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A Galinha Bêbeda

Uma história da
Inês Oliveira, 5º D,
2008/2009
E
ra uma vez uma menina chamada Maria, que vivia no campo
com os seus pais e levava uma vida muito feliz. Maria andava
na escola da aldeia, tinha muitas amigas e gostava muito de
brincar com todas elas. À hora do recreio dava gosto vê-las a jogar à
macaca ou a saltar à corda. Quando chegava a casa, depois da
escola, fazia logo os deveres, mas como vivia no campo, ela ainda
ajudava a mãe nas tarefas diárias: guardava as ovelhas, tratava das
galinhas, tirava o leite à vaca…
Há umas semanas atrás, a mãe da Maria tinha reparado que uma
das galinhas, aPita, tinha começado a cambalear e ela achava muito
estranho que a pobre coitada não se segurasse nas
patitas. Ainda por cima, desaparecia durante
longas horas, levando-a a pensar que devia andar
doente.
Por indicação da mãe, a Maria foi chamar o
veterinário para este observar a galinha.
Quando o Dr. Rodrigo Pata chegou, foi logo observar a galinha
Pita, mas não encontrou nada de estranho, a não ser o bico um
bocadinho roxo e um hálito difícil de suportar. Mas a verdade é que as
galinhas não costumam cheirar muito bem e, por isso, o veterinário
receitou-lhe umas pastilhas e disse para a continuarem a vigiar.
Os dias foram passando e a história repetia-se. A galinha
continuava a desaparecer, a cambalear cada vez mais e, quando
tentava agarrar o milho com o bico, errava sempre o alvo. Até parecia
que não via bem…
A mãe da Maria, já muito desconfiada com aquela situação, pediu
à filha que seguisse a galinha. No dia seguinte, a Maria levantou-se
mais cedo do que o costume e assim fez: seguiu a galinha. Podem
imaginar qual não foi o seu espanto ao ver a galinha ir direitinha à
adega, onde o pai guardava o vinho em grandes pipas. À sua espera,
já lá estava o cúmplice, o macaco Estarola, que vivia na quinta do
vizinho. Era ele, vá se lá saber como e porquê, que trazia a chave da
porta da adega! Entraram e a galinha dirigiu-se a uma das pipas que

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tinha uma grande torneira de madeira. Era a pipa da qual tiravam o
vinho que serviam, diariamente, à mesa. Por baixo da torneira, havia
uma pequena taça onde, de tempos a tempos, caía uma gotinha de
vinho. A taça estava meia cheia e a galinha depressa bebericou umas
gotas. Escusado será dizer que quando saiu da adega já não
conseguia andar direita...
Maria ficou espantada com o que vira e foi a
correr contar à mãe. A mãe da Maria nem queria
acreditar e achou melhor verificar com os seus
próprios olhos, no dia seguinte. Pois bem, aconteceu
tudo tal e qual como a Maria lhe contara. Não
admirava que a galinha Pita andasse tonta, a beber
vinho daquela maneira!
A mãe da Maria foi falar com o marido – que não achou graça
nenhuma à história da galinha lhe andar a beber o vinho –e disse-lhe
que era preciso fazer alguma coisa. Primeiro que tudo, foi ter com a
galinha e deu-lhe um raspanete, mas ela pouco se importou e
continuou a beber às escondidas.
A mãe da Maria pensou então que para grandes males grandes
remédios e resolveu pô-la num centro de recuperação para galinhas
bêbedas. A galinha aprendeu imenso no grupo das galinhas alcoólicas
anónimas e, passado algumas semanas, a sua situação melhorara
bastante e pôde voltar para o seu galinheiro. Contudo, com o tempo,
voltou outra vez a sentir vontade de beber e começou a rondar de
novo a adega.
A Maria e a mãe passaram então ao plano B! Durante a noite,
foram até à adega e substituíram os barris de vinho tinto por barris
com sumo de limão sem açúcar e um bocadinho de groselha para dar
cor.
Quando a galinha resolveu ir até à adega, “só para provar”, mal
começou a beber ficou com as penas todas eriçadas e pensou que o
vinho daquele barril não estava bom. Foi provando o vinho, de barril
em barril, mas sabia-lhe tudo ao mesmo. Cacarejava que nem uma

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tonta de tão aflita que estava! Não sabia o que lhe acontecera, mas a
verdade é que já não gostava de vinho!
A Maria e a mãe ficaram tão contentes, tão contentes que até
fizeram uma festa para comemorar. Festejaram com limonada, mas a
galinha Pita bebeu uma gota e não conseguiu beber mais. Agora
parecia que lhe sabia tudo ao mesmo…
Quanto ao seu cúmplice, o macaco Estarola, o dono pô-lo de
castigo e não o deixou sair de casa durante um mês.
As coisas voltaram finalmente à normalidade e a Pita lá seguiu
com a sua vida de galinha.
Passados uns meses, a galinha voltou a desaparecer. Maria foi a
correr à adega, mas ela não estava lá, o que a deixou mais
descansada. Pelo menos bêbada não andaria!
No dia seguinte, a mesma coisa, e no outro, e no outro, e no outro
– todos os dias a galinha desaparecia, até que desapareceu de vez. A
mãe da Maria, com medo que a galinha tivesse voltado ao velho vício,
mandou a Maria procurá-la. Quem sabe se não andaria na adega do
vizinho…
Maria procurou por todo o lado, mas não encontrou a galinha em
lado nenhum.
Foi então que o senhor Zé, que morava no pinhal, decidiu ajudá-la
a procurar a galinha Pita. No pinheiro 327, havia um buraco invulgar,
mas o senhor Zé não ligou a isso e continuou a procurar a galinha
com a Maria. Mas, nada! A galinha tinha desaparecido sem deixar
rasto.
Havia muitos e muitos dias que a galinha não aparecia e, passado
esse tempo, o senhor Zé lembrou-se do buraco que vira no tal
pinheiro 327 e resolveu ir até lá.
Pôs pernas ao caminho e depressa lá chegou. Quando o senhor Zé
espreitou para dentro do buraco do pinheiro 327 viu que a galinha
estava lá dentro, muito sossegada, e que tinha um ninho por baixo.
Deixou-a estar e foi contar a boa nova à Maria e à sua mãe.

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Ficaram as duas muito contentes com a notícia, ao perceberem
que a Pita estava choca e não tardariam a nascer mais pintainhos.
A galinha chocou seis ovinhos, de onde
saíram seis pintainhos lindos ao fim de algum
tempo. Ao vê-los toda a gente ficou feliz,
sobretudo a Maria, que logo tratou de lhes pôr
nomes, de os levar para casa e de os mostrar às
amigas.
 Olhem, são tão pequeninos! Este é o Chili,
este o Dorminhoco, este o Patareco, este o Super-P que quer dizer
super-pinto, o Yellow e, finalmente, o Fifi.
-São adoráveis!  exclamaram todas ao mesmo tempo.
Quando os pintainhos cresceram, a mãe galinha sentiu-se na
obrigação de lhes contar os seus problemas com o álcool, pois os pais
devem preparar os filhos para a vida e tentar evitar que cometam os
mesmos erros que eles.
O Chili exclamou logo:
 Isso de ser bêbedo deve ser giro!!! Hic!
 Não digas isso nem a brincar !!!!  disse a galinha para o filho.
 Pois é, não é nada bonito!!!  disse Fifi.
 Cala-te, mas é! – respondeu Chili
Esta discussão entre Chili e Fifi ainda demorou algum tempo, até
que a galinha disse:
 Chega! Ser alcoólico é uma coisa muito séria, por isso calem-se
os dois!
Explicou-lhes como pôde os malefícios da bebida e eles
escutaram-na com muita atenção. No fim, Patareco disse:
 Não te preocupes, mamã! Se nos metermos nos copos, vai ser
com copos de água!
Riram-se todos com a graça do Patareco!
E assim acabou a história da galinha bêbeda, que afinal já não era
bêbeda, e que além de nos divertir com as suas aventuras, também

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nos mostra que é sempre possível mudar para melhor, quando temos
amigos como a Maria que nos apoiam quando estamos em
dificuldades.

Inês Oliveira, 5º D,
2008/2009

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