-nos, outrora, com tanta propriedade e delicadeza.
e) Não se vá tão cedo; custa-lhe ficar mais?
Resposta: e
Resposta: d
9. (FAAP/SP) Assinale a alternativa em que a colocação pronominal desobedece ao que preceitua a gramática:
a) Há muitas estrelas que nos atraem a atenção.
b) Jamais dar-te-ia tantas explicações, se não fosses pessoa de tanto merecimento.
c) A este compete, em se tratando de corpo da Pátria, revigorá-lo com o sangue do trabalho.
d) Não o realizaria, entretanto, se a árvore não se mantivesse verde sob a neve.
e) Nenhuma das anteriores.
Resposta: b
10. (UFSC) Indique a soma das frases em que a colocação dos pronomes oblíquos átonos está correta:
01 - Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas.
02 - Pouco se sabe a respeito de novas fontes energéticas.
04 - Nada chegava a impressioná-lo na juventude.
08 - Falaria-me tudo, se eu fizesse pressão.
16 - Dar-lhe-emos novas oportunidades.
32 - Eles apressaram-se a convidar-nos para a festa.
Resposta: 02 + 04 + 16 + 32 = 54
12. (PUCC/SP) Sabendo-se que solecismos são desvios indevidos de regência, concordância e colocação,
indique a alternativa que não apresenta nenhum desses desvios, segundo a norma culta:
a) Liliana, te amo perdidamente.
b) Quando saírem com nós, talvez nos contem o caso.
c) As meninas não devem se preocupar com a maquiagem.
d) Entre mim e você, sempre houve compreensão.
e) Esta revista é para mim ler.
Resposta: d
13. (VUNESP/SP) "(...) mas, a quinhentos metros, tudo se torna muito reduzido: sois uma pequena figura sem
pormenores; vossas amáveis singularidades fundem-se numa sombra neutra e vulgar." (Cecília Meireles)
O trecho dado apresenta duas colocações pronominais diferentes. Indique quais são e justifique o uso de cada
uma.
......................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................
Resposta: A próclise em "tudo se torna..." ocorre porque tudo é pronome indefinido; a ênclise em "vossas
amáveis singularidades fundem-se..." ocorre porque não há nenhuma condição para a próclise obrigatória.
Resposta: e
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
CONCORDÂNCIA NOMINAL
REGRAS BÁSICAS
A relação entre um substantivo (ou um pronome ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para
caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos) recebe o nome de concordância
nominal. Para estudar como essa relação se estabelece, é necessário lembrar que adjetivos e palavras de valor
adjetivo podem atuar como adjuntos adnominais ou predicativos dos substantivos a que se referem.
1. Quando atuam como adjuntos adnominais de um único substantivo, os adjetivos concordam em gênero e
número com esse substantivo:
Ex.: Seus olhos escuros transmitem uma funda inquietação.
2. Quando atuam como adjuntos adnominais de dois ou mais substantivos, os adjetivos podem sempre concordar
com todos eles e, se os substantivos forem der gêneros diferentes, devem assumir a forma plural:
Ex.: Tratava-se de inoportuno lugar e ocasião.
Tratava-se de lugar e ocasião oportuna.
Tratava-se de momento e lugar inoportunos.
A forma adotada nesse último exemplo é a mais clara, pois indica que o adjetivo efetivamente se refere aos dois
substantivos.
3. Quando um adjetivo atua como predicativo de um sujeito simples ou de um objeto simples, concorda com ele
em gênero e número:
Ex.: A situação é delicada.
Considero solucionados os problemas.
4. Quando um adjetivo atua como predicativo de um sujeito ou de um objeto compostos, concorda com todos os
núcleos desses termos:
Ex.: Pai e filhos são talentosos.
Considero brilhantes o pai e o filho.
OBS.: Se o predicativo do sujeito estiver anteposto ao sujeito, pode concordar apenas com o núcleo mais
próximo (coisa que acontece também com o verbo da oração):
Ex.: É calamitosa a pobreza e o desamparo.
5. Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos, há duas construções possíveis:
Estudava os idiomas francês, inglês e italiano.
Estudava o idioma francês, o inglês e o italiano.
Note que, quando se coloca o substantivo no plural, não se usa artigo antes dos adjetivos. Se, no entanto, o
substantivo estiver no singular, será obrigatório o uso do artigo a partir do segundo adjetivo.
1. Próprio, mesmo, anexo, incluso, quite, obrigado e leso concordam em gênero e número com o substantivo ou
pronome a que se referem:
Ex.: Ela própria disse: obrigada.
Ele mesmo disse: obrigado.
Eles próprios resolveram a questão.
Seguem anexos os livros.
Vão inclusas as procurações.
As alunos estão quites com o serviço militar.
Cometeram crime de lesa-soberania.
2. Meio e bastante podem atuar como adjetivos ou como advérbios. No primeiro caso, referem-se a substantivos
e são variáveis. No segundo caso, referem-se a verbos, adjetivos ou advérbios e são invariáveis.
Ex.: Pedi meia porção de batata frita. As jogadoras estavam meio ansiosas.
Bastantes coisas estão erradas. Eles se amam bastante.
4. As expressões formadas de verbo ser mais um adjetivo (é bom, é necessário, é proibido, é preciso, etc.) não
variam.
Ex.: Água mineral é bom.
É proibido entrada.
Liberdade é necessário.
É preciso cidadania.
Entretanto, se o sujeito vier antecipado de artigo (ou equivalente), a concordância será obrigatória:
Ex.: Esta água mineral é boa.
A entrada é proibida.
A liberdade é necessária.
São precisas algumas medidas de urgência.
5. A palavra possível, quando acompanha expressões superlativas tais como o mais, a menos, o melhor, a pior,
os maiores, as menores, varia conforme o artigo que integra essas expressões.
Ex.: Quero um carro o mais barato possível.
Vestia roupas as mais modernas possíveis.
Comprou alimentos o menos caros possível.
Dirigiu-lhe os maiores elogios possíveis.
Recebemos a melhor notícia possível.
As previsões eram as piores possíveis.
CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA
Muitas vezes, a concordância não é feita com a forma gramatical das palavras, mas com a idéia ou o sentido que
está subentendido nelas. A esse tipo de concordância dá-se o nome de concordância ideológica ou silepse.
Ex.: A dinâmica e populosa São Paulo continua sofrendo com as enchentes.
(silepse de gênero: subentende-se a cidade de São Paulo)
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (UEM/PR) Aponte a(s) frase(s) em que a palavra dos parênteses deve ir exclusivamente no plural.
01 - Tu, eu e teu pai ... de ônibus. (ir)
02 - Os Estados Unidos, durante a noite, ... a Líbia. (atacar)
04 - ... você e seu colega. (passar)
08 - ... muitos discursos, porém pouca argumentação.
16 - Parece inteligente e tem ... argumentos para se defender. (bastante)
32 - ... ao processo encontram-se as fotos. (incluso)
2. (PUCC/SP) Tenha certeza, meu caro amigo, de que suas colegas queriam elas ... terminar o trabalho, mas não
conseguiram falar ...; por esse motivo é que ficou tudo para ... resolver.
a) mesmo - consigo - mim
b) mesmas - com você - eu
c) mesmo - com você - mim
d) mesmas - consigo - mim
e) mesmas - contigo - eu
Resposta: b
3. (UFV/MG) Todas as alternativas abaixo estão corretas quanto à concordância nominal, exceto:
a) Foi acusado de crime de lesa-justiça.
b) As declarações devem, seguir anexas ao processo.
c) Eram rapazes os mais elegantes possível.
d) É necessário cautela com os pseudolíderes.
e) Seguiram automóveis, cereais e geladeiras exportados.
Resposta: c
4. (SANTA CASA/SP) ... habilidade e ... empenho ... pelos participantes, a comissão julgadora teve dificuldade
em apontar o vencedor.
a) Dado a, o, demonstrado
b) Dada à, do, demonstrados
c) Dados a, o, demonstrados
d) Dados a, ao, demonstrado
e) Dados à, do, demonstrados
Resposta: c
6. (PUC/RJ) Preencha as lacunas com a forma adequada das palavras entre parênteses, fazendo a flexão de
gênero e número quando necessário:
a) Por ........................ que sejam as conseqüências, esta é a única tentativa possível. (pior)
b) Seus propósitos estão ..................................... claros. (bastante)
c) As informações prometidas seguem ................................. a esta carta. (anexo)
7. (FUEL/PR) Ao esforço e à seriedade ..... ao estudo é que .... os louvores que ele tem recebido ultimamente.
a) consagrado, devem ser atribuídos
b) consagrada, deve ser atribuído
c) consagrados, devem ser atribuídos
d) consagradas, deve ser atribuído
e) consagrados, deve ser atribuído
Resposta: c
8. (FUVEST/SP) "Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior." Coloque a palavra grifada no
plural e reescreva o trecho acima, fazendo as adaptações necessárias.
Resposta: Grandes escândalos são estes, mas a circunstância os faz ainda maiores.
Resposta: c
10. (F. C. CHAGAS/SP) Informo a Vossas Senhorias que, ... , seguem a carta, o relatório e a cópia que nos
solicitaram, e que estão inteiramente à disposição para exame.
a) incluso, vossa
b) inclusos, sua
c) incluso, sua
d) inclusa, vossa
e) inclusos, vossa
Resposta: b
11. (UnB/DF) Em todas as alternativas a concordância nominal fez-se corretamente, exceto em:
a) Eu observava no velho guerreiro o destemor e a força quase lendários.
b) Estavam emudecidos, para sempre, as almas, as vozes e os risos dos homens.
c) Aquelas mesmas figuras pareceram a nós meio estranhas.
d) O presidente quer o decreto o mais breve e incisivo possíveis.
Resposta: d
Resposta: a
13. (F. C. CHAGAS/SP) Água às refeições é ... para a saúde. Essa é uma das muitas precauções que ... tomar,
se se quer conservar a silhueta.
a) mau, é preciso
b) mau, são precisas
c) mal, é precisa
d) má, são precisas
e) má, é preciso
Resposta: a
Resposta: c
CONCORDÂNCIA VERBAL
REGRAS BÁSICAS
3. Nos sujeitos compostos de que participam pessoas gramaticais diferentes, a concordância no plural obedece
às seguintes prioridades: a primeira pessoa prevalece sobre a segunda pessoa, que, por sua vez, prevalece
sobre a terceira:
Ex.: Nossos amigos, tu e eu formaremos um belo time de futebol.
1a pessoa do plural
4. No caso de sujeitos compostos pospostos ao verbo, abre-se uma nova possibilidade de concordância: o verbo
pode deixar de concordar no plural com a totalidade do sujeito para estabelecer concordância com o núcleo do
sujeito mais próximo:
Ex.: Bastaram determinação e capacidade.
Bastou determinação e capacidade.
OBS.: Quando há reciprocidade, no entanto, a concordância deve ser feita no plural:
Ex.: Ofenderam-se o jogador e o árbitro. (ofenderam um ao outro)
1. Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de..., uma porção de..., o grosso de..., metade
de ..., a maioria de ..., a maior parte de ..., grande número de ...) seguida de um substantivo ou pronome no
plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural:
Ex.: A maioria dos alunos participou / participaram da reunião.
2. Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de..., mais de..., menos
de ..., perto de ...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo:
Ex.: Perto de quinhentas pessoas compareceram à cerimônia.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.
OBS.: Quando a expressão mais de um se associar a verbos que exprimem reciprocidade ou for repetida, o plural
é obrigatório:
Ex.: Mais de um parlamentar se ofenderam na tumultuada sessão de ontem. ( = ofenderam um ao outro)
Mais de um casal, mais de uma família já perderam qualquer esperança num futuro melhor.
3. Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos,
quaisquer, vários) seguido de de (ou dentre) nós (ou vós), o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na
terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal:
Ex.: Quais de nós sabiam / sabíamos disso tudo?
Alguns de vós temiam / temíeis novas relações.
Vários de nós participaram / participamos das discussões.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará no singular:
Ex.: Qual de nós sabia de tudo?
Algum de vós fez isto?
4. Quando o sujeito é um plural aparente, ou seja, é uma palavra ou expressão com forma de plural, mas sentido
de singular, o verbo concorda no singular:
Ex.: Flores não recebe mais acento.
Nós é um pronome pessoal do caso reto.
OBS.: Quando se trata de nomes próprios, a concordância deve ser feita levando-se em conta a ausência ou
presença de artigo (que pode ou não fazer parte do título de obras literárias):
Ex.: Os Estados Unidos impuseram uma nova ordem mundial.
Poços de Caldas continua agradável.
Os lusíadas consumiram anos de dedicação do poeta.
As Memórias Póstumas de Brás Cubas renovaram a estética do romance.
5. Quando o sujeito for indicação de uma porcentagem seguida de substantivo, o verbo pode concordar com o
numeral ou com o substantivo:
Ex.: 25% do orçamento do país destina-se / destinam-se à educação.
1% dos alunos recusou-se / recusaram-se a colaborar.
6. Quando o sujeito é o pronome relativo que, a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente
desse pronome:
Ex.: Fui eu que fiz isso.
Fomos nós que fizemos isso.
OBS.: Com as expressões um dos...que e um dos que, o verbo costuma assumir a forma plural:
Ex.: O Amazonas é um dos rios que cortam a floresta equatorial.
O ministro é um dos que defendem tal postura.
Nesses dois casos, há muitos gramáticos que consideram aceitável também a concordância no singular.
7. Quando o sujeito é o pronome relativo quem, pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou em
concordância com o antecedente do pronome:
Ex.: Fui eu quem fez isso.
Fui eu quem fiz isso.
1. Quando os núcleos do sujeito composto são sinônimos ou quase sinônimos ou estabelecem uma graduação, o
verbo pode concordar no singular:
Ex.: O desalento e a tristeza minou-lhe / minaram-lhe as forças.
Um aceno, um gesto, um estímulo faria / fariam muito por ele.
2. Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por ou ou nem, o verbo no plural indica que a declaração
contida no predicado pode ser atribuída conjuntamente a todos os núcleos:
Ex.: Um sorriso ou uma lágrima o tirariam daquela incerteza.
Nem poder nem dinheiro o corrompiam.
O verbo no singular com esse tipo de sujeito indica alternância ou mútua exclusão:
Ex.: Milão ou Berlim sediará a próxima Olimpíada.
Nem você nem ele será o novo representante da classe.
OBS.: Com as expressões um ou outro e nem um nem outro, a concordância costuma ser feita no singular,
embora o plural também seja praticado. Com a locução um e outro, o plural é mais freqüente, embora também se
use o singular. Não há uniformidade no tratamento dado a essas expressões por gramáticos e escritores. Em
todos esses casos, parece razoável adotar o mesmo procedimento usado com outros sujeitos unidos por e, ou e
nem.
3. Quando os núcleos do sujeito são unidos por com, a forma plural do verbo indica que esses núcleos recebem
um mesmo grau de importância. Com, nesses casos, tem sentido muito próximo ao de e:
Ex.: O professor com o aluno montaram o equipamento.
4. Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como não só...mas também, não
só...como também, não só...mas ainda, não somente...mas ainda, não apenas...mas também, tanto...quanto, o
verbo concorda de preferência no plural:
Ex.: Não só a seca mas também o descaso assolam o Nordeste.
Tanto o pai quanto o filho costumavam passar por ali.
5. Quando os elementos de um sujeito composto são seguidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
feita com esse termo resumidor:
Ex.: Carros, casas, pontes, tudo foi destruído pelo terremoto.
Luxo, riqueza, dinheiro, nada o tentava.
1. Quando atua como índice de indeterminação do sujeito, o se acompanha verbos intransitivos, transitivos
indiretos e de ligação que devem obrigatoriamente estar na terceira pessoa do singular:
Ex.: Aos domingos, ia-se sempre à praça.
Assistiu-se a cenas deprimentes naquele dia.
Era-se mais feliz no passado.
2. Quando atua como pronome apassivador, o se acompanha verbos transitivos diretos e transitivos diretos e
indiretos na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração:
Ex.: Construiu-se uma nova praça no bairro.
Construíram-se novas praças no bairro.
3. O verbo haver, quando indica existência ou acontecimento, é impessoal, devendo permanecer sempre na
terceira pessoa do singular:
Ex.: Ainda havia pontos escuros naquela versão.
Deverá haver várias manifestações de protesto.
4. Haver e fazer são impessoais quando indicam tempo. Nesse caso, devem permanecer na terceira pessoa do
singular:
Ex.: Há anos não o vejo.
Faz anos que não o vejo.
a) quando é colocado entre um substantivo comum no singular e outro no plural, o verbo ser tende a ir para o
plural. Poderá ficar no singular por motivo de ênfase:
Ex.: A sua paixão eram os filmes de terror.
Aquele amor é apenas cacos de um passado.
b) quando colocado entre um nome próprio e um substantivo comum, o verbo ser tende a concordar com o nome
próprio. Entre um pronome pessoal e um substantivo comum ou próprio, o verbo concorda com o pronome:
Ex.: Garrincha foi as maravilhas do drible.
O responsável pela expedição sou eu.
José da Silva sou eu.
c) quando colocado entre um pronome não-pessoal e um substantivo, o verbo ser tende a concordar com o
substantivo:
Ex.: Tudo eram alegrias naquela noite.
Isso são manias de um ocioso.
Que são idéias?
Nos dois primeiros casos, há gramáticos que consideram possível também a concordância com o pronome.
d) nas expressões que indicam quantidade (medida, peso, preço, valor), o verbo ser é invariável:
Ex.: Dois quilos é pouco.
Vinte mil reais é muito.
e) nas indicações de tempo, o verbo ser concorda com a expressão numérica que o acompanha:
Ex.: É uma hora.
São duas horas.
Já é mais de uma hora.
São cinco para uma.
Hoje são vinte de setembro.
Ou
Hoje é dia vinte de setembro.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FUVEST/SP) "Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho
vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem." (Rubem Braga)
Suponha que o início desse período seja: "Mas aqueles...". reescreva o período, fazendo apenas as alterações
que se tornarem gramaticalmente necessárias.
......................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................
Resposta: Mas aqueles pendões firmes, verticais, beijados pelo vento do mar, vieram enriquecer nosso
canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem.
2. (UF-GO) No conhecido verso de um rock - "a gente somos inútil"-, ocorre uma concordância que, apesar de
ser condenada pelos padrões gramaticais da língua culta, é comum na fala popular. Como se explica esta
possibilidade de construção na língua portuguesa.
......................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................
Resposta: Está-se fazendo a concordância do verbo com a idéia transmitida pela expressão a gente (= nós), e
não com a forma (terceira pessoa do singular) dessa expressão. Essa concordância ideológica recebe o nome de
silepse.
4. (FATEC/SP) Aponte a opção que completa corretamente as lacunas das frases abaixo:
1) A maior parte ..... a segui-lo.
2) Mais de um passageiro se ..... com o motorista.
3) Foi um dos poucos que ..... a inocência do amigo.
4) Vossa Senhoria não ..... o compromisso firmado.
5) Fui eu quem ..... mais naquele investimento.
Resposta: e
5. (UFV/MG) Em todas as frases abaixo, a concordância verbal está incorreta, exceto em:
a) Qual de nós chegamos primeiro ao topo da montanha?
b) Os Estados Unidos representa uma segurança para todo o Ocidente.
c) Recebei, Vossa Excelência, os protestos de nossa estima.
d) Sem a educação, não podem haver cidadãos conscientes.
e) Sobrou-me uma folha de papel, uma caneta e uma borracha.
Resposta: e
Resposta: b
7. (CESGRANRIO/RJ) Assinale a opção em que a lacuna pode ser preenchida por qualquer das duas formas
verbais indicadas entre parênteses:
a) Um dos seus sonhos ..... morrer na terra natal. (era, eram)
b) Aqui não .... os sítios onde eu brincava. (existe, existem)
c) Uma porção de sabiás ..... na laranjeira. (cantava, cantavam)
d) Não ..... em minha terra belezas naturais. (falta, faltam)
e) Sou eu que ..... morrer ouvindo o canto do sabiá. (quero, quer)
Resposta: c
8. (FUVEST/SP) ..... dez horas que se ..... iniciado os trabalhos de apuração dos votos sem que se ..... quais
seriam os candidatos vitoriosos.
a) fazia, haviam, previsse
b) faziam, haviam, prevesse
c) fazia, havia, previsse
d) faziam, havia, previssem
e) fazia, haviam, previssem
Resposta: e
9. (UNICAMP/SP) Apesar de consideradas erradas, construções como "No segundo turno nós conversa", "A
gente fomos", "Subiu os preços" obedecem a regras de concordância sistemáticas, características principalmente
de dialetos de pouco prestígio social.
O trecho abaixo, extraído de um editorial de jornal (portanto, representativo da modalidade culta) contém uma
construção que é de fato um erro de concordância:
"Pode-se argumentar, é certo, que eram previsíveis os percalços que enfrentariam qualquer programa de
estabilização (...) necessários no Brasil." (Folha de S. Paulo, 7/11/90)
a) Transcreva o trecho em que ocorre um erro de concordância.
...............................................................................................................................................................
b) Lendo atentamente o texto, você descobrirá que existe uma explicação para esse erro. Qual é?
...............................................................................................................................................................
Resposta: a) "... enfrentariam qualquer programa de estabilização..." / b) O redator deixou-se "contaminar" pelo
plural de percalços, tomando-o como sujeito do verbo no lugar de programa de estabilização. / c) "... enfrentaria
qualquer programa de estabilização...".
Resposta: e
Resposta: e
12. FGV/SP) Leia atentamente: "A letra das composições musicais contemporâneas refletem, com nitidez, os
problemas sociais que o Brasil está enfrentando."
O período acima apresenta uma incorreção gramatical, pois há uma falta de concordância verbal entre os termos:
a) problemas e enfrentando.
b) Brasil e está enfrentando.
c) composições e refletem.
d) composições e está enfrentando.
e) letra e refletem.
Resposta: e
14. (UF-SE) "Já ... 8 horas quando se ... os debates sobre cinema e literatura ... ."
a) seria - iniciou - brasileira
b) seria - iniciaram - brasileiras
c) seria - iniciou - brasileiros
d) seriam - iniciaram - brasileira
Resposta: d
15. (FUVEST/SP) Num dos provérbios abaixo não se observa a concordância prescrita pela gramática. Indique-o:
a) Não se apanham moscas com vinagre.
b) Casamento e mortalha no céu se talha.
c) Quem ama o feio, bonito lhe parece.
d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias.
e) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe vêm.
Resposta: b
CONJUNÇÃO
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática
dentro de uma oração.
Ex.: Pedro chegou atrasado e João ficou aborrecido.
Pedro e João chegaram atrasados.
No primeiro caso, a conjunção e liga duas orações; já no segundo, a conjunção liga dois termos da oração que
exercem a mesma função sintática (sujeito).
¨ Coordenativas: ligam termos que exercem a mesma função sintática, ou orações independentes (coordenadas).
As conjunções coordenativas subdividem-se em:
a) aditivas (indicam soma, adição): e, nem, mas também, mas ainda, etc.
b) adversativas (indicam oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, etc.
c) alternativas (indicam alternância, escolha): ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, etc.
d) conclusivas (indicam conclusão): pois (posposto ao verbo), logo, portanto, então, etc
e) explicativas (indicam explicação): pois (anteposto ao verbo), porque, que, etc.
a) causais (exprimem causa, motivo): porque, visto que, já que, uma vez que, como, etc.
b) condicionais (exprimem condição): se, caso, contanto que, etc.
c) consecutivas (exprimem resultado, conseqüência): que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, de maneira
que, etc.
d) comparativas (exprimem comparação): como, que (precedido de mais ou menos), etc.
e) conformativas (exprimem conformidade): como, conforme, segundo, etc.
f) concessivas (exprimem concessão): embora, se bem que, ainda que, mesmo que, conquanto, etc.
g) temporais (exprimem tempo): quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, etc.
h) finais (exprimem finalidade): a fim de que, para que, que, etc.
i) proporcionais (exprimem proporção): à proporção que, à medida que, etc.
j) integrantes: que, se (quando iniciam oração subordinada substantiva).
OBS.: A um conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção dá-se o nome de locução conjuntiva.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FUVEST/SP) "Bem cuidado como é. O livro apresenta alguns defeitos. Começando com "o livro apresenta
alguns defeitos", o sentido da frase não será alterado se se continuar com:
a) desde que bem cuidado
b) contanto que bem cuidado
c) à medida que bem cuidado
d) tanto que bem cuidado
e) ainda que bem cuidado
2. (FUVEST/SP) "Uma forte massa de ar polar veio junto com a frente fria e causou acentuada queda da
temperatura. As lavouras de trigo da Região Sul foram danificadas. Isso, associado ao longo período com registro
de pouca chuva, deve reduzir o potencial produtivo da cultura."(Adaptado de O Estado de S. Paulo, 4 ago. 1993.
Suplemento Agrícola)
Reescreva o texto abaixo, reunindo em um só, composto por subordinação, os três períodos que o compõem,
mantendo as relações lógicas existentes entre eles e fazendo as adaptações necessárias.
3. (CESGRANRIO/RJ) Assinale o período em que ocorre a mesma relação significativa indicada pelos termos
destacados em "A atividade científica é tão natural quanto qualquer outra atividade econômica".
a) Ele era tão aplicado, que em pouco tempo foi promovido.
b) Quanto mais estuda, menos aprende.
c) Tenho tudo quanto quero.
d) Sabia a lição tão bem quanto eu.
e) Todos estavam exaustos, tanto que se recolheram logo.
4. (UM/SP) Embora todas as conjunções sejam aditivas, uma das orações abaixo apresenta idéia de
adversidade:
a) Não achou os documentos e nem as fotocópias.
b) Queria estar atento à palestra e o sono chegou.
c) Não só aprecio Medicina como também a Odontologia.
d) Escutei o réu e lhe dei razão.
e) Não só escutei o réu mas também lhe dei razão.
7. (UM/SP) assinale a alternativa em que a palavra como assume valor de conjunção subordinativa conformativa.
a) Como ele mesmo afirmou, viveu sempre tropeçando nos embrulhos da vida.
b) Como não tivesse condições necessárias para competir, participou, com muita insegurança, das atividades
esportivas.
c) As frustrações caminham rápidas como as tempestades das matas devastadoras.
d) Indaguei-lhe apreensiva como papai tinha assumido aquela contínua postura de contemplação.
e) Como as leis eram taxativas naquele vilarejo, todos os moradores tentavam um meio de obediência às normas
morais.
RESPOSTAS
1. E
2. As lavouras de trigo da Região Sul foram danificadas, já que um forte massa de ar polar veio junto com a frente
fria e causou acentuada queda da temperatura que, associada ao longo período com registro de chuva, deve
reduzir o potencial produtivo da cultura. (Obs.: a questão admite variação na estrutura da resposta. O importante
é que sejam mantidas as relações de causa e feito contidas nos períodos simples originais.)
3. D
4. B
5. C
6. C
7. A
CRASE
A palavra crase provém do grego krasis e significa fusão, junção. Em português, ocorre a crase com as vogais
idênticas a + a = à. Tal fusão é indicada através do acento grave.
Pode ocorrer a fusão da preposição a com:
a) o artigo feminino a ou as:
Ex.: Fui a a feira.
Fui à feira.
Haverá crase sempre que o termo anterior exigir a preposição a e o termo posterior admitir o artigo a ou as.
Ex.: Eu me referi a (prep.) a (artigo) diretora.
Eu me referi à diretora.
Nesse caso, é fácil constatar que houve crase. Se, ao trocarmos o termo posterior por um masculino
correspondente, obtivermos ao, podemos perceber claramente a presença do artigo e, portanto, da crase antes
dos termos femininos.
Ex.: Eu me referi ao diretor.
Veja que, para que ocorra crase, é necessário que o termo anterior exija a preposição a e o termo posterior
admita o artigo a Se um desses fatos não ocorrer, evidentemente não haverá crase.
Ex.: Eu conheço a diretora.
Eu me refiro a ela.
EMPREGO DA CRASE
2. diante de verbos:
Ex.: Estou disposto a estudar.
1. na indicação do número de horas, desde que, trocando-se esse número por meio-dia, obtenha-se ao meio-dia:
Ex.: Chegou à uma hora em ponto. (Chegou ao meio-dia em ponto.)
Mas:
Estou aqui desde as sete horas. (Estou aqui desde o meio-dia.)
2. diante da palavra moda da expressão à moda de, mesmo que a palavra moda fique subentendida:
Ex.: Fez um gol à Romário.
OBS.: Nas expressões adverbiais femininas de instrumento, não se costuma usar o acento grave.
Ex.: Eles escreveram a máquina.
Nas locuções conjuntivas formadas por palavras femininas, também, se emprega o acento indicativo da crase.
Ex.: À medida que caminhava, ficava mais longe de casa.
OBS.: A crase diante de nomes de pessoas e de possessivos femininos é facultativa porque nesses casos o uso
do artigo é facultativo.
Ex.: Sandra chegou. (A Sandra chegou.)
Minha mãe saiu. (A minha mãe saiu.)
OBS.: Depois de até a crase é facultativa porque se pode usar simplesmente a preposição até ou a locução
prepositiva até a.
Com os nomes femininos que designam lugar, pode ou não haver crase, uma vez que certos nomes de lugar
aceitam o artigo a, ao passo que outros o repelem.
Para se verificar se um nome de lugar aceita ou não o artigo a, usa-se o seguinte artifício: se, ao formularmos
uma frase com um nome de lugar mais o verbo vir, obtivermos a combinação da, cabe o artigo. Se obtivermos
simplesmente a preposição de, claro está que não cabe o artigo.
Ex.: Vou à Itália. (Venho da Itália.)
Vou a Curitiba. (Venho de Curitiba.)
OBS.: Se o nome de lugar que repele o artigo vier determinado, passará a aceitá-lo e, conseqüentemente, haverá
crase.
Ex.: Vou à Roma antiga.
Vou à velha Curitiba.
1. Poderá ocorrer crase com o pronome relativo a qual e flexão (as quais).
Ex.: A cidade à qual iremos possui praias às quais chegaremos.
OBS.: É fácil constatar a crase nesse caso, utilizando-se o artifício de trocar os termos femininos por termos
masculinos correlatos.
Ex.: O país ao qual iremos possui recantos aos quais chegaremos.
Ocorrerá, no entanto, crase antes do pronome relativo que quando antes dele aparecer o pronome demonstrativo
a ou as ( = aquela, aquelas).
Ex.: Sua caneta era igual à que comprei.
Em caso de dúvida, pode-se verificar se ocorre ou não crase pelo recurso da substituição dos termos femininos
por masculinos.
Ex.: Este é o curso a que aspiro.
Mas:
Seu lápis era igual ao que comprei.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (UF PELOTAS/RS) Peço ... senhora que estude, uma ... uma, as questões submetidas ... aprovação.
a) à - a - a
b) a - a - a
c) a - à - à
d) à - à - à
e) à - à - a
Resposta: a
2. (FAAP/SP) Justifique a presença do acento grave em: "À tardinha, Azevedo (...)". Justifique a ausência do
acento grave em: "Casimiro Lopes andava a consertar (...)".
......................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................
Resposta: "à tardinha": locução adverbial feminina; "a consertar": não existe crase entes de verbo.
3. (UEBA) Foi obrigado ... embarcar no trem que saía ... onze horas, mas mostrou ... todo mundo seu
descontentamento.
a) a - as - à
b) às - as - à
c) a - às - a
d) à - às - a
e) a - às - à
Resposta: c
Resposta: e
5. (CESGRANRIO/RJ) "As transformações ... tem passado a sociedade parecem condenar o homem ... uma
existência num mundo dominado pela máquina."
a) porque - à
b) porquê - à
c) por que - a
d) porque - a
e) por que - à
Resposta: c
6. (FATEC/SP) Indique o período em que a lacuna deve ser preenchida com há.
a) Chegou ... tempo de receber o prêmio.
b) A nova sessão será iniciada daqui ... duas horas.
c) Você chegou tarde; as portas foram fechadas ... dez minutos.
d) ... custa muito esforço, obteve a promoção.
e) Evidenciem-se os erros; assim ... qualquer tempo poderão ser evitados.
Resposta: c
7. (FCL BRAGANÇA PAULISTA/SP) Não me refiro ... essa peça, mas ... a que assistimos sábado ... noite.
a) a - àquela - à
b) a - aquela - a
c) à - aquela - à
d) à - àquela - a
e) à - àquela - à
Resposta: a
8. (UFRS) O grupo obedece ... comando de um pernambucano, radicado ... tempos em São Paulo, e se exibe
diariamente ... hora do almoço.
a) o, a, à
b) ao, há, à
c) ao, a, a
d) o, há, a
e) o, a., a
Resposta: b
9. (FUVEST/SP) Diga ... elas que estejam daqui ... pouco ... porta da biblioteca.
a) à, há, a
b) a, há, à
c) a, a, a
d) à, a, a
e) a, a, à
Resposta: e
Resposta: c
Resposta: c
12. (ITA/SP) Analisando as sentenças:
I) A vista disso, devemos tomar sérias medidas.
II) Não fale tal coisa as outras.
III) Dia a dia a empresa foi crescendo.
IV) Não digo aquilo que me disse.
Deduzimos que:
a) apenas a sentença III não tem crase.
b) As sentenças III e IV não têm crase.
c) Todas as sentenças têm crase.
d) Nenhuma sentença tem crase.
e) Apenas a sentença IV não tem crase.
Resposta: b
Resposta: d
A esses elementos significativos que formam a palavra dá-se o nome de elementos mórficos ou morfemas.
Chama-se análise mórfica o processo pelo qual se divide a palavra em seus elementos mórficos.
OBS.: Existem palavras indivisíveis, isto é, que não comportam divisão em unidades menores.
o Radical
É o elemento básico da palavra e que contém o significado dela. Um mesmo radical pode aparecer em mais de
uma palavra.
Considere, por exemplo, o radical PEDR-. Ele aparece em várias palavras: PEDReiro, aPEDRejar, PEDRinha,
etc.
Todas as palavras que apresentam o mesmo radical guardam entre si uma relação básica de significação. Tais
palavras constituem o que chamamos de palavras cognatas (ou famílias etimológicas).
Desinências
São os elementos que aparecem na parte final das palavras e têm como função indicar as flexões gramaticais,
isto é, as variações de forma que as palavras podem apresentar. Dependendo da função da desinência, ela será
chamada de:
Desinência nominal: indica o gênero (masculino/feminino) e o número (singular/plural) dos nomes, isto é, das
palavras que não são verbos.
Ex.: menin / A / S
A = desinência nominal de gênero
S = desinência nominal de número
Desinência verbal: as desinências verbais são usadas nas formas verbais para indicar o tempo e o modo
(desinências modo-temporais), a pessoa e o número (desinências número-pessoais).
Ex.: cantá / VA / MOS
VA = desinência modo-temporal (pretérito imperfeito do indicativo)
MOS = desinência número-pessoal (1a pessoa do plural)
-Afixos
São elementos estruturais que se juntam ao radical para, modificando-lhe o sentido básico, formar palavras
novas. Os afixos subdividem-se em:
Prefixos: aparecem antes do radical.
Ex.: DESligar, INfeliz, REtomar, etc.
É a vogal que, em alguns casos, agrega-se ao radical, preparando-o para receber outros morfemas. As vogais
temáticas podem ser nominais (quando se referem a um substantivo ou adjetivo; são sempre átonas) ou verbais
(quando se referem a um verbo).
Ex.: ros / A
livr / O
cant / A / va
vend / E / ra
part / I / ra
O radical acrescido da vogal temática denomina-se tema. Podemos dizer, portanto, que tema é o radical pronto
para receber as desinências.
Ex.: VIVE / mos
Tema
OBS.: Em português, algumas palavras não possuem a vogal temática e, por isso, são chamadas de atemáticas,
tais como: luz, mar, ar, terninadas em consoantes.
Segundo Mattoso Câmara, os nomes terminados em vogal tônica, como sabiá, guichê, tupi, tatu, também são
atemáticos. Não havendo vogal temática, o tema coincidirá com o radical.
Encontra-se o radical dos verbos tirando-se a vogal temática e a desinência r do infinitivo.
Além dos elementos mórficos assinalados, cumpre lembrar que, em certas palavras, podem aparecer vogais e
consoantes de ligação. Tais vogais e consoantes são desprovidas de significação (não são, pois, morfemas) e
intercalam-se no vocábulo tão-somente para facilitar a pronúncia.
Ex.: gas-ô-metro
pau-l-ada
cafe-t-eira
paris-i-ense
QUESTÕES DE VESTIBULAR
4. (CESGRANRIO/RJ) Assinale a palavra cujo prefixo não tem o mesmo significado do prefixo de
INSEGURANÇA:
a) desonestidade
b) ilegalidade
c) afônico
d) antipatriótico
e) imberbe
5. (UNISINO/RS) Sabendo que o radical grego algos (dor) aparece com a forma algia em palavras portuguesas, o
item em que a explicação não confere com o significado do vocábulo dado é:
a) otalgia - dor no olho
b) gastralgia - dor no estômago
c) odontalgia - dor de dente
d) hepatalgia - dor no fígado
e) cistalgia - dor na bexiga
6. (UFSC/SC) Assinale a alternativa em que o elemento mórfico em destaque está corretamente analisado.
a) menina (-a): desinência nominal de gênero
b) vendeste (-e-): vogal de ligação
c) gasômetro (-ô-): vogal temática segunda conjugação
d) amassem (-sse-): desinência de segunda pessoa do plural
e) cantaríeis (-is): desinência do imperfeito do subjuntivo
7. (CESGRANRIO/RJ) Assinale o par de vocábulos cujos prefixos apresentam significação equivalente à dos
elementos iniciais de impessoal e predeterminado.
a) amoral, epidérmico
b) antiaéreo, hipertenso
c) disforme, ultrapassado
d) contra-indicado, transatlântico
e) desumano, antediluviano
8. (FUVEST/SP) As palavras adivinhar, adivinho, adivinhação têm a mesma raiz, por isso são cognatas. Assinalar
a alternativa em que não ocorrem três cognatos.
a) alguém, algo, algum
b) ler, leitura, lição
c) ensinar, ensino, ensinamento
d) candura, cândido, incandescência
e) viver, vida, vidente
10. (FUVEST/SP) Assinale a alternativa em que a primeira palavra apresenta sufixo formador de advérbio e a
segunda, sufixo formador de substantivo.
a) perfeitamente, varrendo
b) provavelmente, erro
c) lentamente, explicação
d) atrevimento, ignorância
e) proveniente, furtado
11. (FUVEST/SP) Da relação seguinte, transcreva os vocábulos que indiquem inferioridade ou posição inferior.
sotopor obstruir
retroceder hipodérmico
supra-renal sobestar
sublingual hipertensão
infravermelho périplo
12. (CESESP/PE) Em qual das alternativas abaixo o sufixo exprime idéia de agente?
a) imperial
b) gloriosa
c) horrível
d) vencedor
e) abdicação
RESPOSTAS
1. C
2. D
3. B
4. D
5. A
6. A
7. E
8. E
9. B
10. C
11. Sotopor, sublingual, infravermelho, hipodérmico, sobestar
12. D
1. Composição
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de
composição:
a) justaposição: quando se juntam os radicais sem que haja alteração fonética.
Ex.: couve-flor, salário-família, passatempo, girassol
2. Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtêm palavras novas (derivadas) pela anexação de afixos à palavra
primitiva. A derivação pode ser:
a) prefixal (ou prefixação): quando a palavra nova é obtida por acréscimo de prefixo.
Ex.: INfeliz
DESleal
b) sufixal (ou sufixação): quando a palavra nova é obtida por acréscimo de sufixo.
Ex.: felizMENTE
LealDADE
c) parassintética (ou parassíntese): quando a palavra nova é obtida pelo acréscimo simultâneo de prefixo e
sufixo. Por parassíntese formam-se principalmente verbos:
Ex.: ENtristECER
ENtardECER
OBS.: Para que haja parassíntese, é necessário que o prefixo e o sufixo tenham se agregado simultaneamente
ao radical. Em infelizmente, não há parassíntese, uma vez que o prefixo e o sufixo não se agregaram ao mesmo
tempo ao radical - observe que existe a palavra infeliz e a palavra felizmente. Por outro lado, em entristecer,
ocorreu parassíntese, uma vez que o prefixo e o sufixo agregaram-se ao mesmo tempo ao radical - observe que
não existe a palavra entriste nem a palavra tristecer.
d) regressiva: na derivação regressiva a palavra nova é obtida por redução da palavra primitiva.
Ex.: sarampão - sarampo
barracão - barraco
A derivação regressiva é importante na formação de substantivos derivados de verbos (substantivos deverbais).
Ex.: palavras primitivas (verbos) - combater, caçar, pescar
palavras derivadas (substantivos) - combate, caça, pesca
Como nem sempre é fácil determinar se a palavra primitiva é o verbo ou o substantivo, sugerimos o critério do
filólogo Mário Barreto, citado por Celso Cunha na Gramática do Português Contemporâneo: "Se o substantivo
denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva; mas, se o nome denota algum objeto ou
substância, se verificará o contrário". Assim, combate, caça, pesca são derivados, respectivamente, de combater,
caçar, pescar. Mas planta, âncora e telefone são palavras primitivas que dão origem, respectivamente, aos
verbos plantar, ancorar e telefonar.
e) imprópria: na derivação imprópria, também chamada conversão, não há ocorrência de afixos. A palavra nova
(derivada) é obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra primitiva. Não ocorre, pois, mudança na
forma, mas tão-somente na classe gramatical. Observe:
Ex.: o jantar (substantivo), derivado de jantar (verbo)
mulher aranha (adjetivo), derivado de aranha (substantivo)
o porquê (substantivo), derivado de porque (conjunção)
Outros processos
Além dos dois processos principais (composição e derivação), existem outros que, embora menos importantes,
também contribuem para a formação de novas palavras em português. São eles:
1. hibridismo: uma palavra é formada por hibridismo quando na constituição dela entram elementos oriundos de
línguas diferentes.
Ex.: automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
alcoômetro (álcool: árabe; metro: grego)
burocracia (buro, de "bureau": francês; cracia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
3. abreviação: consiste na redução da palavra até o limite que não prejudique a compreensão.
Ex.: moto (por motocicleta), foto (por fotografia), pneu (por pneumático)
As siglas podem ser consideradas um tipo especial de abreviação.
Ex.: PT (Partido dos Trabalhadores), CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), INCRA (Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
RADICAIS E PREFIXOS
A seguir, apresentamos listas de alguns dos principais radicais e prefixos de origem grega e de origem latina
encontrados em Português.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FURG/RS) A alternativa em que todas as palavras foram formadas pelo mesmo processo de composição é:
a) passatempo / destemido / subnutrido
b) pernilongo / pontiagudo / embora
c) leiteiro / histórico / desgraçado
d) cabisbaixo / pernalta / vaivém
e) planalto / aguardente / passatempo
4. (FUVEST/SP) Nas palavras: atenuado, televisão, percurso, temos, respectivamente, os seguintes processos
de formação de palavras:
a) parassíntese, hibridismo, prefixação
b) aglutinação, justaposição, sufixação
c) sufixação, aglutinação, justaposição
d) justaposição, prefixação, parassíntese
e) hibridismo, parassíntese, hibridismo
5. (E.S. UBERABA/MG) Todos os verbos seguintes são formados por parassíntese (derivação parassintética),
EXCETO:
a) endireitar
b) atormentar
c) enlouquecer
d) desvalorizar
e) soterrar
6. (U.F. UBERLÂNDIA/MG) Em qual dos itens abaixo está presente um caso de derivação parassintética:
a) operaçãozinha
b) conversinha
c) principalmente
d) assustadora
e) obrigadinho
7. (UNISINOS/RS) o item em que a palavra não está corretamente classificada quanto ao seu processo de
formação é:
a) ataque - derivação regressiva
b) fornalha - derivação por sufixação
c) acorrentar - derivação parassintética
d) antebraço - derivação prefixal
e) casebre - derivação imprópria
8. (UM/SP) Na oração: "Ao entardecer, refizeram suas malas e vagarosos voltaram à capital", há palavras
formadas, respectivamente, por derivação:
a) prefixal, parassintética, sufixal
b) sufixal, prefixal e sufixal, parassintética
c) parassintética, sufixal, prefixal
d) prefixal e sufixal, prefixal, sufixal
e) parassintética, prefixal, sufixal
10. (ACAFE/SC) Quanto ao processo de formação, aponte o exemplo em que a palavra é incorretamente
classificada.
a) infeliz: derivação prefixal
b) inutilmente: derivação prefixal e sufixal
c) couve-flor: composição por justaposição
d) planalto: composição por aglutinação
e) semideus: composição por aglutinação
12. ESAM/RN) Assinale a alternativa cujas palavras são, respectivamente, parassintética, onomatopaica e
híbrida.
a) anoitecer, coaxar, televisão
b) deslealdade, chilrear, automóvel
c) fidalgo, zunzun, embarcar
d) descobrimento, tique-taque, decímetro
e) enriquecer, zás-trás, pernalta
13. (FUVEST/SP) Os verbos envelhecer, enegrecer e apodrecer são formados com prefixo e sufixo, tendo como
base os radicais de velho, negro e podre, respectivamente. Dê os verbos formados pelo mesmo processo, com o
radical das palavras ferver, alto, candente e voar.
RESPOSTAS
FONÉTICA E FONOLOGIA
Os fonemas
Fonemas são unidades sonoras mínimas que possuem a propriedade de estabelecer distinção entre vocábulos
de uma língua; eles têm, portanto, valor opositivo. Por exemplo:
/p/ /a/
/b/ /e/
par bala
bar bela
Os fonemas de uma língua costumam ser representados por sinais gráficos denominados letras. Nem sempre há,
numa palavra, equivalência entre o número de letras e fonemas.
¨ Vogais: sons que resultam da livre passagem da corrente de ar pela boca. Funcionam sempre como base da
sílaba. Lembre-se de que não existe sílaba sem vogal. As vogais são A, E, I, O, U.
¨ Consoantes: são ruídos que resultam de algum obstáculo encontrado pela corrente de ar. Só formam sílaba
quando juntos de uma vogal.
São exemplos de consoantes: B, C, D, F, etc.
¨ Semivogais: são fonemas de caráter vocálico que se juntam a uma vogal para com ela formar sílaba. As
semivogais nunca funcionam como base de sílaba. As semivogais são o I e o U. Entre as semivogais incluem-se
as letras O com som de U e E com som de I.
É importante ressaltar que um mesmo ditongo pode acumular duas dessas categorias. Veja os exemplos:
¨ Hiato: encontro imediato de duas vogais, cada uma delas pertencendo a uma sílaba distinta.
Ex.: ra-iz, sa-ú-de, co-rô-o, Sa-a-ra
OBS.:
· Em palavras onde as duas letras dos grupos GU, QU, SC e XC forem pronunciadas, eles não são dígrafos.
Ex.: água, aquário, escrita, exclamar
· Entre os dígrafos incluem-se grupos do tipo AM, AN, EM, EN, etc. em palavras como: tampa, tinta.
Não devemos, pois, confundir dígrafo com encontro consonantal, que é o encontro imediato de duas ou mais
consoantes num só vocábulo.
Os encontros consonantais podem ser:
a) perfeitos: quando as consoantes pertencem à mesma sílaba.
Nesse caso, a segunda consoante geralmente é L ou R.
Ex.: blu-sa, pra-to
b) imperfeitos: quando as consoantes pertencem a sílabas diferentes.
Ex.: af-ta, ab-so-lu-to
Sílaba
Sílaba é o grupo sonoro pronunciado numa só expiração. Lembre-se, ainda, de que toda sílaba tem por base
uma vogal.
Uma palavra tem, a rigor, tantas sílabas quantos forem os impulsos sonoros para pronunciá-la.
Quanto ao número de sílabas, os vocábulos classificam-se em
a) monossílabos: quando têm uma única sílaba.
Ex.: me, a, um, dor, cor, já, lá, pá, sol
b) dissílabos: quando têm duas sílabas.
Ex.: ca-sa, li-vro, cha-ve, pi-pa, Lú-cia
c) trissílabos: quando têm três sílabas.
Ex.: ca-der-no, ca-ne-ta, Ca-pi-tu
d) polissílabos: quando têm mais de três sílabas.
Ex.: ma-ra-cu-já, me-lan-ci-a, in-fe-liz-men-te
Divisão silábica
5. Afora as regras acima, cumpre lembrar que toda consoante interna não seguida de vogal pertence à sílaba
anterior.
Ex.: in-dig-no, af-ta, rit-mo, ap-to
A sílaba da palavra que recebe o acento tônico, ou seja, aquela que é pronunciada com maior intensidade se
chama sílaba tônica.
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em:
a) Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última sílaba da palavra.
Ex.: ma-ra-cu-já, ca-fé, re-com-por
QUESTÕES DE VESTIBULAR
2. (U.E. PONTA GROSSA/PR) Nesta relação, as sílabas tônicas estão sublinhadas. Uma delas, porém, está
sublinhada incorretamente. Assinale-a:
a) interim
b) pudico
c) rubrica
d) gratuito
e) inaudito
3. (ITA/SP) O acento gráfico das palavras pudico, interim, aerolito e aerodromo foi, aqui, caso ocorra,
propositadamente eliminado. Quanto ao acento tônico, sua respectiva classificação é:
a) paroxítona, paroxítona, paroxítona, paroxítona
b) paroxítona, proparoxítona, proparoxítona, proparoxítona
c) proparoxítona, proparoxítona, proparoxítona, proparoxítona
d) paroxítona, proparoxítona, proparoxítona, paroxítona
e) paroxítona, oxítona, paroxítona, proparoxítona
5. (ACAFE/SC) Na frase "No restaurante, onde entrei arrastando os cascos como um dromedário, resolvi-me ver
livre das galochas", existem:
a) 2 ditongos, sendo 1 crescente e 1 decrescente
b) 3 ditongos, sendo 2 crescentes e 1 decrescente
c) 3 ditongos, sendo 1 crescente e 2 decrescentes
d) 4 ditongos, sendo 2 crescentes e 2 decrescentes
e) 4 ditongos, sendo 3 crescentes e 1 decrescente
6. (IMS/SP) Assinale o vocábulo que contém cinco letras e quatro fonemas.
a) estou
b) adeus
c) livro
d) volto
e) daqui
7. (PUC/SP) Nas palavras nesta, manhã, lisonjeada, rompe e arrasta, temos a seguinte seqüência de letras e
fonemas:
a) 5-5, 6-5, 9-10, 5-5, 6-7
b) 5-5, 5-4, 10-9, 5-4, 7-7
c) 4-4, 4-2, 10-8, 4-3, 7-5
d) 5-5, 5-4, 10-9, 5-4, 7-6
e) 4-5, 5-2, 10-9, 4-5, 7-7
9. (FASP/SP) Indique a alternativa cuja seqüência de vocábulos apresenta, na mesma ordem, o seguinte:
ditongo, hiato, hiato, ditongo.
a) jamais, Deus, luar, daí
b) jóias, fluir, jesuíta, fogaréu
c) ódio, saguão, leal, poeira
d) quais, fugiu, caiu, história
10. (U.F. VIÇOSA/MG) As sílabas das palavras psicossocial e traído estão corretamente separadas em:
a) psi-cos-so-ci-al, tra-í-do
b) p-si-cos-so-cial, traí-do
c) psi-co-sso-ci-al, traí-do
d) p-si-co-sso-cial, traí-do
e) psi-cos-so-cial, tra-í-do
RESPOSTAS
1. A
2. A
3. B
4. E
5. C
6. E
7. D
8. C
9. B
10. A
Observe que, para que haja frase, a presença de um verbo não é obrigatória; desde que o enunciado possua
sentido completo, ele constituirá uma frase.
Oração é o enunciado em que ocorre sujeito e predicado, ou ao menos predicado, pois pode haver oração sem
sujeito.
Ex.: Choveu muito em Santa Catarina.
As enchentes destruíram a plantação.
FUNÇÕES DA PALAVRA SE
A palavra SE, em português, pode exercer diversas funções, que são as seguintes:
o Conjunção: quando relaciona entre si duas orações. Neste caso, não exerce função sintática. Como conjunção,
a palavra se pode ser:
a) conjunção subordinativa integrante: quando inicia uma oração subordinada substantiva.
Ex.: Perguntei se ele estava satisfeito.
Oração subordinada substantiva objetiva direta
b) conjunção subordinativa condicional: quando inicia uma oração subordinada adverbial condicional. Neste caso,
equivale a caso.
Ex.: O material será devolvido se você quiser.
Oração subordinada adverbial
condicional
o partícula expletiva de realce: quando pode ser tirada da frase sem prejuízo algum ao sentido.
Ex.: Passavam-se os dias, e nada ocorria.
o Parte integrante do verbo: quando faz parte dos verbos pronominais. Verbos pronominais são verbos que só se
usam com pronomes oblíquos, como queixar-se, arrepender-se, orgulhar-se, suicidar-se, esquecer-se, etc.
Ex.: Ele arrependeu-se do que fez.
o Partícula apassivadora: quando, ligada a verbo que pede objeto direto, torna a oração passiva. É também
chamada, neste caso, de pronome apassivador.
Ex.: Vendem-se casas.
OBS.: Quando o se funciona como partícula apassivadora, é possível converter a oração para a voz passiva
analítica.
Ex.: Casas são vendidas.
o Índice de indeterminação do sujeito: quando vem ligada a um verbo que não é transitivo direto, tornando o
sujeito indeterminado.
Ex.: Trabalha-se de dia.
OBS.: Verifique que, neste caso, não é possível a conversão para a voz passiva analítica.
o Pronome reflexivo e pronome recíproco: o se é pronome reflexivo ou recíproco na voz reflexiva do verbo. Nessa
voz verbal, o sujeito pratica a ação sobre si mesmo, e o pronome reflexivo ou recíproco indica o paciente da ação
verbal. Neste caso, o se pode assumir as seguintes funções sintáticas:
a) objeto direto: Ele cortou-se com a faca. (cortou a si mesmo = pronome reflexivo)
Muitos jogadores abraçaram-se após a saída. (abraçaram um ao outro pronome recíproco)
b) Objeto indireto: Ele arroga-se direitos que não possui. (arroga a si mesmo = pronome reflexivo)
Os antigos companheiros enviaram-se cartas durante muitos anos. (enviaram uns aos outros= pronome
recíproco)
c) Sujeito de um infinitivo: Deixou-se ficar no mesmo lugar em que caíra. (pronome reflexivo)
QUESTÕES DE VESTIBULAR
Resposta: a
2. (FCMS/SP) "Não se sabe se é verdade ou não." Os dois se que aparecem no texto acima são, conforme sua
colocação:
a) partícula apassivadora; pronome reflexivo, sujeito.
b) partícula apassivadora, conjunção integrante.
c) partícula integrante do verbo, conjunção condicional.
d) índice de indeterminação do sujeito, partícula de realce.
e) partícula integrante do verbo, conjunção integrante.
Resposta: b
3. (FATEC/SP) Considerando como conjunção integrante aquela que inicia uma oração subordinada substantiva,
indique em qual das orações nenhum se tem essa função:
a) "Se subiu, ninguém sabe, ninguém viu."
b) Comenta-se que ele se feria de propósito.
c) Se vai ou fica é o que eu gostaria de saber.
d) Saberia me dizer se ele já foi?
Resposta: b
4. (PUC/SP) Indique a alternativa em que a partícula se não tem valor de pronome apassivador:
a) "... ouviam-se gargalhadas e pragas..."
b) "... destacavam-se risos..."
c) "... trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias..."
d) "... já não se destacavam vozes dispersas..."
e) "... pigarreava-se grosso por toda parte..."
Resposta: e
5. (FAAP/SP) "De qualquer modo, a ciência saiu perdendo. Depois de duas décadas em que os Estados Unidos
mostraram o rumo da exploração dos planetas e galáxias distantes, esse país parecia (no fim da década de 70 e
começo de 80) disposto a ceder aquela liderança para os soviéticos e para duas novas potências espaciais - o
Japão e a agência européia de dez países. Então o presidente Reagan descobriu o espaço: melhoraram-se as
verbas para a Nasa, obteve-se novo impulso para a vivência do espaço, ordenou-se o desenvolvimento da
estação espacial. A estação deixou-se transformar num verdadeiro laboratório científico em órbita."
No parágrafo acima, há quatro ocorrências da palavra se. Pertencem elas à mesma classificação? Justifique.
......................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................
Resposta: Em todos os casos, o se é pronome. Nas três primeiras ocorrências, é partícula apassivadora; na
última, sujeito de um infinitivo.
Resposta: c
Resposta: a) 5; b) 3; c) 1; d) 4; e) 2.
8. (UM/SP) Aponte o período em que a palavra se seja uma conjunção subordinativa integrante.
a) A tristeza daquela jovem se funda em problemas pessoais.
b) Em suas palavras, não se separam mentiras de verdades.
c) Se essa obra fosse impressa no Brasil, teria o valor de oito mil cruzeiros.
d) Os dirigentes indagaram se seriam ordens adequadas a seus subalternos.
e) Os chefes administrativos mantêm-se atualizados quanto a questões existenciais das mais complexas.
Resposta: d
INTERJEIÇÃO
OBS.: Quando a interjeição é expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva.
Ex.: ora bolas!, cruz credo!, puxa vida!
QUESTÃO DE VESTIBULAR
RESPOSTA
1. A interjeição ah está enfatizando um sentimento afirmativo-admirativo em relação à atitude das pessoas que
vivem nas cidades pequenas e que ficam se intrometendo na vida alheia. Com o ah, a personagem expressa
até mesmo um sentimento de compreensão em relação a essas atitudes de tais pessoas.
NUMERAL
é a palavra que exprime quantidade, ordem de sucessão, fração e multiplicação, em relação ao substantivo.
Ex.: um, dois, mil, primeiro, décimo
Leitura do cardinal
Na leitura de numerais cardinais, deve-se colocar a conjunção e entre as centenas e dezenas, assim como entre
as dezenas e a unidade.
Ex.: 5 058 624 = cinco milhões cinqüenta e oito mil seiscentos e vinte e quatro
Leitura do ordinal
b) acima de 2 000, lê-se o primeiro algarismo como cardinal e os demais como ordinais.
Ex.: 2 648o = dois milésimo seiscentésimo quadragésimo oitavo
Modernamente, entretanto, tem-se observado a tendência de ler os números redondos como ordinais.
Ex.: 10 000o = décimo milésimo
Leitura do fracionário
O numerador de um numeral fracionário é sempre lido como cardinal. Quanto ao denominador, podem ocorrer
duas formas de leitura:
a) se for inferior a 10, ou ainda se for um número redondo, é lido com ordinal.
Ex.: 3/8 = três oitavos; 6/10 = seis décimos; 4/30 = quatro trigésimos
Exceções: ½ = meio; 1/3 = um terço
b) se for superior a 10 e não constituir número redondo, é lido como cardinal, seguido da palavra avos.
Ex.: 4/18 = quatro dezoito avos; 6/35 = seis trinta e cinco avos; 8/125 = oito cento e vinte e cinco avos
1. Na indicação de reis, papas, séculos, partes de uma obra, usam-se os numerais ordinais até décimo. A partir
daí, devem-se empregar os cardinais.
Ex.: século VII (sétimo); século XX (vinte)
João Paulo II (segundo)
João XXIII (vinte e três)
capítulo II (segundo)
capítulo XIII (treze)
2. O numeral anteposto ao substantivo deve ser lido como ordinal, concordando com esse substantivo. Já o
numeral posposto ao substantivo deve ser lido como cardinal, concordando com a palavra número, que se
considera subentendida.
Ex.: III Salão do Automóvel (terceiro)
X Copa do Mundo (décima)
Casa 2 (dois)
Apartamento 24 (vinte e quatro)
OBS.: Quando se quer fazer referência ao primeiro dia do mês, deve-se utilizar o numeral ordinal.
Ex.: primeiro de maio; primeiro de abril
A palavra UM
A palavra um pode ser artigo, numeral ou pronome indefinido. Para classificá-la, é preciso analisar o contexto em
que está inserida e em alguns conceitos gramaticais.
o Pronome: O pronome indefinido um geralmente vem empregado em construções combinadas com o pronome
indefinido outro.
Ex.: Um gosta de futebol, outro de vôlei.
o : o numeral um necessariamente remete à idéia de quantidade. Para classificar a palavra um como numeral, é
fundamental que a frase apresente uma construção paralela empregando outro numeral.
Ex.: O juiz mostrou um cartão vermelho e três amarelos.
"Um elefante incomoda muita gente,
Dois elefantes incomodam muito mais."
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FUVEST/SP)
a) Dê o numeral correspondente a três vezes maior e o correspondente a três vezes menor.
b) A palavra primeira é um ordinal. Dê o ordinal correspondente a 1075.
3. (FAAP/SP)
"Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente."
No primeiro verso, um é:
a) artigo definido
b) artigo indefinido
c) numeral ordinal
d) numeral cardinal
e) pronome
4. (UNESP/SP) Assinale o caso em que não haja expressão numérica de sentido indefinido.
a) Ele é o duodécimo colocado.
b) Quer que veja este filme pela milésima vez?
c) "Na guerra os meus dedos disparam mil mortes."
d) "A vida tem uma só entrada; a saída é por cem portas."
e) N.D.A
5. (FMU/SP) Sabendo-se que os numerais podem ser cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários, podemos
dar os seguintes exemplos:
a) uma (cardinal), primeiro (ordinal), Leão onze (multiplicativo) e meio (fracionário)
b) um (cardinal), milésimo (ordinal), undécuplo (multiplicativo) e meio (fracionário)
c) um (ordinal), primeiro (cardinal), Leão onze (multiplicativo) e meio (fracionário)
d) um (ordinal), primeiro (cardinal), cêntuplo (multiplicativo) e centésimo (fracionário)
e) um (cardinal), primeiro (ordinal), duplo (multiplicativo), não existindo numeral denominado fracionário
6. (PUCC/SP) Os ordinais referentes aos números 80, 300, 700 e 90 são, respectivamente:
a) octagésimo, trecentésimo, septingentésimo, nongentésimo
b) octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, nonagésimo
c) octingentésimo, tricentésimo, septuagésimo, nonagésimo
d) octogésimo, tricentésimo, septuagésimo, nongentésimo
RESPOSTAS
Orações subordinadas adjetivas são aquelas que exercem a função sintática de adjunto adnominal, função
própria do adjetivo. Estão relacionadas a um nome da oração principal e vêm introduzidas por um pronome
relativo.
Ex.: l. Admiramos os alunos estudiosos.
Adjetivo
No exemplo l, o adjetivo estudioso exerce a função sintática de adjunto adnominal. Já no exemplo ll, a função
sintática de adjunto adnominal não é mais exercida por um adjetivo, mas por uma oração que equivale a um
adjetivo: que estudam. A essa oração, que exerce a função sintática de adjunto adnominal, dá-se o nome de
subordinada adjetiva.
OBS.: É muito fácil reconhecer uma oração subordinada adjetiva, já que ela sempre vem introduzida por um
pronome relativo. A oração adjetiva pode estar depois da oração principal ou nela intercalada.
Ex.: Serão premiados os alunos que conseguirem melhor nota.
Os alunos que conseguirem melhor nota serão premiados.
Verifique que a qualidade expressa pela oração adjetiva que fuma não se aplica a todos os elementos da espécie
"homem". Dizemos, então, que ela restringe a significação do nome a que se refere.
Veja outros exemplos:
b) explicativas: quando não estão restringindo a significação do nome; pelo contrário, estão acrescentando uma
característica que é própria do elemento a que se referem.
Ex.: O homem, que é um ser racional, vive pouco.
Verifique que a qualidade que é um ser racional não restringe a significação do nome a que se refere, uma vez
que se aplica a todos os elementos da espécie, acrescentando-lhe tão-somente uma característica que lhe é
própria. Dizemos então que ela explica o significado do nome a que se refere.
OBS.: As orações subordinadas adjetivas explicativas são obrigatoriamente separadas da principal por vírgula.
O Brasil, que é o maior país da América do Sul, não possui grandes reservas de petróleo.
Esta cidade, onde nasci, já possui mais de trezentos anos.
O rio Paraná, cujas águas estão poluídas, divide os estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FUVEST/SP)
Conheci que (1) Madalena era boa em demasia...
A culpa foi desta vida agreste que (2) me deu uma alma agreste.
Procuro recordar o que (3) dizíamos.
Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que (4) piava há dois anos?
Esqueço que (5) eles me deixaram e que (6) esta casa está quase deserta.
Nas frases acima, o que aparece seis vezes; em três delas é pronome relativo. Quais?
a) 1 - 2 - 4
b) 2 - 4 - 6
c) 3 - 4 - 5
d) 2 - 3 - 4
e) 2 - 3 - 5
Resposta: d
2. (PUC/SP) Sobre o trecho "A questão era conseguir o Engenho Vertente, com o seu riacho que poderia descer
em nível para irrigação das terras que dariam flor-de-cuba para uma Catunda", é correto afirmar que:
a) há duas orações subordinadas adjeyivas, introduzidas pelo pronome relativo que.
b) há, respectivamente, uma oração subordinada substantiva, introduzida pela conjunção integrante que, e uma
oração subordinada adjetiva, introduzida pelo pronome relativo que.
c) a primeira oração é subordinada adverbial final.
d) a última oração é subordinada adverbial final.
e) o verbo descer marca o início de uma oração subordinada adverbial reduzida de infinitivo.
Resposta: a
3. (PUCC/SP)
l - Contou seu segredo a duas pessoas.
ll - As duas pessoas eram de confiança.
Observe as duas frases acima. Assinale a alternativa em que elas estão em correta relação lógica e sintática.
a) Contou seu segredo para duas pessoas, por causa que elas eram pessoas de confiança.
b) Pois as duas pessoas eram de confiança, então ele contou seu segredo para elas.
c) As duas pessoas a quem contou seu segredo eram de confiança.
d) Contou seu segredo a duas pessoas, conquanto fossem de confiança.
e) Contou seu segredo a duas pessoas, conforme eram de confiança.
Resposta: c
4. (PUC/SP) No período:
"E há poetas míopes que pensam que é o arrebol", a partícula que introduz, respectivamente, orações:
a) subordinada substantiva completiva nominal e subordinada substantiva objetiva direta.
b) Subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva predicativa.
c) Subordinada adjetiva restritiva e subordinada adjetiva explicativa.
d) Subordinada substantiva predicativa e subordinada substantiva objetiva direta.
e) Subordinada adjetiva restritiva e subordinada substantiva objetiva direta.
Resposta: e
5. (PUC/SP) Sob o ponto de vista morfológico, a partícula que, assinalada nas duas orações da questão anterior,
classifica-se, respectivamente, como:
a) pronome indefinido, pronome relativo.
b) pronome relativo, conjunção integrante.
c) pronome indefinido, conjunção integrante.
d) conjunção integrante, conjunção integrante.
e) conjunção consecutiva, conjunção comparativa.
Resposta: b
6. (UNIMEP/SP)
l. Este é Renato.
ll. Eu posso contar com a ajuda de Renato.
Se juntarmos as duas orações num só período, usando um pronome relativo, teremos:
a) Este é Renato, com quem eu posso contar com a ajuda dele.
b) Este é Renato, que eu posso contar com a ajuda dele.
c) Este é Renato, o qual eu posso contar com sua ajuda.
d) Este é Renato, com cuja ajuda eu posso contar.
e) Este é Renato, cuja ajuda eu posso contar.
Resposta: d
Resposta: b
8. (VUNESP/SP) Observe o período: "agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém."
a) Substitua a segunda oração por um substantivo ou pronome substantivo.
...............................................................................................................................................................
Resposta: b
11. (FAAP/SP) "Não compreendíamos a razão por que o ladrão não montava a cavalo."
A oração em destaque é:
a) subordinada adjetiva restritiva
b) subordinada adjetiva explicativa
c) subordinada adverbial causal
d) subordinada substantiva objetiva indireta
e) subordinada substantiva completiva nominal
Resposta: a
12. (FATEC/SP) Há orações reduzidas que podem ser desenvolvidas em oração adjetiva. Exemplo: "Vi um rapaz
pedindo esmola a sua irmã" se desenvolve em "Vi um rapaz que pedia esmola a sua irmã." Aponte a alternativa
em que isso também ocorre:
a) Eram cadáveres a se erguerem dos túmulos.
b) Volte aqui, chegando a hora.
c) A solução era esperarmos.
d) Estaríamos prontos, chegada a hora.
e) n. d. a.
Resposta: a
Orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função sintática de adjunto adverbial, função
própria do advérbio.
Observe:
l. Saímos tarde.
Advérbio
No exemplo l, o advérbio tarde exerce a função sintática de adjunto adverbial. Já no exemplo ll, a função sintática
de adjunto adverbial não é mais exercida por um advérbio, mas por uma oração equivalente - quando era tarde. A
essa oração, que exerce a função sintática de adjunto adverbial, dá-se o nome de subordinada adverbial.
As orações subordinadas adverbiais iniciam-se pelas conjunções subordinativas, exceto as integrantes, que
iniciam as orações subordinadas substantivas.
As orações subordinadas adverbiais podem exprimir várias circunstâncias. A Nomenclatura Gramatical Brasileira
faz referência a nove tipos de oração adverbial:
· Causal
· Comparativa
· Consecutiva
· Concessiva
· Condicional
· Conformativa
· Final
· Proporcional
· Temporal
a) causal: exprime circunstância de causa, aqui entendida como motivo, isto é, aquilo que determina ou provoca
um acontecimento.
Ex.: Não viajamos porque estava chovendo.
As principais conjunções causais são: porque, visto que, já que, uma vez que, como (quando equivale a porque).
b) comparativa: exprime circunstância de comparação, que é o ato de confrontar dois elementos a fim de se
conhecer as semelhanças ou diferenças existentes entre eles.
Ex.: Choveu como chove em Manaus.
A principal conjunção consecutiva é que (precedido de um termo intensivo: tão, tal, tanto).
d) concessiva: exprime circunstância de concessão. Concessão é o ato de conceder, de permitir, de não negar,
de admitir uma idéia contrária.
Ex.: Choveu embora a meteorologia previsse bom tempo.
As principais conjunções concessivas são: embora, se bem que, ainda que, mesmo que, por mais que, por
menos que, conquanto.
e) condicional: exprime circunstância de condição, entendida como uma obrigação que se impõe ou se aceita
para que um determinado fato se realize.
Ex.: Viajaremos se não chover amanhã.
As principais conjunções condicionais são: se, caso, contanto que, desde que.
f) conformativa: exprime circunstância de conformidade, isto é, de acordo, de adequação, de não contradição.
Ex.: Choveu conforme era previsto.
g) final: exprime circunstância de finalidade. Entende-se por finalidade o objetivo, a destinação de um fato.
Ex.: Os lavradores esperavam a chuva a fim de que não perdessem a colheita.
h) proporcional: exprime circunstância de proporção. Entenda-se por proporção a relação existente entre duas
coisas, de modo que qualquer alteração em uma delas implique alteração na outra.
Ex.: À proporção que a civilização progride, o romantismo se extingue.
As principais conjunções proporcionais são: à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menos.
As principais conjunções temporais são: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
2. (ITA/SP) Em qual dos períodos abaixo há uma oração subordinada adverbial que expressa idéia de
concessão?
a) Diz-se que a obra de arte é aberta; possibilita, portanto, várias leituras.
b) Pode criticar, desde que fundamente sua crítica em argumentos.
c) Tamanhas são as exigências da pesquisa científica, que muitos desistem de realizá-la.
d) Os animais devem ser adestrados, ao passo que os seres humanos devem ser educados, visto que possuem
a faculdade de inteligência.
e) Não obstante haja concluído dois cursos superiores, é incapaz de redigir uma carta.
Resposta: e
3. (PUCC/SP) Esta questão apresenta cinco propostas diferentes de redação. Assinale a alternativa em que a
redação apresenta falhas na estruturação das frases ou na relação entre elas.
a) Como o senhor não queria perder nenhum de seus trabalhadores, havia regras estipulando que os servos ou
seus filhos não poderiam casar-se fora dos domínios, exceto com permissão especial.
b) O senhor não queria perder nenhum de seus trabalhadores; por isso havia regras que lhe garantiam que os
servos - ou seus filhos - não poderiam casar-se fora dos domínios, exceto com permissão especial.
c) Para garantir ao senhor que os servos, ou seus filhos, não se afastassem - o que resultaria em perda de
trabalhadores - havia regras estipulando que não poderiam casar-se fora dos domínios, exceto com permissão
especial.
d) Salvo em alguns casos, e com permissão especial, não se permitia aos servos ou seus filhos casarem-se fora
dos domínios, o que garantia ao senhor conservar seus trabalhadores.
e) Para não perder-se nenhum dos próprios trabalhadores, é que o senhor estipulava regras para os servos e
seus filhos, que então não podiam casar fora dos seus domínios, mas com permissão especial em certos casos,
sim.]
Resposta: e
4. (UNICAMP/SP) Substitua a palavra em destaque no trecho transcrito abaixo por outra que garanta o mesmo
sentido ao texto (você poderá ainda fazer outras modificações, se as julgar indispensáveis).
"Se não chegam a configurar um processo de radicalização verbal e de alarmismo deliberado, ainda assim são
preocupantes e lamentáveis as declarações do ministro da Indústria e Comércio, Roberto Cardoso Alves, de que
partidos como o PT e os PCs não deveriam ter existência legal, por não possuírem, na opinião do ministro,
compromisso com a democracia." (Folha de S. Paulo, 8/12/88)
......................................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................
Resposta: Mesmo que não cheguem a configurar... / Embora não cheguem a configurar... / Ainda que não
cheguem a configurar...
5. (UNIMEP/SP) Assinale a alternativa que, embora tenha valor causa-conseqüência, não contém oração
adverbial causal:
a) Cheguei tarde, porque choveu muito.
b) Como estava doente, não fui à escola.
c) Estava tanto frio, que não saí de casa.
d) Fiquei chateado, pois fui despedido.
e) Devo ir mal na prova, já que não estudei.
Resposta: c
6. (VUNESP/SP) "Anda a espreitar meus olhos para roê-los, (...)" Transcreva o período acima, desenvolvendo a
oração reduzida em destaque. A seguir, classifique-a.
......................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................
Resposta: Anda a espreitar meus olhos a fim de que os roa. / oração subordinada adverbial final.
7. (VUNESP/SP) Das alternativas abaixo, apenas em uma não se considera um fato natural as violetas
murcharem, por receberem muita água. Assinale-a:
a) Como as violetas foram muito molhadas, murcharam.
b) Desde que as violetas sejam muito molhadas, murcham.
c) As violetas foram muito molhadas, de modo que murcharam.
d) Embora as violetas tivessem sido muito molhadas, murcharam.
e) As violetas foram tão molhadas, que murcharam.
Resposta: d
8. (UNICAMP/SP) O autor do texto abaixo conhece um tipo de raciocínio cuja estrutura lembra propriedades de
um círculo e tenta reproduzi-lo. No entanto, não é bem-sucedido.
"(...) Gera-se, assim, o círculo vicioso do pessimismo. As coisas não andam porque ninguém confia no governo. E
porque ninguém confia no governo as coisas não andam." (Gilberto Dimenstein, Folha de S. Paulo, 22/11/90)
a) Reescreva o trecho de maneira que ele passe a ter a estrutura de um verdadeiro círculo vicioso.
......................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
b) Comparando o que você fez e o que fez o autor, explique em que ele se equivocou.
......................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................
Resposta: a) As coisas não andam porque ninguém confia no governo, e ninguém confia no governo porque as
coisas não andam.
b) É necessário que aquilo que é causa num primeiro momento passe a ser conseqüência no momento seguinte,
e vice-versa. O autor mantém a falta de confiança no governo como causas nas duas frases.
9. (UFV/MG) "Um dia, como lhe dissessem que iam dar o passarinho. Caso continuasse a comportar-se mal,
correu para a área e abriu a porta da gaiola." (Paulo Mendes Campos)
As orações em destaque são, respectivamente, subordinadas adverbiais:
a) causal e condicional
b) comparativa e causal
c) conformativa e consecutiva
d) condicional e concessiva
e) comparativa e conformativa
Resposta: a
10. (FUVEST/SP)
"Sei que esperavas desde o início
que eu te dissesse hoje o meu canto solene.
Sei que a única alma que eu possuo
É mais numerosa que os cardumes do mar.
(Jorge de Lima)
As orações destacadas são orações subordinadas, respectivamente:
a) substantiva subjetiva, adjetiva, adverbial consecutiva.
b) Adjetiva, substantiva objetiva direta, adverbial comparativa
c) Substantiva objetiva direta, adjetiva, adverbial comparativa.
d) Adjetiva, substantiva subjetiva, adverbial correlativa.
e) Substantiva predicativa, adjetiva, adverbial consecutiva.
Resposta: c
11. (FUVEST/SP) No período "É possível discernir no seu percurso momentos de rebeldia contra a
estandardização e o consumismo", a oração destacada é:
a) subordinada adverbial causal, reduzida de particípio.
b) Subordinada objetiva direta, reduzida de infinitivo.
c) Subordinada objetiva direta, reduzida de particípio.
d) Subordinada substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo.
e) Subordinada substantiva predicativa, reduzida de infinitivo.
Resposta: d
12. (UCMG/MG) Em "Orai porque não entreis em tentação", o valor da conjunção é de:
a) causa.
b) Condição.
c) Conformidade.
d) Explicação.
e) Finalidade.
Resposta: e
ORTOGRAFIA
é a parte da gramática que estabelece as normas que devem ser seguidas para que as palavras sejam escritas
de maneira correta ( - do grego orthós = reto, direito + gráphein = escrever, descrever).
As orientações ortográficas atualmente em vigor fazem parte do Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa, elaborado pela Academia Brasileira de Letras e publicado em 1943.
Vamos expor, a seguir, de maneira simples, as orientações básicas a respeito do emprego de determinadas
letras em palavras cuja grafia pode dar margem a dúvidas.
Orientações ortográficas
Emprego do G/J
Emprega-se a letra g:
Emprego da letra S
· Nos verbos terminados em -isar, derivados de palavras que já têm a letra s no final de radical.
Ex.: frisar (friso); paralisar (paralisia); pisar (piso)
Emprego da letra Z
· Nos verbos terminados em -izar, derivados de palavras que não têm a letra s no fim do radical.
Ex.: atualizar (atual); dinamizar (dinâmico)
Emprego da letra X
· Para se fazer uma pergunta, utilizando frases interrogativas diretas ou interrogativas indiretas.
Ex.: Por que você não veio? (interrogativa direta)
Conte-nos por que você não veio. (interrogativa indireta)
OBS.: Nesse caso, imediatamente após a forma por que, fica subentendida a palavra motivo ou razão.
Ex.: Por que (motivo) você está triste?
OBS.: Nesse caso, a forma por que pode ser trocada por pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais. Confira
isso nos exemplos acima.
· Quando ela tiver função de conjunção explicativa ou causal, isto é, quando estiver ligando orações. Geralmente,
equivale a pois.
Ex.: Ele não veio, porque está doente.
Todos estavam quietos, porque a situação era preocupante.
· Quando ela tiver valor de substantivo, equivalendo à palavra motivo ou razão. Nesse caso, virá precedido de
artigo ou outra palavra determinante.
Ex.: Queremos saber o porquê de seu medo.
(Queremos saber o motivo de seu medo.)
Parônimos e homônimos
Parônimos são palavras parecidas na grafia ou na pronúncia, mas com significados diferentes.
Ex.: eminente ( = elevado); iminente ( = prestes a ocorrer)
Ratificar ( = confirmar); retificar ( = corrigir)
Homônimos são palavras que têm a mesma pronúncia ou a mesma grafia, mas significados diferentes.
As palavras homônimas dividem-se em:
Homógrafas: têm grafias iguais, mas pronúncias e significados diferentes.
Ex.: governo (ê); governo (é)
colher (ê); colher (é)
QUESTÕES DE VESTIBULAR
3. (UEBA/BA) Mesmo que ... não conseguiríamos ... na equipe de trabalho o nosso ... colega.
a) quiséssemos - encaichar - pretencioso
b) quiséssemos - encaixar - pretensioso
c) quiséssemos - encachar - pretensioso
d) quizéssemos - encaxar - pretensioso
e) quizéssemos - encaichar - pretencioso
4. (UNIRIO/RJ) Assinale o par em que uma das palavras está incorretamente grafada:
a) expectador - expectativa
b) viagem - viajem
c) admirar - pajem
d) advinhar - espectro
e) secção - cessão
7. (FGV/SP) "Suas atitudes ... da modéstia de sua origem e pareciam ... aos olhos dos ..."
a) destoavam / excêntricas / espectadores
b) distoavam / excêntricas / expectadores
c) distoavam / ecêntricas / expectadores
d) destoavam / ecêntricas / espectadores
e) distoavam / exêntricas / expectadores
10. (FUVEST/SP)
a) Forme substantivos femininos a partir das palavras seguintes, empregando convenientemente s ou z: limpo,
defender, barão, surdo, freguês.
b) Forme verbos a partir de: análise, síntese, paralisia, civil, liso.
11. (UF-VIÇOSA/MG) Em virtude do ... de visitantes, não havia local para o ... dos ...
a) escesso - descanso - excursionistas
b) excesso - descanço - excursionistas
c) excesso - descanço - excursionistas
d) excesso - descanso - excursionistas
e) escesso - descanço - excursionistas
12. (UM/SP) Assinale a alternativa que preencha os espaços corretamente. Com o intuito de ... o trabalho, o
aluno recebeu algumas incumbências: ... datas, ... o conteúdo e ... um estilo mais moderno.
a) finalisar, pesquisar, analisar, improvisar
b) finalizar, pesquisar, analisar, improvisar
c) finalizar, pesquisar, analisar, improvisar
d) finalizar, pesquisar, analizar, improvisar
e) finalizar, pesquisar, analisar, improvizar
13. (UM/SP) Aponte a alternativa que apresenta todas as palavras grafadas corretamente.
a) enxada, bondoso, bexiga, revezamento
b) faxina, tóxico, canalisar, nobreza
c) eresia, canzarrão, caxumba, hesitar
d) hêsito, gorjeio, algema, pesquisa
e) hegemonia, cangica, xadrez, vazio
15. (FUVEST/SP) Reescreva, preenchendo com por que, porque, porquê ou por quê:
a) ... é que você disse isso?
b) Não sei bem ...
c) Não será ... tem inveja dele?
d) Acho que não. Vou dizer-lhe a razão ... o disse.
16. (UFV/MG) Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há um sinônimo.
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
17. (UM/SP) Na oração "Em sua vida, nunca teve muito ..., apresentava-se sempre ... no ... de tarefas ...", as
palavras adequadas para o preenchimento das lacunas são:
a) censo, lasso, cumprimento, eminentes
b) senso, laço, comprimento, iminentes
c) senso, lasso, cumprimento, iminentes
d) senso, lasso, cumprimento, eminentes
e) censo, lasso, comprimento, iminentes
18. FUVEST/SP) No último ... da orquestra municipal, houve ... entre os convidados, apesar de ser uma festa ...
a) conserto, flagrantes descriminações, beneficente
b) concerto, fragrantes discriminações, beneficiente
c) conserto, flagrantes descriminações, beneficiente
d) concerto, fragrantes discriminações, beneficente
e) concerto, flagrantes discriminações, beneficente
19. (UNIMEP/SP) "Se você não arrumar o fogão, além de não poder cozinhar as batatas, há o perigo próximo de
uma explosão."
As palavras sublinhadas podem ser substituídas por:
a) concertar / coser / iminente
b) consertar / cozer / eminente
c) consertar / cozer / iminente
d) concertar / coser / iminente
e) consertar / coser / eminente
20. (UNISINOS/RS) O período em que a palavra destacada aparece empregada com sentido inadequado é:
a) Durante minha estada no Rio, visitei várias bibliotecas.
b) Na atual conjuntura política, não sabemos o que pensar.
c) A política conseguiu capturar o autor de mais um vultuoso contrabando.
d) Na última sessão da Câmara, os vereadores aprovaram diversos projetos importantes.
e) A fim de preservar seus direitos, ele impetrou novo mandado de segurança.
21. (UF-VIÇOSA/MG) Assinale a alternativa em que as palavras NÃO tenham à direita a expressão de seu
significado:
a) cessão = doação; seção = divisão
b) incipiente = ignorante; insipiente - principiante
c) consertar = reparar; concertar = combinar
d) ratificar = confirmar; retificar = alinhar
e) céptico = quem duvida; séptico = que causa infecção
22. (FUVEST/SP) "Meditemos na regular beleza que a natureza nos oferece"
Assinale a alternativa em que o homônimo tem o mesmo significado do empregado na oração acima:
a) Não conseguia regular a marcha do carro.
b) É bom aluno, mas obteve nota regular.
c) Aquilo não era regular; devia ser corrigido.
d) Admirava-se ali a disposição regular dos canteiros.
e) Daqui até sua casa há uma distância regular.
23. (FUVEST/SP)
1. Uma andorinha não faz verão.
2. Nem tudo que reluz é ouro.
3. Quem semeia ventos colhe tempestades.
4. Quem não tem cão caça com gato.
As idéias centrais dos provérbios acima são, na ordem:
a) solidariedade, aparência, vingança, dissimulação
b) cooperação, aparência, punição, adaptação
c) egoísmo, ambição, vingança, falsificação
d) cooperação, ambição, conseqüência, dissimulação
e) solidão, prudência, punição, adaptação
RESPOSTAS
1. C
2. E
3. B
4. D
5. D
6. B
7. A
8. A
9. C
10. a) limpeza, defesa, baronesa, surdez, freguesa
b) analisar, sintetizar, paralisar, civilizar, alisar
11. D
12. B
13. A
14. A
15. a) Por que b) porquê c) porque d) por que
16. A
17. C
18. E
19. C
20. C
21. B
22. D
23. B
Verifique que, no exemplo acima, temos três orações sintaticamente independentes; cada oração é, do ponto de
vista sintático, uma unidade autônoma.
As orações coordenadas podem vir ou não introduzidas pelas conjunções coordenativas. Quando não vêm
introduzidas por conjunção, recebem o nome de coordenadas assindéticas. Quando vêm introduzidas por
conjunção, recebem o nome de coordenadas sindéticas.
As orações coordenadas sindéticas classificam-se, de acordo com a conjunção que as introduz, em:
a) aditivas: exprimem idéia de soma, adição.
Ex.: Pedro estuda e trabalha.
As principais conjunções adversativas são: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
c) alternativas: exprimem idéia de alternância, escolha. Haverá alternância quando a ocorrência de um fato
implicar a não ocorrência de outro.
Ex.: Venha agora ou perderá a vez.
As principais conjunções alternativas são: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já, seja...seja.
As principais conjunções conclusivas são: logo, portanto, então, pois (posposto ao verbo).
ORAÇÕES INTERCALADAS
Orações intercaladas, também conhecidas como orações interferentes, são orações independentes que não
pertencem à seqüência do período. São utilizadas para um esclarecimento, um aparte, uma citação.
Ex.: Eu - retrucou o advogado - não concordo.
"- Tem razão, Capitu, concordou o agregado. Você não imagina como a Bíblia é cheia de expressões cruas e
grosseiras." (Machado de Assis)
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FUVEST/SP) Dentre os períodos transcritos do texto, um é composto por coordenação e contém uma oração
coordenada sindética adversativa. Assinalar a alternativa correspondente a este período:
a) A frustração cresce e a desesperança não cede.
b) O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungente ou a auto-absolvição?
c) É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos riqueza suficiente para distribuir.
d) Sejamos francos.
e) Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica, mas ao mesmo tempo extremamente
representativos como população.
Resposta: e
2. (PUCC/SP) Assinale a alternativa correspondente à frase em que ocorre uso incorreto de conjunção.
a) O homem criou a máquina para facilitar sua vida, e contudo ela correspondeu a essa expectativa.
b) Diga-lhe que abra logo a porta, que eu estou com pressa.
c) Ele tinha todas as condições para representar bem os colegas; nem todos lhe reconheciam os méritos, porém.
d) O problema é que ainda não se sabe se ele agiu conforme as normas da empresa.
e) Ao perceber que o tinham feito com seus livros, gritou que parecia um louco.
Resposta: a
3. (UNIMEP/SP) "Mauro não estudou nada e foi aprovado". Apesar do e, normalmente aditivo, a oração em
destaque é:
a) adversativa
b) conclusiva
c) explicativa
d) alternativa
e) causal
Resposta: a
4. (FUVEST/SP) Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste período:
"Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos".
a) Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano.
b) Foi até a esquina, parou, tomou fôlego.
c) Depois que aconteceu aquela miséria, temia passar ali.
d) Tomavam-lhe o gado quase de graça e ainda inventavam juro.
e) Não podia dizer em voz alta que aquilo era um furto, mas era.
Resposta: d
Resposta: c
6. (FEI/SP) "Sem dúvida as árvores se despojaram e enegreceram, o açude estancou, as porteiras dos currais se
abriram, inúteis." (Graciliano Ramos)
Classifique sintaticamente a oração destacada:
a) coordenada sindética aditiva
b) coordenada sindética adversativa
c) coordenada sindética conclusiva
d) coordenada assindética
Resposta: d
Resposta: b
8. (SANTA CASA/SP) Por definição, "oração coordenada que se prende à anterior por conectivo é denominada
sindética e é classificada pelo nome da conjunção que a encabeça." Assinale a alternativa onde aparece uma
coordenada sindética explicativa, conforme a definição:
a) A casaca dele estava remendada mas estava limpa.
b) Ambos se amavam, contudo não se falavam.
c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou lavando as vidraças.
d) Chora, que lágrimas lavam a dor.
e) O time ora atacava, ora defendia e no placar aparecia o resultado favorável.
Resposta: d
Resposta: e
10. SANTA CASA/SP) Seja racional, pois aqui não cabem critérios subjetivos.
Comece com: Aqui não cabem...
a) portanto
b) visto que
c) para isso
d) posto que
e) não obstante
Resposta: a
Todo período que traz orações subordinadas, ou seja, dependentes umas das outras, é composto por
subordinação.
Todo período composto por subordinação tem oração principal (também chamada subordinante) e oração
subordinada, a qual exerce uma função sintática em relação à principal e é iniciada por um conectivo (conjunção
ou pronome relativo). As orações subordinadas, conforme a função sintática que exerçam, classificam-se em:
· Substantivas
· Adjetivas
· Adverbiais
Muitas vezes, as orações subordinadas (substantivas, adjetivas e adverbiais) podem aparecer sob a forma de
orações reduzidas. As orações subordinadas reduzidas têm duas características:
1. apresentam o verbo em uma das formas nominais: gerúndio, particípio, infinitivo;
2. não vêm introduzidas por conectivos (conjunções subordinativas ou pronomes relativos).
As orações subordinadas reduzidas classificam-se, de acordo com a forma verbal que possuem, em:
Quase todas as orações reduzidas podem ser desdobradas e, assim, tornarem-se desenvolvidas, nome que se
dá às orações iniciadas por conectivos (conjunção e pronome relativo).
Toda oração iniciada por conjunção integrante (que e se) tem função substantiva, por isso recebe o nome de
oração substantiva. A função substantiva é exercida pelo sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento
nominal, predicativo e aposto.
Conforme a função sintática que desempenham, as orações subordinadas substantivas classificam-se em:
a) subjetivas: quando exercem a função de sujeito do verbo da oração principal. Observe:
l. Seu casamento é urgente.
ll. Que você se case é urgente.
No exemplo l, o núcleo do sujeito é representado por um substantivo - casamento. No exemplo ll, o sujeito é
representado por uma oração - que você case - que exerce a mesma função sintática do substantivo casamento.
Note as ocorrências mais freqüentes de orações subordinadas substantivas subjetivas:
b) objetivas diretas: quando exercem a função sintática de objeto direto do verbo da oração principal.
c) objetivas indiretas: quando exercem a função sintática de objeto indireto do verbo da oração principal.
e) completivas nominais: quando exercem a função sintática de complemento nominal de um nome da oração
principal.
As orações subordinadas substantivas começam geralmente pelas conjunções subordinativas integrantes (que e
se). Podem, no entanto, vir introduzidas por outras palavras.
Ex.: Não sei como ele se comportou.
Perguntei quando era o exame.
Não sei por que és tão vaidosa.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (PUC/SP) Em:
"Considerei, por fim, que assim é o amor..."
a oração em destaque tem, em relação à oração não destacada:
a) valor de adjetivo e função sintática de predicativo do sujeito.
b) Valor de advérbio e função sintática de adjunto adverbial de modo.
c) Valor de substantivo e função sintática de objeto direto.
d) Valor de substantivo e função sintática de sujeito.
e) Valor de adjetivo e função sintática de adjunto adnominal.
Resposta: c
2. (FUVEST/SP) "Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas nos encantou como se fosse inesperado: meu
pé de milho pendoou." (Rubem Braga)
A oração a que pertence o verbo encantar é introduzida pela conjunção mas, que a torna coordenada; por outro
lado, o pronome relativo que faz dela uma subordinada. Como você pode explicar essa dualidade?
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Resposta: Ela é coordenada à oração que a antecede (...era inevitável...) e subordinada à oração cujo sujeito é o
pronome demonstrativo º
3. (VUNESP/SP) "A conclusão é a de que mais vale um pássaro na mão do que nenhum."
a) Como se poderia analisar sintaticamente a oração em que ocorre o verbo vale?
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4. (UFRS/RS) Substituir a oração em destaque por um nome de sentido equivalente, efetuando as mudanças
necessárias.
a) Não importou, na época, que os inimigos de Nostradamus aprovassem ou não seus métodos.
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5. (UNIMEP/SP) Quatro alternativas a seguir contêm orações em destaque que desempenham a mesma função.
Assinale a alternativa que contém a oração que não exerce a mesma função que as demais.
a) É conveniente que você estude mais.
b) Sua mãe quer que você vá ao mercado.
c) Fazer a prova tranqüilo é importante.
d) Bastava que você lhe telefonasse ontem.
e) Seria necessário a inflação parar de subir.
Resposta: b
Resposta: c
7. (UFV/MG) As orações subordinadas substantivas que aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas,
exceto:
a) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço.
b) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita sobre sua vida.
c) Ignoras quanto custou meu relógio?
d) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos.
e) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião.
Resposta: c
Resposta: e
9. (PUC/SP) No trechos "... não é impossível que a notícia da morte me deixasse alguma tranqüilidade, alívio, e
um ou dois minutos de prazer" e "Digo-vos que as lágrimas eram verdadeiras", a palavra que está introduzindo,
respectivamente, orações:
a) Subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva objetiva direta.
b) Subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva objetiva direta.
c) Subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva subjetiva.
d) Subordinada substantiva completiva nominal, subordinada adjetiva explicativa.
e) Subordinada adjetiva explicativa, subordinada substantiva predicativa.
Resposta: a
Resposta: d
11. (ACAFE/SC) No período: "Não me parece bonito que o nosso Bentinho ande metido nos cantos com a filha
do Tartaruga...", a oração em destaque é:
a) subordinada substantiva objetiva indireta
b) subordinada substantiva objetiva direta
c) subordinada substantiva subjetiva
d) subordinada substantiva completiva nominal
e) subordinada substantiva predicativa
Resposta: c
12. (FUVEST/SP) Indique o objeto direto do verbo em destaque:
"... fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce..."
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13. (FUVEST/SP) Dos termos em destaque nas orações que seguem, diga qual deles tem função sintática
idêntica a "ser objeto do ódio daquele homem" em "Tornara-se doloroso para mim ser objeto do ódio daquele
homem":
"Não seria conveniente tramar toda aquela história."
Dizia ser ele homem de moral forte."
"O pretexto era sair daquele lugar incômodo."
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Resposta: d
PONTUAÇÃO
Para reproduzirmos, na linguagem escrita, os inumeráveis recursos da fala, contamos com uma série de sinais
gráficos denominados sinais de pontuação.
Alguns sinais de pontuação servem, fundamentalmente, para marcar pausas (o ponto, a vírgula, o ponto-e-
vírgula); outros têm a função de marcar a melodia, a entoação da fala (ponto de exclamação, ponto de
interrogação, etc.)
Não é fácil fixar regras para o emprego correto dos sinais de pontuação, uma vez que, além dos casos em que o
uso de determinados sinais é obrigatório, existem também razões de ordem subjetiva para sua utilização. A
seguir, apresentaremos algumas orientações sobre o emprego da vírgula, do ponto e vírgula e dos dois pontos.
EMPREGO DA VÍRGULA
A vírgula é o sinal de pontuação que indica uma pausa de curta duração, sem marcar o fim do enunciado. A
vírgula pode ser empregada para separar termos de uma oração ou para separar orações de um período.
Em português, a ordem normal dos termos na frase é a seguinte: sujeito - verbo - complementos do verbo -
adjuntos adverbiais. Quando os termos da oração se dispõem nessa ordem, dizemos que ocorre ordem direta (ou
ordem lógica).
Ex.: Muitos alunos estudaram a matéria da prova com afinco.
Sujeito verbo obj. direto adj. adverbial
Quando ocorre qualquer alteração na seqüência lógica dos termos, temos a ordem indireta.
Ex.:Com afinco, muitos alunos estudaram a matéria da prova.
Termo deslocado
Quando a oração se dispõe em ordem direta, não se separam por vírgulas seus termos imediatos. Assim, não se
usa vírgula entre o sujeito e o predicado, entre o verbo e seu complemento, e entre o nome e seu complemento
ou adjunto.
OBS.: Se o adjunto adverbial intercalado for de pequena extensão (um simples advérbio, por exemplo), não se
usa a vírgula, uma vez que não houve quebra da seqüência lógica do enunciado.
Ex.: Os candidatos sempre receberam a imprensa.
Normalmente, quando um termo és deslocado de seu lugar original na frase, deve vir separado por vírgula.
Nesse sentido, separam-se:
a) o adjunto adverbial anteposto:
Ex.: Naquele dia, os candidatos receberam a imprensa.
OBS.: Se o adjunto adverbial anteposto for um simples advérbio, a vírgula não é obrigatória.
Ex.: Hoje os candidatos deverão receber os jornalistas credenciados.
4. marcar o vocativo
Ex.: "Meus amigos, a ordem é a base do governo." (Machado de Assis)
OBS.: Pode-se, em vez de vírgula, marcar o vocativo com um ponto de exclamação a fim de dar ênfase.
Ex.: "Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?" (Castro Alves)
OBS.: Se os termos coordenados estiverem ligados pelas conjunções e, ou, nem, não se usa a vírgula.
Ex.: Aquela paisagem nos despertava confiança, tranqüilidade e calma.
Pedro ou Paulo casará com Heloísa.
Não necessitavam de dinheiro nem de auxílio.
Se essas conjunções vierem repetidas para dar idéia de ênfase, usa-se a vírgula.
Ex.: Não estudava nem Física, nem Química, nem Matemática, nem História.
OBS.: As orações adjetivas restritivas normalmente não se separam por vírgulas. Podem terminar por vírgula
(mas não começar por ela):
a) quando tiverem uma certa extensão:
Ex.: O homem que encontramos ontem à noite perto do lago, parecia aborrecido.
Orações dessa modalidade (sobretudo quando estiverem antecipadas) separam-se por vírgula.
Ex.: Quando o cantor entrou no palco, todos aplaudiram.
A questão, conforme se esperava, era complicadíssima.
"Matias estava compondo um sermão, quando começou o idílio psíquico." (Machado de Assis)
4. orações coordenadas
As orações coordenadas (exceto as iniciadas pela conjunção aditiva e) separam-se por vírgula.
Ex.: Cheguei, pedi silêncio, aguardei alguns minutos e comecei a palestra.
Eles se esforçaram muito, porém não obtiveram o resultado desejado.
5. orações intercaladas
São sempre separadas por vírgula ou duplo travessão.
Ex.: Eu, disse o orador, não concordo.
Eu - disse o orador - não concordo.
EMPREGO DO PONTO-E-VÍRGULA
O ponto-e-vírgula marca uma pausa mais longa que a vírgula, no entanto menor que a do ponto. Justamente por
ser um sinal intermediário entre a vírgula e o ponto, fica difícil sistematizar seu emprego. Entretanto, há algumas
normas para sua utilização.
Emprega-se o ponto-e-vírgula para:
1. separar orações coordenadas que já venham quebradas no seu interior por vírgula.
Ex.: Os indignados réus mostravam suas razões para as autoridades de forma firme; alguns, no entanto, por
receio de punições, escondiam detalhes aos policiais.
2. Separar orações coordenadas assindéticas que tenham nítido valor adversativo ou conclusivo.
Ex.: Muitos se esforçam; poucos conseguem.
A vida é frágil; deve-se manuseá-la com sensibilidade.
Os dois-pontos marcam uma sensível suspensão da melodia de uma frase para introduzir algo bastante
importante. Nesse sentido, utilizam-se os dois-pontos para:
b) dar início a uma seqüência que explica, esclarece, identifica, desenvolve ou discrimina uma idéia anterior.
Ex.: Já lhe dei tudo: amor, carinho, compreensão, apoio.
Tivemos uma ótima idéia: abandonar a festa.
O resultado não se fez esperar: fomos chamados à diretoria.
c) para iniciar uma enumeração.
Ex.: Eis, honestamente, o seu acervo: 2 batons; 1 lápis para cílios; 1 escovinha idem; 1 espelhinho (...) (Carlos
Drummond de Andrade)
QUESTÕES DE VESTIBULAR
Resposta: a, b, d
Resposta: e
3. (FUVEST/SP) "Donde houveste, ó pélago revolto,
Esse rugido teu?"
Explique o emprego das vírgulas no texto acima.
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4. (CEFET/PR) Se quisermos que o trecho "Transportar uma pedra de Curitiba a Roma uma andorinha não faz
verão" fique correto, devemos:
a) colocar vírgula após andorinha.
b) Pôr vírgula depois de não.
c) Acrescentar vírgula depois de Roma.
d) Colocar ponto-e-vírgula depois de uma.
e) Acrescentar ponto-e-vírgula após faz.
Resposta: e
Resposta: d
6. (EPFESP/PE) Todos os períodos a seguir são pontuados pelo mesmo motivo, exceto um. Identifique-o.
a) "Então, minha afilhada, como vai essa bizarria?'
b) "Mas que milagre o trouxe a estas horas cá por casa, seu compadre?"
c) "Atenção peço, senhores, para esta breve leitura."
d) Desde que "Humanitas", segundo a minha doutrina, é o princípio da vida e reside em toda parte..."
e) "Vá entrando, compadre."
Resposta: d
7. (FAAP/SP) Justifique a pontuação empregada por Carlos Drummond de Andrade em "Outros leram da vida um
capítulo, tu leste o livro inteiro". Que outras possibilidades estão previstas pela gramática para esse caso?
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Resposta: A vírgula separa orações coordenadas. Como a segunda oração tem nítido valor adversativo, poderia
ser usado ponto-e-vírgula para separar as duas orações.
8. (PUCC/SP) Observe as seguintes frases:
l - Ele foi, logo eu não fui.
ll - O menino, disse ele, não vai.
lll - Deus, que é Pai, não nos abandona.
lV - Saindo ele e os demais, os meninos ficarão sós.
Assinale a afirmativa correta:
a) Em l há erro de pontuação.
b) Em ll e lll as vírgulas podem ser retiradas sem que haja erro.
c) Em l, se se mudar a vírgula de posição, muda-se o sentido da frase.
d) Em ll, faltam dois-pontos depois de disse.
e) N. d. a.
Resposta: c
Resposta: As primeiras três vírgulas separam os termos coordenados sapatos, bares, mercados, butiques. A
quarta vírgula separa o adjunto adverbial anteposto ( "Entre... butiques"). As duas últimas vírgulas isolam o
adjunto adverbial deslocado a noite em meio.
10. CESGRANRIO/RJ) Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação
que devem preencher as lacunas da frase abaixo:
Quando se trata de trabalho científico .... duas coisas devem ser consideradas ... uma é a distribuição teórica que
o trabalho oferece ... a outra é o valor prático que possa ter.
a) dois-pontos, ponto-e-vírgula, ponto-e-vírgula
b) dois-pontos, vírgula, ponto-e-vírgula
c) vírgula, dois-pontos, ponto-e-vírgula
d) ponto-e-vírgula, dois-pontos, ponto-e-vírgula
e) ponto-e-vírgula, vírgula, vírgula
Resposta: c
Resposta: a
12. (CESGRANRIO/RJ) Assinale a opção em que a vírgula é empregada para separar dois termos que possuem
a mesma função sintática:
a) "Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu."
b) "Respeitei o engenho do dr. Magalhães, juiz."
c) "E fui mostrar ao ilustre hóspede a serraria, o descaroçador e o estábulo."
d) "depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca..."
e) "Não obstante essa propaganda, as dificuldades surgiram."
Resposta: c
13. (VUNESP/SP) "Bem sei que tudo ficou a mais de quinhentos metros, e ainda de longe continuais a sofrer."
"As canções que aprendestes e a dor que sabeis (...) "
Antes do conectivo e, pode-se ou não colocar vírgula, como se vê nos exemplos acima. Explique um e outro
caso.
......................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................
Resposta: A vírgula é usada no primeiro caso porque os sujeitos das orações coordenadas não são iguais. Como
no segundo caso são iguais, não se usa a vírgula.
Resposta: d
15. (UFPA/PA) Sobre a pontuação no trecho "... palavra digna e forte, e eu perguntava a mim mesmo o que
diriam de nós os gaviões, se Buffon tivesse nascido gavião...", pode-se dizer que:
a) depois de "que" não há vírgula porque tal pronome é sujeito de "diriam".
b) A expressão "Os gaviões", que exerce a função de aposto, deveria apresentar-se antecedida de vírgula.
c) A expressão "os gaviões", que exerce a função de vocativo, pode apresentar-se não antecedida de vírgula.
d) A colocação da vírgula antes de "os gaviões" altera o sentido do trecho.
e) A supressão da vírgula, depois de "forte", afeta o sentido do trecho.
Resposta: d
PREPOSIÇÃO
OBS.: O termo que antecede a preposição é denominado regente; o termo que a sucede é denominado regido.
Locução prepositiva
A um conjunto de duas ou mais palavras com valor de preposição dá-se o nome de locução prepositiva.
Ex.: abaixo de, acerca de, a fim de, além de, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto
de, para com, perto de, etc.
1. Algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras. Quando na junção da preposição
com outra palavra não houver alteração fonética, teremos combinação. Caso a preposição sofra redução,
teremos contração.
Ex.: combinação: ao (a + o); aos (a + os); aonde (a + onde)
Contração: do (de + o); dum (de + um); desta (de + esta); no (em + o); neste (em + este)
2. Não se deve contrair a preposição de com o artigo que encabeça o sujeito de um verbo.
Ex.: Está na hora de a onça beber água.
Chegou a hora de ele sair.
Tomadas isoladamente, sem um contexto, as preposições são palavras sem significado. No entanto, dependendo
da frase em que elas aparecem, podem exprimir as mais diversas relações.
¨ Preposição A
direção: Levantou os olhos ao céu.
lugar: Nosso amigo foi a Paris.
tempo: A jovem apenas saíra da tristeza em que ficara à partida do amigo.
meio: Os retirantes pretendiam viajar a cavalo.
instrumento: O terreno foi preparado a enxadão.
¨ Preposição COM
companhia: Viajarei com ela.
oposição: O Brasil jogou com a Argentina.
causa: Ela fora rica e empobrecera com a seca.
instrumento: Ele construiu uma caixa apenas com uma faca.
modo ( = maneira): Eles sempre falavam com medo.
¨ Preposição DE
causa: O animal morreu de fome.
assunto: Falemos de justiça.
origem ( = procedência): Sou filho das selvas.
meio: Viajaremos de avião.
tempo: De noite, os invasores atacaram a cidade.
¨ Preposição EM
modo: Os soldados marchavam em silêncio.
preço: A casa foi avaliada em cinco milhões.
lugar: Os livros estão na gaveta.
tempo: O fogo destruiu o prédio em segundos.
estado: A casa está em fase de acabamento.
¨ Preposição POR
lugar: O trem passa por Tambaú.
tempo: E hei de amar-te por toda a eternidade.
causa: Por ter dezessete anos, não pode assistir ao filme.
¨ Preposição SEM
ausência (falta): Em cada olhar sem luz, um sol sem vida.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (ACAFE/SC) Na frase: "Veio-me a desagradável impressão de que todo mundo reparava nas minhas
galochas", as palavras sublinhadas são, respectivamente:
a) pronome pessoal, substantivo, contração de preposição com artigo.
b) pronome pessoal, adjetivo, contração de preposição com artigo
c) pronome indefinido, adjetivo, preposição
d) pronome indefinido, advérbio, preposição
e) pronome possessivo, substantivo, conjunção
2. (U.E. PONTA GROSSA/PR) A cigarra começa a cantar assim que a primavera a desperta.
Nas suas quatro ocorrências do período acima, a palavra a classifica-se, respectivamente, como:
a) artigo, preposição, artigo, pronome
b) artigo, pronome, preposição, pronome
c) pronome, artigo, pronome, artigo
d) artigo, pronome, preposição, artigo
e) artigo, preposição, pronome, artigo
3. (FUVEST/SP) Em "óculos sem aro", a preposição sem indica falta, ausência. Explique o sentido expresso
pelas preposições destacadas em:
a) Cale-se ou expulso a senhora da sala.
b) Interrompia a lição com piadinhas.
4. (PUCC/SP) "Fui até a porta. Abri-a e vi os que estavam esperando o ônibus." As palavras destacadas são,
pela ordem:
a) artigo, preposição, pronome átono, artigo
b) preposição, pronome átono, artigo, preposição
c) preposição, pronome oblíquo, artigo, pronome demonstrativo
d) artigo, pronome átono, pronome demonstrativo, artigo
e) N.D.A
5. (UM/SP) A preposição ou a locução prepositiva podem, excepcionalmente, ligar orações. Assinale a alternativa
em que isso ocorre.
a) Por causa da chuva, ali permanecemos até a madrugada.
b) Fomos à cidade a fim de receber os documentos.
c) O professor assentou-se e discorreu longamente acerca de Aristóteles.
d) A casa foi construída de acordo com a planta do arquiteto.
e) Enquanto almoçávamos, eles se esconderam atrás da casa.
RESPOSTAS
1. A
2. B
3. a) lugar; b) modo
4. D
5. B
6. C
7. A
PRONOME
é a palavra variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como
pessoa do discurso.
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo.
Ex.: Ele chegou.
Convidei-o.
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a extensão de seu significado, dizemos tratar-
se de pronome adjetivo.
Ex.: Esta casa é antiga.
Meu livro caiu.
o s pessoais
OBS.: As formas comigo, contigo, conosco, convosco e consigo resultam da combinação da preposição com + os
pronomes oblíquos correspondentes.
o s de tratamento
Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Referem-se à pessoa a quem se
fala, embora a concordância deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a você,
esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.
Veja a seguir alguns desses pronomes:
abreviatura emprego
1. Os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas) devem ser empregados na função
sintática de sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento. Na função de complemento, usam-se
os pronomes oblíquos e não os pronomes retos.
Ex.: Ele compareceu à festa.
Convidei-o.
2. Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando precedidos de preposição, passam a funcionar como oblíquos. As
formas retas eu e tu só podem funcionar com sujeito. Quando precedidas de preposição, não se usam as formas
retas eu e tu, mas as formas oblíquas mim e ti.
Ex.: Informaram a ele os reais motivos.
Ninguém irá sem mim.
Nunca houve discussão entre mim e ti.
3. Há um caso apenas em que se empregam as formas retas eu e tu mesmo precedidas por preposição: quando
essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo.
Ex.: Deram o livro para eu ler.
Deram o livro para tu leres.
4. Os pronomes oblíquos se, si, consigo devem ser empregados somente com reflexivos.
Ex.: Ele feriu-se.
Cada um faça por si mesmo.
O professor trouxe as provas consigo.
5. Os pronomes conosco e convosco são utilizados normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de
reforço, tais pronomes devem ser substituídos pela forma analítica.
Ex.: Queriam falar conosco. / Queriam falar com nós dois.
Queriam conversar convosco. / Queriam conversar com vós próprios.
6. As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas como complemento de verbos transitivos diretos, ao
passo que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos de verbos transitivos indiretos.
Ex.: O menino convidou-a.
O filho obedece-lhe.
7. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar como sujeito. Isso ocorre com os verbos
deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver seguidos de infinitivo; o pronome oblíquo será sujeito desse infinitivo.
Ex.: Deixei-o sair. (Deixei que ele saísse)
Vi-o chegar. (Vi que ele chegou)
8. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de vossa, quando nos dirigimos à pessoa representada pelo
pronome, e por sua, quando falamos dessa pessoa.
Ex.: Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
- Vossa Excelência já aprovou os projetos?
- Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.
9. Você e os demais pronomes de tratamento, embora se refiram à pessoa com quem falamos (2a pessoa,
portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como pronomes de terceira pessoa.
Ex.: Você trouxe seus documentos?
Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.
o s possessivos
s possessivos são aqueles que se referem às pessoas do discurso, indicando idéia de posse.
Ex.: Meu carro é vermelho.
Posso ler teu jornal?
Os pronomes possessivos são os seguintes:
Os pronomes possessivos concordam em gênero e número com a coisa possuída, e em pessoa com o
possuidor.
Ex.: Eu vendi meus discos.
Tu releste teus papéis.
Nós emprestamos nossos discos.
Quando o pronome possessivo determina mais de um substantivo, ele deverá concordar com o substantivo mais
próximo.
Ex.: Fiquei ouvindo meus discos e fitas.
1. Em muitos casos, a utilização do possessivo de terceira pessoa (seu e flexões) pode deixar a frase ambígua.
Isto é, podemos ter dúvidas quanto ao possuidor. Para evitar essa ambigüidade, deve-se substituir esse
possessivo por dele(s) ou dela(s).
Ex.: A professora disse ao diretor que concordava com sua nomeação.
A professora disse ao diretor que concordava com a nomeação dela.
A professora disse ao diretor que concordava com a nomeação dele.
2. Quando são usados pronomes de tratamento, o pronome possessivo deve ficar na 3a pessoa (do singular ou
do plural) e não na 2a pessoa do plural.
Ex.: Vossa Majestade depende de seu povo.
Vossas Majestades confiam em seus conselheiros?
3. Muitas vezes, os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivos, exercendo função sintática de
adjunto adnominal.
Ex.: Roubaram-me o livro / Roubaram meu livro.
Escutei-lhe os conselhos. / Escutei os seus conselhos.
o s demonstrativos
s demonstrativos são aqueles que indicam a posição da coisa designada no tempo e no espaço em ralação às
pessoas do discurso.
Os pronomes demonstrativos são os seguintes:
São também pronomes demonstrativos: o (quando equivale a aquele, aquela, aquilo), mesmo, próprio,
semelhante, tal.
Os pronomes demonstrativos podem aparecer combinados com preposições.
Ex.: deste, desta, disto / nesse, nessa, nisso / naquele, naquela, naquilo / àquele, àquela, àquilo, etc.
1. Os pronomes demonstrativos podem ser utilizados para indicar a posição espacial de um ser em ralação às
pessoas do discurso.
a) Os demonstrativos de 1a pessoa (este, isto, etc.) indicam que o ser está relativamente próximo à pessoa que
fala.
Ex.: Esta caneta que está comigo é azul.
b) Os demonstrativos de 2a pessoa (esse, isso, etc.) indicam que o ser está relativamente próximo à pessoa com
quem se fala.
Ex.: Essa caneta que está contigo é azul.
c) Os demonstrativos de 3a pessoa (aquele, aquilo, etc.) indicam que o ser está relativamente próximo à pessoa
de quem se fala, ou distante dos interlocutores.
Ex.: Aquela caneta que está com o aluno da outra sala é azul.
2. Devemos empregar este (e variações) e isto quando queremos fazer referência a alguma coisa que ainda vai
ser falada.
Ex.: Espero sinceramente isto: que se procedam às reformas.
3. Devemos empregar esse (e variações) e isso quando queremos fazer referência a alguma coisa que já foi
falada.
Ex.: Subjetivismo, apego à natureza, nacionalismo; essas são algumas características do Romantismo.
4. Emprega-se este em oposição a aquele quando se quer fazer referência a elementos já mencionados. Este se
refere ao mais próximo; aquele, ao mais distante.
Ex.: Matemática e Literatura são matérias que me agradam: esta me desenvolve a sensibilidade; aquela, o
raciocínio.
5. O, a, os, as são pronomes demonstrativos quando podem ser substituídos por aquele, aquela, aquilo, isso.
Ex.: Achei o que procuras.
O que sei é que te amo.
7. Mesmo e próprio são demonstrativos de reforço e equivalem ao termo a que se referem, concordando com ele.
Ex.: Ele mesmo fez o exercício.
Elas próprias resolveram o problema.
o s relativos
s relativos são aqueles que geralmente retomam um termo anterior (antecedente) da oração, projetando-o numa
outra oração.
Ex.: Não conhecemos os alunos. Os alunos saíram.
Não conhecemos os alunos que saíram.
Observe que o pronome relativo que retoma o termo antecedente (os alunos), projetando-o na oração seguinte.
3. O pronome relativo que pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas.
Ex.: Não conheço o rapaz que saiu.
Não li o livro que você me indicou.
4. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo, equivalendo a do qual (e flexões). Deve concordar
com a coisa possuída e não admite a posposição de artigo.
Ex.: Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei. (casa da pessoa)
Feliz o pai cujos filhos são ajuizados. (filhos do pai)
o s indefinidos
s indefinidos são aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago e indeterminado.
Ex.: Alguém me contou a verdade.
Algo me diz que não é este o caminho.
1. O indefinido algum, quando posposto ao nome, assume valor negativo, equivalendo a nenhum.
Ex.: Motivo algum me fará desistir do cargo.
Livro algum faz referência a este episódio.
3. Alhures significa noutro lugar, algures significa em algum lugar e nenhures significa em nenhum lugar.
o s interrogativos
s interrogativos são os indefinidos quem, que, qual e quanto, usados em frases interrogativas diretas ou indiretas.
Ex.: Quem chegou?
Gostaria muito de saber quem fez isso.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
3. (FUVEST/SP) Era para ... falar ... ontem, mas não ... encontrei em parte alguma.
a) mim - consigo - o
b) eu - com ele - lhe
c) mim - consigo - lhe
d) mim - contigo - te
e) eu - com ele - o
4. (FUMEC/MG) A classe dos termos sublinhados foi indicada corretamente em todas as opções, exceto em:
a) "Só o que varia é a inflexão da voz". (artigo definido)
b) "Uma conversa é sempre com hora marcada". (adjetivo)
c) "Olha, aquele meu quisto no braço direito que nós íamos tirar hoje?" (possessivo)
d) "Uma operação certamente durará horas e os resultados são incertos".(substantivo)
e) "Melhor se preparar para o pior". (pronome)
5. (CESGRANRIO/RJ) Assinale a opção que completa as lacunas da seguinte frase: Ao comparar os diversos
rios do mundo, defendia com azedume e paixão a proeminência ... sobre cada um ...
a) desse - daquele
b) daquele - destes
c) deste - daqueles
d) deste - desse
e) deste - desses
6. (FUVEST/SP)
"Que me enganei ora o vejo;
Nadam-te os olhos em pranto
Arfa-te o peito, e no entanto
Nem me podes encarar"
(Gonçalves Dias)
a) Em um dos versos do trecho acima, um pronome substitui toda uma oração. Reescreva tal verso.
b) Transcreva o verso em que o oblíquo substitui um possessivo.
7. (U.E. PONTA GROSSA/PR) Na oração: - Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos - o termo
sublinhado é sucessivamente:
a) adjetivo e pronome
b) pronome adjetivo e adjetivo
c) pronome substantivo e pronome adjetivo
d) pronome adjetivo a pronome indefinido
e) adjetivo anteposto e adjetivo posposto
9. (U.E. PONTA GROSSA/PR) Assinale a alternativa em que a palavra onde funciona como pronome relativo.
a) Não sei onde eles estão.
b) "Onde estás que não respondes?"
c) A instituição onde estudo é a UEPG.
d) Ela me deixou onde está a catedral.
e) Pergunto onde ele conheceu esta teoria.
10. (FATEC/SP) Assinale a alternativa em que o adjetivo ou pronome adjetivo grifado não sofre mudança de
sentido, conforme venha antes ou depois do substantivo.
a) Ainda não fui apresentado ao novo diretor da Empresa.
b) Já não há dívidas: por mais poderoso que possa parecer, ele é um vereador simples.
c) Algumas questões de pouca relevância foram insuficientes para retardar o andamento dos trabalhos.
d) Foi amplamente noticiado que um falso advogado estava envolvido com os criminosos.
e) Paisagens lindas iam-se sucedendo durante a viagem.
12. (FUVEST/SP) Suponha que, por qualquer motivo, você não queira empregar possessivos. Indique os
demonstrativos a que recorreria para designar:
a) sua própria mão;
b) a mão de seu interlocutor.
13. (FUMEC/MG) Em "Se alguém diz, por exemplo, "Ó vidinha!" você sabe que ele está se referindo a uma vida
com todas as mordomias", existem todos os tipos de pronomes discriminados, exceto:
a) indefinido
b) relativo
c) pessoal de tratamento
d) pessoal reto
e) pessoal oblíquo átono
14. (UNIMEP/SP) Visitei o sítio da amiga Paula, o qual muito me encantou. Usou-se o qual em vez de que:
a) por uma questão de estilo
b) pois só o qual é conectivo
c) pois a segunda oração é adjetiva
d) pois ali só caberia um pronome relativo
e) para evitar-se ambigüidade
15. (FATEC/SP) Assinale a alternativa em que o pronome grifado foi empregado corretamente.
a) Aguarde um instante. Quero falar consigo.
b) É lamentável, mas isso sempre ocorre com nós dois.
c) O processo está aí para mim examinar.
d) Vossa Senhoria preocupa-se com problemas cuja solução foge da vossa alçada.
e) Já se tornou impossível haver novos entendimentos entre eu e você.
20. (UNISINO/RS) O período em que o pronome possessivo destacado está mal empregado é:
a) Dirijo-me a ele, a fim de solicitar seu apoio.
b) Dirijo-me a ti, a fim de solicitar o teu apoio.
c) Dirijo-me a vós, a fim de solicitar o vosso apoio.
d) Dirijo-me a Vossa Senhoria, a fim de solicitar o seu apoio.
e) Dirijo-me a Vossa Senhoria, a fim de solicitar o vosso apoio.
21. (FUVEST/SP) Indique a frase em que o pronome relativo está empregado corretamente.
a) É um cidadão em cuja honestidade se pode confiar.
b) Feliz é o pai cujo os filhos são ajuizados.
c) Comprou uma casa maravilhosa, cuja casa lhe custou uma fortuna.
d) Preciso de um pincel, sem o cujo não poderei terminar o quadro.
e) Os jovens, cujos pais conversei com eles, prometeram mudar de atitude.
22. (UNICAMP/SP) No trecho que se segue há uma passagem ambígua (isto é, uma passagem que poderia ser
interpretada de duas maneiras, se ignorássemos o que é geralmente pressuposto sobre a vida de John
Kennedy). Identifique essa passagem, transcreva-a, aponte as duas interpretações possíveis e explique o que a
torna ambígua do ponto de vista estrutural:
"E se os russos atacassem agora?", perguntou certa ocasião (...) Judith Exner, uma das incontáveis amantes de
Kennedy, que, simultaneamente, mantinha um caso com o chefão mafioso Sam Giancana". (Rev. VEJA no 1 002,
18/11/87)
RESPOSTAS
1. B
2. B
3. E
4. A
5. C
6. a) "que me enganei ora o vejo"(o pronome "o" substitui a oração "que me enganei"); b) "nadam-te os olhos" ( =
os teus olhos nadam) ou "arfa-te o peito" ( = o teu peito arfa)
7. B
8. B
9. C
10. E
11. B
12. a) estas mãos; b) essas mãos.
13. B
14. E
15. B
16. a) aquelas: pronome demonstrativo; as: pronome pessoal oblíquo
b) se: pronome pessoal oblíquo; sua: pronome possessivo
c) tudo: pronome indefinido
17. A
18. C
19. C
20. E
21. A
22. A passagem que contém ambigüidade é: Judith Exner, uma das incontáveis amantes de Kennedy, que,
simultaneamente, mantinha um caso com o chefão mafioso Sam Giancana. As duas interpretações possíveis
são: 1a ) Judith Exner era amante de Kennedy e, simultaneamente, mantinha um caso com Sam Giancana; 2a )
Kennedy era amante de Judith Exner e, simultaneamente, mantinha um caso com Sam Giancana. O que torna a
frase estruturalmente ambígua é o uso inadequado do pronome relativo "que", que pode retomar tanto o termo
"Judith Exner" como o termo "Kennedy".
SINTAXE DE REGÊNCIA
Regência é a parte da Gramática que trata das relações entre os termos de uma oração, verificando se um termo
pede ou não complemento. Observe:
l. Nós amamos Maria.
ll. Nós gostamos de Maria.
No exemplo l, notamos que o verbo amar exige complemento sem preposição; já no exemplo ll, verificamos que o
verbo gostar exige a preposição de antes do complemento.
Quando o termo regente é um nome, dizemos que se trata de regência nominal.
Ex.: Eles eram fiéis ao amigo.
regente regido
REGÊNCIA NOMINAL
A regência nominal estuda os casos em que um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) exige um outro termo
que lhe complete o sentido. Normalmente, o complemento de um nome vem iniciado por uma preposição.
O fato de um nome ou um verbo exigir determinada preposição prende-se ao uso que os falantes do idioma vão
fazendo da língua. Assim, com o passar do tempo, determinadas formas vão sendo incorporadas pela língua
culta, enquanto outras formas consideradas incorretas vão sendo rejeitadas, embora continuem, em sua maioria,
a ser aceitas na língua popular.
No que se refere à regência nominal, quase não há diferença de usos, se compararmos a língua culta com a
língua popular. Por esse motivo, vamos apresentar apenas uma pequena lista onde estão relacionados alguns
nomes e as preposições que eles exigem.
acessível a
alheio a, de
análogo a
apto a, para
ansioso de, por
ávido de
capaz de, para
certo de
contemporâneo a, de
contente com, de, por
consciente (cônscio) de
contíguo a
cruel com, para
dedicado a
essencial a, para
fácil de, para
favorável a
hábil em
hostil a
imune a
impossível de
impróprio para
indiferente a
inerente a
inútil a, para
natural de
parco em, de
passível de
permissivo a
preferível a
prestes a, de
propenso a, para
propício a
próximo a, de
responsável por
risco de, em
satisfeito com, de, em, por
seguro de, em
sito em
útil a, para
versado em
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FURG/RS) "O bandoleirismo de seus hábitos era agressivamente infenso ... qualquer tipo de associação,
ainda que a mais rudimentar."
Indique a alternativa que completa a lacuna da frase acima:
a) para
b) de
c) contra
d) por
e) a
Resposta: a
Resposta: c
Resposta: e
REGÊNCIA VERBAL
Regência verbal é o nome da relação que se estabelece entre o verbo e o termo que o complementa (objeto
direto e objeto indireto) ou caracteriza (adjunto adverbial).
Alguns verbos costumam apresentar problemas de regência, uma vez que o uso popular se apresenta em
desacordo com a norma culta. Outros, no entanto, costumam apresentar certa dificuldade porque possuem mais
de um sentido e, conseqüentemente, mais de uma regência.
q Custar - No sentido de ser custoso, ser difícil, o verbo custar pede objeto indireto com a preposição a seguido
de oração infinitiva.
Ex.: Custou ao aluno aceitar o fato.
q Preferir - Na linguagem culta, exige dois complementos: um sem preposição, outro com a preposição a.
Ex.: Prefiro estudar a trabalhar.
O verbo preferir não admite termo intensivo nem a palavra antes. Assim, não se diz:
Ex.: Prefiro mais estudar que trabalhar.
Prefiro antes cinema do que teatro.
Corrija-se para:
Somos trinta nesta classe.
q Aspirar
a) No sentido de inspirar, sorver, exige complemento sem preposição.
Ex.: Ela aspirou o aroma das flores.
q Assistir
a) No sentido de dar assistência, dar ajuda, é utilizado de preferência com complemento sem preposição.
Ex.: Uma junta médica assistiu o paciente.
q Chamar
a) No sentido de convocar, mandar vir, exige complemento sem preposição.
Ex.: O técnico chamou os jogadores.
Nesse sentido, admite-se também a construção preposicionada.
Ex.: O técnico chamou pelos jogadores.
b) No sentido de cognominar, dar nome, exige indiferentemente complemento com ou sem a preposição a e
predicativo com ou sem a preposição de. Daí admitir quatro construções diferentes:
Ex.: Chamei Pedro de tolo.
Chamei a Pedro de tolo.
Chamei Pedro tolo.
Chamei a Pedro tolo.
OBS.: Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito, sofrendo o
verbo leve alteração no sentido.
Ex.: Esqueceu-me o ocorrido. ( = cair no esquecimento)
Lembrou-me o assunto. ( = vir à memória)
q Informar
O verbo informar pede dois complementos, um sem e outro com preposição. Admite duas construções:
Ex.: Informei a nota ao aluno.
Informei o aluno da (ou sobre) a nota.
Pelos exemplos acima, observamos que, quando o objeto direto refere-se a coisa, a pessoa será objeto indireto
regido pela preposição a. Quando o objeto direto refere-se a pessoa, a coisa será objeto indireto regido da
preposição de ou sobre.
A regência do verbo informar se aplica também aos verbos avisar, certificar, notificar, prevenir, cientificar.
q Pagar / perdoar
Os verbos pagar e perdoar, quando têm por complemento uma palavra que denote coisa, exigem preposição.
Quando têm por complemento uma palavra que denote pessoa, exigem a preposição a.
Ex.: Paguei o livro (coisa)
Paguei ao livreiro. (pessoa)
Paguei o livro ao livreiro.
Perdoei o pecado. (coisa)
Perdoei ao pecador. (pessoa)
Perdoei o pecado ao pecador.
q Querer
a) No sentido de desejar, exige complemento sem preposição.
Ex.: O garoto queria o prêmio.
q Visar
a) No sentido de mirar, o verbo visar exige complemento com preposição.
Ex.: Ele visou o alvo.
q Agradar
a) No sentido de contentar, satisfazer, o verbo agradar exige complemento com a preposição a.
Ex.: Sua atitude não agradou a nosso pai.
Observações finais:
1) Os verbos transitivos indiretos (exceção feita ao verbo obedecer) não admitem voz passiva.
Assim, construções como:
O filme foi assistido pelos alunos.
O cargo era visado pelos funcionários.
devem ser consideradas erradas. Corrija-se para:
Os alunos assistiram ao filme.
Os funcionários visavam ao cargo.
3) As formas oblíquas o, a, ao, as funcionam como complementos de verbos transitivos diretos, enquanto as
formas lhe, lhes funcionam como complemento de verbos transitivos indiretos.
Ex.: Convidei o amigo. Convidei-o.
Obedeço ao amigo. Obedeço-lhe.
Quero o livro. Quero-o.
Quero a meus pais. Quero-lhes.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FUMEC/MG) Com referência à regência do verbo assistir, todas as alternativas estão corretas, exceto:
a) Assistimos a um belo filme na televisão.
b) Os médicos assistiram os feridos durante a guerra.
c) O técnico assistiu os jogadores no treino.
d) Assistiremos amanhã a uma missa do 7o dia.
e) Machado de Assis assistia em Botafogo.
Resposta: a
Resposta: e
3. (UF PELOTAS/RS) A frase que não apresenta problema(s) de regência, levando-se em consideração a língua
escrita, é:
a) Preferiu sair antes do que ficar até o fim da peça.
b) O cargo a que todos visavam, já foi preenchido.
c) Lembrou-lhe de que precisava voltar ao trabalho.
d) As informações de que dispomos não são suficientes para esclarecer o caso.
e) Não tenho dúvidas de que ele chegará breve.
Resposta: b
Resposta: c
5. (CESGRANRIO/RJ) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: "O controle
biológico de pragas, ... o texto faz referência, é certamente o mais eficiente e adequado recurso ... os lavradores
dispõem para proteger a lavoura sem prejudicar o solo."
a) do qual, com que
b) de que, que
c) que, o qual
d) ao qual, cujos
e) a que, de que
Resposta: e
6. (UF VIÇOSA/MG) Assinale a alternativa em que lhe(s) está empregado CORRETAMENTE:
a) "Espero que esta notícia vá encontrar-lhe feliz."
b) "O fato ocorreu há muito tempo."
c) "Mas que surpresa, João! Há quanto tempo não lhe via!"
d) "Prezado senhor, lembro-lhe a necessidade de renovar seu título de eleitor."
e) "Veja quantas cartas recebi. Mas não tenho tempo de responder-lhes."
Resposta: d (nas outras alternativas, os verbos são transitivos diretos e, por isso, não aceitam o pronome lhe(s)
como objeto.
7. (UFSE) O Departamento de Pessoal ... que julgou suficientes os conhecimentos ... o candidato dispões.
a) informa-lhe - de que
b) informa-o - a que
c) informa-lhe de - que
d) informa-o de - a que
e) informa-lhe de - de que
Resposta: a
8. (CESGRANRIO/RJ) Assinale a opção em que o verbo exige a mesma preposição que "referir-se" em:
"... a boneca de pano a que me referi":
a) O homem ... quem conversei há pouco.
b) O livro ... que falei há pouco.
c) A criança ... quem aludi há pouco.
d) O tema ... que escrevi há pouco.
e) A fazenda ... que estive há pouco.
Resposta: c
9. (UEBA) O candidato, ... méritos não duvidamos, não se apercebeu ...seria derrotado.
a) de cujos - de que
b) cujos os - em que
c) dos quais - que
d) cujos seus - que
e) que seus - em que
Resposta: a
10. (FUVEST/SP) Reescreva as orações abaixo, substituindo em cada uma o pronome da 1a pessoa pelo da 3a :
a) "... às vezes me repreendia..."
b) "... porque me negara uma colher de doce..."
Resposta: a) "... às vezes o repreendia..." ("repreender" é transitivo direto); b) "... porque lhe negara uma colher
de doce..." ("negar" é transitivo direto e indireto: "uma colher de doce" é objeto direto e "lhe' é objeto indireto).
11. (UFV/MG) Substituindo a expressão destacada, em cada uma das frases abaixo, pelo pronome oblíquo átono
devidamente empregado, assinale a alternativa cuja substituição esteja incorreta:
Enviaram o relatório ao diretor.
Dirão ao juiz o que souberem.
Eis a história que narraram a meu avô.
Teremos iniciado os debates amanhã.
Quem houver concluído a prova poderá sair.
a) Enviaram-no o relatório.
b) Dir-lhe-ão o que souberem.
c) Eis a história que lhe narraram.
d) Tê-los-emos iniciado amanhã.
e) Quem a houver concluído poderá sair.
Resposta: a
12. (UM/SP) Aponte a alternativa em que a regência do verbo pagar contraria a norma culta:
a) Aliviando-se de um verdadeiro pesadelo, o filho pagava ao pai a promessa feita no início do ano.
b) O empregado pagou-lhe as polias e tachas roídas pela ferrugem para amaciar-lhe a raiva.
c) Pagou-lhe a dívida, querendo oferecer-lhe uma espécie de consolo.
d) O alto preço dessa doença, paguei-o com as moedas de meu hábil esforço.
e) Paguei-o, com ouro, todo o prejuízo que sofrera com a destruição da seca.
Resposta: e
Resposta: e
SINTAXE
A palavra análise provém do grego (análysis) e significa decompor um todo em suas partes constituintes. A
sintaxe (do grego syntáxis) trata da relação lógica das palavras na frase.
Analisar sintaticamente uma frase significa, pois, decompô-la em seus elementos constituintes, a fim de verificar
a relação lógica existente entre esses elementos.
Antes, porém, de iniciarmos o estudo desses elementos, vamos conceituar frase, oração e período.
CLASSES DE PALAVRAS
As palavras costumam ser agrupadas em classes, de acordo com suas funções e formas. Palavras que se
apresentam sempre com a mesma forma chamam-se invariáveis; são variáveis obviamente as que apresentam
flexão ou variação de forma.
As classes de palavras variáveis são: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome e verbo.
As classes de palavras invariáveis são: advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
OBS.: O advérbio só apresenta as flexões de grau em casos muito limitados, motivo por que se costuma incluí-lo
entre as classes invariáveis.
SUBSTANTIVO
é a palavra que nomeia o existente, seja ele animado ou inanimado, real ou imaginário, concreto ou abstrato.
Ex.: mar, cidade, saudade, fome, alma.
s comuns e próprios
Comuns: são os substantivos que denominam todos os seres de uma mesma espécie.
Ex.: homem, planeta, rua.
s concretos e abstratos
Concretos: aqueles que indicam os seres propriamente ditos, de natureza independente, reais ou imaginários.
Ex.: pedra, Deus, fada, cão.
s primitivos e derivados
Primitivos: aqueles que não se originam de outra palavra no português.
Ex.: café, noite, mundo, verdade.
s simples e compostos
Simples: são os substantivos formados por um único radical.
Ex.: chuva, medo, ternura, bondade.
s coletivos
O substantivo é denominado coletivo quando, mesmo estando no singular, exprime a idéia de conjunto, de
pluralidade, de coleção de seres de uma mesma espécie.
Ex.: enxame (de abelhas), cardume (de peixes), acervo (de obras de arte).
Gênero de substantivo
Quanto ao gênero, o substantivo pode indicar: masculino e feminino.
A desinência -O indica o gênero masculino, como em gatO, e a desinência -A indica o feminino, como em gatA.
No entanto, a passagem de um substantivo do masculino para o feminino nem sempre se faz com a simples
mudança da desinência -O pela desinência -A; existem substantivos com terminações variadas.
Ex.: homem - mulher
pai - mãe
frei - sóror
s uniformes
São aqueles que apresentam uma única forma para o masculino e o feminino.
a) epiceno: designa o sexo de certos animais com o auxílio dos adjetivos macho e fêmea.
Ex.: cobra, jacaré
Número do substantivo
b) terminados em ão:
- ão átono: acréscimo de -s.
Ex.: órgão - órgãos; bênção - bênçãos.
c) terminados em -l:
- terminação el -al, -el, -ol, -ul: trocam -l por -is.
Ex.: jornal - jornais; anel - anéis; anzol - anzóis.
- terminação -il: átono: -eis
tônico: -is
Ex.: fóssil - fósseis; barril - barris
e) terminados em -s
- paroxítonos ou proparoxítonos: invariáveis
- oxítonos ou monossílabos tônicos: + -es
Ex.: pires - pires; ônibus - ônibus; gás - gases; inglês - ingleses.
Observações finais:
1. Nos compostos formados de verbo seguido de substantivo no plural, ambos os elementos ficam invariáveis.
Ex.: o saca-rolhas - os saca-rolhas
Grau do substantivo
Grau é a propriedade que o substantivo tem de expressar as modificações de tamanho dos seres. Além do grau
normal, o substantivo possui dois outros graus:
Grau aumentativo: indica um aumento no tamanho normal dos seres. O aumentativo pode ser expresso por dois
diferentes processos:
· Analítico: quando a idéia de aumento é dada pelo adjetivo grande ou por um sinônimo dele.
Ex.: casa - casa grande; lago - lago enorme
· Sintético: quando a idéia de tamanho é indicada por sufixos (ÃO, ARRA, ONA, etc.).
Ex.: casa - casarão; boca - bocarra
Grau diminutivo: indica uma diminuição no tamanho normal dos seres. O diminutivo também pode ser:
· Analítico: a idéia de diminuição é dada pela palavra pequeno ou por um sinônimo dela.
Ex.: casa - casa pequena
· Sintético: formado com o auxílio de sufixos que indicam diminuição (INHO, ISCO, ETA, etc.)
Ex.: casa - casinha/casebre; chuva - chuvisco
Os graus aumentativo e diminutivo, fora da idéia de aumento ou diminuição, podem traduzir o nosso desprezo, a
nossa crítica, a nossa afeição; chamam-se pejorativos (gentalha, livreco, jornaleco) ou afetivos (paizinho, filhinho,
Carlito).
QUESTÕES DE VESTIBULAR
3. (FAC. OBJETIVO/SP) Assinale a alternativa em que todas as palavras são do gênero feminino:
a) omoplata, apendicite, cal, ferrugem
b) cal, faringe, dó, alface, telefonema
c) criança, cônjuge, champanha, dó, afã
d) cólera, agente, pianista, guaraná, vitrina
e) jacaré, ordenança, sofisma, análise, nauta
4. (UNIRIO/RJ) Algumas palavras portuguesas terminadas em ditongo nasal admitem mais de uma forma para o
plural: vilão, vilões e vilãos. Assinale o item em que a palavra está nesse caso:
a) barão
b) pensão
c) casarão
d) ingratidão
e) corrimão
6. (U.E. PONTA GROSSA/PR) Palavras que, originalmente diminutivos ou aumentativos, perderam essa acepção
e se constituem hoje em formas normais, independentes do termo derivante:
a) pratinho, papelzinho, livreco, barcaça
b) tampinha, cigarrilha, estantezinha, elefantão
c) cartão, flautim, lingüeta, cavalete
d) chapelão, bocarra, vidrinho, martelinho
e) palhacinho, narigão, beiçorra, boquinha
10.(UFPR/PR)
l. O cônjuge se aproximou.
ll. O servente veio atender-nos.
lll. O gerente chegou cedo.
Não está claro se o sujeito é homem ou mulher:
a) no primeiro período
b) no segundo período
c) no terceiro período
d) no primeiro e no segundo períodos
e) no segundo e no terceiro períodos
RESPOSTAS
1. A
2. A
3. A
4. E
5. Núpcias, primícias, belas-artes
6. C
7. D
8. A
9. E
10. A
11. E
12. E
13. B
14. E
São três o termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.
ADJUNTO ADNOMINAL
Adjunto adnominal é o termo da oração que se refere sempre a um substantivo, com a função de determiná-lo ou
caracterizá-lo.
Ex.: Aqueles dois meninos estudiosos saíram.
b) numeral:
Ex.: Dois meninos chegaram.
c) pronome adjetivo:
Ex.: Aqueles meninos chegaram.
d) adjetivo:
Ex.: Meninos tristes chegaram.
e) locução adjetiva:
Ex.: Meninos do interior chegaram.
OBS.:
· O adjunto adnominal pode também ser representado por uma oração subordinada, que receberá o nome de
oração subordinada adjetiva.
Ex.: Os alunos que estudarem conseguirão o prêmio. (Os alunos estudiosos conseguirão o prêmio.)
· O adjunto adnominal pode ainda ser representado por um pronome pessoal oblíquo, que equivalerá a um
pronome possessivo.
Ex.: Roubaram-me os documentos. (Roubaram os meus documentos.)
DIFERENÇA ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL
Quando o adjunto adnominal vem introduzido por preposição, pode ser confundido com o complemento nominal.
Para que não haja erros, observe o seguinte:
1. Se o termo introduzido por preposição estiver ligado a adjetivo ou advérbio, será - sem dúvida alguma -
complemento nominal.
Ex.: Ele era favorável ao divórcio.
Ele depôs favoravelmente ao réu.
ADJUNTO ADVERBIAL
Adjunto adverbial é o termo da oração que se liga a um verbo já com sentido completo, com ou sem preposição,
a fim de indicar uma circunstância qualquer.
OBS.: O adjunto adverbial pode também estar ligado a adjetivos ou advérbios, para intensificar o sentido destes.
Ex.: Édson é muito estudioso.
Humberto fala muito bem.
São inúmeras as circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Vejamos as mais comuns:
a) lugar: Moro em São Paulo.
b) Tempo: Cheguei cedo.
c) Modo: Falava bem.
d) Instrumento: Cortou-se com a faca.
e) Intensidade: Falavam muito.
f) Assunto: Falavam sobre política.
g) Causa: Morreu de tuberculose.
h) Finalidade: Estudou para a prova.
Ao contrário do que ocorre com o objeto indireto, a preposição que introduz os adjuntos adverbiais tem sempre
valor significativo.
OBS.: O adjunto adverbial pode ser expresso também por uma oração, que receberá o nome de oração
subordinada adverbial.
Ex.: Cheguei quando eram dez horas.
APOSTO
Aposto é o termo da oração que sempre se liga a um nome que o antecede com a função de explicar, esclarecer,
identificar, discriminar esse nome. Geralmente, o aposto vem separado do nome a que se refere por sinais de
pontuação.
Ex.: Lúcia, aluna do terceiro ano, foi bem na prova.
Desejo-lhe uma coisa: felicidade.
Roubaram tudo: discos, jóias, dinheiro, documentos.
OBS.: Existe um tipo de aposto que normalmente vem separado por sinais de pontuação, como nos exemplos
que seguem:
Ex.: a cidade de São Paulo.
a rua Guararapes
o rio Amazonas
VOCATIVO
Vocativo é um termo isolado dentro da oração, ou seja, não tem nenhuma relação sintática com outro elemento,
que tem a função de indicar o ser a quem nos dirigimos.
Ex.: Romário, não provoque o juiz.
Alunos, dirijam-se à secretaria.
É muito fácil reconhecer o vocativo, uma vez que ele vem normalmente separado por vírgula.
O vocativo não se classifica como termo acessório exatamente pelo fato de não manter nenhuma relação
sintática com outros termos da oração.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (UNIMEP/SP)
l. Ele é muito simpático.
ll. Ela trabalhou muito pouco.
Lll. Há muito livro interessante.
Muito é:
a) adjunto adverbial em l e ll e adjunto adnominal em lll.
b) Adjunto adverbial em l e adjunto adnominal em ll e lll.
c) Adjunto adverbial em ll e adjunto adnominal em l e lll.
d) Adjunto adverbial em l, ll e lll.
e) Adjunto adnominal em l, ll e lll.
Resposta: a
2. (FUVEST/SP) Nos enunciados abaixo, há adjuntos adnominais e apenas um complemento nominal. Assinale a
alternativa que contém o complemento nominal:
a) faturamento das empresas
b) ciclo de graves crises
c) energia desta nação
d) história do mundo
e) distribuição de poderes e renda
Resposta: e
3. (UEM/PR) "Perto de casa, havia um barbeiro, que me conhecia de vista, amava a rabeca e não tocava
inteiramente mal."
Quanto à análise sintática, encontramos como afirmativas corretas:
01 - Perto, inteiramente e mal classificam-se, respectivamente, como adjunto adverbial de lugar, intensidade e
modo.
02 - De casa e de vista são complementos nominais.
04 - Que e me funcionam, pela ordem, como sujeito e objeto direto.
08 - Barbeiro e rabeca classificam-se como objetos diretos.
16 - Que me conhecia de vista é oração subordinada adjetiva.
Resposta: 01 + 04 + 08 + 16 = 29
4. (PUCC/SP) Só pessoas sem visão não admitem que, neste setor, existe oferta considerada condizente com a
procura.
Assinale a alternativa em que se apresenta corretamente a função sintática dos termos em destaque,
respeitando-se a ordem em que eles ocorrem no período.
a) adjunto adnominal, objeto direto, complemento nominal.
b) Adjunto adverbial, objeto direto, adjunto adnominal.
c) Adjunto adnominal, sujeito, complemento nominal.
d) Adjunto adverbial, sujeito, complemento nominal.
e) Adjunto adnominal, objeto direto, adjunto adnominal.
Resposta: c
Resposta: a) demonstrativos: esta, o (... o que escrevo...); pessoal do caso reto: eu; pessoal do caso oblíquo: me.
/ b) esta: adjunto adnominal; o: sujeito; eu: sujeito; me: objeto direto.
6. (VUNESP/SP) "Os colegas - o equilibrista, aqueles dois que conversavam em voz baixa, todos enfim - sabiam
de sua história e não haviam preparado a mínima homenagem."
Na frase acima, o travessão é empregado para:
a) destacar o aposto e deixar claro o nexo entre o sujeito e o predicado.
b) Indicar mudança de interlocutor.
c) Indicar a coordenação entre os diferentes núcleos do sujeito composto.
d) Assinalar uma retificação do que se disse anteriormente, no início da frase.
e) Realçar ironicamente o valor significativo da palavra colegas.
Resposta: a
Resposta: b
8. (UNIMEP/SP) Em: "... as empregadas das casas saem apressadas, de latas e garrafas na mão, para a
pequena fila de leite", os termos destacados são, respectivamente:
a) adjunto adverbial de modo e adjunto adverbial de matéria.
b) Predicativo do sujeito e adjunto adnominal.
c) Adjunto adnominal e complemento nominal.
d) Adjunto adverbial de modo e adjunto adnominal.
e) Predicativo do sujeito e complemento nominal.
Resposta: e
9. (VUNESP/SP) Em "... com as últimas chuvas, o verde rebentou verdíssimo", identifique as funções sintáticas
dos segmentos em destaque.
......................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
Resposta: com as últimas chuvas: adjunto adverbial de causa ou tempo; o verde: sujeito; verdíssimo: predicativo
do sujeito.
10. (UFSC/SC) Observe os períodos abaixo e assinale a alternativa em que lhe é adjunto adnominal:
a) "... anunciou-lhe: Filho, amanhã vais comigo."
b) O peixe caiu-lhe na rede.
c) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais.
d) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã.
e) Sim, alguém lhe propôs emprego.
Resposta: b
Resposta: b
SUJEITO
Num enunciado completo, sempre nos é dada uma informação a respeito de alguém ou de alguma coisa. O
elemento a respeito do qual se informa denomina-se sujeito. A informação propriamente dita recebe o nome de
predicado.
Ex.: Juvenal dirigia a palavra às classes menos favorecidas.
Sujeito predicado
OBS.: Para encontrarmos o sujeito, há um artifício bastante utilizado: basta perguntar "o que é que?" ou "quem é
que? "ao verbo. O elemento que se obtém como resposta a essas perguntas será, com certeza, o sujeito.
Ex.: Aconteceram coisas horríveis naquele verão.
(O que é que aconteceu? Resposta: coisas horríveis = sujeito)
Outro procedimento bastante prático para encontrarmos o sujeito consiste em colocar a oração em sua ordem
direta, uma vez que na ordem direta o sujeito virá abrindo o enunciado.
Ex.: Coisas horríveis aconteceram naquele verão.
Observe, ainda, que, pelo mecanismo da concordância, o verbo estará sempre concordando com o sujeito, isto é,
verbo no singular, sujeito no singular; verbo no plural, sujeito no plural.
Núcleo do sujeito
Quando o sujeito é expresso por mais de uma palavra, haverá sempre uma de maior importância semântica, a
que damos o nome de núcleo.
Ex.: Aqueles simpáticos alunos do terceiro ano viajaram.
a) um pronome substantivo:
Ex.: Eles não compareceram à reunião.
b) um numeral:
Ex.: Ambos faltaram.
OBS.: Quando o sujeito é representado por uma oração, recebe o nome de sujeito oracional, ou oração
subordinada substantiva subjetiva.
Tipos de sujeito
OBS.: O sujeito implícito também é conhecido por oculto, desinencial ou implícito na desinência verbal.
b) ser indeterminado: quando a informação contida no predicado refere-se a um elemento que não se pode (ou
não se quer) determinar.
Ex.: (?) Falaram muito mal de você na reunião.
OBS.:
· Quando ocorre a partícula apassivadora se, não é o caso de sujeito indeterminado, e sim de sujeito expresso.
Para reconhecer se a partícula se é apassivadora, basta verificar se ocorreram estas duas condições:
1. verbo transitivo direto flexionado na 3a pessoa (singular ou plural);
2. possibilidade de transformação da oração para a voz passiva analítica.
Ex.: Quebrou-se a vidraça. = A vidraça foi quebrada.
(quem quebra, quebra alguma coisa - verbo transitivo direto)
· Quando o sujeito é representado por um pronome substantivo indefinido, não devemos considerá-lo
indeterminado, e sim sujeito simples.
Ex.: Alguém roubou minha caneta.
a) ser inexistente (oração sem sujeito): quando a informação veiculada pelo predicado não se refere a sujeito
algum. Ocorre oração sem sujeito com os verbos impessoais, que são os seguintes:
1. verbos que exprimem fenômenos naturais (chover, ventar, anoitecer, amanhecer, relampejar, trovejar, nevar,
etc.).
Ex.: Choveu muito no último verão.
Anoiteceu rapidamente.
OBS.: Se o verbo que exprime fenômeno natural for empregado em sentido figurado, então haverá sujeito.
Ex.: Chovem bênçãos sobre a multidão.
Sujeito
OBS.: O verbo existir não é impessoal. Sendo assim, ele possuirá sujeito expresso na oração.
Ex.: Havia quatro pessoas interessadas na vaga. (oração sem sujeito)
Existiam quatro pessoas interessadas na vaga. (sujeito: quatro pessoas interessadas na vaga)
Observe que o verbo existir, por ter sujeito expresso na oração, concorda normalmente com ele.
Os verbos impessoais (exceção feita ao verbo ser) devem ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim,
não se diz:
Haviam muitas leis. Ou Podem haver muitas leis.
Mas
Observe que, quando um verbo auxiliar se junta a um verbo impessoal, ele também fica no singular.
PREDICADO
PREDICAÇÃO VERBAL
A predicação verbal trata do modo pelo qual os verbos formam o predicado, isto é, se exigem ou não
complementos.
Quanto à predicação, os verbos podem ser:
a) intransitivos: são verbos de conteúdo significativo que, por terem sentido completo, não reclamam um
complemento, podendo, portanto, constituir o predicado sozinhos.
Ex.: Lampião morreu (v. i.).
Lígia sumiu (v. i.).
OBS.: Muitas vezes, o verbo intransitivo virá acompanhado de um termo que exprime uma circunstância de
tempo, modo, lugar, etc. (adjunto adverbial), ou de um termo que exprime um atributo do sujeito (predicativo).
Isso, no entanto, não tira seu caráter de verbo intransitivo.
3. transitivos diretos e indiretos: quando exigem dois complementos: um sem preposição e outro com preposição
obrigatória (objeto direto e indireto).
Ex.: Lampião ofereceu flores a Maria Bonita.
a) de ligação: são verbos que, não possuindo conteúdo significativo, servem como elemento de ligação entre um
sujeito e seu atributo (predicativo do sujeito).
Ex.: A casa é nova.
Fabiano estava tenso.
Observe que os verbos de ligação são praticamente vazios de conteúdo significativo, isto é, não trazem nenhuma
informação a respeito do sujeito.
Os principais verbos de ligação são: ser, estar, parecer, permanecer, ficar, andar, continuar.
PREDICATIVO
Predicativo é o termo da oração que funciona como núcleo nominal do predicado. A função do predicativo é
atribuir uma característica ao sujeito ou ao objeto; no primeiro caso, teremos o predicativo do sujeito; no segundo,
o predicativo do objeto.
1. Predicativo do sujeito: é o elemento do predicado que se refere ao sujeito, mediante um verbo (de ligação ou
não), com a função de informar algo a respeito do sujeito.
Ex.: A Terra é redonda.
O trem chegou atrasado.
Mariana anda doente.
OBS.: Quando o predicativo do sujeito aparece com um verbo que não seja de ligação, há quem considere que o
verbo de ligação está implícito.
Ex.: O trem chegou (e estava) atrasado.
Observe que os termos culpado e pobre informam algo de novo a respeito dos seus respectivos objetos diretos.
Há quem considere que entre o objeto e seu predicativo há um verbo de ligação implícito.
Ex.: O juiz julgou o réu (como sendo) culpado.
TIPOS DE PREDICADO
a) predicado verbal: o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num verbo significativo
(transitivo ou intransitivo).
Ex.: O trem chegou à estação.
b) predicado nominal: o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num nome (predicativo do
sujeito). O verbo, neste caso, funciona simplesmente como elo de ligação entre o sujeito e predicativo, nada
informando a respeito do sujeito.
Ex.: O trem está atrasado.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (PUC/SP)
a) Explique a diferença que existe entre o emprego do verbo haver na orações: "havia muitas estrelas." E
"Haviam contado muitas estrelas".
b) Observando essa diferença, empregue o verbo haver nas orações abaixo, mantendo o mesmo tempo em que
foram construídas as orações indicadas em a):
B1) Quando pequenos, ........................... participado de muitos jogos.
B2) No lugar onde construíram aquele conjunto residencial, ............................ apenas casas comerciais.
Resposta:
a) Em "havia muitas estrelas", haver indica existência e é impessoal, ou seja, permanece invariavelmente na
terceira pessoa do singular. Na outra frase, haver é verbo auxiliar, participando da conjugação do verbo contar.
Como verbo auxiliar, haver é pessoal e estabelece concordância de número e pessoa com o sujeito.
B1) haviam
B2) havia
Resposta: e
3. (FEI/SP) No período: "Toda a humanidade estaria condenada à morte se houvesse um tribunal para os crimes
imaginários"(Paulo Bonfim)
a) qual o sujeito da primeira oração?
b) Qual o sujeito da segunda oração?
Resposta:
a) toda a humanidade
b) é uma oração sem sujeito.
5. (PUCC/SP) Assinale a alternativa correspondente à frase em que a concordância verbal esteja correta.
a) Discutiu-se a semana toda os acordos que têm de ser assinados nos próximos dias.
b) Poderá haver novas reuniões, mas eles discutem agora sobre que produtos recairão, a partir de janeiro, a
sobretaxa de exportação.
c) Entre os dois diretores deveria existir sérias divergências, pois a maior parte dos funcionários nunca os tinha
visto juntos.
d) Faltava ainda dez votos, e já se comemoravam os resultados.
e) Eles hão de decidir ainda hoje, pois faz mais de dez horas que estão reunidos naquela sala.
Resposta: e
Resposta: c
Resposta: c
Resposta: a
9. (VUNESP/SP) "Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa.". Da oração em destaque, na frase
transcrita, é correto dizer:
a) Trata-se de uma oração em que o sujeito está elíptico, e o verbo é de ligação.
b) A oração tem por sujeito a palavra amanhã, e o verbo é transitivo direto.
c) A oração tem por sujeito um mês, e o verbo é intransitivo.
d) Trata-se de uma oração sem sujeito, e o verbo é transitivo direto.
e) A oração tem sujeito indeterminado, e o verbo é de ligação.
Resposta: d
10. (FMU/SP)
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante..."
O sujeito desta afirmação com que se inicia o Hino Nacional é:
a) indeterminado
b) um povo heróico
c) as margens plácidas
d) do Ipiranga
e) o brado retumbante
Resposta: c
11. (FOC/SP) Duas das orações abaixo têm sujeito indeterminado. Assinale-as.
l - Projetavam-se as avenidas largas.
ll - Há alguém esperando você.
lll - No meio das exclamações, ouviu-se um risinho de mofa.
lV - Falava-se muito sobre a possibilidade de escalar a montanha.
V - Até isso chegaram a dizer.
a) l e ll
b) lll e lV
c) lV e V
d) lll e V
Resposta: c
Resposta: a
Resposta: d
Resposta: d
Resposta: b
16. (UFPR/PR)
1) Durante o carnaval, fico agitadíssimo. (predicado verbal)
2) Durante o carnaval, fico em casa. (predicado nominal)
3) Durante o carnaval, fico vendo o movimento das ruas. (predicado nominal)
Assinale a certa:
a) 1 e 2
b) 2 e 3
c) 1 e 3
d) Todas as alternativas estão certas.
e) Todas as alternativas estão erradas.
Resposta: e
17. (FMU/SP)
"Cheguei, chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha." (Olavo Bilac)
Na passagem acima, os termos destacados exercem função sintática de:
a) predicativo do sujeito acompanhando um predicado verbo-nominal
b) predicativo do sujeito acompanhando um predicado verbal
c) predicativo do sujeito acompanhando um predicado nominal
d) sujeito do verbo da oração principal
e) adjunto adnominal do sujeito "eu"
Resposta: a
18. (UFGO) Em uma das alternativas abaixo, o predicativo inicia o período. Assinale-a:
a) A dificílima viagem será realizada pelo homem.
b) Em suas próprias inexploradas entranhas descobrirá a alegria de conviver.
c) Humanizado tornou-se o sol com a presença humana.
d) Depois da dificílima viagem, o homem ficará satisfeito?
e) O homem procura a si mesmo nas viagens a outros mundos.
Resposta: c
Resposta: c
Os complementos reclamados pelo verbo são três - objeto direto, objeto indireto e agente da passiva -; já os
nomes pedem apenas o complemento nominal.
OBJETO DIRETO
Objeto direto é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo direto sem auxílio de
preposição obrigatória.
Ex.: Carlos vendia livros.
Evidentemente, o objeto direto pode estar completando o sentido de um verbo transitivo direto e indireto (pois tal
verbo também é transitivo direto).
Ex.: Oferecemos uma medalha ao primeiro colocado.
OBJETO INDIRETO
Objeto indireto é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo indireto, sempre com
auxílio de uma preposição obrigatória.
Ex.: Carlos gosta de música.
O professor confia em seus alunos.
Observe que a preposição que introduz o objeto indireto não possui significação alguma; ela é mero elo sintático
entre o verbo e seu complemento.
Os objetos podem representados por:
a) um substantivo:
Ex.: Lígia comprou flores.
b) um pronome substantivo:
Ex.: Nunca vi aquilo.
c) um numeral:
Ex.: O apostador recebeu um milhão.
Os pronomes oblíquos assumem geralmente a função de complementos verbais (objeto direto e objeto indireto).
Lembre-se de que os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando complementos do verbo, funcionam como objeto
direto. Já os pronomes lhe, lhes funcionam como objeto indireto. Os pronomes me, te, se, nos, vos podem
assumir a função de objeto direto ou objeto indireto. Para analisá-los corretamente, basta atentar à predicação
verbal, isto é, verificar se tais pronomes completam verbo transitivo direto ou verbo transitivo indireto.
Ex.: O pai deixou-as em casa.
A resposta interessava-lhe.
Espero-te na estação.
Pertencem-te todos aqueles presentes.
Não me convidaram.
Isto me convém.
Há casos em que o objeto direto pode vir introduzido por preposição, que evidentemente não será obrigatória,
isto é, não será exigida pelo verbo.
Verifique, ainda, que o objeto direto preposicionado completa sempre o sentido de um verbo transitivo direto,
enquanto o objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
Ex.: Ele comeu o pão.
Ele gosta de pão.
Ele comeu do pão.
OBJETO PLEONÁSTICO
Muitas vezes, por uma questão de ênfase, antecipamos o objeto, colocando-o no início da frase, e depois o
repetimos através de um pronome oblíquo. A esse objeto repetido damos o nome de objeto pleonástico.
Ex.: Estes alunos, já os conheço.
Ao aluno, nada lhe interessa.
Quando o objeto direto for representado por uma palavra que possui o mesmo radical do verbo que ele completa,
receberá o nome de objeto direto interno.
Ex.: Os exportadores viviam uma vida de rei.
Hoje sonhei um sonho medonho.
O núcleo do objeto direto interno deverá estar sempre especificado por um adjunto, a fim de se evitar um
pleonasmo.
OBS.: Há também os chamados complementos circunstanciais, ou seja, os adjuntos adverbiais exigidos por
verbos intransitivos, que, por definição, deveriam prescindir de tais termos completivos.
Ex.: Vou à Europa todos os anos.
Morava em Curitiba há trinta anos.
AGENTE DA PASSIVA
Agente da passiva é o termo da oração que se refere a um verbo na voz passiva, sempre introduzido por
preposição, com o fim de indicar o elemento que executa a ação verbal.
Ex.: As terras foram desapropriadas pelo Governo.
Os exercícios foram resolvidos por mim.
A cidade estava cercada de inimigos.
OBS.: O agente da passiva ocorre geralmente na voz passiva analítica ( verbo auxiliar + particípio). Embora seja
menos freqüente, poderá também ocorrer na voz passiva sintética (verbo transitivo direto + partícula
apassivadora).
Ex.: Este mar se navega de cruéis marinheiros.
Esta classe formou-se de bons alunos.
Verifique, ainda, que, se transformarmos a oração em que aparece o agente da passiva para a voz ativa, o
agente da passiva assumirá a função sintática de sujeito na voz ativa.
Ex.: O Governo desapropriou as terras.
Cruéis marinheiros navegam este mar.
COMPLEMENTO NOMINAL
Complemento nominal é o termo da oração que se liga a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), sempre
através de preposição, com a função de completar o sentido desse nome.
Ex.: O povo tinha necessidade de alimentos.
Este remédio é prejudicial ao organismo.
Falou favoravelmente ao réu.
OBS.:
· O complemento nominal pode ser representado por uma oração subordinada, que receberá o nome de oração
subordinada substantiva completiva nominal.
Ex.: Tinha necessidade de que o ajudassem.
· O complemento nominal pode ainda ser representado por um pronome oblíquo. Nesse caso, a preposição está
implícita no pronome:
Ex.: Caminhar a pé lhe era saudável.
Aquele remédio nos era prejudicial.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FMU-FIAM/SP) Assinale a alternativa que contenha, respectivamente, um pronome pessoal do caso reto
funcionando como sujeito e um pronome pessoal do caso oblíquo funcionando como objeto direto.
a) Eu comecei a reforma da Natureza por este passarinho.
b) E mais uma vez me convenci da "tortura" destas coisas.
c) Todos a ensinavam a respeitar a Natureza.
d) Ela os ensina a fazer os ninhos das árvores.
e) Ela não convencia ninguém disso.
Resposta: d
2. (UFV/SP) Na frase "Ela atribui-se uma culpa que não tem", o pronome se é classificado como:
a) pronome apassivador
b) índice de indeterminação do sujeito
c) objeto direto
d) objeto indireto
e) partícula expletiva de realce
Resposta: d
Resposta: c
4. (PUC/SP) No trecho:
"... e no fim declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse", as palavras em destaque têm,
respectivamente, funções sintáticas de:
a) objeto indireto, objeto direto, objeto direto
b) objeto direto, objeto direto, objeto direto
c) objeto direto, predicativo do sujeito, objeto direto
d) objeto indireto, objeto indireto, objeto indireto
e) objeto direto, adjunto adverbial, objeto direto
Resposta: a
5. (UNIMEP/SP)
l. Demos a ele todas as oportunidades.
ll. Fizemos o trabalho como você orientou.
lll. Acharam os livros muito interessantes.
Substituindo as palavras em destaque por um pronome oblíquo, temos:
a) l. Demos-lhe. ll. Fizemo-lo. lll. Acharam-los.
b) l. Demos-lhe. ll. Fizemos-lo. lll. Acharam-os.
c) l. Demos-lhe. ll. Fizemo-lo. lll. Acharam-nos.
d) l. Demo-lhe. ll. Fizemos-o lll. Acharam-nos.
e) l. Demos-lhe. ll. Fizemo-lhe. lll. Acharam-nos.
Resposta: c
6. (VUNESP/SP)
a) "Por que brilham teus olhos ardentes."
b) "Sou o sonho de tua esperança."
Classifique, quanto à predicação, os verbos em destaque nos fragmentos acima.
7. (VUNESP/SP) "Mas para quem vos olha a uma distância de quinhentos metros, essas dimensões que levais
convosco deixam de existir."
Dê a classe gramatical e a função sintática dos termos em destaque.
Resposta: vos: pronome pessoal do caso oblíquo, objeto direto; que: pronome relativo, objeto direto.
Resposta: a
8. (VUNESP/SP)
"A pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. "/ ? "Às suas violetas, na janela, não lhes
poupei água."
Assinalar a alternativa que contiver a afirmação correta sobre as duas orações transcritas:
a) Nas duas orações há sujeito composto precedendo verbo transitivo direto e indireto.
b) Nas duas orações há sujeito indeterminado, e apenas o verbo da Segunda oração é transitivo direto e indireto.
c) Nas duas orações há inversão da ordem das palavras e ocorrência de complemento verbal pleonástico.
d) Nas duas orações ocorre complemento verbal pleonástico, mas apenas na Segunda há inversão da ordem das
palavras.
e) Nas duas orações a ordem é direta e o sujeito é composto.
Resposta: c
Resposta: c
10. PUC/SP) Em: "Porque eu continuarei a chamar guerra a toda esta época embaralhada de inéditos valores...",
as expressões em destaque são, respectivamente:
a) objeto direto, objeto indireto
b) predicativo, objeto indireto
c) objeto direto, objeto direto preposicionado
d) predicativo, objeto direto pleonástico
e) objeto direto, objeto indireto
Resposta: b
A partir desses exemplos, explique a seguinte afirmativa: "A análise da transitividade verbal é feita de acordo com
o texto e não isoladamente."
Resposta: Em cada uma das frases de cada par, o mesmo verbo aparece com transitividade diferente: querer é
transitivo direto na primeira frase, transitivo indireto na segunda; dormir é intransitivo na primeira frase, transitivo
direto na segunda. Isso mostra como a transitividade depende sempre do contexto em que o verbo é utilizado.
Os complementos reclamados pelo verbo são três - objeto direto, objeto indireto e agente da passiva -; já os
nomes pedem apenas o complemento nominal.
OBJETO DIRETO
Objeto direto é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo direto sem auxílio de
preposição obrigatória.
Ex.: Carlos vendia livros.
Evidentemente, o objeto direto pode estar completando o sentido de um verbo transitivo direto e indireto (pois tal
verbo também é transitivo direto).
Ex.: Oferecemos uma medalha ao primeiro colocado.
OBJETO INDIRETO
Objeto indireto é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo indireto, sempre com
auxílio de uma preposição obrigatória.
Ex.: Carlos gosta de música.
O professor confia em seus alunos.
Observe que a preposição que introduz o objeto indireto não possui significação alguma; ela é mero elo sintático
entre o verbo e seu complemento.
Os objetos podem representados por:
a) um substantivo:
Ex.: Lígia comprou flores.
b) um pronome substantivo:
Ex.: Nunca vi aquilo.
c) um numeral:
Ex.: O apostador recebeu um milhão.
Os pronomes oblíquos assumem geralmente a função de complementos verbais (objeto direto e objeto indireto).
Lembre-se de que os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando complementos do verbo, funcionam como objeto
direto. Já os pronomes lhe, lhes funcionam como objeto indireto. Os pronomes me, te, se, nos, vos podem
assumir a função de objeto direto ou objeto indireto. Para analisá-los corretamente, basta atentar à predicação
verbal, isto é, verificar se tais pronomes completam verbo transitivo direto ou verbo transitivo indireto.
Ex.: O pai deixou-as em casa.
A resposta interessava-lhe.
Espero-te na estação.
Pertencem-te todos aqueles presentes.
Não me convidaram.
Isto me convém.
Há casos em que o objeto direto pode vir introduzido por preposição, que evidentemente não será obrigatória,
isto é, não será exigida pelo verbo.
Verifique, ainda, que o objeto direto preposicionado completa sempre o sentido de um verbo transitivo direto,
enquanto o objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
Ex.: Ele comeu o pão.
Ele gosta de pão.
Ele comeu do pão.
OBJETO PLEONÁSTICO
Muitas vezes, por uma questão de ênfase, antecipamos o objeto, colocando-o no início da frase, e depois o
repetimos através de um pronome oblíquo. A esse objeto repetido damos o nome de objeto pleonástico.
Ex.: Estes alunos, já os conheço.
Ao aluno, nada lhe interessa.
Quando o objeto direto for representado por uma palavra que possui o mesmo radical do verbo que ele completa,
receberá o nome de objeto direto interno.
Ex.: Os exportadores viviam uma vida de rei.
Hoje sonhei um sonho medonho.
O núcleo do objeto direto interno deverá estar sempre especificado por um adjunto, a fim de se evitar um
pleonasmo.
OBS.: Há também os chamados complementos circunstanciais, ou seja, os adjuntos adverbiais exigidos por
verbos intransitivos, que, por definição, deveriam prescindir de tais termos completivos.
Ex.: Vou à Europa todos os anos.
Morava em Curitiba há trinta anos.
AGENTE DA PASSIVA
Agente da passiva é o termo da oração que se refere a um verbo na voz passiva, sempre introduzido por
preposição, com o fim de indicar o elemento que executa a ação verbal.
Ex.: As terras foram desapropriadas pelo Governo.
Os exercícios foram resolvidos por mim.
A cidade estava cercada de inimigos.
OBS.: O agente da passiva ocorre geralmente na voz passiva analítica ( verbo auxiliar + particípio). Embora seja
menos freqüente, poderá também ocorrer na voz passiva sintética (verbo transitivo direto + partícula
apassivadora).
Ex.: Este mar se navega de cruéis marinheiros.
Esta classe formou-se de bons alunos.
Verifique, ainda, que, se transformarmos a oração em que aparece o agente da passiva para a voz ativa, o
agente da passiva assumirá a função sintática de sujeito na voz ativa.
Ex.: O Governo desapropriou as terras.
Cruéis marinheiros navegam este mar.
COMPLEMENTO NOMINAL
Complemento nominal é o termo da oração que se liga a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), sempre
através de preposição, com a função de completar o sentido desse nome.
Ex.: O povo tinha necessidade de alimentos.
Este remédio é prejudicial ao organismo.
Falou favoravelmente ao réu.
OBS.:
· O complemento nominal pode ser representado por uma oração subordinada, que receberá o nome de oração
subordinada substantiva completiva nominal.
Ex.: Tinha necessidade de que o ajudassem.
· O complemento nominal pode ainda ser representado por um pronome oblíquo. Nesse caso, a preposição está
implícita no pronome:
Ex.: Caminhar a pé lhe era saudável.
Aquele remédio nos era prejudicial.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FMU-FIAM/SP) Assinale a alternativa que contenha, respectivamente, um pronome pessoal do caso reto
funcionando como sujeito e um pronome pessoal do caso oblíquo funcionando como objeto direto.
a) Eu comecei a reforma da Natureza por este passarinho.
b) E mais uma vez me convenci da "tortura" destas coisas.
c) Todos a ensinavam a respeitar a Natureza.
d) Ela os ensina a fazer os ninhos das árvores.
e) Ela não convencia ninguém disso.
Resposta: d
2. (UFV/SP) Na frase "Ela atribui-se uma culpa que não tem", o pronome se é classificado como:
a) pronome apassivador
b) índice de indeterminação do sujeito
c) objeto direto
d) objeto indireto
e) partícula expletiva de realce
Resposta: d
Resposta: c
4. (PUC/SP) No trecho:
"... e no fim declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse", as palavras em destaque têm,
respectivamente, funções sintáticas de:
a) objeto indireto, objeto direto, objeto direto
b) objeto direto, objeto direto, objeto direto
c) objeto direto, predicativo do sujeito, objeto direto
d) objeto indireto, objeto indireto, objeto indireto
e) objeto direto, adjunto adverbial, objeto direto
Resposta: a
5. (UNIMEP/SP)
l. Demos a ele todas as oportunidades.
ll. Fizemos o trabalho como você orientou.
lll. Acharam os livros muito interessantes.
Substituindo as palavras em destaque por um pronome oblíquo, temos:
a) l. Demos-lhe. ll. Fizemo-lo. lll. Acharam-los.
b) l. Demos-lhe. ll. Fizemos-lo. lll. Acharam-os.
c) l. Demos-lhe. ll. Fizemo-lo. lll. Acharam-nos.
d) l. Demo-lhe. ll. Fizemos-o lll. Acharam-nos.
e) l. Demos-lhe. ll. Fizemo-lhe. lll. Acharam-nos.
Resposta: c
6. (VUNESP/SP)
a) "Por que brilham teus olhos ardentes."
b) "Sou o sonho de tua esperança."
Classifique, quanto à predicação, os verbos em destaque nos fragmentos acima.
7. (VUNESP/SP) "Mas para quem vos olha a uma distância de quinhentos metros, essas dimensões que levais
convosco deixam de existir."
Dê a classe gramatical e a função sintática dos termos em destaque.
Resposta: vos: pronome pessoal do caso oblíquo, objeto direto; que: pronome relativo, objeto direto.
Resposta: a
8. (VUNESP/SP)
"A pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. "/ ? "Às suas violetas, na janela, não lhes
poupei água."
Assinalar a alternativa que contiver a afirmação correta sobre as duas orações transcritas:
a) Nas duas orações há sujeito composto precedendo verbo transitivo direto e indireto.
b) Nas duas orações há sujeito indeterminado, e apenas o verbo da Segunda oração é transitivo direto e indireto.
c) Nas duas orações há inversão da ordem das palavras e ocorrência de complemento verbal pleonástico.
d) Nas duas orações ocorre complemento verbal pleonástico, mas apenas na Segunda há inversão da ordem das
palavras.
e) Nas duas orações a ordem é direta e o sujeito é composto.
Resposta: c
Resposta: c
10. PUC/SP) Em: "Porque eu continuarei a chamar guerra a toda esta época embaralhada de inéditos valores...",
as expressões em destaque são, respectivamente:
a) objeto direto, objeto indireto
b) predicativo, objeto indireto
c) objeto direto, objeto direto preposicionado
d) predicativo, objeto direto pleonástico
e) objeto direto, objeto indireto
Resposta: b
A partir desses exemplos, explique a seguinte afirmativa: "A análise da transitividade verbal é feita de acordo com
o texto e não isoladamente."
Resposta: Em cada uma das frases de cada par, o mesmo verbo aparece com transitividade diferente: querer é
transitivo direto na primeira frase, transitivo indireto na segunda; dormir é intransitivo na primeira frase, transitivo
direto na segunda. Isso mostra como a transitividade depende sempre do contexto em que o verbo é utilizado.
VERBO
é a palavra variável em pessoa, número, tempo, modo e voz que exprime um fato (ação, estado ou fenômeno)
localizado no tempo.
Ex.: O goleiro defendeu o pênalti. (ação)
O operário está cansado. (estado)
Choveu muito em fevereiro. (fenômeno)
A significação de um verbo pode ser alargada por um outro verbo denominado auxiliar. Ao conjunto verbo auxiliar
mais verbo principal damos o nome de locução verbal. Observe:
Amanhã choverá.
Amanhã poderá chover.
No segundo exemplo, poderá se junta ao verbo chover e amplia de certo modo sua significação, exprimindo a
idéia de possibilidade.
Nas locuções verbais, o verbo principal estará sempre em uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo ou
particípio).
São inúmeros os verbos que podem funcionar como auxiliar: ser, estar, ter, haver, poder, dever, querer, etc.
Estrutura do verbo
Radical é o elemento mórfico que serve de base do significado. Obtém-se o radical do verbo tirando-se as
terminações -ar, -er, -ir do infinitivo.
Ex.: cant ar
vend er
part ir
Vogal temática é a vogal que se agrega ao radical para possibilitar sua união às desinências. As vogais temáticas
são a, e, i. Elas indicam a conjugação a que os verbos pertencem.
· Cantar - 1a conjugação
· Vender - 2a conjugação
· Partir - 3a conjugação
OBS.: O verbo pôr e seus derivados pertencem à segunda conjugação, porque sua forma arcaica era poer.
Desinências são elementos mórficos que se juntam ao radical (ou ao tema) para indicar as flexões de modo e
tempo (desinências modo-temporais) e de número e pessoa (desinências número-pessoais).
Ex.: cant á va mos
va = desinência modo-temporal
mos = desinência número-pessoal
Flexão
Tempo
Basicamente, o processo expresso pelo verbo pode-se situar em três tempos:
¨ Presente - quando o processo ocorre no momento em que se fala.
Ex.: Neste momento, o aluno lê um poema.
Essa divisão dos tempos verbais não esgota todas as variações que o verbo pode assumir com relação à
categoria tempo, já que o pretérito e o futuro apresentam subdivisões.
O pretérito subdivide-se em:
· Pretérito perfeito, que exprime um processo já concluído anteriormente ao momento em que se fala.
Ex.: Sábado, assisti a um filme de humor.
· Pretérito imperfeito, que exprime um processo anterior ao momento em que se fala, mas não o toma como
concluído, acabado, revelando-o em seu curso, em sua duração.
Ex.: Ela falava muito durante as aulas.
· Pretérito mais-que-perfeito, que exprime um fato passado, já concluído, tomado em relação a outro também
passado, anterior a ele.
Ex.: Eu já resolvera o problema quando o professor me entregou as respostas.
· Futuro do presente, que indica um processo posterior ao momento em que se fala, tomado como certo.
Ex.: Amanhã, estudarei para a prova.
Modo
Entenda-se por modo a atitude que o falante toma em relação ao processo verbal (certeza, dúvida, mando, etc.).
São três os modos do verbo:
· Modo indicativo - revela o fato tomado como certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro.
Ex.: Não viajarei nas próximas férias.
Número
O verbo pode apresentar-se no singular ou no plural, sempre acompanhando o sujeito da oração de que faz
parte. Assim: se o sujeito estiver no singular, o verbo concordará com ele ficando no singular; se o sujeito estiver
no plural, o verbo assumirá a forma plural.
Ex.: Carlos saiu cedo de casa.
Carlos e Sandra saíram cedo de casa.
Pessoa
O verbo se flexiona, ajustando-se às pessoas do discurso (1a, 2a e 3a). O verbo deverá estar sempre
concordando com o sujeito de uma oração em pessoa e número.
Ex.: Eu saí de casa.
Tu saíste de casa.
Márcia e Cláudio saíram de casa.
Voz
Dependendo da relação que estiver estabelecendo com o sujeito, o verbo pode apresentar-se na:
- sintética, formada por um verbo transitivo na terceira pessoa (singular ou plural, concordando com o sujeito)
mais o pronome apassivador se.
Ex.: Derrubou-se a árvore.
Derrubaram-se as árvores.
· Voz reflexiva - quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente da ação expressa pelo verbo.
Ex.: O lenhador feriu-se.
Formas nominais
Existem três formas verbais que não apresentam flexões de tempo e de modo. São formas que exercem também
funções próprias dos nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) e que, por isso, são chamadas formas
nominais.
· Particípio - indica uma ação já acabada e desempenha função semelhante à dos adjetivos. O particípio admite
flexão de gênero, número e grau.
Ex.: A porta foi aberta pelo gerente.
Aquelas pessoas foram muito perturbadas na reunião.
· Gerúndio - indica uma ação em curso e desempenha função semelhante à do adjetivo e à do advérbio. O
gerúndio não apresenta flexão.
Ex.: Foram encontrados muitos jovens estudando.
Falava gesticulando o tempo todo.
· Infinitivo - indica a ação propriamente dita e desempenha função semelhante à do substantivo. O infinitivo é a
única forma nominal que admite flexão de pessoa.
Ex.: Estudar é privilégio de poucos.
O remédio era ficarmos em casa.
Damos o nome de rizotônicas às formas verbais cujo acento tônico recai sobre o radical.
Ex.: cant - o
Cant - as
Formas arrizotônicas são aquelas cujo acento tônico recai na terminação, isto é, fora do radical.
Ex.: cant - a - mos
Cant - a - rás
s regulares
São os que seguem o paragigma, isto é, o modelo de sua conjugação. Os verbos cantar, vender e partir serão
tomados como paradigmas de primeira, segunda e terceira conjugações, respectivamente.
Para se verificar se um verbo é irregular, basta conjugá-lo nos tempos primitivos (presente do indicativo e
pretérito perfeito do indicativo). Se ele for regular nesses dois tempos, será regular nas outras formas também.
Ex.:
Presente do indicativo
Cant-o
Cant-as
Cant-a
Cant-amos
Cant-ais
Cant-am
Observe que, quando conjugamos o verbo cantar no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo, o
radical (cant-) permaneceu o mesmo em todas as formas e as desinências obedecem a um padrão. Isso indica
que se trata de um verbo regular.
s irregulares
São aqueles que se afastam do paradigma, apresentando alterações ou no radical ou nas desinências. Para
verificar se um verbo é irregular, basta conjugá-lo nos tempos primitivos, porque, se ele apresentar alguma
irregularidade, ela se manifestará em uma dessas formas.
Presente do indicativo
Peç-o
Ped-es
Ped-e
Ped-imos
Ped-is
Ped-em
Veja que, quando conjugamos o verbo pedir no presente do indicativo, na primeira pessoa do singular o radical
alterou-se para peç-. Daí a irregularidade do verbo.
Há casos em que a irregularidade do verbo se apresenta não no radical, mas nas desinências. Verifique a
conjugação do presente do indicativo do verbo estar.
Est-ou
Est-ás
Est-á
Est-amos
Est-ais
Est-ão
s defectivos
São verbos de conjugação incompleta, ou seja, não apresentam certas formas. Observe como se conjugam os
verbos reaver e abolir no presente do indicativo:
Pessoa Presente do indicativo
Reaver abolir
Eu - -
Tu - aboles
Ele - abole
Nós reavemos abolimos
Vós reaveis abolis
Eles - abolem
Nesses casos, as formas faltantes podem ser substituídas por uma locução verbal ou por um sinônimo. Ex.:
Eu cancelo / revogo. (para substituir a primeira pessoa do singular do presente do indicativo de abolir)
Eles recuperam. (para substituir a terceira pessoa do plural do presente do indicativo de reaver)
s abundantes
São os que apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. A "abundância" é notada com maior
freqüência no particípio de alguns verbos, que, além do particípio regular (terminação -ado ou -ido), podem
apresentar outra forma irregular.
Veja alguns exemplos de verbos que apresentam duas formas para o particípio:
Empregamos o particípio regular nas formas da voz ativa (normalmente estará acompanhado dos verbos ter e
haver) e o irregular nas formas da voz passiva (normalmente acompanhado pelos verbos ser ou estar). Observe:
Tinham acendido o fogo.
O fogo foi aceso.
Haviam limpado a sala.
A sala foi limpa pela faxineira.
s unipessoais
Chamam-se unipessoais os verbos que só se empregam na terceira pessoa do singular, ou na terceira pessoa do
singular e terceira pessoa do plural.
Os verbos que exprimem fenômenos da natureza (chover, ventar, nevar, gear, etc.) só aparecem na terceira
pessoa do singular.
Ex.: chove, choveu, choverá, chovia, etc.
Os verbos que exprimem as vozes dos animais (latir, miar, cacarejar, coaxar, etc.) só se empregam na terceira
pessoa do singular e na terceira pessoa do plural.
Ex.: late, latem, miava, miavam, etc.
s pronominais
Há verbos que também podem ser conjugados com o auxílio dos pronomes oblíquos átonos, mas não são
reflexivos. São os verbos pronominais, que podem ser de dois tipos:
· Essencialmente pronominais - são sempre conjugados com o auxílio do pronome oblíquo átono.
Ex.: queixar-se, arrepender-se, suicidar-se, apiedar-se, ater-se, etc.
· Acidentalmente pronominais - são aqueles que podem ser conjugados com ou sem auxílio do pronome oblíquo
átono.
Ex.: lembrar-se, esquecer-se, debater-se, enganar-se, etc.
OBS.: Aos verbos reflexivos podemos acrescentar as expressões a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, etc. O
mesmo não ocorre com os verbos pronominais.
Ex.: O homem feriu-se.
O homem feriu-se a si mesmo.
Os verbos apresentam determinadas formas que dão origem a outras, sendo, por isso mesmo, chamadas de
formas primitivas. As formas primitivas são:
· Presente do indicativo
· Pretérito perfeito do indicativo
· Infinitivo impessoal
¨ Presente do subjuntivo - acrescentam-se ao radical as terminações -e, -es, -e, -emos, -eis, -em para os verbos
da primeira conjugação e as terminações -a, -as, -a, -amos, -ais, -am para os verbos da segunda e da terceira
conjugações.
¨ Imperativo negativo - é idêntico ao presente do subjuntivo, bastando acrescentar a negação.
¨ Imperativo afirmativo - as segundas pessoas (tu e vós) provêm dp presente do indicativo, tirando-se o -s final; as
demais pessoas são idênticas ao presente do subjuntivo. Veja o quadro abaixo:
OBS.: Como o imperativo pode exprimir várias atitudes, a entoação da frase será fundamental para exprimi-las.
No imperativo, o falante sempre se dirige a um interlocutor, por isso esse modo só possui as formas que admitem
um interlocutor (segundas e terceiras pessoas e primeira pessoa do plural).
Ex.: Prestem atenção! (ordem)
Empreste-me o livro. (solicitação)
Venha à minha casa. (convite)
Não destruas a natureza. (conselho)
¨ Futuro do presente - acrescentam-se as terminações -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão.
¨ Futuro do pretérito - acrescentam-se as terminações -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam.
¨ Imperfeito do indicativo - acrescentam-se ao tema, para os verbos da primeira conjugação, as terminações -va, -
vas, -va, -vamos, -veis, -vam; para os verbos da segunda e terceira conjugações acrescentam-se as terminações
-ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam diretamente ao radical.
¨ Infinitivo pessoal - a primeira e a terceira pessoas do singular são idênticas ao infinitivo impessoal; para as
demais, acrescentam-se as terminações -es (para a segunda pessoa do singular) e as terminações -mos, -des, -
em para a primeira, segunda, terceira pessoas do plural, respectivamente.
¨ Particípio - acrescenta-se ao radical a terminação -ado para os verbos da primeira conjugação e a terminação -
ido para os verbos da segunda e terceira conjugações.
Aguar
· Presente do indicativo: águo, águas, água, aguamos, etc.
· Presente do subjuntivo: ágües, ágües, ágües, etc.
Nomear
· Presente do indicativo: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam.
· Presente do subjuntivo: nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem.
ATENÇÃO: Seguem este modelo os verbos terminados em -EAR, como passear, frear, bloquear, etc.
Odiar
· Presente do indicativo: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam.
· Presente do subjuntivo: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem.
ATENÇÃO: Seguem este modelo os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar.
Crer
· Presente do indicativo: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem.
· Presente do subjuntivo: creia, creias, creia, etc.
· Pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu, cremos, etc.
Requerer
· Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, etc.
· Presente do subjuntivo.: requeira, requeiras, etc.
· Pretérito perfeito do indicativo: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram.
· Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, requeresse, etc.
· Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, requerermos, etc.
ATENÇÃO: Este verbo, derivado de querer, se conjuga como ele, exceto na primeira pessoa do singular do
presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo (e derivados), quando é regular.
Valer
· Presente do indicativo: valho, vales, vale, etc.
· Presente do subjuntivo: valha, valhas, etc.
Reaver
Esse verbo é conjugado da mesma forma que o verbo haver, mas ele só existe nas formas em que o verbo haver
tiver a letra V.
Nos tempos que se seguem, o asterisco (*) indica que aquela determinada pessoa não existe.
· Presente do indicativo: eu *, tu *, ele *, nós reavemos, vós reaveis, eles *.
· Presente do subjuntivo: não possui nenhuma das pessoas.
· Futuro do subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, etc.
· Imperfeito do subjuntivo: reouvesse, reouvesses, etc.
Ver
· Presente do indicativo: vejo, vês, vê, etc.
· Futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Vir
· Presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
· Pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.
ATENÇÃO: Assim se conjugam seus derivados: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, etc.
Paradigmas de conjugação
Conjugar um verbo significa apresentá-lo em todas as suas formas. A seguir, apresentamos a conjugação
completa dos verbos cantar, vender e partir que serão tomados como paradigmas dos verbos de primeira,
segunda e terceira conjugações, respectivamente, e a conjugação do verbo pôr.
Tempos compostos
Os tempos compostos são formados pelos verbos auxiliares ter e haver mais o particípio do verbo principal. São
os seguintes:
Modo indicativo
¨ Pretérito perfeito - formado pelo presente do indicativo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Ex.: tenho ou hei cantado, vendido, partido
¨ Pretérito mais-que-perfeito - formado pelo imperfeito do indicativo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo
principal.
Ex.: tinha ou havia cantado, vendido, partido
¨ Futuro do presente - formado pelo futuro do presente simples do verbo auxiliar mais o particípio do verbo
principal.
Ex.: terei ou haverei cantado, vendido, partido
¨ Futuro do pretérito - formado pelo futuro do pretérito simples do verbo auxiliar mais o particípio do verbo
principal.
Ex.: teria ou haveria cantado, vendido, partido
Modo subjuntivo
¨ Pretérito perfeito - formado pelo presente do subjuntivo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal.
Ex.: tenha ou haja cantado, vendido, partido
¨ Pretérito mais-que-perfeito - formado pelo imperfeito do subjuntivo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo
principal.
Ex.: tivesse ou houvesse cantado, vendido, partido
¨ Futuro do subjuntivo - formado pelo futuro do subjuntivo simples do verbo auxiliar mais o particípio do verbo
principal.
Ex.: tiver ou houver cantado, vendido, partido
Emprego do infinitivo
Não é fácil sistematizar o emprego do infinitivo, já que, além do infinitivo impessoal, há em português também o
infinitivo pessoal (flexionado).
Não há propriamente regras que determinem o emprego do infinitivo pessoas e impessoal; o que se observa são
tendências consagradas pelo uso por parte dos bons autores.
Emprega-se o infinitivo impessoal:
· Quando ele não estiver se referindo a sujeito algum.
Ex.: É necessário controlar os preços.
· Quando, dependente dos verbos deixar, fazer, mandar, ouvir e sentir, tiver por sujeito um pronome oblíquo.
Ex.: Mandei-os entrar.
Deixei-me ir alegremente.
· Quando precedido da preposição de e seguido de adjetivos como fácil, difícil, possível e semelhantes. Nesses
casos, o infinitivo assume sentido passivo.
Ex.: Isso é fácil de resolver. (ser resolvido)
É uma tarefa impossível de cumprir. (ser cumprida)
· Quando ele tiver sujeito próprio (expresso ou implícito) diferente do sujeito da oração principal.
Ex.: A solução era irmos embora.
O costume é os jovens falarem e os velhos escutarem.
· Quando o sujeito, mesmo sendo o mesmo da oração principal, vier expresso antes do infinitivo.
Ex.: Para nós resolvermos esta tarefa, precisaremos de tempo.
QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (UNIRIO/RJ) Há verbos chamados abundantes, porque têm mais de uma forma, especialmente para o
particípio, como expulso e expulsado. Assinale o par em que os dois verbos não têm os dois particípios no uso
corrente da língua:
a) aceitar - acender
b) fazer - ver
c) emitir - incorrer
d) soltar - romper
e) prender - extinguir
2. (UNIRIO/RJ) Em "... como se tivéssemos vivido sempre juntos", a forma verbal está no:
a) imperfeito do subjuntivo
b) futuro do presente composto
c) mais-que-perfeito composto do indicativo
d) mais-que-perfeito composto do subjuntivo
e) futuro composto do subjuntivo
4. (UNIMEP/SP) "Acredito que Maria tenha feito a lição." Passando-se a oração sublinhada para a voz passiva, o
verbo ficará assim:
a) foi feita
b) tenha sido feita
c) esteja sendo feita
d) tenha estado feita
e) seja feita
5. (FIU/MG) transpondo para a voz passiva a frase "Eu estava revendo, naquele momento, as provas tipográficas
do livro", obtém-se a forma verbal:
a) ia revendo
b) estava sendo revisto
c) seriam revistas
d) comecei a rever
e) estavam sendo revistas
7. (F.M. SANTA CASA/SP) Transpondo para a voz ativa a frase: "O processo deve ser revisto pelos dois
funcionários", obtém-se a forma verbal:
a) deve-se rever
b) devem rever
c) será revisto
d) reverão
e) rever-se-á
8. (ES UBERABA/SP) Assinalar o item em que todas as formas verbais pedidas estejam certas:
HAVER (presente do subjuntivo, 1a pessoa do singular)
CRER (presente do indicativo, 3a pessoa do plural)
PASSEAR (presente subjuntivo, 2a pessoa do plural)
9. (U.F.S. CARLOS/SP) O acordo não ... as reivindicações, a não ser que ... os nossos direitos e ... da luta.
a) substitui - abdicamos - desistimos
b) substitue - abdicamos - desistimos
c) substitui - abdiquemos - desistamos
d) substitui - abidiquemos - desistimos
e) substitue - abdiquemos - desistamos
10. (U.E. LONDRINA/PR) As linhas ... para um ponto e depois se ... no infinito.
a) convergem - esvão
b) convirgem - esvaem
c) convergem - esvaiem
d) convergem - esvaem
e) convirgem - esvão
11. (FUVEST/SP) Complete a frase abaixo com os seguintes verbos, na forma indicada:
explicar-se: imperativo afirmativo, 3a pessoa do singular
crer: presente do subjuntivo, 1a pessoa do plural
ter: presente do subjuntivo, 1a pessoa do plural
... bem, para que nós ... em suas boas intenções e não ... dúvidas a seu respeito.
12. (U.E. LONDRINA/PR) Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente os
espaços em branco:
"É preciso que ... novidades interessantes que ... e ... ao mesmo tempo".
a) surjam - divertem - instruam
b) surjam - divirtam - instruam
c) surjam - divirtam - instruem
d) surgem - divertem - instruem
e) surgem - divirtam - instruam
13. (FUVEST/SP) "Voltemos à casinha". Dê o modo verbal a que pertence a forma grifada. Dê também a forma
de 2a pessoa do plural correspondente à forma verbal grifada.
14. (UE/CE) Passando-se "Faze como eu" para a negativa, temos como forma correta a da opção:
a) não faze como eu
b) não fazes como eu
c) não faças como eu
d) não faça como eu
15. (F.C.L. PAULISTA/SP) No desempenho de tuas funções, ... atencioso com todos, ... ser útil sempre e não ...
as tuas responsabilidades.
a) sê - procure - negue
b) seja - procura - negue
c) seja - procure - negues
d) sê - procura - negues
e) seja - procura - negues
16. (U.F. PELOTAS/RS) José, ... favor: ... todo o material que está aí sobra a tua mesa, mas não ... que se
misturem os papéis.
a) faz - traz - deixes
b) faz - traz - deixa
c) faz - traga - deixes
d) faça - traga - deixe
e) faça - traga - deixa
18. (CESGRANRIO/RJ) Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase: "Quando ... mais
aperfeiçoado, o computador certamente ... um eficiente meio de controlo de toda a vida social".
a) estivesse - será
b) estiver - seria
c) esteja - era
d) estivesse - era
e) estiver - será
19. (F.C.MED. SANTA CASA/SP) Caso ... realmente interessado, ele não ... de faltar.
a) estiver - haja
b) esteja - houvesse
c) estivesse - haveria
d) estivesse - havia
e) estiver - houver
21. (U.E. PONTA GROSSA/PR) Nesse fragmento poético: Cantando espalharei por toda parte / Se a tanto me
ajudar engenho e arte, encontram-se, respectivamente, formas verbais nominais:
a) participial e infinitiva
b) gerundial e infinitiva
c) infinitiva e participial
d) infinitiva e gerundial
e) participial e gerundial
23. (F.C.M. SANTA CASA/SP) Diz a regra: "Exprimindo embora o resultado de uma ação acabada, o particípio
não indica por si próprio se a ação em causa é presente, passada ou futura. Só o contexto a que pertence precisa
sua relação temporal".
Nos exemplos seguintes:
l. Desenterrada a batata, só nos restava assá-la.
ll. Desenterrada a batata, só nos resta assá-la.
lll. Desenterrada a batata, só nos restará assá-la.
A mesma forma expressa ação passada, presente e futura, respectivamente, em:
a) l, ll, lll
b) ll, lll, l
c) lll, ll, l
d) l, lll, ll
e) ll, l, lll
24. (PUCCAMP/SP) assinale a alternativa que contiver o particípio verbal empregado erradamente:
a) Mamãe já tinha cobrido as crianças
b) O fósforo tinha sido aceso.
c) O guarda tinha salvado a vítima.
d) O gato estava morto.
e) Nenhuma das anteriores.
26. (FUVEST/SP) Aponte a alternativa em que a segunda forma está incorreta como plural da primeira.
a) tu ris - vós rides
b) ele lê - eles lêem
c) ele tem - eles têm
d) ele vem - eles vêem
e) eu ceio - nós ceamos
28. (U.E. BAHIA) Os alunos que ... revisão de provas ... com a rigidez da correção.
a) pleiteiam - indiguinam-se
b) pleiteam - indignam-se
c) pleiteiam - indignam-se
d) pleiteam - indíguinam-se
e) pleiteam - indígnam-se
29. (FUVEST/SP) Reescreva as frases abaixo, substituindo convenientemente as formas verbais grifadas pelos
verbos colocados entre parênteses:
a) Se você se colocasse no meu lugar, perceberia melhor o problema. (PÔR)
b) Quando descobrirem o logro em que caíram, ficarão furiosos. (VER)
30. (FAAP/SP) Complete com a forma adequada dos verbos entre parênteses:
"Durante o jogo de ontem, embora duvidasse das ameaças dos torcedores, o técnico ... (requerer) proteção
policial, concordando em que os agentes ... (intervir), se necessário".
31. (UNICAMP/SP) Nas suas aulas de gramática, você deve ter estudado a conjugação dos verbos irregulares.
Esse conhecimento é necessário na escrita padrão. Nos trechos abaixo encontram-se formas verbais
inadequadas.
l. "[Os astecas] não só conheciam o banho de vapor, tão prezado na Europa, como mantiam o hábito de banhar-
se diariamente." (Superinteressante, out. 1992)
ll. "Um grupo de defesa dos direitos civis ameaçou intervir se o juiz Mike MacSpadden ir adiante com seu plano
de aprovar o pedido de castração." (Folha de S. Paulo, 13 fev. 1992)
a) Identifique as formas verbais inadequadas.
b) Que formas deveriam ter sido empregadas?
c) Como se poderia explicar a ocorrência das formas inadequadas, nos trechos acima?
32. (CESESP/PE) Assinale o único item em que o emprego do infinitivo está errado.
a) Deixei-os sair, mas procurei orientá-los bem.
b) De hoje a três meses podes voltar aqui.
c) Disse ser falsas aquelas assinaturas.
d) Depois de alguns instantes, eles pareciam estarem mais conformados.
e) Viam-se brilhar as primeiras estrelas.
34. (FUVEST/SP) Preencha os claros da frase transformada com as formas adequadas dos verbos assinalados
na frase original.
Original: Para você vir à Cidade Universitária é preciso virar à direita ao ver a ponte Alvarenga.
Transformada: Para tu ... à Cidade Universitária é preciso que ... à direita quando ... a ponte da Alvarenga.
a) vir, vire, ver
b) vires, vires, veres
c) venhas, vires, vejas
d) vir, virar, ver
e) vires, vires, vires
35. (FAC. OBJETIVO/SP) dos verbos abaixo, assinale o único que não apresenta duplo particípio.
a) abrir
b) imprimir
c) eleger
d) morrer
e) enxugar
RESPOSTAS
1. C
2. D
3. B
4. B
5. E
6. D
7. B
8. A
9. C
10. D
11. "Explique-se bem, para que nós creiamos em suas boas intenções e não tenhamos dúvidas a seu respeito."
12. B
13. Modo verbal: imperativo afirmativo / 2a pessoa do plural: voltai.
14. C
15. D
16. A
17. A
18. E
19. C
20. Se não houvesse muita cinza de cigarro no chão, o velho Leite não raciocinaria assim.
21. B
22. A
23. A
24. A
25. D
26. D
27. E (a voz dessa frase é reflexiva)
28. C
29. A) pusesse; b) virem
30. Requereu - interviessem
31. A) As formas verbais inadequadas são: "mantiam" e "iam"; b) as formas que deveriam ser empregadas são:
mantinham e for; c) o emprego dessas formas verbais inadequadas deve-se ao fato de o falante conjugar um
verbo que não segue o paradigma de sua conjugação (um verbo irregular, portanto) como se fosse regular.
32. C
33. B
34. E
35. A
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