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INTRODUÇÃO
P
ara realização deste pequeno estudo, utilizamos a Bíblia Sagrada na tradução
de João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida, revisão 1997, 2ª edição,
publicada pela Scripturae Publicações, São Paulo-SP, 2004. O presente texto
reproduz – com alguns detalhes acrescidos – minha preleção, realizada na data acima, no
auditório do Ministério Público do Estado de Goiás, em culto semanal mantido por servidores
cristãos.
D
avi era rei; um homem cheio de autoridade, com poder de vida e morte sobre
todos os que estavam sob seu comando. No entanto, com todos os seus
defeitos e virtudes humanos, foi considerado um homem segundo o coração
de Deus. É fácil saber por que. Como rei resoluto, nunca tomou a última decisão sem buscar a
resposta de Deus e sem se humilhar diante dele. Nessa atitude, Deus nunca o desamparou e lhe
deu entendimento de tudo o que precisava para sua vida e para cumprir seu reinado com justiça
sobre o povo israelita e prevalecer sobre seus adversários.
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Humilhando-se diante de Deus - Mário Márcio Barros da Silva
A ssim como Davi buscava em Deus a sua sabedoria para reinar com justiça,
recorremos às palavras do nosso Mestre Jesus em Mateus 7:1-5:
O
apóstolo Paulo esclareceu bem que nossos verdadeiros inimigos não são as
pessoas que nos perseguem, nos maldizem e nos maltratam, mas são as
hostes celestiais da maldade. Veja Efésios 6:10-13:
C onfrontado com a dúvida dos seus discípulos quanto a quem é o maior no reino
dos céus, Jesus assim respondeu, em Mateus 18, versículos 1 a 6:
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A s Santas Escrituras nos alertam para o fato de que nada está oculto aos olhos de
Deus. Davi constatou isso no Salmo 139, versículos 7 a 12:
O
apóstolo Paulo já recebera do Senhor, através de sua própria experiência
cristã em todas as viagens missionárias que fez, o entendimento de que todos
são iguais perante Deus e sujeitos às mesmas falhas e pecados. Percebera que
a combinação de humildade, exercício do amor fraternal pelo auxílio nas dificuldades alheias e
pela prática do bem, genericamente, resultava em inúmeros benefícios para ele próprio,
outorgados por Deus. É o que depreendemos da leitura de Gálatas 6, versículos 1 a 9:
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Humilhando-se diante de Deus - Mário Márcio Barros da Silva
I
denticamente – e fechando nossa introdução – anotamos que o apóstolo Pedro
aconselha, com autoridade, aos jovens, realçando a importância da humildade
(1ª Epístola de Pedro 5, versículos 5 a 9) e obrigatória resistência às tentações do
diabo, pois as aflições delas decorrentes acontecem a todos os que trilham os caminhos de Deus:
A
seguir, e sob a misericórdia e iluminação de Deus, buscaremos apresentar o
cenário em que estamos inseridos e o que Deus requer de nós, segundo o rol de
passagens bíblicas aqui transcrito.
OS LIMITES DA PERFEIÇÃO
D
avi percebeu que Deus colocou limites em todas as coisas. Tudo o que foi
criado é perfeito, mas limitado. Em diversos outros salmos, o querido rei
constata que a sabedoria de Deus é inatingível. Na verdade, todas as coisas
que são explicáveis pela ciência humana, eivada do rigor lógico e do método, possuem uma
grande face voltada para as trevas do saber humano. Se possível fora ao homem, acessar esse
lado, veria que na maior perfeição há brechas por onde o Deus vivo permeia para gerar
transformações. Por esse motivo, o que pelo raciocínio humano parece um sistema fechado,
intransponível ou impossível de ser mudado, é volátil, delével e flexível para Deus. O Senhor está
acima de sua criação e por ela permeia na onipotência e onisciência para fazer o impossível
acontecer.
O
limite do saber humano sobre o universo que nos cerca se projeta na igual
incapacidade de conhecermo-nos integralmente e na proporção idêntica de
conhecer o outro. Todo julgamento que fazemos, pressupõe conhecimento
prévio sobre a coisa julgada. E dela quanto mais se sabe, melhor qualifica-se o julgamento. Ora,
tomando-se o ensinamento de Jesus, o juízo que fazemos de nós mesmos é limitado ao nosso
autoconhecimento e – conseqüentemente – o amor próprio que nos levaria a valorizar o amor
fraternal, também. O que dizer, então, do juízo a respeito do próximo?
S
omente Deus conhece a integralidade de nosso ser – somos permeados por ele,
também. Conhecimento perfeito, juízo perfeito. Deus derrama sobre todos a sua
graça de igual modo, tratando a cada um segundo suas diferenças, coisa que o
homem não pode fazer. A ação integral de Deus sobre o homem gera bênçãos. A do homem sobre
o homem, injustiças, perversas acepções de pessoas e decepções para os outros e para si mesmo.
Quantos sonhos e projetos; treinamentos e decisões tomadas redundaram em fracasso? A
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inteligência humana aponta para potenciais plenamente possíveis, porém, a capacidade real para
fazê-lo não está disponível, posto que inadequada à vontade solitária do homem. É engano pensar
que se pode sozinho fazer tudo. Ou, às vezes, pode, mas não como o planejado. Alguém procurou
saber se Deus faria da mesma forma? Certamente, não. O rei Davi concluiu, em seus versos, que
sua qualidade de vida tornou-se melhor que a dos homens aparentemente mais capazes que ele,
porque reconheceu sua incapacidade de saber tudo e – sábia e humildemente – deixou todas as
decisões para Deus tomar por ele.
P
aulo compreendeu, pelo Espírito Santo, o valor das almas que procurou resgatar
e manter firmes na fé do evangelho. Na sua epístola aos gálatas, recomendou
que aquele que está em desvio de conduta seja abordado com intuito de ajudá-lo
a superar os seus pecados e fraquezas e ser reintegrado à comunhão da Igreja. Atitudes de críticas
e acusações somente o afastarão mais ainda da comunhão e impedirá que Deus, em seu amor, o
restaure e mostre o seu poder e fidelidade na correção dos seus caminhos. Não havendo acepção
por parte de Deus para todos, a mesma atenção que recebemos, o irmão caído deve receber.
Contudo, vale para nós a advertência da vigilância, porque nós também somos passíveis de
incorrer nos mesmos pecados e até em outros piores. Se isto ocorre temos uma trave em nosso
olho, mesmo depois de vermos o argueiro do olho do irmão. Não conseguimos sentir amor por
esses irmãos? Humilhemo-nos diante do Senhor, rogando sua misericórdia, perdão e para que
sejamos cheios de seu amor.
O
s adversários que nos perseguem estão debaixo da graça comum de Deus e
Jesus pagou na cruz pelos pecados deles, também. Contudo pela ausência do
Espírito Santo em seus corações, estão à mercê da carne, do mundo e do
diabo e – no mal que praticam – são instrumentos do maligno sem o saber. Lembremo-nos que
Deus não levou em conta os tempos da nossa ignorância. Por causa de sua misericórdia infinita,
fomos poupados e resgatados. Assim como Deus nos guarda de todo mal e nos livra das suas
perseguições e maledicências, em resposta a nossas orações, alcançará o coração desses escravos
do diabo para libertá-los e restaurá-los. Nossos inimigos reais não são esses pobres ignorantes.
São todos os que Paulo enumerou na carta aos efésios.
O
s conselhos de Paulo devem se unir aos do apóstolo Pedro. Andemos de
joelhos diante do Senhor com humildade, quebrantemos nossos corações,
suplicando por nós e pelos que conosco convivem. Sem amor é impossível
compreender a profundidade e importância da obra salvadora de Cristo. Sem amor tudo o que
fizermos pelos outros não pode ser confirmado na eficácia redentora da salvação. Clamemos pelo
auxílio de Yaveh-Sabaoth, o Senhor dos Exércitos e nos apliquemos ao estudo contínuo da Palavra
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