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Humilhando-se diante de Deus - Mário Márcio Barros da Silva

Humilhando-se diante de Deus

Mário Márcio Barros da Silva


Em 15/04/09
mmarcio_bs@yahoo.com.br
mmbarrosmeister@gmail.com

INTRODUÇÃO

P
ara realização deste pequeno estudo, utilizamos a Bíblia Sagrada na tradução
de João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida, revisão 1997, 2ª edição,
publicada pela Scripturae Publicações, São Paulo-SP, 2004. O presente texto
reproduz – com alguns detalhes acrescidos – minha preleção, realizada na data acima, no
auditório do Ministério Público do Estado de Goiás, em culto semanal mantido por servidores
cristãos.

O salmista Davi diz nos versículos 96 a 104 do Salmo 119:

“A toda perfeição vi limite, mas o teu mandamento é amplíssimo.


Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia.
Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que meus
inimigos, pois estão sempre comigo.
Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres,
porque medito nos teus testemunhos.
Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus
preceitos.
Desviei os meus pés de todo caminho mau, para observar a
tua palavra.
Não me apartei dos teus juízos, porque tu me ensinaste.
Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar. Mais
doces do que o mel à minha boca.
Pelos teus mandamentos, alcancei entendimento, pelo que
aborreço todo falso caminho.”

D
avi era rei; um homem cheio de autoridade, com poder de vida e morte sobre
todos os que estavam sob seu comando. No entanto, com todos os seus
defeitos e virtudes humanos, foi considerado um homem segundo o coração
de Deus. É fácil saber por que. Como rei resoluto, nunca tomou a última decisão sem buscar a
resposta de Deus e sem se humilhar diante dele. Nessa atitude, Deus nunca o desamparou e lhe
deu entendimento de tudo o que precisava para sua vida e para cumprir seu reinado com justiça
sobre o povo israelita e prevalecer sobre seus adversários.

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A ssim como Davi buscava em Deus a sua sabedoria para reinar com justiça,
recorremos às palavras do nosso Mestre Jesus em Mateus 7:1-5:

“Não julgueis, para que não sejais julgados,


porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a
medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu
irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
Ou como dirás a teu irmão: -deixa-me tirar o argueiro do teu
olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás
em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.

E , ainda, nosso querido Mestre esclareceu a abrangência de seu amor


incondicional em Mateus 5:43-45:

“Ouvistes que foi dito: amarás o teu próximo e aborrecerás o


teu inimigo.
Eu, porém, vos digo: amai a vossos inimigos, bendizei os que
vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos
maltratam e vos perseguem,
para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque
faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre
justos e injustos.”

O
apóstolo Paulo esclareceu bem que nossos verdadeiros inimigos não são as
pessoas que nos perseguem, nos maldizem e nos maltratam, mas são as
hostes celestiais da maldade. Veja Efésios 6:10-13:

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força


do seu poder.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais
estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim,
contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das
trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais
resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”.

C onfrontado com a dúvida dos seus discípulos quanto a quem é o maior no reino
dos céus, Jesus assim respondeu, em Mateus 18, versículos 1 a 6:

“Naquela mesma hora, chegaram os discípulos ao pé de Jesus,


dizendo: - quem é o maior no reino dos céus?
E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles,
E disse: - em verdade vos digo que, se não vos converterdes e
não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino
dos céus.
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse

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é o maior no reino dos céus.


E qualquer que receber em meu nome um menino tal como
este, a mim me recebe.
Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que
crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço
uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar”.

A s Santas Escrituras nos alertam para o fato de que nada está oculto aos olhos de
Deus. Davi constatou isso no Salmo 139, versículos 7 a 12:

“Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua


face?
Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Sheol a minha cama,
eis que tu ali estás também;
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
Até ali a tua mão me guiará, e a tua destra me susterá.
Se disser: -decerto que as trevas me encobrirão; então a noite
será luz à roda de mim.
Nem ainda as trevas me escondem de ti: mas a noite
resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma
coisa”.

O
apóstolo Paulo já recebera do Senhor, através de sua própria experiência
cristã em todas as viagens missionárias que fez, o entendimento de que todos
são iguais perante Deus e sujeitos às mesmas falhas e pecados. Percebera que
a combinação de humildade, exercício do amor fraternal pelo auxílio nas dificuldades alheias e
pela prática do bem, genericamente, resultava em inúmeros benefícios para ele próprio,
outorgados por Deus. É o que depreendemos da leitura de Gálatas 6, versículos 1 a 9:

“Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido em


alguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com
espírito de mansidão, olhando por vós mesmos, para que não sejais
também tentados.
Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de
Cristo.
Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada,
engana-se a si mesmo.
Mas prove cada um a sua própria obra, e terá glória só em si
mesmo, e não em outro.
Porque cada qual levará a sua própria carga.
E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens
com aquele que o instrui.
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o
homem semear, isso também ceifará.
Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a
corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida
eterna.
E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo
ceifaremos, se não houvermos desfalecido”.

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I
denticamente – e fechando nossa introdução – anotamos que o apóstolo Pedro
aconselha, com autoridade, aos jovens, realçando a importância da humildade
(1ª Epístola de Pedro 5, versículos 5 a 9) e obrigatória resistência às tentações do
diabo, pois as aflições delas decorrentes acontecem a todos os que trilham os caminhos de Deus:

“Semelhantemente vós, mancebos, sede sujeitos aos anciãos; e


sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque
Deus resiste aos soberbos mas dá graça aos humildes.
Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para
que, a seu tempo, vos exalte,
lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem
cuidado de vós.
Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda
em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar,
Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se
cumprem entre os vossos irmãos no mundo”.

A
seguir, e sob a misericórdia e iluminação de Deus, buscaremos apresentar o
cenário em que estamos inseridos e o que Deus requer de nós, segundo o rol de
passagens bíblicas aqui transcrito.

OS LIMITES DA PERFEIÇÃO

D
avi percebeu que Deus colocou limites em todas as coisas. Tudo o que foi
criado é perfeito, mas limitado. Em diversos outros salmos, o querido rei
constata que a sabedoria de Deus é inatingível. Na verdade, todas as coisas
que são explicáveis pela ciência humana, eivada do rigor lógico e do método, possuem uma
grande face voltada para as trevas do saber humano. Se possível fora ao homem, acessar esse
lado, veria que na maior perfeição há brechas por onde o Deus vivo permeia para gerar
transformações. Por esse motivo, o que pelo raciocínio humano parece um sistema fechado,
intransponível ou impossível de ser mudado, é volátil, delével e flexível para Deus. O Senhor está
acima de sua criação e por ela permeia na onipotência e onisciência para fazer o impossível
acontecer.

O
limite do saber humano sobre o universo que nos cerca se projeta na igual
incapacidade de conhecermo-nos integralmente e na proporção idêntica de
conhecer o outro. Todo julgamento que fazemos, pressupõe conhecimento
prévio sobre a coisa julgada. E dela quanto mais se sabe, melhor qualifica-se o julgamento. Ora,
tomando-se o ensinamento de Jesus, o juízo que fazemos de nós mesmos é limitado ao nosso
autoconhecimento e – conseqüentemente – o amor próprio que nos levaria a valorizar o amor
fraternal, também. O que dizer, então, do juízo a respeito do próximo?

S
omente Deus conhece a integralidade de nosso ser – somos permeados por ele,
também. Conhecimento perfeito, juízo perfeito. Deus derrama sobre todos a sua
graça de igual modo, tratando a cada um segundo suas diferenças, coisa que o
homem não pode fazer. A ação integral de Deus sobre o homem gera bênçãos. A do homem sobre
o homem, injustiças, perversas acepções de pessoas e decepções para os outros e para si mesmo.
Quantos sonhos e projetos; treinamentos e decisões tomadas redundaram em fracasso? A

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inteligência humana aponta para potenciais plenamente possíveis, porém, a capacidade real para
fazê-lo não está disponível, posto que inadequada à vontade solitária do homem. É engano pensar
que se pode sozinho fazer tudo. Ou, às vezes, pode, mas não como o planejado. Alguém procurou
saber se Deus faria da mesma forma? Certamente, não. O rei Davi concluiu, em seus versos, que
sua qualidade de vida tornou-se melhor que a dos homens aparentemente mais capazes que ele,
porque reconheceu sua incapacidade de saber tudo e – sábia e humildemente – deixou todas as
decisões para Deus tomar por ele.

COMPARTILHAR SIM, JULGAR NÃO

P
aulo compreendeu, pelo Espírito Santo, o valor das almas que procurou resgatar
e manter firmes na fé do evangelho. Na sua epístola aos gálatas, recomendou
que aquele que está em desvio de conduta seja abordado com intuito de ajudá-lo
a superar os seus pecados e fraquezas e ser reintegrado à comunhão da Igreja. Atitudes de críticas
e acusações somente o afastarão mais ainda da comunhão e impedirá que Deus, em seu amor, o
restaure e mostre o seu poder e fidelidade na correção dos seus caminhos. Não havendo acepção
por parte de Deus para todos, a mesma atenção que recebemos, o irmão caído deve receber.
Contudo, vale para nós a advertência da vigilância, porque nós também somos passíveis de
incorrer nos mesmos pecados e até em outros piores. Se isto ocorre temos uma trave em nosso
olho, mesmo depois de vermos o argueiro do olho do irmão. Não conseguimos sentir amor por
esses irmãos? Humilhemo-nos diante do Senhor, rogando sua misericórdia, perdão e para que
sejamos cheios de seu amor.

O QUE FAZER DE NOSSOS INIMIGOS?

O
s adversários que nos perseguem estão debaixo da graça comum de Deus e
Jesus pagou na cruz pelos pecados deles, também. Contudo pela ausência do
Espírito Santo em seus corações, estão à mercê da carne, do mundo e do
diabo e – no mal que praticam – são instrumentos do maligno sem o saber. Lembremo-nos que
Deus não levou em conta os tempos da nossa ignorância. Por causa de sua misericórdia infinita,
fomos poupados e resgatados. Assim como Deus nos guarda de todo mal e nos livra das suas
perseguições e maledicências, em resposta a nossas orações, alcançará o coração desses escravos
do diabo para libertá-los e restaurá-los. Nossos inimigos reais não são esses pobres ignorantes.
São todos os que Paulo enumerou na carta aos efésios.

AJOELHE-SE, AGORA, E ADORE AO SENHOR NA BELEZA DE SUA


SANTIDADE

O
s conselhos de Paulo devem se unir aos do apóstolo Pedro. Andemos de
joelhos diante do Senhor com humildade, quebrantemos nossos corações,
suplicando por nós e pelos que conosco convivem. Sem amor é impossível
compreender a profundidade e importância da obra salvadora de Cristo. Sem amor tudo o que
fizermos pelos outros não pode ser confirmado na eficácia redentora da salvação. Clamemos pelo
auxílio de Yaveh-Sabaoth, o Senhor dos Exércitos e nos apliquemos ao estudo contínuo da Palavra

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de Deus; às orações; à prática da verdade no falar e no agir; investir na fé e na confiança do


Senhor nas provações, através das quais seremos edificados. E quando formos tentados,
lembremo-nos que outros também são, porém são libertos pela resistência e pela confiança, pois
junto com as tentações, Deus propicia o escape, sendo vigilantes em todo tempo. Que o Senhor
nos preencha da plenitude do seu amor e de sua graça; que seja adorado em espírito e verdade;
que nesse amor, ganhar almas e mantê-las debaixo da vontade do Senhor seja a conseqüência
natural do cumprimento de sua vontade em nós. Aleluia!

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