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APRESENTACAO Cees numa excelente fonte de embasamento mecessario aos exames de habilitacao obrigatorios para Mestre-Amador, Arrais-Amador e Veleiro, “Navegar é Facil” é, antes de mais nada, uma espontanea demonstracao de centusiasmo pelas coisas do mar. A objetividade, a clareza didatica, a simplicidade e suas intimeras ilustracGes por si sé justificam o titulo do trabalho, valio- sa contribuicao ao desenvolvimento da mentalidade maritima de NOss0 povo. Fornecendo amplos subsidios indispensaveis aos curriculos em vigor para as diversas categorias amadoras e auténtica fonte de respostas as eventuais dtividas, a presente publicagao traza vocacao marinheira do autor comprovada pelos intimeros cursos (ensinamentos) ministrados na Fundacdo de Estudos do Mar (FEMAR) e a experiéncia naval acumulada ao longo dos anos nas diversas comiss6es exercidas com eficiéncia e dedicagao como Oficial da Marinha de Guerra do Brasil. Talvez a melhor férmula para iniciar um estudo sério de navegacio para amadores seja a leitura deste livro, feito com ex- cepcional carinho e destinado a ajudar a tantos entusiastas que buscam o mar em suas horas de lazer. Paulo de Bonoso Duarte Pinto Vice-Almirante Diretor de Portos e Costas Rio de Janeiro, 1 de outubro de 1977 Almirante de Esquadsa (Comandante de Operagdes Navais e Diretor Geral de Navegagaio Rio de Janeiro, 1 de janeiro de 1982 Nesta nova edicgao do Navegar é Fécil mantivemos a apresentagao da 1* edig&o como nossa singela homenagem a um | amigo inesquecivel ea um lider militar-naval verdadeizo que, em || sua epoca, deu repetidos exemplos ce amor a Marinha eao Brasil. PREFACIO mais de vinte anos, ao langarmos a 1 edigio do Navegar é Facil diziamos: “a navegacito amadora, acom- panhando o desenvolvimento brasileiro, vem crescendo enormemen- te.” Essa nossa afirmacao permanece valida passadas mais de duas décadas. © Brasil apesar dos percalcos e dificuldades havidas nesse longo perfodo de tempo, soube se superar e continuar cres- cendo, Da mesma forma cresceu a navegacao amadora, hoje uma pujante realidade com um aprecidvel e constante aumento de sua frota e de seus adeptos e formidvel multiplicacao de marinas, clubes, fabricantes, servicas de apoio e atividades afins. Nesta nova, 10" edicao, revisamos todo 0 livro a fim de atualiza-lo em relacdo as novas Legislaciio de Seguranca do Trafe- go Aquavidrio, do seu Regulamento (R - Lesta) e das Normas da ‘Autoridade Maritima (NORMAMS) - com énfase na 03, que regu- lamenta as atividades de esporte e recreio. Acrescentamos um Banco de Questdes que, juntamente com 0s questiondrios de verificagio de aprendizado ao final de cada capitulo, e suas respostas padrao, permitirao aos leitores fazer uma melhor auto avaliagao de seu aprendizado efetivo, Com tudo, isso, cremos, ter conseguido manter o “Navegar € Facil", vazado na simplicidade, objetividade e praticidade, justificando a perma- néncia de seu titulo, apesar das novas expansées havidas. Mantivemos a estrutura anterior oferecendo nas duas primeiras partes do livro, os assuntos que um Veleiro, um Arrais- Amador « um Mestre devem saber e, em uma terceira parte alguns conhecimentos suplementares que julgamos de efetivo interesse para o navegante. “Nao temos a pretensio de que 0 “Navegar é Fécil” seja completo e sem falhas porém cremos que, com novas criticas e suges- toes que pedimos que continuem a ser feitas possamos aperfeicoa- Io cada vez mais.” Foram essas nossas palavras hé mais de vinte anos, que reiteramos agora. Ao finalizarmos este novo prefacio, desejamos agrade- cer a Diretoria de Portos e Costas do Ministério da Marinha o re- conhecimento de nosso livro como bisico para estudo de candi- datos a habilitacao as categorias amadoras de Arrais, Mestre e Motonautas, bem como, a Fundagiio de Estudos do Mar, pelo seu apoio e amizade sempre presentes nestas mais de duas décadas. Queremos ainda continuar compartilhando com nos- sos leitores, quer os antigos, quer os novos, a nossa imensa satis facao, alegria e felicidade por termos hoje a convicgao de que va- leram todos os esforcos e tempo dispendido, nestes mais de vinte anos com o “Navegar é Facil”, permitindo que nesta longa singradura ele cumprisse exitosamente com todos os propésitos determinados desde nossa idéia inicial. Capitdo-de-Mar-e-Guerra (RRpf) Rio de Janeiro, 8 de abril de 1999 Adendo ao Prefacio Ha menos de 2 anos, apresentamos a 10° Edigio do Navegar é Facil e j4, neste inicio de novo século, langamos a 11° Edigdo, funcio das alteragées decorrentes na NORMAM 03 ori- ginadas pelas sugestdes do 1° Seminario de Seguranca da Na- vegacao Amadora. Basicamente todas as alteracoes, acréscimos e/ou modificagées estéo concentradas no Capitulo 13, permane- cendo os demais com sua estrutura e apresentagao como nas edi- Ses anteriores. firanda de Bdefo: Capitao-de-Mar-e-Guerra (RRyf) Rio de Janeiro, 01 de janeiro de 2001 wl SUMARIO APRESENTACAO Preracio ... Parte 1 Car. 1—Connecimentos INicials © Conhecimentos Iniciai © O Que é um Barco? # Terminologia Basica em um Barco -DirecBes « Estrutuca da Embarcacao - Principais Definicies # Dimensées Lineares de um Barco... : © Dados nao Lineares da Embarcaca * Movimentos da Embarcagiio no Mar * Rudimentos de Estabilidade ¢ Questionario Cap. 2—Mares, * Marés - O Que Sao? * Teoria das Ma * Efeitos Terra-Sol * Efeitos Terra-Lu * Efeitos Combinados # Terminologia das Marés © Tipos de Maré * Tabuas de Maré: * Métodos Expeditos de Previsao de Marés . * Correntes de Maré - Estimas de Velocidade e Diregio * Questionario he ae Car. 3—-Ancoras & AMARRAS.. « Ancoras... * Como Blas Trabalham # Quais as Caracteristicas de uma Boa Ancora * O Efeito das Forcas da Natureza ... Peso das Ancoras.... * Nomenclatura das Ancoras © Tipos de Ancoras + Amarras .. © Quartelada de Amarra . +A Amarra Mista ... * A Amarra de Corrente * Uso do “Elo Patente” e do Tornel.... * Questionério ona Car. 4 FUNDEAR & SUSPENDER ... © Fundear ............ * Suspender ¢ Fundeadouro *O Uso de Uma S * Questionario gunda Ancora Cap. 5— ATRACAR E DESATRACAR ... # Atracar e Desatracar... © Espias e Seu Uso .... # Leme e Seus Efeitos... : # Situagdes de Manobra de Embarcacoes © Questiondrio .. Cap. 6~Carra NAUTICA «. * O Que é uma Carta Nautica ... Escala da Carta .. * A Orientacao das Cartas * Edigdo das Cartas Néuticas . # Informaces Oferecidas pelas Cartas Néuticas © Questionario .. Cap. 7 - Pusticacdes NAuricas.. * Publicacées Nauticas * Roteiro..... * Catélogo de Cartas e Publicacoes # Carta 12000... * Lista de Auxilios-Radio * Almanaque Nautico... « Tébuas e Tabelas de Auxilio & Navegacio.... *RIPEAM... « Avisos aos ‘Navegantes * Apenno 1 - Quadro de Areas de Responsabilidade de Aviso aos Navegantes Car. $—Carta 12000... © O que a Carta 12.000... * Indice da Carta 12,000 © Questionério... * Apenvo - Secao IK - Pedras, Cascos Sogobrados e Obs Car. 9— BALIZAMENTO .. * Pequeno Histérico .. * Balizamento - Definicao .. + Tipos de Sinai : * Métodos de Caracterizacgao dos Sinais - Mu oe 4 i 94 * Observacdes Sobre Balizamento ... * Apresentacao dos Sinais * Descri¢&io dos Sinais Cardinais * Balizamento, um Exemplo * Questiondrio ..... Cap. 10- RireaM. + Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar... + Generalidad: Aplicag& Responsabilidade Bom Senso .. Definigbes Gerais .. Visibilidade + Regras de Govemo e Navegacio « Condueao de Embarcagdes no Visual Uma da Outra Conducao de Embarcacoes em Visibilidade Restrita Luzes e Marcas .. Sinais Sonoros e Luuminosos Sinais para Chamar a Atencao .. Sinais de Perigo. Navegacao Noturna Uso do VHF como Complementacao de § * Questionario . ais Sonoros ... Cap. 11 - Navecacao rm Acuas Inreniones.. © O Que sio Aguas Interiores a... + Regras Especiais para Luzes e Manobra e Velocidade nas Aguas Interiores Brasileiras Regras Especiais para Luzes e Marcas nas Agua’ Interiores Brasileira Regras Especiais para Balizamento e Lacustre. ¢ Questiondrio.... Cap. 12-O gue to R-Lesta * Artigos mais Tnporlanless para o Navegador Nautico . © Questionario.... Cap. 13 - NorMas DA AUTORIDADE MARITIMA .. ¢ Extrato da Normam - 03 * Assuntos Diversos © Questionério... # Aoexoo 1 - Normas da Autoridade Maritima . * Apenvo 2 - Aviso de Saida....... * AvENpo 3 - Dotagio de Equipamentos Obrigatorios - Tabelas Resumo... * Apenpo 4 - Sobrevivéncia em Balsas Salva-Vidas « Apgnvo 5 - Procedimentos e Lista de Verificacao para Vistoria * ApeNpo 6- Termo de Responsabilidade.... Cap. 14 - INsrecAo NAVAL. * Fiscalizacao ... » Apreensio da Embarcagao... * Apreensao da Carteira de Habilitacao * Uso Indevido de Radiotelefone Maritimo * Operacao Negligente de uma Embarcacao * Poluicao por Embarcagbes de Esporte e Recreio ... * Preservacao da Sinalizacdo Nautica # Uso da Bandeira Nacional 4 # Docainentagio, Mlarcagio 6 Material Obsigattinie * Infragdes . * Questionario Cap. 15 = INstRUMENTOS DO NAVEGANTE «. * Escolha dos Instrumentos... * Agulha .. * Prumo de Mao. * Ecobatimetro « Termémetro . « Barémetro... * Relégio «Instruimentos de Plotar. * Binéculos Lantern © Questiondrio Cap. 16— PRIMEIROS SOCORROS .. © 0 Que é 0 “PRIMEIRO SOCORRO” ... © Princfpios Gerais dos “Primrizos SocoRRos” * Casos Mais Comuns © Respiragao Artificial * Hipotermia e Congelamento.. « Equipamento Necessério para os Primeiros Socorr * Caixa de Primeiros Socorros * Questionario . Cap. 17 — InctND10 - PREVENGAO ¢ Compate * Incéndios - Prevencao e Combate © O Fogo * Regras Basicas de Combate a Incéndio a * Classificagao dos Incéndios - Principais Agentes Extintor S * Agentes Extintores - Funcées ¢ Usos .. ~ * Precaugées Contra Incéndio: * Causas Principais de Incéndio: * Questiondrio -Redugaio dos Riscos Cap. 18 — Homem Ao Mar.. ¢“Homem ao Mar” + Ages a Serem Desenvolvidas de Pronto © O Que Voeé Deve Saber se Cair a0 Mar... * Aproximando-se da Vitima * Recolhimento da Vitima . * Recordando e Repetindo © Questionario..... xt Cap. 19 — SEGURANCA No Mar - FUNDAMENTOS # Seguranga no Mar - Uma Definicao. » Fundamentos da Seguranca no Mar * Questionsrio.... Car. 20- Banco pe Quesrors. RESPOSTAS AOS QUESTIONARIOS - ParTE 1.. Respostas Do Banco ve Quesrors.. Parte 2... Car. 1— Navecagao— ConneciMENtos INIctArs # Navegacao: Definigao e Divisio... * A Terra ~sua Forma e seus Movimentos * Polos e Circulos da Terra, Primeiro Meridiano * Latitude e Longitude ... Direcao (Rumo, Proa e Marcacao) * Unidades Usadas em Navegacao * Linhas Ortodrémica e Loxodrémica © Questionario..... aint Car. 2— Cartas NAuticas # Cartas Néuticas - Novos Conhecimentos... * Divisio das Cartas Nauticas © Projecdo de Mercator # Lendo uma Carta © Questiondrio . Cap. 3— Ponto, DistANciA £ DirecGes Nas Cartas NAUTICAS .. Ponto na Carta .. © Distancia na Carta .. ® Direcao em uma Carta Mercator... Cap. 4— Acutua MAGNETICA ... * Magnetismo Terrestre * Agulha Magnética.. * Declinagao Magnética (Decl. Mag.) XI 347 348 * Desvio da Agulha (Dag) * Curva de Desvios da Agulha * Linhas Isogénicas. # A Agulha “Fluxgate” * Questionario 351 Car. 5 — Conversoes pr Direcoss .... * Conversdes de Diregoe: *Rumo © Marcacao . + Exemplo de Conversées « Regra WAVE Car, 6 ~ FerraMENTAS DO NAVEGADOR 361 361 « Novas “Ferramentas”’. * Instrumentos de Medida de Direc * Instrumentos de Medida de Distancia Pereorrida e Determinagio de Velocidade * Instrumentos de Medida de Distancia a um Objet © QUeStIONATIO ws enninnnnmnetnnnnnnnnnteee Cap. 7~A PosicAo No Mak & sua OprENCAO * Posicaio no Mar... * Posicao Estimada . # Navegacao Costeira * Processos de Obtencao de Posigao . * Processos Pratico: Cap. 8 — NAVEGACAO DE SEGURANGA, * O Que é Navegacao de Seguranca? * Seguindo Alinhamentos . * Usando a Mareacao de Perigo . * Usando a Distancia de Perigo .. * Usando o Angulo Vertical de Perigo. « Angulo Horizontal de aig = + Uso de Sondagers..... os © Questiondrio xa Car. 9 = VENTO .. ++ 388 © 0 Que é 0 Vento?.... 389 culo do Vento Real .. 390 * Questiondrio .. 398 Cap. 10 - Correntes Maritimas © Correntes Maritimas.. * Determinacao da Corrente * Abatimento * Determinacao do Abatimento e sua Correcao © Questionario 0 Cap. 11 ~ FerraMenras ErtrOnicas Do NaVEGANTE * Instrumento Determinador de Diregao - Radiogoniémetro ...... = . 403 « Instrumento Determinador de Profundidade Ecobatimetro ....ssecccccsccesscsessseeessccesssssssnsstsneaneneatsonsaninannnssnsatineattnianaecanseceaseeeesenegececegeentsees 412 + Instrumento Determinador de Marcacao e Distancia - Radar... - AZ * Posicionamento por Satélites - GPS * Questionario...... Car. 12 - Navecacao em Conpigdes ADVERSAS.. * Navegando em Mau Tempo ... * Aproximando-se de Barras ou Eni « Navegando em Canal Restrito .. « Alagando, Encalhando ou Emborcando ... * Navegando em Nevoeiro ou em Ma Visibilidade * Questiondrio Car. 13 - Prostemas pe NAvEGAgio © O Que é Navegar? .. # Rumos ¢ Marcagées... * Problemas Iniciais * Trabalho na Carta - Problemas * Problemas Usando 0 GPS. # Solucdo dos Problemas Apresentados * Modelos - Simulagao de Carta... Resrostas aos Questionanios - Parte 2 xv Parte 3 - ANEXOS * Anexol Sinais de Perigo.. 475 + 476, © Anexo II NogGes de Sobrevivéncia no Mar... * Anexo IIT Radiocomunica¢ées... * Anexo lV, Codigo Morse e Alfabeto Fonético Internacional ............ * Anexo V Bandeiras do Cédigo Internacional de Sinais e seus Significados .. © ANExo VI A Arte do Marinheiro... * Anexo VII ‘A Navegacao ¢ o Meio Ambiente... 497 © Anexo VIIT Tabela de Distancia a Objeto de Altura Conhecida ... 499 *AnexoIX Distancia Pelo Angulo Vertical sn... * ANExo X Alguns “Conselhos Praticos” Parte Os capitulos que constituem esta primeira parte do “Navegar é Fécil” cobrem os assuntos necessérios & habilitacio de Arrais-Amador, Veleiro e Motonauta. Arrats-AMADOR ~ € a pessoa maior de 18 anos habilitada a conduzir embarcacoes a vela e a motor de esporte e recreio nos limites da navegacdo interior como esta- belecido pela Capitania dos Portos em cada local. Veweiro ~ 6 a pessoa maior de 8 anos habilitada a conduzir embarcacées de esporte e recreio exclusivamente a vela nos mesmos limites previstos para o “Arrais- Amador”, Moronaura ~éa pessoa obrigaté; mente maior de 18 anos habilitada a conduzir “jet-sky” nos limites da navegacao interior. CONHECIMENTOS INICIAIS - CAP I » Me. © Conhecimentos Iniciais © O Que é um Barco? ° Terminologia Basica em um Barco Direcoes * Estrutura da Embarcacéo Principais Definicées * Dimensées Lineares de um Barco * Dados nao Lineares da Embareacao * Movimentos da Embareagdo no Mar » Rudimentos de Estabilidade * Questiondrio CONHECIMENTOS INICIAIS Vocé est chegando a um “mundo diferente”: 0 mundo maritimo. Neste incomparavel espaco que, quanto mais o conhecemos mais nos deixa fascinados, existe uma linguagem prépria que precisamos aprender e saber usar Embora vocé nao necessite ter sua fala “extremamente salgada” é importante que conhegae use os termos certos para designar partes, objetos e atividades em um barco eem toro dele. O QUE £ UM BARCO? Barco e embarcagdo sio nomes praticamente idénticos, que podemos definir como: | ‘Toda construgio feita de madeira, ferro, aco, fibra de vidro, aluminio ou da combinacao desses e outros materiais que flutua, sendo especificamente destinada a transportar pela aguia, pessoas ‘ou coisas, Navio, naw enave designam, em geral, embarcacées de porte maior que 20m (ou 65 ft). Ebastante comum ainda ouvirmos falar de“bote”, “chalana”, “dingue”, “inflavel” ete que, apesar de também pertencerem a familia das embarcagoes, sao embarcagées mitidas, quase sempre a servico das maiores e que no tem mais do que 5m (15 ft) e obedecem a sua regulamentagio prépria e maissimples. TERMINOLOGIA BASICA EM UM BARCO DIREGOES Como mencionamosanteriormente, precisamos conhecer e usar diversos termos que so indispensaveis no “mundo maritimo” e que tomam 0 entendimento entre os homens do mar, extremamenteclaro. Geraldo Luiz Miranda de Barros TWUPA BORESTE (flyprdge) (ado direito ) oe 7 PRON NN ELIE. Ge -ay SRL LL al ng pope eae CLEA t t Comprimento na linha d'égua ‘Comprimonto total (LOA) BoMBoRDO (lado esquerdo ) A Vante (AV) uma expressio extremamente facil de se entender porém, seu oposto nao é“atrés” e sim, A RE, Se um objeto estiver mais para a proa do que outro diz-se que ele esta por Anre-s-Vawre (AAV) dele; se esta mais para a popa, diz-se que esta por Anre-4-Ré (AAR). © Pros -€a extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. A proaéa origem de contagem das marcagdes relations. Corresponde aos QO relativos. Por—extremidade posterior donavio. Para efeitos de marcagées relativas corresponde a180°relativos. Borpos—sio as duas partes simétricas em que o easco (corpo principal da embarcagio) €dividido por um plano vertical que contéma linha proa-popa. Denominamos de Boreste (BE) a parte direita de quem olhaa proa e de Bomporpo (BB) a parte A esquerda © Meus-Nau(MIN)- parte docasco compreendidaentrea proae popa. Emseu significado original o termo Mria-Nau (MIN) referia-sea parte do casco préxima do plano longitudinal vertical isto 6, eqitidistante dos bordos do barco’.. ¢ Mrto-Navio—diz-se de uma regiao perpendicular ao plano longitudinal donavioe que divide o navio em duas partes: a parte de proa ea parte de popa. * Ainda hojessedizassimem Portugal, 4 Navegar é Racil- Parte I- Cap I ATENCAO i | Proa, popa, meia-nau e meio-navio nao definem uma parte | determinada do cascoe sim, uma regiao cujo tamanho é indefinido variando debarco para barco. « Bocuecuas— partes curvas do costado de um e de outro bordo, junto a roda de proa. Para efeito de marcagGes relativas a bochecha de BE esta aos 045° da proa ea de BB aos 315° dela. © Amura~0 mesmo que bochecha. Amura é também uma direcao qualquer entre a proa eo través. © Través - € a diregao perpendicular ao plano longitudinal (linha proa-popa) aproximadamente a meio-navio. Para efeito de mareacoes relativas 0 través de BE esté aos 090° relativos e o de BB aos 270° relativos. * Ainezas— partes do costado de um e de outro bordo entre o través € a popa. Para efeito de marcacOes relativas a alheta de BE esté aos 135° da proa ea de BB aos 225° dela. Manrcacoes Rezarivas As marcacées relativas sao me- didas como angulos a partir da proa da nar embarcagao na direcdo dos pon-teiros de um relégio de 02360 em torno do barco. As direcdessao sempre mostra-das (owinformadas) com trés digitos usando zeros se necessirio: 50° dizer zero-cinco- zero (050°) relativos. wm Tho Quando temos um objeto aos 000° costuma-se dizer Peta PRoa ou aos zero-zero-zero relaticos. Semelhantemente, quando temos um objeto aos 180’ dizemos que ele esta Pex Pors ou aos uno-vito-zero*relativos.. Quando temos um objeto pelo Traveés temos que definir obrigatoriamente o bordo. Ex.: “farol pelo través de BE” (ou “farol aos zero-nove-zero” relatives. ° Onumeral um (1) aoser falado deve ser pronunciado UNO. Geraldo Luiz Miranda de Barros Quando temos um objeto entreo través de um dos bordos ea alheta respectiva diz-se que o objeto esta por ante-a-vante da alheta (de BE ou de BB). Quando entre a alhetaea popao objeto estaré por ante-a-ré da alheta (BE ou BB). Hojeem dia, ecada vez mais, vem sendo usadono meio amador © Covico pe Horas baseado na face de um rel6gio 12 convencional (nao | digital, Assim um objeto aos 315° relativos estaria aproximadamente as “dez horas” (bochecha de BB) eo farol da figura anterior aproximada- mente as “cinco horas” (alheta de BE). ESTRUTURA DA EMBARCACAO PRINCIPAIS DEFINICOES * Casco—60 corpo donavio sem a mastreagio, aparelhos, acess6rios, casario ou qualquer outro arranjo. O casco nao possui uma forma geométrica definida sendoa principal caracteristica de sua forma ter um plano de simetria (plano diametral ou plano longitudinal) que se imagina passar pelo eixo da quilha. Da formaadequada docasco dependemas qualidades néuticas deumbarco: —resistncia minima a propulsao; ~mobilidade;e ~estabilidadede plataforma. © Qui#a—éa peca disposta em todo o comprimento do casco no plano de simetria. Ea “espinha dorsal” da embarcacio. © CAavERNAS— sao as “costelas” que permitem dar forma ao casco. Acaverna principal é chamada de caverna mestrae é geralmente localizada na boca maxima da embarcacao. Oconjunto das cavernas forma o cavername. Navegar é Ricil- Parte I- Cap T » Loncarinas — pecas colocadas de proa a popa na parte interna das cavernas E ligando-as entre si.) + Vaus — vigas colocadas de BE a BB em cada caverna, servindo para sustentar os chapeamentos dos conveses e também para atracar entre si as balizas das cavernas.! Os vaus sao ligados entre si por meio das sicordas. # Cosrano ~ 6 0 invélucto do casco acima da linha d‘agua. # Carea ~ é 0 invélucro do casco abaixo da linha d’dgua® Bico de proa Forro exterior Longarinas Roda de proa Covernas Costado NAO ESQUECA tudo abaixo da linha d/égua = Obras Vivas tudo acima da linha d’4gua = Obras Mortas ¢ Bico pe Proa — parte extrema da proa de um barco. * Borpa — 60 limite superior do costado que pode terminar na altura do convés, af recebendo a balaustrada ou, elevando-se um pouco mais, constituindo a borda-falsa. ¢ Borna-Faisa - 6 0 parapeito do navio no convés a fim de proteger as pessoas e o material evitando que caiam no mar. 2Também chamadas de longitudinais, {Os vaus tomam onome do pavimento que sustentam, Lina d’agua é uma faixa pintada com tinta especial no casco dos barcos de proa a popa Genaly Luke Myrande de Barros © Pame1 Dé Pora— ou simplesmente painel é a parte do costado do barco na popa entre as alhetas. A parte superior do painel é a grinalda, ea parte curva do costado do batco na popa logo abaixo do painel é a almetda © Cinta ~ 6 a intersecao do convés resistente (principal) com 0 costado. « SuprresreuTuea — construcao feita sobre o convés principal, estendo-se ou nao de um a outro bordo e cuja cobertura é, em geral, ainda um convés. Convss do passadizo Pose AR Tombaditho Castelo Boro AV ‘Convss principal Suporestrutura control Superestruturas cléssicas em in navio mercante INFORMACAO © em Janchas que dispdem de dois locais de comando o in- ferior seria 0 passadico e 0 superior o tijupd comumente chamado de flybridge. 2 nos veleiros o espaco entre a superestrutura da cabine e 0 painel é o poco notmalmente chamado de cockpit. * Rona ve Pxoa ~ ou simplesmente roda, peca robusta que, em prolongamento da quitha, na direcdo vertical forma 0 extremo do barco a vante. © Capasre~ peca semelhante a roda de proa constituindo 0 extremo do navio a x6. # Anrzrakasé — sao as separagdes verticais que subdividem em compartimentos © espaco interno do easco em cada pavimento. santeparas concorrem tamém para mantera forma eaumentara resistencia do casco. Mastro Estai de vonte Leme Nawegar é Ficil - Parte I- Cap INFORMACAO Em um veleiro, além da nomendiatura vista até aqui, ainda ha a especifica deste tipo de barco e que dizem respeito a sua armacao. Ex.: estai AV e a AR, retranca, ovens etc. A balaustrada em um veleiro recebe normalmente em toda sua volta uma rede que é chamada de “guarda-mancebo” . No bico de proa ela é geralmente projetada, for- mando o “pillpito de proa” e seu contorno a ré é semelhantemente chamado de piilpito a ré. DIMENSOES LINEARES DE UM BARCO As principais medidas lineares de uma embarcacio sao: comprimento, boca, pontal e contorno. © Comprimenro ~ existem varias maneiras de se medir 0 comprimento de uma embarcacao, cada uma delas destinada, normalmente, a um fim especifico. E entendido que, quando nada mais seja especificado, o comprimento se refere ao comprimento total, distancia horizontal medida entre as perpendiculares a um plano horizontal que contém a linha proa-popa da embarcagao, e que passam 9 Geraldo Luiz Miranda de Barros pelos pontos extremos da embarcacdo na parte de vante e na parte de ré, ndo se consi- derando nem a plataforma AR nem a prancha AV. O comprimento total é também, comumente, denominado de Comprimento Ropa A Rova. # Comprimenro DE Arquea¢ao — é, para fins amadores, o comprimento entre a face interna da proa no encontro com o convés principal (ou seu prolongamento) e a face interna da popa no encontzo com o convés principal (ou seu prolongamento). # Bocs ~ 6 a maior largura de uma embarcacao. (Normalmente ocorre na Secdo Mestra.) © Poyra - € a distancia vertical medida do convés até um plano horizontal que passa pela quilha da embarcagio. O pontal é a soma da borda livre e do calado do barco. PROA === 54-4 convts PRINCIPAL A conve: LINHA AGUA PLANO DA QUILHA COMPRIMENTO DE ARQUEAGAO. COMPRIMENTO TOTAL OU RODA A RODA © Carao — é a distancia vertical entre a superficie da agua (linha de agua) e a parte mais baixa da embarcacao no ponto considerado. Toda embarcacao tem sempre dois calados: um, 0 calado méximo, ou seja, a plena carga ; 0 outro, 0 calado minimo, ou seja, 0 calado leve ou com a embarcacao descartegada inteiramente. E importante que se conheca sempre os calados da embarcagao. Borpa Livre—é a distancia vertical medida entre o plano do convés ea superficie das éguas, normalmente, na parte de maior largura da embarcac4o. Com o deslocamento maximo a borda livre atinge seu limite minimo. A borda livre mais o calado é igual ao pontal. © ConTorno - 6 a medida tomada, normaimente na parte mais larga da em- 10 Navegaré Hicil- Parte I- Cap I barcacdo, de borda a borda, passando pela quilha. Quando houver bolina fixa devemos tomar essa medida, como se nao houvesse tal dispositivo. eoca PonTaL tseGio conToRNo DADOS NAO LINEARES DA EMBARCACAO © DestocaMENTO — ou seja, 0 que a embarcagao desloca em peso de agua quando flutuando em 4guas tranqiilas. Toda embarcacao tem um deslocamento maximo quando com 6leo, égua, tripulantes etc. a bordo; e um deslocamento minimo, quando inteiramente descarregada. © deslocamento é expresso normalmente em toneladas de 1000kg. © Tonexacem pe Porre Bruro - nada mais é que a diferenga entre o deslo- camento maximo e o deslocamento minimo. A fpb € também conhecida como tonelagem deadweight (tdw). * Prso MAximo DE Carca (PMC) ~ a tonelagem de porte bruto (tpb), diminuida do peso do combustivel, de Agua, géneros etc., nos dard 0 PMC da embarcacao (em funcao do qual € calculada a lotacao maxima). * Axqueacao ~ € um valor numérico adimensional calculado em funcao de diversos parametros de construcao naval. Embarcacées com valor de arqueagéo superior ou igual a 20 necessitam ter um “Certificado de Arqueacao” (expedido pela Diretoria de Portos e Costas). As embarcacoes com valor de arqueacao inferior a 20 necessitam apenas “Notas de Arqueacdo” expedidas pelas préprias Capitanias dos Portos. n Geralbo Luiz Miranda de Barros INFORMACAO O cAlculo do n°. de pessoas ou do peso a bordo pode ser calculado a grosso modo como: = n°. (de pessoas) oun’, x 68 = peso maximo (em Ke) | fo | | (Obs: 0 peso médio considerado por pessoa é de 68 kg, | MOVIMENTOS DA EMBARCACAO NO MAR Convém desde logo aprendermos também que as embarcagdes em fungao do estado do mar, apresentam movimentos rotativos e movimentos lineares que, iso- Jadamente, sao conhecidos como: * Movmentos Rorativos 1. Balango (Roll) ~ movimento de oscilacao de um bordo para outro. Dependendo do estado do mar 0 balango pode atingir valores elevados (p. ex. 40°). Um balanco rapido demonstra boa estabilidade. O balanco lento, ao contrério, indica estabilidade defi- ciente e pode vir a ser extremamente perigoso em mares agitados. 2. Caturro (Pitch) ou Arfagem —- movimento de oscilacao vertical no sentido proa-popa. Normalmente nao atinge valores muito grandes, ficando por volta de mais ou menos 10°. Quando a embarcagao neste movimento. “fara” uma onda, sofre consideravel esforgo em sua estru-tura, podendo sofrer varias avarias. Navegar é Facil Parte I 3. Cabeceio (Yaw) - movimento de osci- lacdo horizontal no sentido de proa-popa. Tam- bém nao atinge valores muito grandes (mais ou menos 5°) e é 0 menos perigoso e 0 menos desconfortavel dos movimentos rotativos. 1. Deslizamento Lateral (sony) — rapido movimento lateral com o mar de través. O deslizamento lateral associado a um forte balanco pode conduzir a um emborcamento. 2. Deslizamento para vante (surge) — rapido movimento para vante (no sentido proa-popa) quando “descendo” uma onda. 3. Queda livre (heave) ~ rapido movimento para baixo quando caindo no “cavado de uma onda” OBSERVACAO ~ Os movimentos rotativos e lineares apresentados esto sempre associados entre si, e dependem fundamen- talmente do estado do mar. TMPORTANTE E importante ainda conhecermos tudo sobre nossa embarcagdo: sua autonomia e raio de acao que s4o fungdes do consumo de combustivel e este, por sua vez, da velocidade desenvolvida; a capacidade total dos tanques de combustivel e de Agua; a instalacéo elétrica, fusiveis e seus valores; possi- | bilidades de esgoto da embarcacio; recursos de salvamento | existentes, sua utilizagao e sua localizacao; a capacidade das cAmaras frigorificas ou das geladeiras, enfim, sabermos tudo sobre nossa embarcacio em seus minimos detalhes. 2B ae Goralbo Lutz Miranda de Barros RUDIMENTOS DE ESTABILIDADE # A Esrapiupape de uma embarcacéo ¢ a capacidade que ela possui para manter- se corretamente frimada na agua. Diz-se que uma embareacao estd corretamente trimada quando seu calado a vante e seu calado a ré so iguais e além disso ela no tem inclinagéo (banda) para nenhum dos bordos. cl SS es TRMADA ABICADA, DERRABADA, Existem diversos fatores que podem afetar a estabilidade de uma embarcacao fazer com que ela emborque. Entretanto, tais fatores podem ser controlados. Uma embarcagio bem projetada, se for operada de forma adequada, dificilmente sogobrara mesmo que as condig6es sejam bem adversas. © CENTRO DE GRAVIDADE O centro de gravidade (G) € 0 ponto onde o peso total da embarcacao atua verticalmente para baixo. Como regra geral um centro de gravidade (G) mais baixo significa uma embarcagio mais estiivel. O centro de gravidade (G) varia sua posigao em funcao da distribuicao dos pesos de bordo. Por exemplo, uma carga pesada colocada sobre o convés produzira um centro de gravidade (G) mais alto e conseqiientemente uma menor estabilidade. Uma embarcagao com um centro de gravidade (G) elevado tera perigo de emborcamento maior uma vez que, se 0 bareo, por um motivo qualquer (balango, mé distribuicéo de pesos etc,) se inclinar, a fora de gravidade (G) atuara ver- ticalmente, como sempre, aumentando a inclinacao e portanto, a possibilidade de emborcamento. 4 Navegar é Fiteil - Parte I~ Cap 1 « Eero pe Superricie Livre Quando uma embarcacao se inclina e seus tanques esto cheios, seus contetidos obviamente nao se deslocam. Entretanto, a medida que os liquidos sao consumidos ha 0 aparecimento do efeito de “superficie livre” que pode comprometera estabilidade, Para reduzirmos de muito o efeito de “superficie livre” procuramos dividir os espacos de tanques e porées de carga de diversas maneiras. E bastante freqiiente em embarcacées de recreio ou de pesca, termos embarque de agua no convés criando o “efeito de superficie livre”e comprometendo pois a estabilidade. Para evitarmos isso devemos manter os embornais (saidas de agua) safos, evitando assim a retengao de 4gua embarcada e garan- tindo a manutencdo de nossa estabilidade. @ Bora Livre Para lograrmos uma boa estabilidade é fundamental termos uma borda livre adequada. Como jé sabemos, a borda livre é a distancia entre a linha de flutuagao e 0 convés prin- cipal do barco. Se a borda da embarcacao submerge quando © barco se inclina, © perigo de socobrar (emborcar) € muito grande. © Reserva De FLuruspripape Reserva de flutuaiidades Borde livre Se excedermos a lotacdo maxima ou 0 peso maximo de carga, a reserva de flutuabilidade diminuird. Além de estarmos comprometendo as qualidades néuticas da embarcacao, estaremos compromentendo \ seriamente sua seguranca. Calado méximo # Esrorcos Esreuturais Privcrais ‘Todo barco é solicitado em cada ponto pelo excesso de peso ou, pelo excesso de empuxo e pode haver em uma grande extensdo, no sentido do comprimento, um desequilibrio entre o peso do navio e o empuxo da Agua deslocada. Tais esforcos de 15 Geraldo Luiz Miranda be Barros flexdo no sentido do comprimento tendem a estabelecer, no casco, deformacées chamadas de alquebramento e de tosamento (ou contra-alquebramento). # No alquebramento, as chapas de fundo, ficam comprimidas e as chapas do convés ficam tracionadas. Esforgos sobre o ensco numa erista de onda, caracterizant tem alquebramento * No tosamento, as chapas de fundo, ficam tensionadas e as chapas do convés ficam comprimidas. Esforcos sobre o casco num cavado de onda, cavacterizam um tosamento NAO ESQUECA Um barco sobrecarregado* tera muito pouca borda livre e, portanto, sua @ borda tenderé a ser “molhada” mesmo com pequenas inclinacoes. A sobrecarga ROA LIVE €a principal causa de socobramento de BUROA FOR Bee vee Sane, pequenas embarcagdes. 16 Pee aw 10. il. 12. 13. 14. 16. 18. af. QUESTIONARIO Defina barco ou embarcacao. | OBSERVAGAO: O PLANO DE NAVEG PRESENTADO AO FINAL DA PA Quais sao os bordos de um barco? O que 6 meio-navio? O que 6 amura? TE As partes do costado entre um través e a popa sao chamadas de A marcacao relativa é a medida a partir da linha de visada com 0 objeto wr é Récil - Parte I~ Cap 1 Do Livro. do barco até a Um objeto as “nove horas” estaré em que valor de marcagéo relativa? Um objeto na Mrel = 180° esta da embarcacio. Quais as principais qualidades nduticas de um barco? Como chamamos a principal caverna de um barco? As cavernas sao ligadas entre si por que pecas? Qual a diferenca entre borda livre e borda falsa? Qual a diferenca entre os termos tijupd e passadico? Quais as principais medidas lineares de um barco? A diferenca entre 0 calado méximo de uma embarcacao e seu calado minimo & chamada de Cite os movimentos relativos de um barco. Cite 0s movimentos lineares de um barco. Um centro de gravidade alto indica uma boa estabilidade. Certo ou errado? Uma embarcacao com seus tanques parcialmente cheios apresentam que efeito em relacdo a estabilidade? Qual a diferenca existente entre os termos fosamento e alquebramento? RESPOSTAS AO FINAL DA 1°, PARTE DESTE LIVRO. 7 Marés - Cap 2 * Marés - O Que Sao? * Teoria das Marés * Efeitos Terra-Sol * Efeitos Terra-Lua * Efeitos Combinados « Terminologia das Marés « Tipos das Marés « Tébuas das Marés # Métodos Expeditos de Previsio de Marés # Correntes de Maré Estimas de Velocidade e Diregao © Questionario o? Marts - 0 QuES Existem dois termos que séo muitas vezes usados incorretamente quando falamos dle marés: 0 termo Maré e a expressao corrente de maré. Assim comecaremos este capitulo esclarecendo o que cada um significa » Maré—€0 movimento vertical do nivel oceanico como resultado das mudangas de atragao gravitacional entre a Terra, a Lua e o Sol. Corrente pr Maré — uma corrente de agua é um movimento horizontal do liquido devido a uma causa qualquer. Corrente de Maré & o deslocamento horizontal da 4gua de um ponto para outro resultante da diferenca de alturas de maré nesses pontos Assim dizermos que “a maré estd correndo forte hoje” nao esta correto pois que, as marés podem ser altas ou baixas porém, elas néo correm! O correto entao é, por exemplo, dizermos: @ corrente de maré esta forte hoje. NAO ESQUECA Marg - é um movimento vertical Corrente — é um movimento horizontal As Makés ocorrem em todos os mares e oceanos porém somente sdo observadas junto ao litoral quando seus efeitos sao facilmente visiveis em praias, baias e canais e até mesmo em tios’ TEORIA DAS MARES A teoria das starts envolvem a interagdo de forcas gravitacionais e centrifugas. Se por um lado hé a forca de gravidade da Terra, h4 por outro, as forcas de atracao da Lua e do Sol. Tais forcas, como um todo, estao balanceadas, porém isso nao ocorre nas maioria dos pontos sobre a superficie da terrestre. O efeito do ndo balanceamento é gue causa o fendmeno das marés. * A pororoca, no Amapa é 0 melhor exemplo. O efeito da maré na foz do rio Amazonas tem reflexos horas mais tarde em Obidos, dezenas de milhas distante. Geraldo Lniz Miranda de Barras Os efeitos do Sol e da Lua seréo melhor compreendidos se apresentados separadamente embora eles atuem sempre simultaneamente. EFEITOS TERRA-SOL Como a Terra gira em uma érbita eliptica em torno do Sol ela é afetada por uma forca centrifuga que tenta puxé-la para 0 espaco exterior’. A Terra é mantida em sua orbita pela forca de atracao do Sol. Tais forcas, como mencionamos, estdo balanceadas de uma forma geral porém, tal equilibrio nao perfeito em todos os pontos da Terra. As marés resuiltam das diferencas existentes entre as forgas centrffugas e as forgas de atracdo. Da mesnia forma que na interneao Terra-Sol, tais foreas cexistem entire a Terra ea Lua A forca centrifuga é a mesma em qualquer lugar do planeta, sempre tendendo a afasté-lo do Sol em uma diregao paralela a uma linha que une o centro do Sol ao centro da Terra. A forca de atracao do Sol entretanto, nao atua igualmente em qualquer lugar paralelamente a linha centro da Terra — centro do Sol. Ao contrario, as forcas de atragao atuam sobre cada ponto terrestre em diregao ao centro do Sol. Portanto, as forgas de atragio sero mais fortes nos pontos em que a Terra estiver mais perto do Sol como resultado de uma distancia menor. EFEITOS TERRA-LUA E muito comum imaginarmos a Lua girando em torno da Terra, quando na verdade, os dois corpos estao girando em torno de um ponto comum situado dentro da Terra. “Estamos tratando da forca centrifuga relacionada com o movimento de translacio endo do movimento de rotagao da Terra em torno do seu eixo. 20 Nawegar 8 Fiteil - Parte I~ Cap IT Tanto a Terra quanto a Lua portanto, tendem a se afastar deste ponto comum devido a forca centrifuga, porém as forcas de atragao muitua atuam contrabalancando esta tendéncia ea Terra e a Lua permanecem, a grosso modo, afastadas de uma certa distancia. Entretanto, as forcas de atracao da Lua afetam as 4guas da Terra da mesma maneira que as forcas de atracéo do Sol. EFEITOS COMBINADOS Embora a massa da Lua seja somente uma pequena fracao da massa do Sol, ela est4 muito mais perto da Terra razao pela qual sua forca de atracdo € quase duas vezes mais poderosa. Como resultado a maré observada usualmente, é fungao da Lua embora sua acao seja modificada pela posicdo relativa do Sol. O ritmo da maré portanto, esta geralmente sincronizado com a rotacao aparente da Lua em torno da Terra. Como 0 “dia lunar” dura 24 horas e 50 minutos, as duas dguas altas e as duas dguas baixas de cada dia ocorrem cerca de 50 minutos mais tarde que a maré correspondente do dia anterior. Ao longo de um més qualquer, haveré ocasides em que a Terra, a Lua e 0 Sol estardo em conjuncéo,ou seja, alinhadas. A Lua é dita nova quando o alinhamento é Sol - Lua - Terra e, cheia quando o alinhamento 6 Sol - Terra - Lua como mostrado na figura abaixo. Lue cheta Quarto cresconte Quarto minguante, ra “\ Mors 6e Sinaia } Moré de quedratura Mare de Sizigia Sol Na Lua nova e na Lua cheia as forgas de atragio do Sol e da Lua se alinham dando origem as maiores ariagées ce maré: estas marés que acorrem duas vezes por més sto chamadas de marés de sizigia. Nos quartos crescente e miguante as forcas de atragio ficant desalinhadas e 0 efeito resultante sobre as marés € minimo Estas marés so chamadas de marés de quadratura 21 Geralbo Luiz Miranda de Barras Em ambos os casos 0 efeito de alinhamento desses corpos produz a maxima resultante de atracao sobre as marés, ocasiGes em que temos pois, as maximas variacées. Tais ocasides sao chamadas de maés De sizicla, MARES DE CONJUNCAO OU MARES DE “AGUAS vivas”. Por outro lado, quando a Lua est no primeiro quarto (quarto crescente) ou no terceiro quarto (quarto minguante), a defasagem de alinhamento dos corpos é de cerca de 90°, 0 que produz a resultante minima de atragéo sobre as marés. Nessas ocasiées elas sao chamadas de MaKés DE QUADRATURA OU MARES DE “AGUAS MORTAS”. Uma variacao mensal diferente é o resultado de nao estar a Terra no centro da 6rbita lunar e a Grbita nao ser circular e sim eliptica. Portanto, quando a Lua esta mais proxima da Terra (perigeu) a influéncia lunar é maxima e as marés tem suas maiores variagdes. Quando a Lua esta mais longe da Terra (apogeu) contrariamente, a influéncia lunar é minima e as marés tém variagdes menores. As variacdes de maré em qualquer ponto da superficie terrestre ocorrem nao somente de més para més, como de ano para ano. As variacées anuais, produzidas nas variagdes didrias, so causadas pelas alteragdes na forca de atragio do Sol, como por exemplo, quando ele aumenta a sua distancia da Terra (afélio) ou a diminui (periélio). Polo Norte Sinplificadamente as dguas altas ocor- zen nos lads opostos de Terra ao mesmo tempo. Enquanto a forca de atragdo lunar puxn para Sel sunt lado, a forca centrifuga orbital da Terra, puxa para outro Um dia (Zan) Como a Las ora esti ao norte, ova esti ao sul do plano do equador terrestre, isso causa cariacdes 10 ciclo ditrio da maré ern qualquer ponto' ° Similar, mas muito menor s4o os efeitos resultantes da mudanca de posicao do sol em relacéo a0 equador. 2 (07215 = seoWOXIDG sop DipEw = SHIN ‘DIB; ep so:DUIDE:M sop DIPPW ~ SMHW) nds (804200 0p winjog - UN) spoqinpu 801409 $0 OpSNP1 OP IOAN (SMW) iS © sesoworiog sop mIP—N, ‘Dy08 Bp epopipinjord '8P Ox1ogo 9p epopipunjorg TORI @pOpIPURFOIG p10W op oINNy # i ‘puns up ofoisa ap opeueyd 9 opouiad assy -,uered senBp, se anb uid “fe20] ered [eo0] ap oavuea ‘oponiad arag wn aysixa ‘es1aA-ao1A no ‘a;UapuErsep ered syuapuaose oy WaUIAOU nas Wiasa}.aAul senSe sep sayue — guvpy Va OI0ISy © “voyneu eyie9 ep oeS2asUOD v eavd OpEope (XIN) OVInpaY ap j2aiN 0 a Une vp aDysedns & aqua [eoHs2A eprpaut v 9 ayUeYsUT OPeUTUUIDIap UN WO — RIV]! Fa VANLIY « BS12A-2D1A no ajum 83s wvurvxivg va rvuasd v aqua vduaiayIp v9 — AVY va sanuriaWy © ‘aquezea ap axe euin 10d opeSueaye oxteq steur [aAju ~ UW-VxIVE © seny sep a}uapuaosep OJUSUTTAOUE ~ TINYZ¥A 30 IVY © ‘aquayoUd ap arcu CUM sod opeSuesye OpeAgfo STeUT [aATU — NIV “senBp sep ouopuadse O}LOLUJAOU — UNION AU RIV @ ‘spi OJUNSSE 0 UO sepeuonryar soosuyap seums]e sounejuasarde wiaauod ‘souLmassoid ap say PeuOy oy ? SJUVW SVC VIDOTONINGAL pile - 1 ayeng - pay 9 aban Geraldo Luiz Miranda de Barras * Nive ve Revucao - (NR - Datum da carta) - plano de referéncia ao qual todas as profundidades cartografadas estao relacionadas. E definido segundo a Organizacao Hidrogréfica Internacional, como “am plano téo baixo que a maré, em condicdes normais, no fique abaixo dele”, ow seja, a mais baixa maré astronémica (LAT). O Nivel de Reducao 6 0 mais importante nivel de referencia para o navegador. OBSERVACAO O Nivel de Reducao (NR) é, suficientemente baixo para que as baixa-mares nao sejam menores que ele. As alturas da marés sao normalmente positivas porém, a altura da maré pode aparecer com um ntimero negativo pequeno se a baixa- mar ficar abaixo do datum da carta (NR)°. ‘ Pxorunpinave Na Carta ~ as profundidades registradas nas cartas nduticas sao todas referidas ao Nével de Redugao © Prorunpinave ATual ~ é a profundidade registrada na carta mais a altura da maré para o instante considerado. Nao confundir profundidade de um local com a altura da maré e vice-versa... A profundidade observada nos da a informagao do Nfvel do Mar naquele instante. * Nive. Mépro (NM ov MSL) - é um plano médio entre a preamar média e a baixa-mar média. O Nivel Médio ndo tem maior interesse para a navegacio, apesar de aparecer sempre no cabegalho da tébua de cada porto ou barra. IMPORTANTE aan 1 Eeeiros va Maré Sone Vios Livres ~ as enchentes e as vazantes modificam, € claro, os vdos livres abaixo de estruturas fixas, tais como pontes ou cabos de forca aéreos. Tais vaos livres aparecem nas cartas e no Roteiro da Costa como alturas medidas de um datum que ndo é 0 mesmo plano usado para profundidades e previsao das marés. Em algumas cartas, o plano de referéncia é 0 datum vertical e em outras é a linha da costa (datum de Aguas altas, ou HW datum). © LAT = lowest astronomical tide. "Tal fato é indicado pelo uso do sinal (-) antecedendo a altura das marés mostradas nas Tasuas pas Mares. By} Navegar é Facil Parte ~ Capt VARIAGAO DO NIVEL DO MAR E DISCREPANCIAS NAS HORAS DE PREAMARES E BAIXA-MARES Fatores meteorolégicos, principaimente o vento, podem causar a elevacao ou abaixamento do nivel do mar e © atraso ou o adiantamento dos instantes de ocorréncia das preamares e das baixa-mares. Nestas condic6es, as prea- mares e as baixa-mares poderdo ser mais altas ou mais baixas que as alturas previstas nas tabuas. Tais fenémenos sao fre- qiientes nos portos ao sul de Cabo Frio (RJ), sendo acon- selhvel a consulta aos roteiros Costa Leste e Costa Sul. Obs. extrafdo das “Tabuas das Marés para 1997” DHN - MM TIPOS DE MARES Uma maré que a cada dia tem duas preamares aproximadamente iguais em altura e duas baixa-mares também aproximadamente iguais é chamada de maré SeMr- piurwa. Este € 0 tipo mais comum de maré ao longo do litoral do Brasil. Em determinadas situagdes ocorrem duas preamares ¢ duas baixa-mares com valores bastante desiguais entre os mesmos tipos de 4guas. Quando isso ocorre a maré échamada de mista. Nestes locais a baixa-mar mais acentuada entre as duas é chamada de mais baixa baixa-mar. A média das mais baixas baixa-mares" é o nivel usado como ‘Nivel de Reducao (NR) ou Datum da Carta (CD). Semelhantemente, a mais significativa das mais altas preamares é denominada mais alta preamar. Anteriormente apresentamos a figura 33, Observemos nela o ponto C. Ele est dentro da protuberancia que simula efeitos da maré. Entretanto, 12 horas mais tarde 0 ponto D aparece fora da protuberancia. Isso significa que s6 teremos uma preamar e uma baixa-mar em cada dia lunar, ou seja, a cada 24 horas e 50 minutos. Esté € a MARE DIURNA. Meré semi diuroa Marés_mista Marés diurne on ) Lier i A parte sombreada mostra um periodo de 24 horas. Pela figura vemos que o comportamento das marés varia muito de lugar pare lugar. tuma maré 1 squerda estd representada wma maré semt-diuerna; no centro, ta a direita, wma maré diurna ® Abreviadamente MLLW (mean lower low water). Geraldo Luiz Miranda de Barras TABUAS DE MARES A fonte basica de informacao sobre o instante de uma preamar ou de uma baixa- mar e suas alturas acima (ou abaixo) do Nivel de Redugdo é a “Tanuas pe Mats", publicacao editada anualmente pela DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegac3o) do Ministério da Matinha.” Os instantes de ocorréncia das preamares e baixa- mares esto indicadas em hora legal referida ao fuso hordrio internacional. As "TAbuas pe Mares” possibilitam ao navegante fazer a previsio das marés com horas e alturas das baixa-mares e das preamares dos principais portos e barras de nossa costa, bem como, para portos secundarios, através de tabela de correces tomando por base um porto principal. PORTO DE ANGRA DOS REIS (ESTADO DO RIO DE YANEIKO) - 1997 Lavtude 23° 00.8 5 Longitude 044" 18°87 Faso 03:0 horas baw 36 Componentes Nivel Medio 0.68 m arta 1636 Janeiro T Fevereiro age a aA} WORE = ce be waar Sf Oy ele SY Sou ST See OF SO Gee asl a ge Peas gg So ay RE) ke 2 e we st) MB aE ay) ob Mg Ba SiMe BS Se Hee RU RIS. GS 8S Gn BS Mts Sas] | x le UR ite a Como poddemos verificar pelo extrato acina, « “Ténuas De Mares” fornece ent seqiiéncin preamares e baixa-mares 0 que permite que tenhamos sempre o valor da Asspurrupe Ds MaKe As “TAsuas pe Marés” contém ainda as previsGes das marés para alguns portos estrangeiros é permitem através do uso de tabelas nelas existentes a determinacgao da altura da maré em um instante dado. ® Alguns jomais apresentam informacdes sobre marés locais, rotint 6 Nacegar é Facil - Parte 1- Cap It METODOS EXPEDITOS DE PREVISAO DE MARES Para os locais onde nao se tenha informacao de preamar e baixa-mar a “TAnuas be Marés" apresenta o método do Estabelecimento do Porto que é definido como: média dos intervalos de tempo decorridos entre a passagem da Lua pelo meridiano do local e a ocorréncia da preamar em dias de sizigias. Nao abordaremos tal método neste livro porém, as instrucées contidas na “TAsuas pz Marts” sao suficientes para o seu célculo, havendo entretanto, para desenvolvé-lo, a necessidade de se recorrer ao “ALMANAQUE Ndurico” (DH-5)"" e as informacées sobre a maré, existentes nas cartas nduticas brasileiras, em que aparecem diversas siglas cujos significados s4o abaixo mostrados: * nwré&c - estabelecimento do porto. © muws — preamar média de sizigia « Maw ~ preamar média de quadratura. * uwn — baixa-mar média de quadratura. * uws — baixa-mar média de sizigia. © NMou MsL~altura do nivel médio acima do nivel de reducao da carta em questo. TH Marts & CorreNTES Nivel de redugdo e Plano de referencia WE —eIT _Tida/ Levels and charted Data 20. cute oh a =e, 1 ee ae cay oceot wns aie ua ‘Se aiden isan = | tis ae Faw | J oe ) igh of an | OBHeres capt sna | = Protundien hares LW tring! Une Publicagdo da DHN - MM. Geraldo Luniz Miranda de Barros Outro método expedito para calcularmos a altura da maré 6a chamada “regra dos duodécimos”, valida desde que a curva da maré para um determinado porto, seja aproximadamente simétrica. Esta regra esta baseada no fato que a maré nao sobe nem desce em uma razao constante ao longo de sua duracao. | “Recra pos Duopécimos” | Horas perois Da BAIXA-MAR Proroxcdo Da | OU ANTES DA PREAMAR ‘VaRIACAO DA Mart. [ 1/12 2/12 3/12 3/12 2/12 1/12 Domes Exemplo: a amplitude da maré para o porto X é de 4,8m e a duracao entre uma preamar ¢ a baixa-mar subsequente é de cerca de 6 (seis) horas. Ao final de 4 horas e meia, apés a preamar, quanto ela tera esvaziado? Assim temos: Horas lEaceeanvacorat Encuente/Vazanre | ENcHENTE/VAZANTE | -Variacao ‘Hordria Torat 1 1/12 04 04 | 2 2/12 08 Le | | 3 3/12 12 | 24 \ 4 3/12 12 | 3,6 | 5 2/12 | 08 44 6 V/12 0A 48 Resposta: observando o quadro acima vemos que a maré desceu cerca de 4,0 metros, ou seja, temos apenas 0,8 m acima do valor da baixa-mar, quatro horas e meia depois do inicio da vazante. Lembramos que este método sé deve ser usado quando a curva da maré for aproximadamente simétrica. Nawegar é Ricil - Parte 1- Cap It PRECAUCAO As alturas das marés s4o afetadas pelos fatores me- teorolégicos, em especial pela pressiio barométrica e pelo venta, que podem causar elevacao ou abaixamento do nivel do mar. Nestas condic6es as preamares ¢ as baixa-mares poderdo ser mais altas ou mais baixas do que as alturas previstas nas “Tésuas pas Maris”. Assim é conveniente tomarmos a precaucao de con- servar uma margem de seguranca em relagao ao minimo de lamina de agua abaixo de nossa quilha, margem de segu- ranca essa varidvel em funcdo da embarcacéo e da natureza do fundo (um encalhe em areia é, certamente, menos peri- 080 que um encalhe sobre pedras). Esta margem de segu- tanga é conhecida na terminologia naval como “pé de piloto” e varia, normalmente de 30 a 50 centimetros. CORRENTES DE MARES | ESTIMAS DE VELOCIDADE E DIRECAO As correntes superficiais usual- menie causadas pela acéo do vento sobre a superficie do mar no devem ser confundidas como movimento ho- rizontal das aguas causadas por forcas astronémicas, essas sim, as chamadas. correntes de maré. A observacao de béias, balizas, barcos fundeados etc., dao uma boa indicacao da direcdo e velocidade das correntes de maré, que poderao ser liteis em diversas situagoes e, em espe- cial, quando de atracoes. "© Na Parte 2 do livro, voltaremos a falar de Correntes, com maiores informacées. 29 Geraldo Luiz Miranda de Barros QUESTIONARIO 1. Qual a altura minima da maré que um barco com um calado de 2,1m e observando uma margem de seguranca de 0,5m necessita para cruzar a barra de um porto cuja profundidade média é 1,0m e cuja amplitude da maré é de 2,5m? 2. Observando o extrato da tabua de marés do porto de angra dos Reis, apresentado anteriormente, responda: a) qual a hora da menor baixa-mar no domingo dia 02/02/97? b) qual a maior amplitude da maré neste dia? 3. Se vocé estd fundeado na regio de Angra dos Reis em um local que a carta indica 3,0m de profundidade e seu barco tem 1,5m de calado, qual seré a profundidade minima abaixo da quilha no dia 03/02/97? A que horas isso ocorrera? 4. No dia 1 de jan de 1997 aproximadamente as 15 horas vocé passou com seu barco calando 1,2m, por um canal na regio de Angra que tem como profundidade na car- ta 1,0m. Qual a profundidade minima de agua encontrada abaixo de sua quilha? 5. Qual a diferenga entre maré ¢ corrente de maré? 6. Navegando longe da costa, vocé pode observar a”Corrente de maré”? 7. O que causa a maré e suas variagies? 8. Qual a situagio em que temos Lua cheia? 9. Por que nomes se conhece as maiores marés, em um determinado local? 10. As variagdes de maré séo constantes ou varidveis, em um mesmo local? 11. O que é amplitude da maré? 12. O que é altura da maré? 13. O que é “nivel de reducao”? 14. As profundidades nas Cartas Néuticas sao referidas a que? 30 Navepar é Facil - Parte 1- Cap It 15. Que fatores sao determinantes para a elevagao ou o abaixamento do nivel do mar? 16. O que caracteriza uma maré semi-diurna? E 17. O que caracteriza uma maré diurna? 18. Qual a amplitude da maré no posto de Angra dos Reis dia 18 de fev de 1997? 19. Pela regra dos duodécimos geral seria o valor da altura da maré em Angra dos Reis, 2 horas depois da preamar das 1213 do dia 16/02/97? 20. O que significa em uma carta nautica a informacao amuwn? 21. Osvaos livres nas cartas nduticas sao apresentados sempre em funcao do HW Datum’. Certo ou Errado? 22. Ovalor da altura da maré mais a profundidade mostrada pela carta ¢ iguala profun- didade observada. Certo ou errado? 23. Associacao de Idéias: Coloque no trago & esquerda da 1°. coluna, 0 ntimero mais adequado, tirado da coluna da direita, para que haja um correto relacionamento entre as duas. - maré 1 - valores minimos da maré - corrente de maré 2 - diferenga entre max. e min. - sigizia 3 - baixa-mar de quadratura = quadratura 4 - HW Datum - amplitude 5 - Estabelecimento do Porto - MLWS 6 - movimento horizontal das aguas = vo livre 7 - regra dos duodécimos - Almanaque Nautico 8 - instantes preamar e baixamar = altura da maré 9 - movimento vertical das aguas - Tébuas das marés 10 - maxima preamar 24. Qual o astro que mais influencia na formacao das marés? 25. Que fatores meteorolégicos influenciam na altura das marés? RESPOSTAS AO FINAL DA 1*, PARTE DESTE LIVRO. 31 ANCORAS E AMARRAS - CAP 3 Ancoras © Como Elas Trabalham Quais as Caracteristicas de uma Boa Ancora * O Efeito das Forcas da Natureza Peso das Ancoras « Nomenclatura das Ancoras © Tipos de Ancoras Amarras © Quartelada de Amarra * A Amarra Mista A Amarra de Corrente * Uso do “Elo Patente” e do Tornel © Questionario ANCORAS ‘As ancoras, comumente chamadas de “ferros” sao pecas de ago de forma especial E © com um peso adequado ao deslocamento das embarcacdes ¢ que desempenham o importante papel de mantélas firmes em um fundeadouro longe de pedras, arre- bentac6es ou outros perigos. COMO ELAS TRABALHAM As ancoras se “enterram” no leito do mar para segurar um barco em determi nada posiga0. Quando uma ancora penetra na superficie do leito do mar, a succéo criada pela qualidade do fundo, mais 0 peso da propria ancora e o material acima dela (a amarra) criam uma resisténcia. Quando o barco “porta” (puxa) pela amarra a ancora tende a se enterrar mais criando pois uma resistencia ainda maior. Esta resistencia que passaremos a chamar de “poder de unhar” (capacidade de segurar) em uma ancora moderna € formidavel ficando entre 102 200 vezes 0 seu peso em fundos de areia Isso significa que uma Ancora de apenas 2,5 kg (6 libras) poderé suportar um esforco em torno de 500 kg (1000 libras). Entretanto, nao devemos selecionar uma ancora apenas pelo seu tedrico “poder de unhar” uma vez que, na pritica da navegacio, as condicdes de fundo sao extre- mamente varidveis. Genalio Luiz Miranda de Barros QUAIS AS CARACTERISTICAS DE UMA BOA ANCORA Uma Ancora, idealmente, deve possuir as seguintes caracteristicas: * poder ser largada rapidamente e reposicionada se 0 vento e a corrente se modificarem; # segurar bem em todos os tipos de fundo: areia, lodo, cascalho, pedras, corais etc. « resistir a elevados esforgos em qualquer parte de sua estrutura; © poder ser solta do fundo com facilidade e sem avarias; © poder ser guardada adequadamente sobre o convés, em um paiol ou mesmo em um escovem. Desde logo, deixaremos claro que nenhuma das Ancoras existentes no mercado retinem todas estas carac- teristicas. Como tudo na vida, 0s tipos oferecidos no mercado possum vantagens e desvantagens que examinaremos mais adianie. Quando falamos de caracterfsticas de uma ancora nos ocorre logo responder a uma pergunta: “que tamanho de ancora precisamos?” Quanto maior, melhor, é a resposta certa, desde que respeitando uma certa proporcionalidade entre tamanho (peso) ¢ deslocamento do barco. Uma Ancora maior teré mais condigdes para resistir aos esforgos a que serd submetida sem se avariar. Teré mais area de “patas” € mais peso para se enterrar mais, ou seja, maior facilidade em “unhar”. Pensamos ser um erro escolher uma ancora menor para que seja mais leve e possa ser icada e guardada mais facilmente. Assim procedendo estaremos assumindo 0 risco de termos uma 4ncora que nao trabalhe bem quando mais precisarmos dela. Embora ancoras leves e pequenas possam ter 6timo desempenho em con- dicdes normais de fundo e de fundeio, elas possivelmente nao “unkarao” em fundos duros ou se entortarao quando submetidas a esforgos provenientes do giro do barco. Assim, achamos que, independentemente do tipo de barco, ancoras tipo "patas” com menos de 10 kg (20 Ibs) e ancoras tipo “arado” com menos de 17,5 kg, (35 Ibs) nao devem ser usadas. if 34 mwegar é Facil Parte T- Cap TIT ‘Além do que mencionamos até aqui, a Ancora necessita terum “poder de unhar” o leito do mar de forma eficaz a fim de poder suportar 0s esforcos derivados da agio das forcas da natureza sobre 0 barco. | O EFEITO DAS FORCAS DA NATUREZA O maior dos efeitos é 0 do vento que produz uma forca média de 150 kg sobre um barco de 12 m (40’) quando com uma intensidade de cerca de 15 nds. Mesmo que sem vento, se tivermos uma corrente de aproximadamente 5 nés, 0 esforco sobre 0 mesmo barco serd também de 150 kg. Temos ainda a considerar as ondas. Elas tendem a ser ciclicas 0 que resulta em picos de esforco™ relativamente fortes. Isso significa que sempre que tivermos: * barcos com muita “vela”, ou seja, muitas superestruturas, como é 0 caso de lanchas com “flying bridges” e de veleiros em geral devido a presenga de mastro(s), e/ou; # barcos que costumam fundear em locais ventosos. Havera necessidade de termos ducoras maiores que o normal a fim de evitarmos garrar, =D Vento de 15'exerce forga de 120 kgs Mesino barco, vento 0" exerce torea A forca do vento sobre um objeto varia a grosso modo com o quadrado de sua velocidade (ex.: a forca de um vento de 20 nés é 4 vezes maior que a forca de um vento de 10 nds) ¥ Tais picos podem ser atenuados usando-se amarras com alguma elasticidade que funcionarao como amortecedores. 35 Geralbo Luiz Miranda de Barras A partir dat, existem diversas teorias de como a forca de um sistema de ncoras varia com o tamanho do barco. Enquanto uns mencionam 0 comprimento do barco, outros usam a boca como a dimensiao critica. Entretanto, testes realizados nos EUA mostraram que a orca cresce ua razio do quadrado do comprimento do barco. 1ss0 significa que 0 tamanho da ancora necessita crescer muito mais rapidamente que 0 comprimento do barco possa sugerir. A “AMERICAN Boat AND Yacut Couneit” (ABYC) sugere que as ancoras sejam escolhidas em funcao da seguinte tabela: Esrorco eM Lisras Sosre 0 Sistema DE FUNDEIO eal Boca Vevoc. Vento eM Nos Roos sRooa (Varma | Lancua | 15 | 30 | 42 60 10° 4 4 40 160 320 640 15° 6 e 60 250 500 1000 ey 8! 90 | 360 | 720 | 1440 25' 8 x 125 490 | 980 1960 30" 9 aw =| 175-700 | 1400 | 2800 ox 10° 13" 225 900 1800 | 3600 40° a 14 300 1200 2400 4800 50’ 13” 16 400 1600 3200 6400 | 60" 15’ 18” 500 2000 4000 8000 Obs.: nao ha “fator de seguranga “considerado pelo que 0 sistema de fundeio deve ter valores maiores que o da tabela. “Como nao podemos ter a bordo diversas ancoras a serem escolhidas em funcao da intensidade do vento, a solucao é termos uma que segure a embarcacao com ventos de até 42 nds" (forca 9 — escala Beaufort) diz Peter Bruce, inventor e fabricante da an- cora que leva seu nome. Apesar de tais informacdes, convém mencionarmos que o “poder de unthar” varia em todos os oceanos uma vez que ele depende do tipo de fundo e estes sao de enorme variedade, tais como: areia, lama, argila, lodo, pedras, cascalhos, seixos, rocha, coral, conchas e ervas marinhas, induindo ai, as algas. PESO DAS ANCORAS Como nao existe uma maneira perfeita para calcularmos 0 peso correto de um “ferro” para uma determinada embarcacao, preferimos sugerir para as embarcacées de esporte e recreio as seguintes relacoes: 36 Nawegar é Réeil - Parte I- Cap iit © ancora leve—1 libra-peso por pé de comprimento da embarcacéo; e © ancora pesada — 2 libras-peso por pé de comprimento da embarcacao. Podemos ainda orientarmo-nos pela tabela abaixo em fungao do deslocamento da embarcacao (em tons): Deslocamento “Ferro” B Maximo (tons) _ (kg) 3 15 5 25 10 45 20 55 30 65 40 75 50 90 NOMENCLATURA DAS ANCORAS Usaremos uma ancora Alimirantado (ou Fisherman's Anchor), a mais tradicional, para apresentarmos suas partes. Os termos usados sao os mesmos para quase todas as ‘outras ancoras. 37 Geralbo Luiz Miranda de Barres TIPOS DE ANCORAS A mais tradicional como dissemos é a do tipo almirantado que, por possuir cepo temboa facilidade de “unhar”. Entretanto ¢ este tipo que também tema maior desvantagem pois, facilmente, a amarra se enrosca no cepo, ou no braco nao enterrado quando do “rabear” da embarcagio em tomo do “ferro” por ocasido de mudanga do vento ou da maré. FATEIXA OU "BUSCA-VIDA* (ANCOROTE) ANCORA DE MAR = OU DE MAU TEMPO OU DROGUE es TIPO ‘COGUMELO” TIPO "DANFORTH" Ancora CQR ou Arapo Segura bem em areia fofa e lama; mais leve que a do tipo “Almirantado” para um mesmo “poder de unhar’. Tem sido a favorita de navegadores ocednicos devido ao seu bom desempenho em qualquer tipo de fundo. Como desvantagens, alguma dificul- dade de estivagem (guarda); partes méveis podem se avariar; dificuldade de unhar em fundos duros. Nacegar € Facil - Parte 1 - Cap It Ancora DANFORTH Tem duas patas e o cepo colocado em sua cruz. Tem bom “poder de unhar” em areia e lodo; menos pesada que a “almirantado” de mesmo “poder de unhar"; facil de ser guardada. E atualmente a mais usada em embarcacées amadoras. Existem diversos outros tipos no mercado que apresentam ligeiras variagGes de projeto e adotam geralmente o nome de seus fabricantes porém, basicamente, s40 ancoras Danforth. Nao deve ser usada em fund de pedra Ancora BRucE Tipo de ancora desenvolvido parao sistema de fundeio de plataformas de perfuracao. Vem tendo dtima aceitacao no mercado de embarcacoes amadoras por set muito mais leve que todas as outras de igual “poder de unhar”; nao tem partes. méveis; facil de ser arrancada FaterxA DoprAVEL Boa para ser usada em fundo de pedra e atil para ser usada como ancorote. f recomendada para barcos pequenos, dingues, inflaveis etc. Fécil armazenamento. Ancora Roxp De uma inter “pats’y 6 needa em embareaghes de longa perinantneia espe cialmente para manter a embarcagio um pouco afastada do cais. ANCORA COGUMELO Usada com embarcacées mitidas, principalmente inflaveis, para fundeios tem- pordrios. Normalmente recebe uma cobertura de vinil. Limitado poder de tensao. ANCOROTE £ uma verséo menor de qualquer das ancoras mencionadas para fundeios temporérios ou como auxiliares da Ancora principal. Ancora Fiuruante, “Drocur”ou Ancora DE Mat Tempo. A Ancora flutuante, também chama- da de mal tempo ou “drogue” sera apre- sentada e examinado 0 seu uso, quando tratarmos da navegagao em mal tempo. 39. Geralio Luiz Miranda de Barros LEMBRE-SE Ancoras sao equipamentos de seguranca. E melhor pagar um pouco mais por uma boa ancora do que gastar menos e ter uma Ancora que poder falhar quando vocé mais pre- cisar dela. Se tiver que errar, erre sempre para mais, ou seja, na divi- da, use sempre uma ancora mais pesada. Armazene sua ancora de forma que vocé possa largé-la répida e facilmente sempre que necessirio. * Inspecione seu sistema de fundeio freqientemente inclu- sive as Ancoras, anetes e patas. AMARRAS A ligacdo da dncora com a embarcagio se faz pela amarra. A amarra ideal devera: * ser suficientemente forte para suportar 0 barco seguramente no fundeio; « ter alguma elasticidade para reduzir 0 esforgo sobre um cunho ou outra peca no convés da embarcacao; * ser razoayelmente leve para nao afetar o desempenho do barco ou ser de dificil manuseio; * tensionar horizontalmente a haste da ancora para assegurar a ela, 0 m4ximo “poder de unhar”; * ser compativel com o sistema de igamento existente (molinete ou cabrestante); « ser de estivagem (armazenamento) facil; © ser resistente a abrasdo para suportar fundos asperos como 0 coral. Na verdade nao ha nenhuma amarra que preencha todos os aspectos destacados. Cada amarra 6 um compromisso de qualidades que necessitam ser escolhidas em funcao do tipo do barco e dos provaveis locais de fundeio. Barcos que navegam em aguas interiores tem necessidades diferentes daqueles que fre- qiientam aguas costeiras e mar aberto. 40 Nawegar é Feil = Parte I~ Cap 11 QUARTELADA (DE AMaARRA) A amarra é constituida de quartéis. Um quartel tem um comprimento de aproximadamente 25 metros de amarra”. A quartelada, comprimento total da amarra aga, é chamada de filame e pode ser definida como a relacio entre a profundidade do local mais a borda livre e 0 niimero de quartéis pagos (postos para fora do barco). ‘A maioria dos textos sobre o assunto concordam que a relagiio 8:1 é a melhor para 0 "poder de uthar” projetado e sempre seré melhor usarmos amarra de mais do que de menos. amarra_paga (LI Comprimento da amarra = distancia (0) O coniprimento da amarra (L), da pron do barco até o fundo (D) — ponto 1 — é de importincia crttica para wm fundeio seguro. Em (2) O comprimento de amarra é 0 dobro da distincia D porém 0 éngulo de esforco fende a fazer com que « ancora se solte. Em (4) com L igual a quatro vezes u distancia D, « ancora poderd enterrar, porém, ainda ht unt esforgo vertical sobre a corrente da amarra grande, Em (8) com L agora igual a oito vwezes a isténcia D o printeiro pedaco de corrente que compide a amarra repousa inteiramente sobre o fundo e qualquer esforgo sobre ele auxitiard a Ancora a se entertar mais profundamente Ao determinarmos 0 comprimento de amarra's (ou filame) a ser paga devemos ter atengao para dois pontos importantes: © qual a altura da proa até a superficie da Agua; © qual a amplitude da maré no local. Imaginemos que fundeamos em 3 metros de 4gua e pagamos 18 metros de amarra, ou seja, uma relacdo bastante razodvel de 6:1 (18+3). Porém se nossa proa esta 1,5 acima da superficie a relagdo cai imediatamente para 4:1 (18+4.5). Seis horas depois a maré subiu outro 1,5 me temos agora uma relagio de 3:1 (18+6), ou seja, exatamente a metade da relacio teérica inicial e muito pouca amarra para um fundear seguro. © Uma amarra de embarcacéo amadora possui geralmente 8 (oito) quartéis, ou seja 200 m. A cada 25 m devemos marcar 2 amarra para facilitar 0 conhecimento do filame pago para fundeio. '® Quando falarmos sobre fundeadouros vamos ver a questao de espaco para o giro da embarcacio. 4 Geralbo Luiz Miranda de Barros A AMARRA MISTA Uma solugdo de compromisso para termos, em embarcages amadoras, uma amarra proxima da ideal 6 aquela que conduz ao uso de um pe- queno comprimento de corrente (2 a 10 m) co- nectada a ancora e, a outra extremidade, a um Jongo comprimento de cabo de nylon como nos mostra a figura ao lado, Esta combinacio satisfaz aproximadamente a todos os requisitos ante- riormente apresentados, exceto que nao é resistente a abrasdo em todo o seu comprimento e uum Tongo filame necesita ser usado para manter a haste da ancora horizontalizada. O nylon é comumente usado devido a sua natural elasticidade que funcionara como 6timo amortecedor reduzindo os extremos de esforcos quer sobre a ancora quer sobre 0 barco. Use 8:1 de filame para um bem fundeio RZ sev, Use « relagto 8:1 para um “unthar” melhor. Nao se esquegn de zerificar o espaco de giro O pedaco de corrente ainda tem como fungao vital evitar que a amarra de nylon roce em fundos (muitos deles Asperos) e se desgaste prematuramente, comprometendo inclusive, seriamente, a seguranga da embarcacio. A AMARRA DE “CORRENTE” Embarcacdes maiores dispondo de molinetes ou de cabrestantes costumam usar toda a amarra de “corrente”. Isso reduz a necessidade de grandes filames uma vez. que 0 proprio peso da amarra fara com que ela permaneca no fundo ainda que sob severas condigoes de tempo, ocasiao em que mais quartéis deveriam ser pagos. As principais desvantagens da amarra de “corrente” é que ela nao tem nenhuma elasticidade além de serem mais caras e mais pesadas exigindo um aparelho de suspender (molinete ou a2 Navregiar ¢ Rail - Parte I~ Cap I cabrestante) 0 que poder representar um acréscimo de peso na proa da ordem de uns 200 kg, o que poderd afetar negativamente o desempenho de um barco.” Em aguas interiores, costeiras ¢ em cruzeiros pe- quenos em que o desempenho é importante, sugerimos usar a amarra mista com um minimo de 10 m de corrente de ferro galvanizado. J em cruzeiros oceanicos onde pode haver um pouco menos velocidade de avanco a amarra de “corrente” com pelo menos oito (8) quartéis nos parece a melhor solugao. Aomarra (CorRENTE) Amarra (Mista) t t * face ao seu maior peso ofere- | * ouso de um comprimento de ce maior forca horizontal sobre 6a 10 mde “corrente” melhora seu poder de unhar. aforca horizontal sobre anco- rae evita o desgaste prematuro 0 peso da amarra produz uma da amarra (cabo). catenaria (curva) que prové um amortecimento do esforcgo so- * 6timo efeito de amortecimen- | bre o barco em Aguas agitadas. to provocado pela elasticidade do cabo de nylon. | © a quantidade de amarra paga ndo deve ser nunca inferior a3 | © a quantidade de amarra paga __vezes a profundidade maxima | deve ser de no minimo 8 vezes da dgua mais distancia proa su- | a profundidade maxima da agua | perfcie da agua, mais a distancia proa superficie da agua, L | Obs.:a quantidade de amatra deverd ser reduzida em casos de pequenos espacos de giro. ® Modernos e leves barcos de cruzeiro possivelmente nao desejarao sofrer reduces em suas velocidades de avango e aumentar 0 caturro por causa de tal peso. Geralto Luiz Miranda de Barnes: USO DO “ELO PATENTE” E DO TORNEL Nas embarca- cOes antigas emprega- vam-se manilhas com cavirdes de segao oval para a ligacao dos quartéis de uma amar- ra, Tal ligacao tinha a desvantagem de“mor- der” (prender) ao pas- sar na coroa dos ca- brestantes nao sé por sua propria forma co- mo também por serem maiores que 0s elos da amarra. Atualmente os quartéis de amarra sao ligados por elos desmontdveis tendo a forma e as dimensées de um elo com malhete comum. Existem dois tipos de tais elos comumente chamados “elos patentes”: RANTLHAO (LIGAGAO DA ANCORA) SB * oelo Kenter padrao constituido de 2 partes de elo iguais, um malhete e um pino que se ajustam como Kw swore Tmostrado na figura. Elo Kenter © o elo C padrao constituido também de duas partes com 0 mesmo principio de construgao que o elo Kenter. ¢ 4 Elo C Tanto o elo Kentter quanto 0 elo C so chamados de “elos patentes” e tem como ja dissemos, a funcio de unir quartéis em uma amarra. a6 Nuawegar é Facil ~ Parte 1 - Cap tit 3 rete O tornel & uma peca formada por um olhal, um parafuso com olhal, uma porca cilindrica © um contrapino. O tornel permite que a amarra gire em relacdo a ancora. Deve-se usar sempre um tornel em cada amarra em posicao tal que ele fique sempre fora do cabrestante. Na amarra o olhal maior deve ficar voltado para ré e 0 outro olhal para o lado da Ancora. O tornel sera talingado (ligado) a ancora pela manilha da ancora ou manilhao2 IMPORTANTE | O ferro, © tornel e a amarra devem ser totalmente | inspecionados, no mfnimo, uma vez por ano, principalmente i nos quartéis que foram usados com maior freqiténcia. N&io esquecer que um elo em mal estado condena todo o quartel e que a amarra nos fundeios é quem suporta os maiores esforcos para agiientar uma embarcacao. QUESTIONARIO 1, Por que terminologia marinheira as ancoras séo conhecidas? 2, Uma Ancora penetrara melhor ou pior, a superficie do leito do mar em fungao da do ; 3. A capacidade de uma ancora se “enterrar” mais ou menos € 0 seu de 4. Cite uma caracteristica importante de uma ancora. 5. Uma ancora deverd guardar uma certa entre 0 seu peso eo. do barco. } 6. O que acontecera se usarmos uma ancora que nao trabalhe bem? RESPOSTAS AO HNAL DA TF » A parte curva da manilha fica no’elo da amatra e 0 cavirdo no anete do ferro. 45 FUNDEAR E SUSPENDER - CaP 4 « Fundear » Suspender * Fundeadouro * O Uso de Uma Segunda Ancora © Questiondrio FUNDEAR E SUSPENDER FUNDEAR Por acasiao de fundear devemos tomar certos cuidados: « aescolha do local verificando a carta nautica e a maré dominante (enchente ou vazante); * aproximarmo-nos do local de fundeio em marcha reduzida e aproados ao vento, ou a corrente se esta for mais forte; * chegarmos ao local de fundeio com as “maquinas paradas” ou os “panos aba- fados” e a embarcacio com pouco seguimento ou quase parada; largar o ferro, deixando-se corer uma quantidade de amarra de, no minimo, trés vezes a profundidade do local, ao mesmo tempo em que damos “maquinas atras devagar” o necessario para ajudarmos o ferro a unhar. Nao devemos deixar a amarra correr livre, com a embarcacdo parada, para evitar que ela embole sobre o ferro, perdendo assim o seu efeito. As embarcac6es, exclusivamente a vela, devem largar 0 ferro quando ainda com seguimento a vante, para o mesmo fim; * ter certeza de que 0 “ferro” unhou, sem o que a embarcacao ficaré a garr DS méquinas atrds devagar para ajudor a unhar o ferro. * se necessario, recolha 0 “ferro” e a “amarra” e tente novo fundeio; « para evitarmos perder o ferro devemos nos habituar a fixar nele um cabo fino Geraldo Luiz Miranda de Barros chamado aringue que ¢ agiientado na superficie por um objeto flutuante denominado béia de aringue; HABITUE-SE A USAR A BOIA DE ARINQUE BOI DE ARINQUE *PEDAGO" DE CORRENTE * logo que a embarcacao se estabilizar no fundeadouro, fazer marcagées de pontos de terra para determinarmos nossa posicao na carta. Escolher tanto quanto possivel pontos que possam ser vistos tanto de dia quanto de noite, possibilitando assim que a qualquer hora possamos verificar se a embarcacdo esta “garrando’ no fundeadouro ou nao. SUSPENDER Quando vamos suspender, normalmente a embarcacao estar sempre aproada a direcéo em que se encontra 0 “ferro”. Procuramos manobrar com a embarcacao de maneira a colocarmos 0 “ferro a pique” (amarra na vertical), Em seguida “arrancamos” © ferro do fundo e igamo-lo para bordo. Devemos ter cuidado ao manobrarmos a embarcagdo evitando que a amarra passe a “dizer para ré” (fique nao na vertical e sim enviesada na diregao da popa). E preciso também ter cuidado na ocasiao em que 0 ferro “arranca” do fundo, porque a partir desse momento, se o motor estiver parado ou as velas estiverem “abafadas”, a embarcacao fica & deriva ou a “matroca”, isto é, ao sabor do vento e da corrente existentes. Deve-se pois, a partir desse momento, “manobrar com 0 motor” ou “cacar os panos”, como conveniente, para iniciarmos 0 movimento desejado da embarcacao. FUNDEADOURO ‘Ao escolhermos um local de fundeio, deveremos ter em mente que um bom fundeadouro deve: 48, Navegar 6 Ficil- Parte I~ Cap 1V «ser abrigado de ventos, correntes e ondas; * ter uma profundidade adequada a nossa embarcagao. (Cuidado para nao encalhar na baixa-mat); * ter um fundo sem grande declividade, pois em caso contrario facilmente a embarcagao “garrara”; * ter um fundo de boa “tenga” (poder de prender o “ferro”), Os melhores fundos s4o os de areia, lama, cascalho ou uma combinagao deles; * ter espaco suficiente que permita a nossa embarcacao girar sem perigo,emum raio que sera funcao da quantidade de amarra largada e do comprimento da embarcacio; gL # se necessario irmos 4 terra, ser um local proximo ao local de desembarque. FUNDEADOURO. |= quantidade de amarra largada ‘¢ = comprimento da embarcacao 1 = réio de giro quando fundeada Ao escolhermos um local de fundeio devemos evitar o fundo de pedra, para evitarmos perder o ferro ou a propria amarra, devido a um provavel “entocamento” nas pedras Se a permanéncia no fundeadouro é pequena, largamos, como j4 vimos, um comprimento de amarra igual no minimo a trés vezes a profundidade (se aamarra for toda de corrente). Fundeio incorreto~ pouca omarra (cobo ou corrente) Fundeio incorreto — powen aniarra (cabo ou corrente) Geralo Luiz Miranta de Barros Mas se a demora for maior, ou sé a nossa amarra 6 mista devemos largar cin- co vezes a profundidade. Se é previsto mal tem- po, podemos ainda aumen- tar por medida de seguranca, a quantidade de amarra, para oifo vezes a profun- ‘Amarra - corrente — paio menos 3 x profundidede mere mint” ~ Six protundidose didade do local. Previsdo de mau tempo - aumentar para 8 x profundidade Fundeio correto O USO DE UMA SEGUNDA ANCORA Muitas vezes, é necessario largarmos uma segunda ancora para reduzirmos 0 gito ou 0 cabeceio do barco, provocado por uma corrente de maré ou por um vento forte, especialmente em um fundeadouro apertado. Infelizmente, nem todos os barcos, devido principalmente a configuracées diferentes de casco, permanecem orientados para uma mesma direcao sob condigées idénticas. Alguns se alinham mais ao vento e outros & maré. Uma maneira para usarmos duas ancoras é baixar ambas pela proa com a mais pesada delas na ditegao da mais forte corrente de maré e a outra em direcdo oposta. Tal método 6 adequado somente em locais de correntes de maré fortes e pouco ou nenhum vento. Se ocorrer ventos cruzados ambos os “ferros” poderao garrar. aie ecieeaneDae 1 50 Navegar é Facil - Parte I~ Cap 1V Outra maneira, é posicionarmos as duas ancoras bem pela proa, com um angulo nao muito aberto entre elas. Este método € usado, quando fortes ventos sao esperados © 0 barco sofre mais a influéncia do vento, que a da corrente de maré. Método adequado para locais de fortes ventos. OBSERVACAO © fundeio pela proa e pela popa (dois fertos), nao é | recomendado para embarcacées de pequeno porte, devido a forte tensao induzida sobre ela por um vento forte cruzado, ou por uma também, forte corrente de maré transversal ao seu posicionamento. Geraldo Luiz Mirae de Barres 52. NAO ESQUECA i pains ] A esséncia de um fundear bem sucedido € 0 barco | ficar em um local sem “garrar”. Em um ancoradouro tranqiiilo e conhecido, seu | vaparelho de fundeio” (ferro, amarra, cabrestante etc.) sua “técnica de fundeio” possivelmente nunca serao testadas. Entretanto, cruzando mares estranhos, abrigando- | seem locais pouco adequados, suibmetidos a ventos e cor- rentes nao conhecidos, certamente que af sim, tanto sua aparelhagem quanto sua técnica seréo muito bem testados. QUESTIONARIO Pretendemos fundear para passar a noite em uma enseada onde as condicdes do fundo do mar nao so conhecidas. A rea € muito usada por pequenos barcos a motor. Que precaugoes deveriamos tomar ao fundearmos? Tendo fundeado em uma posigao escolhida, como vocé pode verificar se a ancora est garrando? Pretendemos fundear em uma profundidade maxima de 8m. O vento esta fraco e temos pouca corrente de maré. Nossa ancora tem uma amarra mista com 6m de corrente e muitos metros de cabo de nylon. Qual o comprimento minimo de amarra (filame) que deve ser largada? Liste os pontos mais importantes para a escolha de um fundeadouro. Qual o tipo de Ancora que provavelmente se firmara melhor em um fundo de pedras? Se a Ancora nao “unhar” a embarcacSo poderé ficar Para marcarmos a posigao do ferto devemos usar uma de 8. 5. 10. 11. 12. 13, 14. Navegar é Facil - Parte 1 - Cay Iv ‘Ao suspendermos para arrancar o ferro, devemos ficar com a amarra a © que significa ficar “& matroca”? a) ter o motor ligado nao engrenado; b) icar os panos ¢ ligar 0 motor; ©) correr com o vento de popa; ou d) derivar em fungio do vento e correntes maritimas. Um bom fundo é 0 fundo de boa Com uma amarra mista devemos sempre usar um minimo de igual a a profundidade. Ao usarmos duas ancoras a mais deve ser lancada na direcao da mais forte de Se o barco sofre uma influéncia do vento, maior que a corrente de maré, usamos ancoras pela com um Angulo entre elas. O fundeio pela e pela nao é para embareagées de porte. Oaparelho de ea de fundeio devem ser sempre praticados RESPOSTAS AO FINAL DA 1*. PARTE DESTE LIVRO. | 53 ATRACAR E DESATRACAR - Cap 5 * Atracar e Desatracar * Espias e Seu Uso * Leme e Seus Efeitos ‘ SituagGes de Manobra de Embarcagées * Questionario ATRACAR E DESATRACAR As possibilidades de manobrar uma embarcacdo em um cais, quer para atracd- la quer para desatraca-la, ou simplesmente movimenté-la, sao quase infinitas em niimero. As caracteristicas da embarcacdo, 0 vento, a corrente, 0 tipo do leme, ontimero de propulsores e seu passo sdo as considerac6es fundameniais. Voce deverd pensar na manobra com antecedéncia e detalhadamente mantendo durante todo o tempo 5 embarcacao sob controle De uma maneira geral, para atracar, levamos a embareacao com pouco seguimento, e fazendo um Angulo de cerca de 45°, em relagao ao cais, de maneira a passar um cabo de proa logo que pudermos, carregando-se o leme para o bordo oposto ao cais para fazer a popa vir a este. A embarcacao deve ser mantida atracada ao cais, passando-se um cabo “dizendo” para vante ¢ outro “dizendo” para ré. Havendo corrente, facilmente verificada pela posicao de outras embarcacdes que filam a ela, deve-se aproveita-la, isto 6, atracar contra a corrente. Isso traz vantagem, pois a corrente agiré sobre a popa, aproximando-a e facilitando a atracacao. Para provermos a defesa da embarencio contra chaqwes no eats, devemos colocar defensas, presas aa costado ow enis Para desatracarmos, devemos inicialmente largar os cabos a ré e manobrando com os cabos avante procurar abrir a popa, Se necessario, usaremos ainda o motor dando atrds e manobraremos o leme como conveniente para obter tal efeito. Logo que a popa estiver safa do cais, largamos os cabos de vante e dando atrés afastamos a embarcacao, dando adiante logo que julgarmos conveniente, manobrando o leme de maneira a colocarmos nossa proa na direcao desejada Para facilitar a desatracacdo podemos largar o ferro, antes de atracar, quando a embarcagio ainda esta afastada do cais. Para desatracarmos, vamos folgando os cabos de atracacao e recolhendo a amarra, até que a embarcacio fique safa do cais, quando ento largamos 0s cabos e apés “arrancarmos” o ferro e colocé-lo a bordo manobramos como necessario para movimentarmos a embarcacao na direcao desejada. Geralto Luiz Mirena de Barras Podemos ainda desatracar usando uma corrente favordvel. Se ela estiver pela proa, folgamos os cabos a vante, mantendo os de ré apertados. A proa se afasta do cais @ a popa permanece junto a ele. Logo apés folgamos os cabos a ré; a popa também se afastara, permitindo uma desatracagio sem maiores dificuldades. Se a corrente estiver pela popa, adotamos 0 procedimento inverso, 0 que nos levaré também a uma facil desatracacio. ESPIAS E SEU USO Os cabos que permitem a uma embarcacao “amarrat” a um cais so chamados de espias. De acordo com seu posicionamento em relagio 4 embarcagao as espias sao denominadas de Jancantes, espringues ou traveses. Assim a espia que “diz” para vante ou para ré em relacdo ao seu posicionamento na embarcagao é um lancante de proa ou de popa, conforme o caso. A espia que “diz” para a direcao de meio navio, quer a vante, quera ré, é um espringue e aquelas que sio perpendiculares ao cais constituem os fraveses. L-Langante de proa ~ Serce para evitar que a embarcagao caia a ré 2-Espringue de proa — Serve para evitar que a embarcago caia a vente. 3-Través — Serve part evitar que a em- barcagio abra do cuts. Pode ser usade na prod, na popa o1t a meio nevi, 4-Espringue de popa ~ Serve para im- pedir que a enbarcacto cnia a ré 5-Langante de popa ~ Serve para impedir que a embareagio caia a ante. ESPIAS E SEU USO Sempre durante as atracacdes, ou muitas vezes jd atracados, necessitamos manobrar nossas embarcagdes ao longo do cais. Para tanto, basta manobrarmos convenientemente com as espias, fazendo com que a embarcagao caia a vante ou a ré. ATENCAO Sempre que usarmos um través nas amarracdes devemos observé-lo com freqiiéncia pois, por ser a espia mais curta e perpendicular ao cais é a que mais sofre com a variacéo das marés, podendo mesmo partir quando demasiadamente tesada. Nawegar é Bécil- Parte I~ Cap V Espras EM UM Mesmo Capeco Ao atracar quando duas espias forem para um mesmo cabeco a espia de baixo podera ser retirada sem dificuldade desde que, ao colocé-la, tenhamos feito sua alca passar por dentro da alca da outra espia, como mostra a figura ao lado. LEME E SEUS EFEITOS O leme tem por finalidade dar diregéo a uma embarcacao e manté-la a caminho, no rumo determinado. E por meio do leme que se faz o navio guinar. Ele é disposto na popa e s6 tem agao quando a embarcagao est4 em movimento (ressalvados os casos de correnteza), uma vez que o seu efeito é resultante da forca das aguas, em movimento, sobre sua porta. O Jeme 6 comandado por um timdo, por uma roda de leme ou por uma cana de leme. Ao girarmos 0 timdo ou a roda do leme para um bordo a proa da embarcacéo ird para esse bordo. Jé com a cana do leme, ao empurré-la para boreste (BE), por exemplo, a proa ira para bombordo (BB) e vice-versa. Mods Molaquetos ‘c ‘Cana do tome Porta Cadaste (Extremo da oe perie 008 DE Lem Et (do tem malaguetes) LEME COMUM Teoricamente, 0 efeito maximo do leme é obtido com 45° de inclinagio da porta em telaco a quilha da embarcagao, porém, na pratica, verifica-se que 0 seu efeito maximo nao vai além de 35°, para cada bordo, Na marcha atrds 0 efeito do leme é contrdrio ao da marcha adiante, porém muito menor. Geraldo Luiz Miranda de Barros Em uma embarcacao de um $6 hélice o efeito do leme variara com a sua posigéo em relagao a quilha e ao sentido de rotacao do hélice. Considerando uma embarcacao de um sé hélice, com rotacdo para a direita e nao levando em consideracao a forma do casco, nem o tipo de leme e do hélice apresentamos 0 quadro abaixo: TENDENCIA DA PROA NAS MANOBRAS. Navio 6 Hélice Navio © Héiice ‘Naviocom | Novo com Ge ‘em Marcha AV fem Marcha AR segumenioe | sogumerione Parindedo | Com | Patindodo | Com | vonteehéiice| | ré ehétce: Repowro | seguimento | Repouso | seguimento | donde atrds [dando aciante} Gee Pora 88 Para BE Para BE Pora BE Fora BE | Pode irpara lentamente | Ientamente | lentomente | tentamente | lentamente | BB ou para BE ae Triclaimente A ra Por BE muito} PoraBe | parasBeem| Para BE BB | ropidamente | PO" 88 | "lentamente | rapidamente | segulca p/ BE | lentamente ropidamente Para BE Pora BE Pora BE Pora BE oa tentamente | PE | ientamente | ientamente | PSF | lentamente Agto do Muto | Pouco mator fs Grande Gronde | petite | sommasace | Pequeno Medio Ref: Arte Naval - Maurilio M. Fonseca ~ 3*, ed. ~ 1982 ~ pag. 608 SITUACOES DE MANOBRA DE EMBARCACOES Apresentamos aqui algumas acdes de manobra de embarcacées, escolhidas entre aquelas que apresentam-se com maior freqiiéncia. £ oportuno lembrarmos que 0 tipo de casco, de leme, sentido de rotacéo e numero de propulsores podem alterar as manobras apresentadas, vilidas apenas como regras gerais e mostradas a titulo de simples exemplificacao. 5B RECOMENDACAO Cada embarcacio tera seu comportamento préprio. Assim 6 importante que cada um faca suas experiéncias com sta embarcacao a fim de conhec¢-la bem, organizando suas acoes evolutivas em um quadro préprio, semelhante ao apresentado. Navegar ¢ Facil - Parte I~ Cap V ATRACACAO COM VENTO OU ie CORRENTE PERPENDICULAR AO Cals APROXIMACAO POR BARLAVENTO sivo —— YENTO Aproximar-se paralelo ao eais, quase parando. O aVeaeee vento ou corrente aproximard a embarcacao ao cais. Passar logo que possivel espias pela proa e pela popa ATRACACAO COM VENTO OU ee CorRENTE PERPENDICULAR AO Cais oe APROXIMACAO POR SOTAVENTO BAe Aproximar-se do cais com um angulo aproximado de &M~ VENTO OU 455 ages Eetictua Gaembarcacin § | a Corrente 42”-Assim que a bochecha da embarcacao tocar o cais, passar uum espringue de ptoa. Dar leme para 0 bordo contrario ao cais. Maquina adiante devagar. A popa encostara. ArrACACAO Com VENTO ov CorRENTE PARALELA Ao Cais vento oy Procure atracar sempre contra a correnteza ou vento. Aproxime- |] se do cais com um Angulo de cerca de 30%, com a maquina adiante devagar. Assim que possfvel passar um lancante de proa e parar a maquina. O vento ou a corrente ajudard a encostat a popa. iva INVERSAO DE PRoA No Cais Retiramos toda a amarragao, exceto 0 langante de ‘ 4 proa. Leme na diregao do cais, damos maquina adiante devagar. A meio caminho, trocamos o lancante de proa de cabeco, invertemos a mquina, mantendo o leme du- cals rante todo o tempo carregado para 0 mesmo bordo. Larcar Do Cals SEM VENTO NEM CORRENTE Leme a meio, maquinas adiante devagar, de- fensas protegendo 0 costado. Ao iniciar 0 desloca- one mento va dando leme no sentido contrario ao cais 7 lentamente até ficar coma popasafa. Podemos tam- |< _- < tf Pi ERRADO_-— bém largar todas as espias exceto o espringue de popa, ir entrando com essa espia, leme contrario ao cais € maquinas adiante devagar. Geralo Luiz Miranda de Barros LARGAR DE UMA GAVETA Entrar com 0 espringue de proa, maquinas adi- ante devagar, leme na direcao do cais. Tao logo a popa fique safa coloque o leme a meio e inverta a maquina, soltando a espia. Larcar Do Cars com VENTO ou CCorRENTE PELA PROA Largar todas as espias exceto o espringue de popa, manter o leme contrario ao cais. Depois que a proa abrir 0 ¥ENTo OU _suficiente, folgar o espringue, até que a popa se afaste do CORRENTE cais, Largar 0 espringue de popa, dar maquinas adiante devagar. Larcar Do Cars com VENTO OU CORRENTE DE Popa. Largar todas as espias exceto o espringue de proa. Leme na direcdo do cais, ir entrando 0 es- A VENTO ov pringue de proa. Quando a popa estiver safa, leme CORRENTE a meio e maquinas atrds devagar. Girar EM UM CANAL Irentrando lentamente coma amarra emano- brar com a maquina e com o leme como adequado a0 giro desejado. Moupanc¢a DE PosicAo No Cats 2 aie Largar todas as espias, exceto um lancante de proa para auxiliar a manobra. Maquina adiante devagar, leme na diregao ®a]/ CAIs do cais, até atingir a nova direcao. Inverter a maquina e o leme, mudar a espia de posicao para que se mantenha como lancante. je Mupanca ve PosicAo No Cats Largar todas as espias, exceto um espringue de proa para auxiliar a manobra. Com o leme na direcao do cais dé maquina atrés. Ap6s 0 ponto de giro inverter o leme. Mude a espia de posicao para que se mantenha como espringue. 10. 11. 12. Navegar é Bivil- arte 1- Cap ¥ QUESTIONARIO Sempre que for possivel devemos atracar a Ouso de. presas ao costado, bem como outras presas ao cais evitam avarias no casco das embarcac6es. Para facilitar uma desatracacao futura é comum largarmos o antes de quando a embarcagao ainda est4 do cais. E Os cabos que permitem “amarrar” um barco ao cais sio chamados de ° uma espia que serve para evitar que a embarcagio caia a ré. © que torna 0 uso de traveses desaconselhavel? Quando usamos duas espias em um mesmo a espia de baixo de- verd ter sua alca passada por dentro da da outra espia. A caracteristica que nao altera as condicdes de manobra de uma embareagio é: a) tipo de leme; b) condicdes do vento; c) temperatura da 4gua; d) mamero de propulsores. efeito maximo do leme na pratica é obtido com uma inclinagéo da porta em rela- cdo a quilha de: a) 60" b) 90° 35" d) 45° Em uma embarcacao de um s6 hélice, o efeito do leme variaré com a sua posigéo em relagao a ecomo de do hélice. Se empurrarmos a cana do leme de uma embarcacao para BE a porta do leme iré para ea embarcacéo guinara para Se girarmos a roda do leme para BB a porta do leme ird para ea embarcacao guinaré para RESPOSTAS AO FINAL DA 1*, PARTE DESTE LIVRO. 61 Carta NAUTICA - CaP 6 © O Que é uma Carta Nautica « Escala da Carta * A Orientacao das Cartas « Edicao das Cartas Néuticas « Informac6es Oferecidas pelas Cartas Nauticas © Questionério O QUE £ UMA Carta NAUuTICcA? A carta ndutica nada mais é do que a representacio em uma drea plana de um trecho da superficie da Terra. Tal representacao, obviamente, sera em uma escala conveniente e por ser ndutica, apresentara a parte de dguas e de litoral, com muito maiores informacées do que um mapa que se ocupa quase que unicamente, da parte terrestre da superficie de nosso planeta ‘A carta nautica além de possibilitar a visualizacao de nossa posi¢ao e do rumo em que navegamos, da também informagoes sobre perigos, profundidades e auxilios que permitem um navegar mais seguro da embarcacao. Bj ESCALA DA CARTA Aescala da carta a ser usada depende de que detalhamento 0 navegador necesita. Uma pequena escala de carta pode ser suficiente para uma navegacao ao longo da costa porém, ela ndo dard as informacoes detalhadas a respeito de perigos em aguas interiores, fundeadouros, ou entradas de portos. ‘ais informacées, entretanto, estarao disponiveis em uma carta de maior escala. Aeescala € uma informacao mostrada logo abaixo do titulo da carta dando o ntimero de unidades medidas em terra que sao representadas por uma unidade da carta ou, em outras palavras, a escala da carta significa a relacdo entre o representado e o real. Ex.: carta 1500 — escala 1 : 300.000; carta 81 — escala: 1 : 330.000. PROFUNDIDADES em METRO! BRASIL COSTA LESTE Do CABO bE SAO TOME| Ao RIO DE JANEIRO Gerallo Luiz Miranda de Barns A ORIENTACAO DAS CARTAS Com raras excegGes, quase todas ligadas a cartas fluviais e lacustres, o norte (N) estd sempre na direcao da parte superior e o sul (S) na direcio da parte inferior da carta; conseqiientemente 0 leste (E) esta a direita e o oeste (W) a esquerda. IMPORTANTE As categorias amadoras de Arrais e de Veleiro, que s6 | podem navegar em aguas interiores e/ou dguas abertas nas proximidades da barra dos portos, em limites fixados pelo Capitao dos Portos em cada local, s6 usarao cartas de grande escala, ou seja, ricas em detalhes, particularmente aqueles de balizamento uma vez, que a navegacao que fazem 6, fundamentalmente, uma navegagdo pratica reconhe-cendo pontos e determinando seus rumos através de tal reconhecimento. EDICAO DAS CARTAS NAUTICAS No Brasil todas as cartas oficiais so produzidas pela Diretoria de Hidrografia e Navegacto (DHN) do Ministério da Marinha. Atualmente existem algumas empresas que, autorizadas pela pi, editam cartas geralmente de pequenos trechos, dedicadas & navegacao de esporte e recreio. Apesar de muito titeis, principalmente como orientacao ao navegante, tais cartas nao sofrem atualizacdo pelo que, néo devem ser usadas como cartas de navegaco, propriamente ditas. Corregao pas Cartas Nauricas® — a fim de garantir 0 maximo de seguranga & navegacao as cartas precisam ser corrigidas sempre que necessdrio de forma a ter todas suas informacGes permanentemente atualizadas (béias, fardis, novos perigos, posi- cionamento de plataformas de petréleo etc.). Isso é feito através dos “Avisos aos Navecantes” editados periodicamente pela DN e distribuidos, gratuitamente, as Capitanias de Portos, Clubes Nauticos, Marinas, Agentes de Vendas ete. 21Sea corregio ou corresdesa uma cariaé (so) muito grande(s) uma nova edicio da carta Sento feita. 64 Naweger 6 Facil - Parte I~ Cap VI INFORMACOES OFERECIDAS PELAS CARTAS NAUTICAS Através de uma simbologia propria, uma série de informagdes de extrema utilidade para o navegante so fomecidas pelas cartas néuticas, Entre tais informagoes destacamos Tiruo pa Carta & NUMERo pe ORDEM Indicam o pais, a parte do litoral € 0 trecho que a carta cobre. Por exemplo: carta 81 — Brasil-Costa Sul — Do Rio de Janeiro a Santos. PROFUNDIDADES E ALTITUDES S40 expressas em metros. As profundidades reduzidas aproximadamente ao nivel da baixa-mar média de sizigia, ou seja, nas condicdes de minimo de Agua no local. As altitudes em metros acima do nivel médio. Notas Sosre Precaucoes Geralmente em letras vermelhas e que devem sempre ser lidas com atencdo pelo navegante. ObBSERVAGAO SOBRE CONTINUACAO DA CaRTA Quando existente, escrito a carmim junto as laterais e margens. Ex.: na carta 1500 encontramos: carta adjacente 1600. Ourras Cartas pe Mator Precisao Existenres NO TRECHO Os limites de tais cartas e seus ntimeros sao sempre tracados a carmim, ostentando o ntimero da carta a que se refere tracado. Rosas pos VENTOS Dispostas em um ou mais lugares das cartas néuticas, acham-se tracadas uma ou duas rosas. Quando existe wma s6, ela tem sua direcdo N-S na diregio dos pélos N eS verdadeiros da Terra e portanto, quando usada fornecera indicacdes verdadeiras Quando existe duas (0 que é mais comum) a rosa externa oferece inilicagdes verdadeiras €a rosa interna, indicagées magnéticas. Decunacdo Macneética? No interior da Rosa dos Ventos esta escrito o valor da declinagéo magnética do local, para um determinado ano, bem como, 0 respective aumenio anual. * Toda a simbologia e abreviaturas usadas nas cartas nduticas brasileiras esto contidasma CARTA 12000 (ENT) publicacio editada pela DHN c apresentada em capitulo proprio deste livro © Na parte 2 deste livro o assunto declinacio magnética voltara a ser abordado. Geraldo Luiz Miranda de Barres 40 “9 13s Ef Page ri) wg mune ee ‘ : by Tin omoren ) HI 9 topeognuapr jeurs has 9 auaurenuquo? ‘ZEPIgLE We ovssKUD Woo joswJopys uN WI9QUIE) 9 [Z| © ‘suoyymm soup oF ap aouvoyo wan way atoyradns ep Bue ur Q’¢ ap vaso & sopeasasqo wn vied apepriqista ap steuuou saospuos wy forpaur jaaru op eure UI [g ap apnyyTe eum wa} ayy e ‘opousvoua ‘oouysg ‘ooung sopeuraye sofadwuey sowOd eprznpes 9 ovdeUUOFUT eISy onunuoD ZEPI STE OW WS?#/Is 4d VW" dT sossarduut sozozqp sajumn$as so vsvy vyyt Ep Tore] op ovdejuasardor ep opey ov (oxTaUe{ ap Ony ov gUIO], OBS ap OgeD) NOIT HAND LU SoMeN}UOSUD ‘ofduraxa 10d “WISsy ‘eoHNBU-e}IeD PU SepesIpUT OF}S9 sear sLID}EIED sens WOD “svz11Nq 2 sv10g ‘stOADf OIpYA a SIOLDT OVOVOIAVN ¥ SOImXAy TA dita ~ j euteg - ory 9.400020. Geraldo Luiz Mirada de Barros IMPORTANTE A utilizacao de uma carta ndutica deveré sempre ser acompanhada das seguintes publicacGes: | * Carta 12000 (INT 1) — “Simbotos, Abreviaturas e Termos” usados nas cartas nduticas brasileiras (no capitulo 8 deste livro apresentamos com mais detalhes tal publicacio); | * Avisos aos Navegantes (folhetos) — é através deles que correcdes permanentes ou tempordrias as cartas nduticas sao informadas); © Lista de Earbis; * Lista de Auxtlios-Rédio; © Tébuas das Marés; e | ° Cartas de Correntes de Maré (quando existentes). eas As cartas nduticas ainda nos dao uma série de outras informacées titeis, tais como: qualidade do fundo, setores de visibilidade de fardis, linhas isobatimétricas (de igual profundidade), linhas de paralelo (latitude), linhas de meridiano (longitude) etc. Além dessas informacdes encontramos ainda nas cartas néuticas representacdes de todos os pontos notaveis do fitoral representado, tais como: igrejas visiveis do mar, construgées notaveis — prédios, antenas de radio e televisao etc., morros e suas alturas, alinhamentos, cascos sogobrados, pedras, bancos, alto-fundos etc. IMPORTANTE Quando a cor é de um azul forte isso indica que estamos em uma dea cuja profundidade sera sempre inferior | al0m. Quando a cor da area de mar da carta mostra um | azul mais claro isso indica que estamos em uma drea de | profundidade menor que 20 m e maior que 10 m. A cor do restante da area de mar representada sera sempre branca, enquanto a parte terrestre é creme.™ ™ A cor creme agora éinternacionalmente adotada para arepresentacao da poredo terrestre das cartas, Entretanto, as cartas néuticas rasileiras estao em fase de transigao e anteriormente elas usavam a cor verde paraa representacao de terra 68. Navegar é Faeil - Parte I Cap Vt © Ldosie Ble taro IMPORTANTE Tenha sempre suas cartas nduticas aivalizedas, | observando o “Avisos aos Navegantes” e fazendo nelas as correcdes indicadas. Uma carta néutica atualizada é, também, securanea. QUESTIONARIO 1. Que carta dard ao navegante uma maior precisao de informagoes? a) 1:20.000 b) 1: 100.000 c) 1: 23.400 d) 1: 800 2. As corregdes das cartas néuticas sao feitas através de que tipo de informacées? 3. A declinacao magnética de um local é encontrada em que parte de uma carta nautica? [ RESPOSTAS AO FINAL DA 1*. PARTE DES" Pusiicacdes NAuticas - Cap 7 METEOROLOGIA PARA NAVEGANTES * Publicagdes Néuticas * Roteiro * Catalogo de Cartas e Publicagoes * Carta 12000 * Tabua das Marés » Lista de Faréis * Lista de Auxilios-Radio * Almanaque Nautico * Tébuas e Tabelas de Auxilio A Navegacdo * RIPEAM * Avisos aos Navegantes © ApENDo 1 - Quadro de Areas de Responsabilidade de Aviso aos Navegantes Pusiicacoes NAUuTICAS JA vimos que as cartas nuticas nos dio uma série de informacées titeis que, entretanto, nem sempre sao suficientes para que possamos ter todas as respostas desejadas para resolucao das intimeras situagdes que se nos deparam. Tais informacées, que por sua extensao, detalhes etc. néo podem ser apresentadas nas cartas nduticas, bem como outras que existem para facilitar e possibilitar os trabalhos de navegacéo, proporcionar maiores conhecimentos sobre determinado assunto etc,, figuram em uma série de publicacées editadas em sua quase totalidade pela Diretoria de Hidrografia e Navegacao do Ministério da Marinha. (DHN- MM) Neste capitulo apresentaremos as publicagdes nduticas que, a nosso juizo, s4o de interesse maior para o navegador de pequenas embarcacoes. ROTEIRO O Roteiro do Brasil tem como pro- pésito complementar as cartas nduticas brasileiras — nunca descrevé-las - dando aos navegantes subsidios que lhes permi- tam melhor avaliar as informacGes das cartas, ao navegar ao longo da costa ou dos canais e nas aterragens, assim como. ROTEIRO reconhecer os regulamentos, recursos e facilidades dos portos e terminais. Na navegacao ao longo da costa Coe procura-se mostrar 0 aspecto geral do litoral, com informagées sobre pontos been eo geograficos caracteristicos, estruturas iso- re mae ane ladas e auxilios & navegacao que per- mitam identificd-los para determinar a eee posicao do navio, perigos existentes nas rotas usuais, ventos, correntes ocednicas, areas e atividades de restricao 4 navegagio ¢ rotas mais usuais ou aconselhadas, sempre que possivel, entre dois portos Na aterragem, a descricao é feita na seqiiéncia em que os pontos geograficos caracteristicos se tornam visiveis e os perigos existem, até o ponto de fundeio ou Geraldo Luiz Miranda de Barras embarque de Pratico, para os navegantes que se aproximam procedentes das diregdes mais freqitentes. Quando hd mais de um canal navegavel, eles sao abordados na ordem decrescente de suas importancias, seguindo-se as informac6es sobre os perigos existentes nas suas proximidades. Na descrigao dos pontos caracteristicos e dos perigos, sea totalidade dos detalhes importantes para o navegante pode ser vista na carta, o ponto ou o perigo é mencionado resumidamente, 0 necessario para sua identificagao na carta; se ha mais informacoes disponiveis do que as mostradas na carta, elas sio dadas no Roteiro. Sobre os portos e terminais procura-se informar aos navegantes o que eles precisam saber da chegada, visando aos aspectos de seguranca da navegacao, trafego e permanéncia, operagao e legislacao portuérias, reabastecimento e facilidades diversas. O Roteiro do Brasil esta dividido em quatro volumes: * Costa Norte (DH1- I) - Da Baia do Oiapoque ao Cabo Calcanhar. Rios Amazonas, Jari e Trombetas. Rio Para; * Costa Leste (DH1 - II) - Do Cabo do Calcanhar ao Cabo Frio. Ihas Oceanicas; * Costa Sul (DH1 - II) ~ Do Cabo Frio ao Arroio Chui. Lagoas dos Patos e Mirim,; e © Rio Paraguai (DHI - IV) — Da Itha Ita Piré ao Porto de Caceres. Cada Volume é dividido em capitulos. Os capitulos I ¢ II so comuns a todos os volumes. O capitulo I dé informacoes gerais titeis aos navegantes sobre carta e cartografia, sinalizacao ndutica, navegacao, avisos aos navegantes, servicos radio, praticagem, sinais visuais, busca e salvamento, servicos de alfandega e satide e regulamentos. O capitulo I contém informagées gerais sobre o Brasil, incluindo dados geograficos, meteoroldgicos e oceanograficos e relacbes dos principais portos, terminais e servicos portudrios. Os capitulos seguintes dos volumes 1, II e II abrangem trechos significativos da costa, descritos do Norte para o Sul. Sao subdivididos em secdes, correspondentes, tanto quanto possfvel, a trechos entre dois portos ou a bafas onde estejam localizados portos importantes. O capitulo I do Roteiro Rio Paraguai abrange trechos significativos do rio, descritos no sentido de sua desembocadura no rio Parané para montante. IMPORTANTE Ler 0 Roteiro do Brasil antes de uma aterragem a um ] local nao conhecido é importante, para sua seguranga. Nao deixe de ter a bordo 0 volume da drea a ser navegada. Navegar é Récil~ Parte I~ Cap VII © Folheto Quinzenal de Avisos aos Navegantes publica em sua parte VI as correcdes permanentes ou atualizagdes que devem constar de imediato no Roteiro. Estas correcGes devem ser lancadas no texto, a tinta ou coladas e registradas no quadro Registro de Correcées, de acordo com as instruc6es nele contidas. O Suplemento Anual do Roteiro distribui folhas novas com as alteragdes ocorridas apés 0 tiltimo Suplemento, inclusive as folhas distribuidas pelos Folhetos Quinzenais. Flas podem ser de dois tipos: folha substituta ou folha a ser inserida. COLABORACAO DO NAVEGANTE | A Diretoria de Hidrografia e Navegacao (DHN) solicita aos navegantes que, no interesse da seguranca da navegacao, comuniquem a esta Diretoria qualquer omissa0 ou inexatidao encontrada no Roteiro, assim como as diver- géncias existentes entre suas informagoes ¢ as das cartas nduticas ou as de qualquer outra fonte. IMPORTANTE Habitue-se a ler a introdugiio do “Roteiro do Bra Ela contém diversas informacdes que vocé precisa conhecer! CATALOGO DE CARTAS E PUBLICACOES A Publicacéo esta dividida em trés partes em um dnico volume: * RelagGes das Cartas Publicadas pela Diretoria de Hidrografia e Navega- cao (DHN); « indices com Informagées mais detalhadas sobre cada carta; * Listagem de Publicagées e Impressos para usos diversos. Geraldo Luiz Mirania de Barras INFORMAGOES IMPORTANTES AOS NAVEGANTES | Atualizagho — A partir de 31 de janeiro de 1989 a Di- retoria de Hidrografia e Navegacdo encerrou as atividades de correcito de documentos nduticos passando a fornecé-los acompanhados dos respectivos textos de Avisos aos Nave- gantes Permanentes que os alteram. Esses textos constaréo de cépias de listagem de computador, ficando a cargo do usuario a intvoducao das correcdes correspondentes. A Convencao Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar, 1974 (so.as 1974) determina: “Todos os navios deverao dispor de Cartas, Roteiros, Lista de Fardis, Tabuas das Marés, Avisos aos Navegantes e todas as outras publicages nduticas necessérias, adequadas ¢ atualizadas para a viagem pretendida.” CORREGOES DE CARTAS Todas as pequenas e importantes correcdes que afetem a Seguranca da Navegacdo, e que possam ser introduzidas nas cartas 4 mao ou por colagem de trechos, s40 publicadas quinzenalmente em “Avisos aos Navegantes” que sao fornecidos pelos diversos Servicos de distribuicao.® Para as corregdes devem ser usadas as convencées constantes da Carta n° 1200 Simbolos e Abreviaturas”. CARTA 12000 Face a sua importancia apresentamos um extrato da Carta 12000 no capitulo 8 deste livro. Habitue-se a consultar a Carta 12000, Isso é importante para a sua segurancal % Em principio gratuitamente. ™ Ver capitulo 8 deste livro. 74 Navegar é Bicil - Parte I- Gap Vit TABUA DAS MARES A Tébua das Marés, publicagao que, a nosso ver, deve ser encontrada em qualquer embarcacdo, jé foi convenientemente apresentada de forma detalhada no capitulo 2, deste livro quando tratamos do assunto Marés. LISTA DE FAROIS A Lista de Faréis 6 a publicagao que contém todos os detalhes sobre luzes, fardis, | aerofardis, béias de luz e sinais de cerracdo que interessam ao navegante. A publicacao apresenta em capitulo inicial uma completa orientagio para seu | correto manuseio. Consulte-o! IMPORTANTE - OBSERVACAO SOBRE ALCANCE DE FAROIS Em coluna propria 0 aleance Iuminoso e geogr dos fardis € ‘aco em fuingdo de determinados padrées de visibilidade e considerando-se que os olhos do | observador (desarmados) estejam elevados cinco (5) | metros sobre o nivel do mar. Como dificilmente em embarcacées amadoras nos | encontraremos em situacées de 5 metros acima do nivel do mar os fardis somente poderio ser vistos a distancias bem menores. © aleance geogrifico & calculado de forma aproximada pela formula: D = 2V H +h onde: D = alcance geografico em milhas néuticas H = altitude do objeto em metros h = altura do observador em metros Na pagina seguinte apresentamos a Tabela de | Aleance Geografico extraida da Lista de Fardis. 6 Geraldo Luiz Miranda de Barres Tabela de Aleance Geografico ‘Altura dos olhon do observador em metros (8) a ee YT ‘Aloance om mlthas niuticas = 1,927 (+7) 33 39 43 47 SI SS 38 Gl Oy 12-77 B24, 33 38 62 66 z 0 84 91 96 101 105 61 66 79 74 8 94 99° 104 10.9 113 67 72 78 a1 Wap 1098 110 11s 129 12 77 82-88 Ws 11.1 U6 120 123 ng 94 102 108 113 118 122 0 140 116 120 126 107 nz 0,1 10.9 113 120 123 129 tos tit 17 a3 127-13 105 113 120 125 129 133 i011 ine 122 128 93 137 14.2 18 126 192 1397 tat aS 121 129138 14 143 49 125133 199 144 149 13.3 133,141 147 133 157 tet 155 160 16.5 169 163 tea 172 176 9.0 94 98 102 106 11a 12a 129 11g 1 128133 tao us 1s 124 5 163 129 133 1377 41 Lae 168 at 4s 243 149 149 153 153 136 1536 190 159 163, 162 166, 163 189 tea 17. 10.178 113.07 73 179 7a ta 2000 21 179 178 179 183 23 a 33 176 11 186 190 2 45 oo aie 281 bs i 25.8 257 70 1955 2000204 20, 259 263 75 |tse 194 20,0 203 21,0 204 205,268 a0 |19.2 200 20.6 21,1 21,5 22,0 22,3 A 28 a5 |97 2058 21,1 21.6 221 22.5 229 a6 200 90 }202 2100 2116 2211 226 23.0 234 281 283 95 [207 215 239 28.6 29.0 too’ fata 220 i 295 uo [2241 22,9 238.241 24,5 24, 30,0 304 120 I23/0 2318 244 25.0 2514 25. 309 313 130 [23,9 24,7 25.3 253 263 26.7 big 322 tao [24,7 25,5 26.1°26.7 27.1 27.5 32,6 33.0 450 [25.5 263 269 275 27.9 28.3 33s 338 160 342 46 170 35,0 353 40 38,7 36 190 368 368 200 ar ane 220/305 31,5 319 324 329 33,3 384 388 39,1 40,0 408 413 pao [sia 32'6 332 33.7 342 ae Sua 420 428 260 |33,0 33.8 34.4 3419 38.4 35,8 225 3 440 pao |34.2 35,0 33,6 36.1 36.6 37.0 300 |38,3 36,1 36.7 37.2. 37.7 38,1 4 42,8 43.2 43.6 320 |36.¢ 37.2 37.8 38.3 33.8 39.2 39,639.9 40.3 25 439 449 447 340 343 38,9 3944 39,8 40,3 40,6 41,0 41,3 41,6 42.2 446 45.0 45.4 45.7 360 393 39,9 404 409 413 417 42,0 423 42.7 432 6 46.0 46.4 46 ae [3913 403 409 a1. 41.9 42,3 42,7 43,0 49,3 43.7 442. 1647.0 478 478 ‘00 _faoys 413 at 453 43,6 440 4433 44,6 45.2 4716 4,0 43,6 407 76 Nawegar é Facil - Parte 1- Gap Vit LISTA DE AUXILIOS RADIO Tem por finalidade manter o navegante a par de todas as informacOes importantes sobre os servicos de radio de auxilio 4 navegacao maritima existentes na costa do Brasil e sobre outros servicos-radio titeis ao navegante que estiver no Oceano Allantico do Sul. A Lista de Auxilio-Radio 6 organizada em diversos capitulos que além da Introducao - onde discorre sobre sua correcao e atualizacdo, sobre caracteristicas das estagdes radio, sobre Hora Média em Greenwich e abreviaturas que adota - aborda: Radiogoniometria; Sinais Horérios; Servicos Radiometeorolégicos; Avisos aos Navegantes; Radar - Farol (Racon); Comunicacées de Perigo e de Seguranca; € Apoio Costeiro. LEMBRE-SE Se vocé dispuser de, pelo menos, um radio receptor e/ou um radiogoniémetro a bordg a Lista de Auxilios Radio passa a ter importancia dentre as publicacdes que deveremos possuir em nossa embarcacao. ALMANAQUE NAUTICO © Almanaque Nautico ¢ uma publicacao indispensdvel ao navegador astro- némico, porém itil também na navegacao costeira pois que, através dele podemos calcular a hora do nascer e por do sol, bem como elementos da Lua que permitirao 0 cAlculo do “estabelecimento do porto”.” O Almanaque Nautico contém instrugées bastante detalhadas para seu uso que devem ser cuidadosamente lidas por seus usuarios. > Ver cap. 2- Marés, deste livro. Geraldo Luiz Miranda de Barros TABUAS E TABELAS DE AUXILIO A NAVEGACAO Existem algumas publicacdes que nada mais sio do que coletneas de Tabuas ¢ Tabelas que facilitam e/ou possibilitam os trabalhos de navegacio. A utilizacao de tais publicacdes, ou nao, é uma questao quase que pessoal de cada navegador. Todas essas publicagdes possuem as orientagdes necessarias a uma correta utilizagao, dispensando maiores comentatios. RIPEAM O RIPEAM — RecuraMento INTERNACIONAL PARA EviraR ABALROAMENTO NO Mar, face a sua evidente importancia, foi apresentado, detalhadamente, em capitulo prdprio. AVISOS AOS NAVEGANTES Os Avisos aos Navegantes divulgados pela DHN informam as alteragdes ocorridas nas reas maritimas, fluviais e lacustres, do Brasil e de paises estrangeiros, abrangidas pelas cartas nduticas e publicagdes editadas pela DHN, que afetam a seguranca da navegacao, e outras ocorréncias de ambito geral que devam ser do conhecimento do navegante. De acordo com as caracteristicas das alteracdes a serem divulgadas, os Avisos aos Navegantes sao classificados como: « Avisos-Rapio ~ os que informam alteragdes de cardter temporério que devam chegar ao conhecimento do navegante com urgéncia, sendo divulgados via radio; * Avisos TemPordrios ~ os que introduzem alteracdes tempordrias nas cartas néuticas, sem carater de urgéncia. # Avisos PreLimivaRes — 0s que anunciam antecipadamente alteracoes de qualquer natureza que afetam as cartas néuticas e que serao objeto de Aviso Permanente. © Avisos PrxniaNeNzEs ~ 05 que introduzem alterac6es nas cartas nduticas. « Avisos Permanenres EsPrciats ~ 0s que, embora nao alterem as carias néuticas, se destinam a divulgar informac6es gerais importantes para os navegantes.* 2 Sao divulgados em sua totalidade somente no Folheto n° de Avisos aos Navegantes, sendo vélidos para 0 ano inteiro. 8 Nawegar é Réeil~ Parte I~ Cap VIE Os Avisos Temporérios (I), Preliminares (P) e Permanentes s4o numerados em ordem seqiiencial tinica e anual, sendo precedidos de letra referente 4 regido ou interesse abrangido pela informacao, como descrito mais adiante” O Folheto Quinzenal de Avisos aos Navegantes é editado pela DHN, em por- tugués, com um anexo em inglés, e contém os Avisos-Radio em vigor, os Avisos Temporérios, Preliminares e Permanentes da quinzena, e os Temporétios e Preliminares anteriormente publicados que continuam em vigor. As normas sobre utilizacdo destes Avisos constam no proprio Folheto Quinzenal ¢ na publicacko DH-1, Roteiro, anteriormente mencionada. CrassiricacAo pos Avisos-RApIO Brasil, entre os paralelos de 07° 00’ N e 35° 50’ S e 0 meridiano de 20° 00'W, acrescida de uma faixa de 700 milhas para o norte, leste e sul da area, e divulgam alteracoes importantes para a navegacao de longo curso. Incluem as alteragGes ocorridas nas prin- cipais rotas maritimas e na sinalizagao nautica de aterragem, operacoes de salvamento « Avisos ve Arca — os que abrangem a area maritima delimitada pela costa do 7 e reboque, naufragios, descobertas de perigos a navegacio, interrupgao de auxilios- radio, estabelecimento de plataformas e interdicao das areas. INFORMACAO A regio abrangida pelos Avisos de Area correspon- de a Area V do Sistema Global de Avisos aos Navegantes, estabelecido pela Organizacao Hidrografica Internacional (OHD), cuja responsabilidade pela coordenacao e divul- gagéo dos Avisos aos Navegantes é do Brasil. Os Avisos de Area sao sempre precedidos da expressao navarra seguida do algarismo identificador do pais de origem, no caso do Brasil 0 nimero V, e do seu ndimero anual de ordem no pais. * Avisos Cosreios ~ 0s que abrangem as areas costeiras e dao informag6es que interessam & navegacao de cabotagem e de pequenas embarcacées. ® Os Avisos Permanentes Especiais (APE), embora também sejam numerados em ordem seqiiencial tini- cae anual, recebem essa numeracao a parte da citada no parégrafo anterior, ou seja, possuem uma nu- meracéo prépria, precedida da abreviatura “APE”. Geraldo Luiz Miranda de Barros * Avisos Locars — os que dao as alteracées havidas no interior dos portos, seus canais de acesso e em vias onde, normalmente, os navios somente navegam com auxilio de um pratico. IpentiFicagao pos Avisos-RADIO. Os Avisos-Radio sao identificados por uma letra representativa da regiao e por um néimero indicativo de sua ordem seqiiencial no ano. As letras representativas da regiao abrangida pelo Aviso séo as seguintes: N-- Costa Norte, da baia do Oiapoque ao cabo Calcanhar; E — Costa Leste, do cabo do Calcanhar ao cabo Frio; $ — Costa Sul do cabo Frio ao arroio Chuf. P - Lagoas dos Patos; A — Bacia Amazénica; T — Outros pafses, vavareas II, IV, VI e VII (ver quadro de areas); G - Informacées de regides que abranjam mais de uma drea ou que sejam de interesse geral, nao especifico de regides. Anumeracao, em ordem seqiiencial anual, é dividida em trés grandes faixas, da seguinte forma: Avisos de Area (wavarea) — de 0001 a 3999 Avisos Costeiros = de 4001 a 6999 Avisos Locais — de 7001 em diante Drvutcacdo bos Avisos-RADIO Todos os Avisos-Radio sao divulgados em radiotelegrafia (CW) pelas Estacoes Costeiras de acordo com a seguinte divisao, por tipos de Aviso e areas abrangidas: Avisos be Area — transmitidos por todas as estacdes; Avisos Cosremos 5 Locars: * para toda a costa brasileira, transmitidos pela Estacao Radio da Marinha do Rio de janeiro (PWZ-33); ® A Estagéo Radio da Marinha do Rio de Janeiro (PWZ-33) também transmite por radioteletipo (RATT). 80 ee | Nawewar é Hicil- Parte I~ Cap VIE * para o trecho da costa entre a bafa do Oiapoque e 0 rio Parafba e para os tios da bacia Amaz6nica, transmitidos pela Estacao Belém Radio (PPL); © para trecho da costa entre o rio Paraiba e o porto de Ihéus, transmitidos pela Estacdo Olinda Radio (PPO); e © para o trecho da costa entre o porto de Santos e 0 arroio Chuf, transmi- tidos pela Estagao Juncao Radio (PPJ). IMPORTANTE Os Avisos-Rédio sio sempre precedidos do sinal de segu- ranga (TTT) em 500 kHz e transmitidos em linguagem clara, nao codificada, obedecendo a um mesmo estilo descritivo. IMPORTANTE Quando surge a necessidade de divulgar um Aviso- Radio em caréter urgente, a DHN providencia a sua imediata transmissao a Estagao Radio da Marinha do Rio de Janeiro e as Estacdes Costeiras da Embratel para posteriores trans- miss6es pelas mesmas, com a maior urgéncia possivel. Os Avisos-Rédio, quando se tornam Avisos Tempo- rarios, Preliminares ou Permanentes, somente sao cancelados emanas apés suas publicagées em Folheto Quinzenal de Semanalmente, as quartas-feiras, uma relagao deno- minada “Resumo Semanal”, contendo Avisos de Area e Costeiros irradiados na semana indicada, é remetida para os Servicos Hidrogréficos responsaveis pela coordenagao das | dreas do Sistema Global de Avisos aos Navegantes e para as Capitanias dos Portos, onde ficam a disposi¢ao dos navegantes. 81 Geralto Luiz Miranda de Barres Avisos-RApIo DA BActa AMAZONICA Os Avisos de interesse para a navegacao dos rios Amazonas, Pard e seus afluentes também sao transmitidas por estagdes de radiofusao e televisao locais como consta na Lista de Auxilio-Radio. Avisos-RApio po Rio Paracuat Os avisos de interesse para a navegacdo do tio Paraguai e seus afluentes apre- sentam caracteristicas diferentes na sua forma de elaboracao e de transmissao conforme explica a Lista de Auxilios-Rédio. Avisos-RApIo PARA PEsCADORES As Estacdes da Rede Nacional de Pesca (Reape) transmitem em rédiotelefonia, para as embarcacdes pesqueiras, os Avisos-Rdio divulgados pela DHN.’ IMPORTANTE A Diretoria de Hidrografia e Navegagao - DHN solicita dos navegantes que colaborem com ela enviando in- formacées que permitam manter suas publicacGes e avisos atualizados proporcionando assim o maximo de Seguranca no Mar. Seu endereco é: Rua Bardo de Jaceguay, s/n Ponta da Armacdo, Niterdi, RJ CEP. 24040-000 O questionario refente a este capitulo é apresentado junto com 0 referente ao capitulo 8. "Com a modificagéo governamental que extinguiu a SUDEPE este servigo hioje € prestado por Empresas de Pesca Organizadas. 82, Aderiiol ADENDOI ANTES Quapro pe Areas pe ResPoNsasiuipape pr Aviso Aos NAVEG: § & & 2091 19 t LOST vianyigaz vAon = 0091 AD A o09T <02T CarTA 12000 - Car 8 JONI I CARTA 12000 SIMBOLOS, ABREVIATURAS E TERMOS SYMBOLS, ABBREVIATIONS AND TERMS USED ON CHARTS - 2" Edition - 1995, © O que éa Carta 12.000 * indice da Carta 12.000 * Questiondrio * ADENDO - Segio IK - Pedras, Cascos Socobrados e Obstrugées O Que £ A Carta 12.000 ? A carta 12.000 (INT 1) é uma publicacao ndutica baseada nas “Especificagdes de Cartas” da Organizacao Hidrografica Internacional (OHI), que entraram em vigor em 1982. O sistema de numeragiio desta edicao substitui o padrao anterior da OHI, usando letras para cada seco antecedidas por “I” a fim de evitar confusao durante 0 perfodo de transicao entre o sistema anterior e o atual. A carta 12.000 (INT 1) contem todos os stmbolos, abreviaturas e termos utilizados tanto nas cartas internacionais quanto nas nacionais. ‘As cartas nduticas brasileiras ainda mostrarao, durante o perfodo de transic&o, alguns simbolos na cor preta, 0s quais serao alterados para roxo no futuro. Informacées referentes as cartas nauticas seu uso, correcdes e distribuigdes encontram-se nas publicac6es brasileiras, “Listas de Fardis’, “Lista de Auxilio-Radio”, “Roteiro”, “TAbuas de Marés” etc i INDICE DA CARTA 12.000 (INT 1) IntRopUCAO e Disposicao Esquemitica .. (GENERALIDADES 1A N&imero da Carta, Titulo e Informacées Marginais IB PosigGes, Distancia, Marcagoes e Rosa dos Ventos .. TorocRaria IC Acidentes Naturais . ID Edificac6es ... IE Pontos de Referéncia . IF Portos.... IG Termos Topogr: Hiprocraria TH Marés e Correntes Il Profundidades ... IJ Natureza do Fund IK Rochas, Cascos Socobrados e Obstrucdes * Apresentado em adendo a este capitulo. Geraldo Luiz Miranda de Barras IL Instalagdes “Offshore” IM Rotas e Derrotas IN Areas e Limites IO Termos Hidrograticos..... AuxiLios A NaveGacAo & Servicos IP Luzes. IQ Boias ¢ Balizas IR Sinais de Cerracao IS Sistemas de Posicionamento Eletrénico - IT Servigos de Apoio TU Recursos portuérios para pequenas embarcagoes inices Atrapéticos IV indice de Abreviaturas .. IW Abreviaturas Internacionais IX indice... Nas paginas seguintes reproduzimos a secao IK — Pedras, Cascos Soco- brados ¢ Obstrucdes da Carta 12.000 (INT1) que mostram os simbolos relativos a tais perigos. Habitue-se a reconhecé-los | Isto é de alta importancia para a sua Securanca No Mar. NAO ESQUECA A carta 12,000 (INT1) — Simotos, Anreviaruras & Termos usados nas cartas nduticas, brasileiras € uma pu- blicagao de consulta. Vocé deve ter sempre a bordo um exemplar atualizado e consulté-lo sempre que necessario. 86 o 10. 11. 12. 13. 14. 15. Nawegar é Eicil- Parte 1- Gap ViIT QUESTIONARIO Qual a publicacdo que contém informagées titeis, a0 navegante, sobre demanda de portos e fundeadouros, balizamento etc.? Se vocé costuma navegar entre o Rio e Sao Sebastiao é aconselhavel ter a bordo uma publicacdo que Ihe dé descricao da costa e outras informacoes titeis. Que publicagéo vocé escolheria? Vocé precisa selecionar cartas de determinado trecho do litoral, bem como, escolher algumas determinadas publicag6es. A que publicacdo da DHN vocé recorreria? Que documento internacional determina que todos os navios deverao dispor de Car- tas, Lista de Fardis e demais publicagGes nduticas? As cartas néuticas sao corrigidas através de que documentos? Qual a freqiiéncia de expedicao deles? Se vocé deseja saber a que horas teré inicio uma baixa-mar, vocé recorre a que pu- Dlicacao? Vocé esta a 9m de altura em relacao ao nivel do mar. A que distancia poderé ver um. farol que tem 36m de altura? Como se chama tal distancia? Que publicagéo me da as caracteristicas de um farol? Tenho um radiogoniémetro e desejo usd-lo. Que publicacao ndutica serd interessante consultar? No calculo do estabelecimento do porto, necessitamos saber informacées sobre a Lua, Que publicagéo devemos usar? Asregras de governo e navegacio sao expostas, detalhadamente, em que publicagao néutica? Pretendo usar o sextante para fazer medidas de angulos de objetos de alturas conhe- cidas. Que tabela devo usar? Como sio classificados os “Avisos aos Navegantes”? Os Avisos-Radio so sempre precedidos de um sinal, Que sinal é esse? O que é a carta 12000 («wr 1)? Em que parte dela encontraremos informacoes sobre perigos isolados tais como pedras, obstrugGes e cascos afundados? RESPOSTAS AO FINAL DA 1", PARTE DESTE LIVR 87 Geralto Luiz Miranda de Barros ADENDOI IK Pepras, Cascos Socosravos Rocks, Wrecks, Opstructio! E OBSTRUCOES Generalidades General r Desi eee a ‘Varido por dispontive mectnico ou aerauine 2 o dor Swept by wire dmg or diver Ls Citsos inbalos beslovoe? Rochas ‘Supplementary national symbole Rocks Piano de eferincla de anes Tvl de redveo de sondagena Planet Reference or Heights —° Plane of Reference for Depihe —* @® O10 | nec pearnay ee ‘desl do le Ge refrrca ae ow Gow @ en ee eee S| BR sre +10 | rte me 4 ce eee an beat x 10 " r Pot tit oniay diate at Gow «we |e Soeccramn crates & ob ne ie de rd, ans bok quan a the lt of ahr dete . s Tedte mocha tres pigs Brmnge: | {Se suo pfdlade decor. Ca) sa Puree mired are si a ‘Pedra (Rocha) submersa perigoss & navegs- +) {0} Crh(2) 08” 18 (fo: protunditede conhecide Dangerous underwater rock of known depth 4a Looalizeda no interior da dren de protundidedes| ‘comespondentas | inside the corresponding depth areo 7 wate) 2 Pe) | Locateade tore de trea de orotundiieden v4.2 |} correepersont ‘autside the comesponding depth area 88 IK Pepras, Cascos Socosrapos Adeniet Rocks, WRECKS, § OpsTRUGOES OBsTRUCTIONS T 15 2 2 a a Recife de coral (sempre cobarto) age ey Ae Wd a Coal cot which covers 2 ty | v7 O: |athe™ 1a © ame | S22 20 Cascos sogobrados Nivel de redugio de condagens Plano of Referance for Depths Ga ‘ato sinblcs basin Stoptemansary reson’ maa: © — CCanco semore fora é'dgua am cartas de grande croalt Wreck, hull always dry, on large-scale charce wrecks | az > | on *% (Casco que cobre « descabre em canes 36 orande oxcale Wreck, cavers and uncovers, om large-scale share Casco sorobrado, com profundidade conhecida fom cartae de grande excels Submerged wreck, eth known. on rgescale hares 23 Casco sogabrado, com profundeiate deeco- hecida em carts de grande excale Submerged wreck, dapth unknown, on large sale charts 24 et = eae pe 4222 ae on 25 Most Casco sopobrado com mast (e) viel (le) somente na beize mer Wreck showing mast or masts above chart dotum only Pa mestoe — | 4222 28 Casco sogobrado cujs menor profundidede 6 ‘conhecide somente por sondagane Wreck. least depth known by sounding only 4224 one 27 Casco sopobr varide por thedor Wack, east depth known, swept by wire deaa or diver 4223 89 Geraldo Luiz Miranda de Barres IK Pepras, Cascos Socosrapos E Onstrucors Rocks, Wrecks, Ossrructions r 28 ‘Casco wopabrado pergova B naveusyio e (erofundidade deeconhocida) Dangerous wreck, depth unknown (Casco sopobvado nfo pargoso a navegaeio ~ {profundidade deeconhocide) ‘on-dangerous wreck. depth unknovm Caxco sogobrado manor profundidada desco- Bu ‘heoida mes superior a mostrada na carts, Weck, least depth unknown, but considered to have ® safe clearance to the death shown a1 ‘Area do restos de casco sopobrede ou fundo ‘typ, no pecgoso & navegayie, mas que dove ter evteda pers fundelo, rasta, tc, Remains of » wreck oF other foul area, non= dangerous to navigation but to be avoided by vessels anchoring. trwing ete ane Oe (Nivel de reducéo de sondagens ‘Aiges © erves merinhas | | Kelp, Sea- Wood, Obetmucto (profundidade deecanhocida) ‘Obstruction, depth unknown a a2 Obetrugio (menor profundidede connect) Obstruction, last depth known ‘Obrtugio (menor profundlade conheca) varida por draga ou merguihedor Obstruction, lost depth known, swept by wire eg or diver Teese ou tones submerses Totalmonte, Oobam = 7TtT “Toco ou tronca rubmerso (com posipfo exats) T Submerged le.tare, aneg, weller stump (wth ‘exact postion) ‘Stumes of posts or plas, wholly submerged CCarcado de peices (com estecas) Fishing stakes Coroade do peixes Fish trop, fish weirs, uony nets 90, Adenidor Rocks, Wrecks, IK Pepras, Cascos Socosrapos OxstRucrions £ OsstRucoEs (see Note) Shaina oar Upldade de aquaculture (cartas de grande exosla ros simbolos brasileiro: Supplementary National Symbols Rocha nde perigoss iprotundidede desconheckda)| Non-dangerous rock, depth unknewm Fundo ave ‘Foul ground a1 BALIZAMENTO - CAP 9 = | — * Pequeno Hist6rico * Balizamento - Definigao * Tipos de Sinais * Métodos de Caracterizagao dos Sinais * Observac6es Sobre Balizamento * Apresentacao dos Sinais * Descrico dos Sinais Cardinais * Balizamento, um Exemplo * Questiondrio PEQUENO HiIsTORICO Até 1976 existiam no mundo mais de trinta sistemas de balizamentos diferentes, sistemas esses, inclusive, extremamente semelhantes em formas e cores, porém com regras completamente contradit6rias. Isso trazia ao navegante um certo grau de confuséo especialmente a noite. De repente, um navegante podia se ver frente a frente com uma luz cujo significado nao tinha para ele uma imediata compreensio. Tais riscos de confusao podiam tomar-se particularmente perigosos se a luz que nao tivesse sido reconhecida marcasse um novo perigo, tal qual, o que pode advir de um casco socobrado ainda nao assinalado na carta maritima. Um fato como este poderia levar o navegante a hesitar sobre a manobra a adotar fazendo com que tomasse uma decisdo incorreta que talvez viesse a ser catastréfica. Os varios estudos desenvolvidos no passado, no sentido de adocao de regras gerais mundiais, por um motivo ou outro, nao foram implementados até que, em 1971, uma série de naufragios desastrosos na regiao do “passo de Calais” acelerou novamente 5 estudos, que em 1980 chegaram a bom termo com a adogéo de um Sistema de Balizamento Maritimo que ficou conhecido como Sistema de Balizamento da [ALA (International Association of Lighthouse Authorities). Esse sistema de regras tinicas permitiu apenas que 0s Servicos de Sinalizacao Nautica dos varios paises adotassem, segundo uma divisao regional, o vermelho a bombordo (sistema IALA A) ou o vermelho a boreste (sistema IALA B) que € o sistema brasileiro, como veremos adiante. De acordo com 0 constante na Convencao de Paris de 1982, o Brasil fez a implementagao do sistema IALA B e, hoje, ele é adotado em todos os nossos portos, ou onde mais houver um balizamento, excecao feita ao balizamento de rios que seguem regras proprias como adiante mostraremos. BALIZAMENTO. DEFINICAO Pode ser definido como o conjunto de regras aplicadas a todos os sinais fixos ¢ flutuantes (com excecdo de far6is, fardis de setores, sinais de alinhamento, barcas faréis e béias-gigantes) que tém como propésito indicar: * 0s limites laterais dos canais navegaveis; * os perigos naturais e outras obstrugées, entre as quais os cascos socobrados; * outras zonas ou acidentes maritimos importantes para o navegante; * 08 novos perigos. Geraldo Luiz Miranda de Barros TIPOS DE SINAIS O sistema de balizamento compreende cinco tipos de sinais que podem inclusive ser usados em combinagao. Sao eles: * Os sinais laterais cujo emprego esta associado a um “sentido convencional de balizamento’. Eles geralmente sao utilizados para os canais bem definidos. Esses sinais indicam os lados de Boresre e Bomsoro do caminho a seguir. Quando um canal se divide, um sinal lateral pode ser utilizado para indicar 0 caminho que convém ser preferencialmente seguido. Na regio B, regido do Brasil inclusive (Ver 0 quadro de regides mostrados neste capitulo), o vermelho indica boreste e 0 verde bombordo, dai se dizer que: Quem VEM DO MAR ENTRA EM UM CANAL DANDO BORESTE PARA O SINAL VERMELHO E BOMBORDO PARA O SINAL VERDE. Obviamente que ao se sair para o mar os sinais vermelhos deverao ficar por bombordo ¢ os sinais verdes por boreste. Obs.: a palavra Evcarnano (E) 6 usada em substituicao a palavra Vermenxo quando nos referimos a BaLizaMEN7o afim de evitarmos dtividas nas abreviacdes entre vermelho e verde. © Os sinais cardinais, cujo emprego (como no uso de uma agulha) serve para indicar ao navegante onde (em que direcao) a embarcagéo pode encontrar 4guas seguras. * Os sinais de perigo isolado indicando os perigos isolados, de tamanho limitado, que devem ser entendidos como aqueles em torno dos quais as éguas sao seguras. * Os sinais de dguas seguras indicando que em torno de tais sinais as guas so seguras (como por exemplo um sinal de meio de canal). © Os sinais especiais que, sem terem como principal propésito 0 auxilio a navegacdo, indicam uma drea ou caracteristica especial mencionada nos documentos nduticos e que séo normalmente de importancia para 0 navegante. Os sinais especiais séo sempre amarelos e, inclusive, quando luminosos, exibem também luz amarela. METODOS DE CARACTERIZACAO DOS SINAIS Os sinais sao caracterizados: Durante 0 Dia (simultaneamente ou nao) * pela forma; * pela cor; * pelo tope. Durante A Noire « pelas cores das luzes; * pelo ritmo de apresentacao das luzes. 4 Navegar 6 Facil - Parte I~ Cap IX OBSERVACOES SOBRE BALIZAMENTO * Bora - é todo dispositivo flutuante exibindo luz ou nao (béia luminosa ou cega). © Bauiza - € uma haste de ferro, ou de cimento armado, desprovida de luz, encimada por um tope que permitira sua caracterizago segundo a forma que apresentar (disco, esfera, retangulo, triangulo etc.). OBSERVACOES ——————————— © Os fardis e faroletes que balizam portos e respectivos canais de acesso ou que demarcam perigosisolados obedecem A mesma convencdo quanto a pintura e caracteristica de luz, © As béias cegas ou de luz podem ser equipadas com refletor radar. * Os ntimeros ou letras usados em sinais laterais de- vem seguir 0 “sentido convencional de balizamento”. ¢ Quando os sinais laterais nao tiverem a forma ci- | lindrica ou cénica recomendada para sua identificagao visual, devem sempre que possivel usar uma marca de tope adequada com essa finalidade. * Sinais especiais diferentes dos previstos podem ser Ey estabelecidos por uma Administracéo responsavel para aten- der circunstancias excepcionais. Esses sinais néo poderao con- flitar com os sinais de navegacao e devem ser difundidos nos documentos nduticos apropriados, ea IALA, notificada tao cedo quanto possivel. * O termo “novo perigo” € usado para descrever no- vos perigos descobertos porém ainda nao indicados nos documentos nauticos. O“novo perigo” poderé naturalmente se referir a uma obstrucao natural tal como um banco de areia ou pedras ou a obstrugdo provocada pelo homem, como, por exemplo, um casco socobrado. © E expressamente proibida a colocacao de béias e balizas por qualquer pessoa ou associacao sem o prévio con- sentimento da Diretoria de Hidrografia e Navegacao do Ministério da Marinha. * Umsinal de “novo perigo” ainda nao registrado nos documentos nduticos poder ser lancado com um sinal duplo —exatamente de acordo com o estipulado pelas regras— até que a informacdo tenha sido suficientemente difundida. Um sinal de “novo perigo” quando operado como sistema de resposta radar (RACON) mostrar a letra DELTA. © As béias de balizamento niio podem ser usadas para nenhuma outra finalidade sob nenhum pretexto. Reciio “B" BAuzaMe) mo CeGo & Luinoso - SinAIs LATERAIS ‘BOMBORDO. Port hand or vee Format line, pr ou have Shope. elnar, lor os se Top be hove) cinco verde Tepmar amy angie gen ender - = ey us funda i ss i far ch ‘cor verde Soom gee ins aunt nem Ip 2+ 1) pny. eget #2 3) a tah bor einen Msn te vedere fos me rs 9 aoe copavcy (2+ 1 Be pede. belt ot pe ond, erro ram ewer. Whe ited he ny ai [even iah uh, ony thy taco compcte owe shea 1) pt pars BORESTE Storboord hand Seer ea plo obo Tape ba hawt cana erie som obs pre ce Teper (Tom): wale ed con, pao wowed a L, =. 2 | ane re | ese coe oo quale enc e+ 1 nyse seep 1+) she Sioa be 4 | rama dep borate pr quam enka et prot Gordo Wicom Ibe woke bn enerece com tinker rm coe pee tener pow Nas poled CANAL PREFERENCIAL A BORESTE Preferred channel to starboard hand "@OMBORDO MODIFICADO! edie Pore or vee em ae fo lage harzone! ecarnate elo goon wih one bead To horeana be Sepe: cana pir os Tepe fe hover) sliero ee Tamar fay anle ven eyinde al 4 d| | as tenon i rae ws Sorgen — Se a Salis ate ook Vea coe paella wmerreee | wale tontede, reahende, ste stoge, Gearon, ole | telat ware com wm pe ons crpaan + 1) pe pid. | Wien estore! duce so the pralred ston ve been bd. © | main pot ho! lr! mak my be nad. When ed he By sc (oon i wh Conca ge fat ft) bw pd 96 "CANAL PREFERENCIAL A BOMBORDO ‘Preferred channel fo port Rond (GORESTE MODIFICADO| (Mdifed Starred Team Ufa) sete ro ar, Bort wed a. doi, tetto 1 os von eat eon ot er memnate esa wae de Bee Oi +) yim) | She weiter od oe end uncon 8 kato #0 cna! pain! fr 2 bomboie, 2 wa fowl de borne, medical, pa mr sae. Gordo omnes. © ba] ‘su la ancaratn com sm gua de onowetcompaven2 +1) po paride Whar e crarral de, ond thw pale chon Ifo 0M herd | ‘meld serbord hand tera mo oy be utd. When ihc he D0} | Sd gh wi copii gig iahog (+ pw or Navegar é Facil - Parte I~ Cap IX . APRESENTACAO DOS SINAIS Sinais LATERAIS Definicao do “sentido convencional de balizamento” — 0 “sentido convencional de balizamento” que deve ser indicado nos documentos nduticos apropriados é: © o sentido geral que o navio vindo do alto-mar segue quando se aproxima de um porto, de um rio, de um estudrio ou de uma outra via de 4gua; ou © em condigées que justifiquem o sentido definido pelas autoridades, com- petentes, apés consulta aos paises vizinhos. Convém que, em principio, o sentido siga ‘© contorno dos continentes no sentido de rotagao das agulhas de um relégio. Para evitarmos dividas quanto ao “sentido convencional de balizamento” né entrada de canais, apresentamos como exemplo 0 esquema do canal de So Srrasriio (SP) que apresenta duas entradas: a NoRTE € a sut. ENCARNADA, ENTRADA NORTE ‘TERMINAL PETROBRAS PONTA DOS CANOS: ENCARNADA, ENTRADA SUL PONTA DA SELA, E DESCRICAO DOS SINAIS CARDINAIS * Os quatro quadrantes (Norte, Sul, Leste ¢ Oeste) sao limitados pelas direcdes verdadeiras NW-NE, NE-SE, SE-SW, SW-NW, tomadas a partir do ponto de referéncia. * O ponto de referéncia indica o ponto a ser defendido ou indicado pelo sinal. * Um sinal cardinal recebe o nome do quadrante no qual ele se encontra. * Onome de um sinal cardinal indica 0 quadrante em que o navegante deve se manter; o referido quadrante tem centro no ponto de referencia. Eles podem ser usados, por exemplo: ~ Para indicar que as Aguas mais profundas esto no quadrante designado pelo sinal; — Para indicar 0 quadrante seguro em que o sinal deve ser deixado para ultrapassar um perigo; — Para chamar atencao para um ponto notavel e num canal tal como uma mu- danca de direcéo, uma juncdo, uma bifurcacao ou o fim de um baixio. 7 Stats Carpinals dongle bes verdad NW. NE, NESE SEW, SW =A, ord o par do pani de ‘Or quoroquodves (Nove, Su, an © Osi) so | ales CO pens ae retrtnci ceo pare a ta deledi ovnead pola sa Um al crsial rete © nome do guasronts nal ese enone (hed or Sil enn ind © quarto gi ment Sr tes ehh etn cone ai eaac, ts pedem se wads, por uempie: 4 Francis gun att mo plfiados eto ne aude desgnase ele a fer tices ehete spi omg © sel ve tr dened fre etna um pen fem charer enc pum para alive nm cove fl camo ve muting de raha, ue jn, wna teres, 6 em yn aa he for quan (Mor, Eo Suh ond We ove Bounded bye wv Betings NW — NE HE — Sf, -— SS. HW oer em sh ort fie ‘he pot of ern ates te pot a Be defended wold by emer 4A crsinl mort romed ae he quan Wich 8 ee ‘he nome oF © ere mer rect er # db ted the mardi of he ak Thay may be ued er sae To aca hot he deepest watt ie or on the ned eo he rk 1 Toate he stead on whch 1 pans 2 donge Tow oreien 10.0 foie in © chomel uch a 9 bens. o uncon o bison. te ad of a hel SINAL CARDINAL NORTE, ‘Neeh certnal mark Teper we back cones one above he oer pols pd Fermete per 00 chowio Spe iro er ue feuande evr ah nn te Sour che npn Ol oF OL SINAL CARDINAL LESTE at cordinal mar ‘op: dos cares pees msbre 0 ove Lae o base Tepes: tro eck eres, ere ove th othr, bone bows (cor pret ca a ft ings aon! omarela {elrBack wih 2 agie Boas horse alow br SINAL CARDINAL SUL ‘South coin mark Tepe: ot cone prt, um ate © oo, com ct vies pore blz Teper we Back cones oe above he ia: pins downers or ema ee re Colt low cbove tock Ferner! pl ov done ‘Supe: lr w wor reads Newer pontoon ods Jae Fimo MO) + Lo. 1048 4) + Lok 1 piv Qe (a) UR TOn se kA) = Us SINAL CARDINAL OBSTE, Wert serdinal mark Tope: dos cas pain um sobre 8 cute, pate @ pons Toprer: te Slack cone, one above he oer, pe pois Gt etl or re fe age cote rte Color yew wih o snl brood horse! ek band Fermete pl ov rons ‘Shape plo sear us (qonde hover Lie en ie ‘Cor tres Foti ia! Wa) 14 ou 15 Py V i 9) 1 or Gi St Perro IsoLapo, Acuas Securas, BaLizAMento Esrsciat & Novos Pericos PERIGO ISOLADO ‘olated danger Teorer: ta Hock pron abre he ober lou bk win ae of mor end Retail abo ee pean Se plo orton | died ff | tataa | wes 1 a lpabaun awe or tonsa corte ‘ene foe yen! By | FEE esos ZL re by es | Inca pigs oledn. © sol de perp lad & oqele como abe, 24 fondade uo ov sere um parigo que Inch dues Sova am edo tie velo, Qvends mina, obsia exe Ive bones com des lompeee por pain, Ineeare lalaed dnger. Anat donger mark 2 2 merk erected, ot tmecred oner shove on feted doge whlch hx evi wee leur Wan lihted the bay ash wit ght wih to Hehe ae pid ‘BALIZAMENTO ESPECIAL ‘Special buoyage op 8 howe frmsia de area Tomer onsale yellow "x" shape es crereh stow yolow Former pcan, sm confit com autos sai Shape optional. bu ra config wih nawpeona mors - % a ee | 2 2 t+ Fie a ees | suicoenee | som | SELES scm inner eet mee Geist ne Na ky are a ea | Shon qe nto the rimorlnania desinedt © sien 2 nevagecto at ut incom oe ia cu cece spac! menconasa om decumaice rovieseeproprodon Earle: bios eceanopics: snl de separa do ‘élgo, onde oo de avlnogteconencion! 8 cae! semen crt re de denen ive de erin ier) cob ou Wvlgte wrbmerna fee te oven repos ples ote rama en ee Mors no primer are 6 omit awigaion bt which deat © wes es of fate vlad 16 in appropriate docu fo asap: ‘Scean Cota Auizten Sem (SOAS) fle speroion, where waa of Sci: weeping ri tery nes ond ae onc foes, ‘AGUAS SEGURAS Safewater, Plo ov chowtaestom lope ence Shope phar plye porwr saercal rare id: @: tote i ae endo nor Pee > srs. Eee ee toe toy a BoB: oct ao a, ‘ST soa) C—O aes tie da bor Ses Ugh bor 4 3 Inde duce navegivas etre do sna cuem wt d ia de cnr, ‘nna ease so coral Ta nal pode vonbem vr wid como sera pore um corto ov lol incor ume proximexto de ara, Guerde (Gina, o be ele ut banca atca ov ae ceva eu de Hips longo code 10 eogurden ov am hyo Mare etsndo 0 lara “A" ‘ole note mars seve fo deat het thre navigable wate lund the mor tens include conve og urks ard mkcronel rons, Such © more ‘porta be aad on anctrat to erro 2 oe! axe 0 nceate © Tanall Won lied the buoy eit ste lh, naghone wih one cccaboion per pero o lg sh ear 10 send or Mare "A NOVOS PERIGOS New dangers tee "ove fariga” & indo para detaver cburugaer reciente devaberas« ade roo incades om crn» docuranosnovien Os novo aris Inver cbntures come bocce de ote, oho 0 arias eareg (2 Ste do homer lo came sae ocean. Stocked noer sara 1. Ox ronan sgn dvr ss bina de eid om ox Besnis nommos $0 [beng carcrracospecaensa grave noegoe, no mio Um dot thos una pra Solo deve se ipado por wn snl oda 12 Qisiever sna Lumina cem 0 rplnte do asian never parigos deve Hr 2 cocoa lumina de ompejsrpidon ou mut odo [2 Cuniger snl vido pore apeagto dive sr nico 20 au por om doe os opacon. |. Un neve pie pode we defend gor wm snl de ocn cdiicade “0” trasrnde un campriaria de wre mh nuts ela de Yodo ls, Oma wads ore cuticato pede tat trode qvorde ve higar vw nove pei gu ale nce seve nc exiting wlcertomente dela. The tom hw Danger snd to Seiden covered hazed at Irceted m pute documera. "New ges” inde retry ecg heron sch 0 tered Ero ros ornate erga ch ot wre Moning of New Danger 1. 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Navegar é Facil - Parte 1- Cap IX QUESTIONARIO O sinal lateral encarnado para quem entra no porto, deve ser deixado por As béias boreste de um canal emitem a noite luzes O balizamento que indica aguas seguras possui as cores, e A noite, a luz emitida pelo balizamento de canal preferencial a boreste é de cor No balizamento de uma hidrovia observou-se um sinal “X” em uma placa a margem do rio, que significa: a) seguir pelo meio do canal; b) seguir junto A margem; ©) trocar de margem; d) bifurcagao do canal. O balizamento de perigo isolado tem as cores e Qual a marca de tope de um sinal de perigo isolado? A béia lateral bombordo emite a noite uma luz Como se chama o dispositivo de resposta radar existente em determinadas béias? Um sinal cardinal norte emite a noite que luzes? (Cor e ritmo.) a) branca com 6 lampejos curtos e um longo; b) branca com 3 lampejos; ©) branca com lampejos curtos ininterruptos; d) branca com 9 lampejos. Um balizamento especial apresenta no seu tope uma bola amarela. Certo ou errado? Uma luz branca com dois lampejos seguidos de uma pausa indica um Uma luz branca com um lampejo curto seguido de um longo e uma pausa indica Uma béia encarnada com larga faixa verde indica canal preferencial a . A béia lateral Bombordo é de cor e tem como tope um. RESPOSTAS AO FINAL DA 1*, PARTE DESTE LIVRO. 103 RIPEAM - Cap 10 « Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar + Generalidades » Aplicacao *Responsabilidade » Bom Senso * Definicdes Gerais Visibilidade + Regras de Governo e Navegacao » Conducao de Embarcac6es no Visual Uma da Outra * Condugao de Embarcag6es em Visibilidade Restrita « Luzes e Marcas * Sinais Sonoros e Luminosos * Sinais para Chamar a Atengao « Sinais de Perigo »Navegacao Noturna + Uso do VHF como Complementagio de Sinais Sonoros * Questionario REGULAMENTO INTERNACIONAL PARA Evitar ABALROAMENTOS NO Mar Quando dirigimos um automével em ruas de uma cidade ou em uma estrada, precisamos saber e seguir uma série de regras e sinalizacdes a fim de evitarmos acidentes, que além dos posstveis danos materiais poderao nos custar a prépria vida ea de outros entes querides, ou nos transformar em eventuais assassinos. Embora as embarcacées sejam livres de se movimentar em qualquer direcéo e nao tenham as limitag6es de andar, como os automdveis, em faixas espectficas, existem algumas semelhancas que permitem que estabelecamos analogias entre a estrada e o mar: +0 Comandante de uma embarcacao, semelhantemente ao motorista, necessita estar alertado para a existéncia de determinadas regras; «0 Comandante de uma embarcacao, semelhantemente ao motorista, necessita ter um quase que “intuitive” conhecimento das regras basicas desde que: a melhor hora para sabé-las ¢ a pior para estudé-las 6 quando estamos na eminéncia de uma colisto; +o Comandante de uma embarcacao, semelhantemente ao motorista, necessita compreender e se conscientizar que 0 tinico propésito da existéncia das regras é evitar abalroamentos, a principal causa de acidentes no mar. * 0 Comandante de uma embarcagao, finalmente, e como 0 motorista, necessita reconhecer que 0 “bom senso” necessita sempre acompanhar a aplicacao das regras RIPEAM” | © Recutamento IvreRNacionat para Evitar ABALROAMENTOs NO Mar, também conhecido como RIPEAM, _ € o conjunto de regras que, tendo a forca de lei, prescreve como deveremos conduzir as embarcacdes na presenca de | outras, bem como, informé-las de nossas intencdes ou acdes, por sinais de apito, por luzes ou por marcas diurnas, de maneiza que possamos desenvolver manobras corretas € seguras, afastando assim o perigo do abalroamento (colisao). * 0 “RIPEAM" nascido em 1972 foi adotado em 1977 eemendado pela Organizagio Maritima Internacional em, 1981, 1987 e 1989. E conhecido internacionalmente por seu apelido “Rules of the Road” c Geraldo Luiz Miranda de Barros GENERALIDADES APLICACGAO O RIPEAM se aplica a todas as embarcagdes em mar aberto e em todas as 4guas, a este ligadas, RESPONSABILIDADE Nada contido no RIPEAM dispensaré qualquer embarcagio ou seu proprietario, seu Comandante ou sua tripulacao das conseqiténcias de qualquer negligéncia no cumprimento destas regras ou em qualquer precaucao reclamada ordinariamente pela pratica marinheira ou pelas circunstancias especiais do caso BOM SENSO Ao interpretar e cumprir as regras contidas no RIPEAM, deverao ser levados na devida conta todos os perigos 4 navegacao e de colisdo e todas as circunstancias especiais, inclusive as limitagdes das embareacdes envolvidas, os quais poderao tornar um afasta- mento destas regras necessario para evitar perigo imediato. DEFINICOES GERAIS + Emnarcacdo ~ a palavra designa qualquer engenho ou aparelho, inclusive vei- culos sem calado (hovermarines, hovercrafts, hidroflios etc.) e hidroavides, usados ou capazes de serem usados como meio de transporte sobre a agua. + Enparcacko pe Propuisio Mecanica — designa qualquer embarcacdo movi- mentada por meio de maquinas ou motores. + Emparcacéo a Veta — designa qualquer embarcagio sob propulsio exclusiva a vela. « Emparcacao ENGajapa Na Pesca ~ designa qualquer embarcacio pescando com redes, linhas, redes de arrasto ou qualquer outro equipamento de pesca que res- trinja sua manobrabilidade. « Hiproaviso ~ qualquer aeronave projetada para manobra sobre a 4gua. 106 Nawegar 6 Facil - Parte r~ Cay X « Entparcacdo sem Governo — designa uma embareacio que, por alguma circuns- tancia excepcional, se encontra incapaz de manobrar como determinado por estas Regras e, portanto, esta incapacitada de se manter fora da rota de outra embarcagao. Emparcacio com Capacipape pe Manoara Restrira — designa uma embarcacao que, devido a natureza de seus servicos, se encontra restrita em sua capacidade de manobrar como determinado por estas Regras e, portanto, esta incapacitada de se manter fora da rota de outra embarcacao. + Empacacio Resrerra Devina ao seu Catapo- designa a embarcacao de propulsao mecanica que, devido ao seu calado em relacdo 8 profundidade disponivel, esté com severas restricdes quanto a sua capacidade de se desviar do rumo que esta seguindo. « Emparcacdo em Movimento — se aplica a todas as embarcacoes que nao se encontram fundeadas, amarradas a terra ou encalhadas. « Emparcagoes No Visual ~ quando uma embarcacao pode ser observada pela outra visualmente. SAO EMBARCAGOES COM CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA. + ENGajapas Na Pesca. » ENGAJADAS EM SERVICO DE: « colocacdo, manutengao ou retiradas de sinais de navegacao; * cabos ou tubulacées submarinas; « dragagem e trabalhos submarinos; « levantamento hidrografico ou oceanografico; * reabastecimento no mar; « transferéncia no mar de pessoas, provisOes ou carga; « Iancamento ou recolhimento de aeronaves; * operagoes de varredura de minas; e + reboque # Devipo Ao CALADO EM FUNCAO DA PROFUNDIDADE DisPONIVEL. VISIBILIDADE Visibilidade é dita como Resrarms quando ela prejudicada por: *Névoa —_« TrMPEsTADe De AREIA Nevapa —« Cruyas Pesapas *Nevorro — e Outras Causas SEMELHANTES 107 Geralbo Luiz Miranda de Barros REGRAS DE GOVERNO E DE NAVEGACAO ApLicacao ~ as presentes regras se aplicam em qualquer condicao de visibilidade. vigtAncia ~ toda embarcacao deverd manter permanente e apropriada vigilincia visual e auditiva e usar adequadamente as circunstancias ¢ condigées existentes e os meios disponiveis a fim de obter inteira apreciacao da situacao e de eventuais riscos de colisoes. Vetocioave — toda embarcacdo dever navegar permanentemente a uma veloci- dade segura, 0 que significa: ter a embarcacao a possibilidade de adotar uma opgao apropriada e eficaz para evitar uma colisao, inclusive poder ser parada a uma distancia segura se necessario for. A VELOCIDADE DE SEGURANCA E FUNCA + do grau de visibilidade; + da densidade do tréfego local; + da capacidade de manobra e distancia de parada da embarcacao; +A noite, da presenca de luzes; + do estado do mar, do vento e das correntes; » da proximidade de perigos a navegacao; # do calado da embarcacao em relacao a profundidade local; « quando com radar, de suas possibilidades e limitagoes. RISCO DE COLISAO Haverd Risco pz Cousio sempre que: | = a marcacao for constante e «a distancia estiver diminuindo. [__ sr cAso DE DovIDA CoNsIDERE HAVER Riso DE CoUsho. | Nawegar é Rell Parte 1- Cap X MANOBRAS PARA EVITAR COLISAO Manobra franca e positiva, o que, normalmente, significa dizer: altere o rumo de maneira ampla. Varie a velocidade para mais ou menos de maneira sensivel. * Manobre com bastante antecedéncia. Nunca espere o ultimo momento, « Se necessério, pare suas maquinas, ou mesmo, inverta-as para cortar seu seguimento. CANAIS ESTREITOS + Procure se manter tao préximo quanto possivel e seguro da margem a seu boreste. + Embareagées de menos de 20 metros ou a vela nao devero atrapalhara passagem de outra embarcacao de maior porte e portanto com possiveis restrigoes de manobra em funcao do calado e da profundidade do local. + Embarcagoes engajadas na pesca nao deverao atrapalhar a passagem de qualquer outra embarcagao. * Cuidado para quando cruzar um canal ou via de acesso, nao | atrapalhar outras embarcacoes. * Quando for ultrapassar use o apito e espere a resposta da outra embarcacao. * Manobre com cuidado e seguranca. « Em curvas use o sinal apropriado de apito. Tenha atencdo e cuidados redobrados. |» S6 fundeie em canais estreitos se assim as circunstancias exigirem. ESQUEMAS DE SEPARACAO DE TRAFEGO. Sempre relacionados com aproximacao (entrada e saida) de portos de grande movimento. Quando existentes constam das cartas nauticas com os detalhes necessarios. 109 Geraloo Luiz Miranda de Barras SERVICO DE TRAFEGO DE NAVIO - VTS® ‘Um Servico de Trafego de Navio — (VTS) - poder ser estabelecido em portos selecionados a fim de controlar fortes congestionamentos. Normalmente o VTS providencia recomendages aos grandes navios e pode, as vezes, controlar seus movimentos. INFORMAGAO Embora os barcos de esporte e recreio nao estejam (usualmente) sujeitos as regras VTS, vocé poderd conhecer as restricbes determinadas ao movimento dos grandes navios na area em que estiver operando e planejar sua derrota de forma [_conveniente. CONDUCAO DE EMBARCACOES NO VISUAL UMA DA OUTRA ‘As regras a seguir apresentadas se aplicam a embarcacOes no visual uma da outra, ou seja, quando uma pode Vex a outra. Antes de passarmos a apresentagio das regras, devemos mostrar dois fermos que so muito utilizados para diferenciar uma embarcagao que se “encontra” com outra: « Mawosrapora ~ € aquela embarcacao que néo tem preferéncia de passagem, ou seja, € a embarcacao que tem que tomar uma acao necessdria a ficar fora do caminho da outra; © Prerereciapa ~ € aquela embarcacao que tem o direito de passagem, ou seja é aquela que em um “encontro” pode prosseguir sem necessidade de tomar nenhuma aco. REGRAS GERAIS DE PREFERENCIA (Diteito de Passagem)* Exceto para certas embarcacées especificas — tais | como, em canais restritos, ou em um esquema de separacao de trafego ou no caso de embarcagoes alcancadoras — todos os barcos podem ser “classificados” em uma espécie de | “ordem de prioridade” entre eles como podemos ver pelos quadros que se seguem. 8 VTS (Vessel Traffic Service) — estabelecido pelo RIPEAM em sua regra 10. + Qualquer embarcagdo listada sera manobradora se em relacao a uma embarcagao listada por cima de- la e sera preferenciada em relagao as embarcagbes listadas abaixo dela (ver quadro). 10 Nawegar é Beil Parte 1- Cap X EMBARCAGGES A PROPULSAO MECANICA MANTEM-SE FORA DO. CAMINHO DE EMBARCACOES: sem governo capacidade de manobra restrita engajada na pesca vela EMBARCAGOES A VELA MANTEM-SE FORA DO CAMINHO DE EMBARCAGOES: sem governo capacidade de manobra restrita | engajada na pesca YL = Se Se EMBARCACOES ENGAJADAS NA PESCA MANTEM-SE FORA DO CAMINHO DE EMBARCACOES: sem governo capacidade de manobra restrita embarcagio vocé deve 0 mais cedo possivel, tomar uma acao clara e substancial para manter-se bem afastado (manobradora) + Se vocé tem o direito de passagem sua acio inicial é manter seu rumo e sua velocidade (preferenciada). © Se parecer que a embarcacio manobradora ndo tomou, ou tomou tna acdo insuficiente para manter-se fora do seu caminho, entao voc? poderi tomar sua propria acio para | evitar ou tentar evitar uma couisio. | » Isso nao desobriga sob nenhuma circunstancia que a em- barcagéo manobradora fique fora do seu caminho. * Se vocé tem que dar o direito de passagem para outra | 11 Geraldo Luiz Miranda de Barras * SE VOCE NAO E UMA EMBARCAGAO SEM GOVERNO OU COM CAPACI | DADEDEMANOBRA RESTRITA DEVERA NAO ATRAPALHAR A PASSAGEM SEGURA DE UMA EMBARCACAO RESTRITA DEVIDO AO SEU CALADO. | CONDICOES ESPECIAIS. RODA A RODA Ambos.guinam pora BE Quando duas embarcagées a propulsio mecanica navegam em rumos que se cruzam em situagao que envolve risco de colis4o, a embarcacéo que avistar a outra por boreste deverd se manter fora do caminho dessa e, tanto quanto possivel, evitaré cruzar sua proa. ULTRAPASSAGEM UMA EMBARCACAO RESTRITA DEVIDO AO SEU CALADO DEVERA NAVEGAR COM CUIDADO REDOBRADO, LEVANDO EM CONTA SUAS_| SiTuacoes DE NAVEGACAO Barcos a Motor Duas embarcacoes se aproxi- mando em rumos diretamente opostos ‘ou quase diretamente opostos, em con- digdes que envolvem risco de coliséo, cada uma deverd guinar para boreste, de forma que a passagem se dé por bom- bordo uma da outra. Sempre que houver dtivida sobre aexisténcia de tal situagao a embarcacao em dtvida devera considera-la como existente. Quem v8 por BE ‘manodro Toda embarcacho que esteja ultrapassando outra deverd manter-se fora do caminho dessa outra. Considera-se como ultrapas- sagem toda embarcacéo que se aproxi- mar de outra vinda de uma direcao de mais de 22° para ré do través dessa altima. ‘A embarcagao P denomina-se al- cangada ea embarcacao M, alcancadora. Navegar é Facil- Parte 1- Cap X SITUACOES DE NAVEGACAO BARCOS A VELA Quando cada uma das embarcagoes tiver 0 vento soprando de bordo difer- ente, a embarcacito que recebe 0 vento por bonbordo deverd se manter fora do caminho da outra. (Obs. a regra acima pode ser dita como: se a sua embarcacdo est com retranca a BE quem manobra é vocé. Quando ambas as embarcacées tiverem o vento soprando do mesmo bordo, a embarcacio que estiver a bar- lavento deveré se manter fora do cami- nho da que estiver a sotavento. Obs.: a logica desta regra é que a sotavento o barco poderé ter 0 vento “ploqueado” o que restringiré sua ha- bilidade para manobrar. Quando uma embarcagio como vento a bombordo avistar outra em- barcacéo a barlavento e nao puder de- terminar com seguranca se a outra em- barcacao recebe 0 vento por bombordo ow por boreste ela deverd se manterfora do caminho dessa embarcacio. 113 Geraldo Luiz Miranda de Barros INFORMACAO + Barlavento - bordo de “onde vem’ o vento. + Sotavento — bordo por “onde sai’ o vento. Em barcos a vela dizemos: * Orcar ~ fazer a proa se aproximar da linha do vento. « Arribar — fazer a proa se afastar da linha do vento. + Um barco est velejando com ammuras a bombordo quando sua retranca esté para boreste e amuras a boreste quando a retranca esta para bombordo. + Navegamos @ bolina quando o vento vem pela amtura; @ um largo quando ele sopra pelo través e pela popa quando ele entra pela popa. | CONDUCAO DE EMBARCACOES EM VISIBILIDADE RESTRITA ¢ NAVEGUE COM UMA VELOCIDADE PRUDENTE. # TENHA AS MAQUINAS PRONTAS A MANOBRAR IMEDIATAMEN « REDOBRE A VIGILANCIA VISUAL/AUDITIVA. « OPERANDO RADAR CALCULE SEMPRE QUE DETECTAR OUTRA EMBARCACAO SE HA RISCO DE COLISAQ. « EM CASO DE NECESSIDADE QUEBRE O SEGUIMENTO PARANDO SUA EMBARCACAO. « NAVEGUE COM EXTREMA CAUTELA ATE QUE PASSE © PERIGO DE COLISAO. « Evie: — GUINAR PARA BB SE OUTRA EMBARCACAO ESTA NO SETOR DE ANTE- AcVANTE DO TRAVES, EXCETO SE ELA FOR A ALCANCADA EM UMA ULTRAPASSAGEM. — GUINAR EM DIRECAO A OUTRA EMBARCACAO QUE SE ENCONTRA NO SETOR DE TRAVES PARA RE, 14 i Nawegar 6 Réeil - Parte 1- Cap X SETOR DE PERIGO Apesar de néo mencionado especificamente nas | Recras pe Navecacdo porém implicito nelas, est a nocao de zona de perigo que deve ser plenamente entendida por cada navegante. Imagine um arco de cfrculo centrado no seu bar- co, desde a proa até 22°,5 por ante-a-ré do través de boreste. Qualquer barco que se aproxime do seu estard sendo visto por boreste e portanto, quase que sempre, sendo a em- barcacéo preferenciada. Peia proa través de BE / . Pela popa Existem algumas situacdes nas quais tal “direito de passagem” nao se configura (cruzamento em rios e ultra- passagem, por exemplo). Porém, assumindo que voce é a embarcacao manobradora lembre-se que vocé deverd manobrar adequadamente para se manter fora do camino da outra embarcacio. LUZES E MARCAS As presentes regras se aplicam com qualquer tempo. As regras referentes as luzes devem ser observadas do pér ao nascer do sol, nao devendo ser exibidas outras que possain originar confusao. Mesmo de dia, em caso de visibilidade restrita use as luzes indicadas nestas regras. Durante o dia e com visibilidade normal use as marcas adequadas a situagéo. 15 Geralto Luiz Miranda de Barras Luz Dr Mastro Luzes pe Borpos Luz pe ALCANCADO | | Luz branca continua, Luz verde BE~Luz Luz branca continua sobre a linha de meio encarnada BB, conti- tao préxima quanto _ navio, visvel num se- nua, visfvel em setores possfvel da popa. Vi-| tor de 225°. de 112°5 de cada _sivel num setor de bordo. 135°. Os “fardis de navegagio” siio sempre usatos OUTRAS LUZES EM BARCOS | ‘Luz DE REBOQUE Luz CircutaR ‘Luz INTERMITENTE | Luz amarelacom Luz continua visi- Luz com lampejos as caracteristicas velem umarco de em intervalos regu- dealcangado. _horizonte de 360°. _lares com pelo me- nos 20 lampejos por minuto. ei Bel | @ 0 O- ee 7 ea | Fis Fina | © intermitente | | | mareta Branco Aru Ambor | Estas luzes séo caracteristicas de situagées especificas | | conforme apresentadas a segui 16 Navegar é Bécil- Parte 1- Cap X EMBARCACOES DE PROPULSAO MECANICA EM MOVIMENTO « Luz de mastro a vante. + Luz de mastro a ré mais alta que a vante (com menos de 50) metros nao é obrigada) + Luzes de bordos « Luz de alcancado. INFERIOR A7M COM VELOC MAX. 7 NOS | OBSERVACOES Ons.: I~ Quando operando sem calado (hovermarine etc.) exibe ainda luz circular intermitente amarela. Ops.: Il - Embarcacao de propulsdo mecdnica menor de 12m poderé exibir apenas uma luz circular branea e as luzes de bordo. Oss.: III Inferior a 7m e vel cidade maxima até 7 nés poderd exibir s6 uma luz circular branca e se pos- sivel as luzes de bordos. Oss.: TV —Submarinos quando navegando, além das luzes normais devem exibir uma luz circular dmbar com trés “flashes” de t seg. cada um, seguido de trés segundos de escuridao. uy Geraldo Luiz Miranda de Barras REBOQUE E EMPURRA COMPRIMENTO DE REBOQUE INFERIOR A 200M » 2 luzes verticais de mastro a vante; * luz de alcancado; » luzes de bordo; + luz de reboque (amarela) acima da de alcancado. COMPRIMENTO DE REBOQUE SUPERIOR A 200M +3 luzes verticais de mastro a vante; * todas as outras como no comprimento de reboque inferior a 200m. Ri = ae EmBARCACAO EMPURRANDO OU REBOCANDO A CONTRABORDO » As mesmas luzes dos casos anteriores exceto a luz amarela de reboque. « Se for incapaz de se desviar do seu rumo deve também exibir as luzes de embarcacho com capacidade de manobra restrita. 118 Navegar é écil- Parte t- Cap X EMBARCAGOES SIMULTANEAMENTE REBOCANDO F. EMPURRANDO OU, REBOCANDO A. CONTRABORDO + As mesmas luzes dos casos anteriores como adequado. #Se for incapaz de se desviar do seu rumo deve também exibir as luzes de sbarcacao com capacidade de manobra restrita. * Quando o comprimento de reboque for superior a 200m, usar a marca onde melhor possa ser vista. « O resocapo durante o dia deve usar a marea sempre que possivel,independente do comprimento de reboque. A MARCA DE EMBARCAGAO COM CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA DEVE ACOMPANHAR ‘A MARCA DE REBOQUE SE A EMBARCACAO FOR INCAPAZ DE SE DESVIAR DO SEU RUMO. OBSERVACOES SOBRE REBOQUE E EMPURRA * Quando uma embarcacdo empurradora e uma empurrada estao rigidamente ligadas entre si, formando uma unidade | integrada, elas devem ser consideradas como uma s6 em- barcagao de propulsio mecinica, « Aembarcacéo ou objeto rebocado 4 noite, deve exibir luzes de bordos e de alcangado. vi + Quando uma entbarcacéo ou objeto rebocado nao puder _exibir as luzes prescritas, deve-se procurar iluminar a em- ___ barcagao ou objeto rebocado. 9 Gerallo Luiz. Mivania de Barros EMBARCACOES A VELA EM MOVIMENTO. DEVE EXIBIR “DEVE EXIBIR” + luzes de bordo e * luz de aleancado. a VELA MENOS DE 20M Embarcacao a vela com menos de 20m pode usar a lanterna combinada instalada no tope do mastro dele. Neste caso ndo mostrard as luzes de bordo. VELA E MOTOR Quando a vela ea propulsdo me- canica simultaneamente deve exibir a vante, onde melhor possa ser vista, marca em forma de cone com o vértice para baixo. 120 _ PODE EXIBIR “PODE EXIBIR” « luzes de bordo e « luzes verticais encarnada e verde de mastro; « luz de alcancado; ° nao usar a lanterna combinada neste caso. VELA MENOS DE 7M Embarcacdo a vela com menos de 7m deve, se possivel, exibir luzes de bordo e de alcancado. Caso nao possa deve ter sempre pronta uma lanterna elétrica ou uma lanterna a dleo acesa de luz branca, prontaa sermostrada em tempo para evitar uma colisao. EMBARCACAO A REMO EM MOVIMENTO Pode exibir as luzes prescritas para embarcagoes a vela, porém se nao o fizer deve ter sempre pronta lanterna ou lan- ternas a 6leo acesas exibindo luz branca. \Nuwegar € Héeil- Parte r- Cap X EMBARCACOES DE PESCA PESCA DE ARRASTAO. «2 luzes circulares dispostas em linha vertical sendo a superior verde e a inferior branca; @ Lluz branca de mastro por ante-a-ré e acima da luz verde (maior de 50m); « quando com seguimento usar luzes de bordo e de alcancado. Marcas 2-cones unidos pelo vértice; se menor de 20m poders exibir um cesto MARCAS Pesca NAO pk ARRASTAO * 2 luzes circulares dispostas em linha vertical sendo a superior encarnada ea inferior branca; » quando com seguimento usar luzes de bordo e de alcangado; se o equipamento tiver mais de 150m (horizontalmente), uma luz circular branca, na direcio do equipamento. co Marcas: + Se o comprimento do equipamento for menor de 150m: ~2 cones unidos pelo vértice; —barco menor de 20m exibir um cesto. + Quando o comprimento for maior de 150m usar como marca adicional um cone com o vértice para cima, na diregao do equipamento. PESCA NAO DE ARRASTAO MARCAS: OBSERVACAO SOBRE EMBARCAGAO DE PESCA Quando nao engajada na pesca uma embarcagio de pesca nao deve exibir as luzes e marcas previ: somente aquelas de uso das embarcaches em de acordo com seu comprimento, 1 Geralbo Luiz Miranda de Barras EMBARCACAO SEM GOVERNO OU COM CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA Sem GoveRNO Exibir 2 luzes circulares encarnadas dispostas em linha vertical. «Com seguimento usar luzes de bordo e de alcancado. Marca: 2 esferas (de dia) SEM GOVERNO ‘Com Capacipapr pe MaNnosra ResTRITA « Exibir 3 luzes circulares verticalmente; + A superior e a inferior encarnadas e a do meio branca. + Com seguimento usar luzes de bordo e de alcancado. Marca: 2 esferas separadas por 2 cones unidos pela base (de dia). CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA MARCA OBSERVACAO | Quando fundeada, alem das luzes e marcas citadas, | exibird as luzes e marcas de fundeio (@ noite ou de dia res- pectivamente). 12 Navegar é Rieil - parte 1- CapX EMBARCACAO ENGAJADA EM OPERACAO SUBMARINA OU DE DRAGAGEM COM CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA E COM EXISTENCIA DE OBSTRUCAO « Luzes de embarcacao com capacidade de manobra restrita. «2 luzes circulares encarnadas ou 2 esferas no bordo onde se encontra a obstrucao. «2 luzes circulares verdes ou marcas compostas cada uma de 2 cones unidos pela base para indicar 0 bordo pelo qual outra embarcagéo poderé pasar. + Com seguimento usar luzes de bordo e luz de alcangado. * Quando fundeada no deve exibir as luzes de fundeio. MARCAS { OBSERVACOES « Embarcages com menos de 7m nao sao obrigadas a exibir tais luzes. + Sempre que 0 porte de uma embarcacio engajada v0n operacbes submarinas tornar impraticével 0 uso das luzes e marcas, usar uma réplica da bandeira “A” colocada a altura minima de [m visivel em todos os sefores. BANDEIRA A Geraldo Luiz Miranda de Barras EMBARCACAO ENGAJADA EM OPERACOES DE VARREDURA DE MINAS + Usar as luzes previstas para embarcacao de propulstio mecanica em movi- mento e mais: + 3 luzes circulares verdes sendo uma no tope do mastro de vante eas outras nos lais da verga do mesmo mastro. Marca: de dia usar a marca de 3 esferas. Uma no tope e as outras nos lais da verga do mesmo mastro. OBSERVACAO Nenhuma embatcacao deve se aproximar a menos de 1000m da popa ou de 500m dos bordos de um varredor exibindo luzes e/ou marcas. no ou com capacidade de manobra restrita com sinais de | embarcagdes em perigo. As primeitas NAo necessitam de | aunilio. iz 124 Nawegar é Facil Parte 1- Cap X EMBARCAGAO RESTRITA DEVIDO A SEU CALADO # Deve usaras luzes de bordo, de mastro e de alcancado previstas para embarcagées em movimento. * Pode exibir trés luzes circulares encarnadas verticalmente, onde melhor possam ser vistas. Marea: um cilindro. MARCA EMBARCACOES DE PRATICAGEM. + Duas luzes circulares dispostas verticalmente sendo a superior branca ea wee rior encarnada no tope ou préximo do tope do mastro. » Se em movimento, mais as luzes de bordo e a luz de aleangado. + Quando fundeada, além das luzes de mastro, as luzes de fundeio. OBSERVAGAO Quando nao engajada em servicos de praticagem deve excluir apenas as luzes ou marcas restritas para uma embarcagio de seu comprimento. 15 Geralbo Luiz Miranda de Barras EMBARCAGAO FUNDEADA MAIOR DE SO METROS MARCA + Na parte de vante, luz circular branca. + Na parte de ré, luz circular branea (mais baixa que a de vante). # As embarcacdes menores de 50m podem exibir apenas uma luz. circular branca onde melhor possa ser vista. Marca: uma esfera (na parte de vante). OBSERVAGAO Sempre que maior de 50m iluminar conveses obrigatoriamente. EMBARCACAO ENCALHADA « Luzes de Fundeio adequadas ao seu comprimento. + Adicionalmente duas luzes circulares encarnadas verticalmente. Marca: trés esferas. OBSERVACAO As embarcagoes fundeadas menores de 7m esto de- sobrigadas de exibir luzes ou marcas desde que fundeadas fora de canais, vias de acesso e fundeadouros ou rotas nor- __malmente utilizadas por outras embarcagoes. 126 Nawegar é Fécil- Parte 1- Cap X , SINAIS SONOROS E LUMINOSOS Sinais de apito + nina P Definigdes Sinais Luminosos tn Apito curto- duragao a- | Qualquerembarcagao po- | Lampejo — duragio de cerca proximadade segundo. de suplementar os sinais de 1 segundo. Apito longo - duragao | de apito das Regras 34 (a) | Intervalo de tempo entre de 4.a 6 segundos. e 34d) com sinais lumi- #44 lampejo — cerca de 1 segundo, nosos. Intervalo de tempo entre sinais sucessivos —nao deve ser inferior a 10 segundos. EQUIPAMENTOS PARA SINAIS SONOROS + Embarcacdes com mais de 12m ~ apito e sino. + Embarcacées com mais de 50m ~ apito, sino e gongo. + Embarcacdes com menos de 12m — dispositive sonoro qualquer desde que eficaz. Sinais pe Manosra E SINAIS DE ADVERTENCIA pe os we ESTOUGUINANOO PARAGORESTE _ESTOUGUINANDO PARA BOMBORDO ESTOUDANDO ATAAS. tie | te 2apitos ongos.o + apo curto 2aplos longs o 2 apitos curios ‘apito longs, 1 cua, 1 Jango ef eurto Tencioo ultrapassé-lo por seu boeste. | Tenciono ulrapassé-ia porseu bombordo | Gancerde com sua urapassager ‘trapassagom om vm canal eatrlto ou via de aceaso, Suoites cures Siampejos curtoseripidos ‘oto tong0 IGiarids ctacorteloooda pa cornu ainda Aprorimando-se de uma curva ou de ume rea do um canal ‘ms tips coerce cue, {io via de oaes oe outa ombarases pode et Geralto Luiz Miranda de Barros Stnais SONOROS EM Visteitipave Restrira { apito longo em intervalos no superiores 22 minutos Embareago de propulatio mecca com segulmento, “ 1Lapito longo seguido de 2 apltos curtos am inter- valos nao superiores a 2 minutes. Embarcarao sem governo, resrita devido a Seu calado, a vel, fengajada na pesca, com capacidade ds manobra restita,rebo- ‘ango ou empurrande. (Em lugar dos sinals preseritoe na regra 35(a) ov 2540) 5 ae Toque de sino a vante, seguido de toque “Toques rdpidos de sino durante corca de & | de gongo a ré (ambos durante cerca do S ‘segundos, em interalos no superiores a | segundos), a intervaios minuto minuto. Emberoaggo de comprimento interior 14100 metres, tundeaga ddd do sigan Tam perme ee Se Seay Embarcarte encalnada superiores a1 Embarcacdo de comprimento igual ‘ou superior a'100 metros, funded, ong) 2 apltos longos sueessives em intervalos nto superiores a2 minutos. Embarcaghe de propulato mectnica sob méquinas, ‘mas parade sem seguirmento, ie Embareagto rebocada fir 1 apligcurto, 1longoe teurto Embarcagio {undeada, indicando sua pposigao advertindo’ uma embarca- #0 que s© aproxima quanto & possi Dilldade de uma colisao (alémn do 1 ‘que de sino ou toques de sino © my Sina) de identticagao da embarcacao engalade ‘omservica de praticagem (elém dos domeis sinais revistos). OBSERVACAO Uma embarcacao de comprimento inferior a 12m nao 6 obrigada a emitir os sinais supramencionados, mas se nao ofizer deve emitir outros sinais sonoros eficazes, a intervalos nao superiores a 2 minutos. 128 Nawegar 6 Bicil- Parte 1 - Cap X SINAL DE ADVERTENCIA Sempre que vocé discordar ou nao entender a intengao da outra embarcacao faca soar um sinal de pelo menos 5 (cin- co) apitos curtos. Vocé tam- bém podera usar este sinal para aler- tara outra embarcacao que vocé considera que as acées dela so perigosas, como por exemplo, ela estar dando atras em direcao a um perigo. | Ouca o sinal resposta da outra embarcacdo e, se necessério, reenvie sua réplica. Enquanto isso tome as pre- caucées necessArias para evitar colisées. Em muitos casos 0 bom senso determina que voce diminua a velocidade ou pare sua embarcagao até que a situacdo fique definitivamente clara. SINAIS PARA CHAMAR A ATENCAO Caso seja necessario atrair a atencdo de outra embarcacao, qualquer embarcacao pode emitir sinais sonoros ou luminosos que nao possam ser confundidos com qualquer outro sinal autorizado nestas Regras, ou pode dirigir 0 facho de seu holofote sobre a diregao do perigo, de tal maneira que nao perturbe qualquer embarcacao. SINAIS DE PERIGO Quando uma embarcagao se encontra em perigo e necessita de auxilio, devera usar ou exibir os sivais DE Perico apresentados no anexo 1. 129 o Geraldo Luiz Miranda de Barros NA VEGAGAO NOTURNA Se voc pretender navegar a noite é fundamental que tenha suas luzes e meios de produzir sinais sonoros em perfeita ordem. USO DO VHF COMO COMPLEMENTACAO DE SINAIS SONOROS O ripeam nao menciona a possibilidade de usarmos 0 vur em lugar de sinais de apito. Entretanto, vocé pode usar o radio para combinar com a outra embarcagao as intencdes de movimento de ambas. Na maioria dos casos 0 emprego dos sinais sonoros acompanhados de um entendimento vue talvez seja a melhor maneira para efetuarmos uma movimentagao plenamente segura. IMPORTANTE Comhecer as REGRAS PARA EVITAR ABALROAMENTOS NO MAR | 6 fundamental para quem quer navegar. | Seu perfeito conhecimento e entendimento evitaré | manobras erradas e portanto, minimizaré as possibilidades | de um acidente. EEE QUESTIONARIO 1. Qual a finalidade principal do RIPEAM? 2. O RIPEAM s6 se aplica 4s embarcag6es em mar aberto. Certo ou errado? 3. Quando conscientemente contrariamos o RIPEAM, podemos estar aplicando a regra do 1230 Nawegar é Féeil - Parte 1 - Cap X 4. Um superpetroleiro quando navegando em um canal é considerado como que tipo de embarcacao? ‘Uma visibilidade ¢ considerada restrita quando ela é prejudicada por chuvas torren- ciais. Certo ou errado? on 6. Com mar agitado, fortes ventos e correntes, devemos aumentar ou reduzir a velo- cidade? Quando temos um objeto cada vez mais perto e com uma marcacio praticamente constante, dizemos que temos presente um de 8. Devemos sempre navegar junto a margem de bombordo quando emum canal. Certo ou errado? Justifique. 9. Quando uma embarcacao tem 0 direito de passagem ela é chamada de embarca- cao. 10. Uma embarcacao que nao tem o direito de passagem é a embarcacao 11. Se tivermos que atravessar uma zona de separaco de trafego, como isso devera ser feito? 12. Quais os seguintes barcos tém 0 direito de passagem? A- motor (3 nds) Sy Geraldo Luiz Miranda de Barres 13. Um barco entrando em um canal deve se manter tanto quanto possivel a 14. Duas embarcagées se aproximando em rumos diretamente opostos, ambas de- vem para 15, Quando uma embarcacao avistar a outra, por bombordo, ela tem o direito de pas- sagem ou nao? O que ela 6? 16. A embarcacdo A est ultrapassando a embarcacao B ela é portanto a embarca- cao. 17. Quando temos duas embarcages a vela quem deve manobrar? 18. Quando temos uma visibilidade restrita, qual a primeira providéncia a se tomar em uma embarcacao a motor? 19. O setor de perigo em uma embarcacio esta a dela. 20. Faca a seguinte associacao de idéias: .. Perigo isolado a. luz de bordo esfera preta b. policia naval . luz verde c. luz amarela . 2 luzes verticais brancas d. 9 lampejos brancos . rebocador e. navio fundeado sem governo f. reboque inferior a 200m . bandeira A g. lanterna . boia h. mergulhador Tuz azul i. 2esferas pretas embarcacao a remo j. 2 lampejos brancos 21. Mesmo as embarcagées mitidas (menores de 5m) devem ter luzes de bordo. Certo ou errado? 22. Que marca diurna uma embarcacao restrita, devido ao seu calado, deve exibir de dia? E a noite qual as luzes correspondentes a tal marca? 23, Uma embarcacéo menor de 50m quando fundeada deve apresentar que tipo de luz de fundeio? Aonde? 132 Nowegar é Bicil - Parte r- Cap X 24. Um apito curto significé 25. Trés apitos curtos significa: Entrada a 26. Na figura mostrada o barco A estd entrando em um rio em aguas do SURINAM. O, que estd errado com sua posicao? 27. Vocé esté manobrando em local no qual existem outras embarcag6es. uma delas faz soar mais de 5 vezes um apito curto. O que isso significa? 28. Vocé avista por boreste luzes de navegacdo de uma embarcacao ¢ também lampejos (flashes) ambar. O que isso significa? Quem é a embarcacao manobradora? 29, Uma embarcagao encalhou ao pér do sol. O que ela deve exibir para oferecer tal informacao? 30. Que equipamentos para sinais sonoros, uma embarcagdo de 72m de comprimento tem que ter? 133 , NavecacAo Em Acuas INTERIORES - Cap II * O que sao as Aguas interiores ? * Regras especiais de manobra e velocidade nas 4guas interiores brasileiras. © Regras especiais para luzes e marcas nas aguas interiores, brasileiras. © Regras especiais para balizamento fluvial e lacustre. * Questionario NAVEGACAO EM AGUAS INTERIORES O QUE SAO “AGUAS INTERIORES”? © Brasil considera “Aguas interiores” as vias navegaveis interiores em que ambas as margens, ou seus limites estao em territ6rio nacional. Assim rios, canais, lagos e lagoas sao “Aguas interiores”. As ‘Aguas interiores” ficam subordinadas a regras especiais complementares ao RIPEAM (ver cap. 10 deste livro) aprovadas pelo Diretor de Portos e Costas do Ministério da Marinha e estao contidas nas NORMAS e PROCEDIMENTOS para a NAVEGAGAO INTERIOR e valem também em Aguas internacionais da hidrovia Parané-Paraguai ®. REGRAS ESPECIAIS DE MANOBRA E VELOCIDADE NAS AGUAS INTERIORES BRASILEIRAS As principais regras de manobra e velocidade estabelecidas especialmente para as Aguas interiores brasileiras sao +Nas aguas interiores brasileiras, a embarcacao restrita devido ao seu comprimento e boca (isto é, a embarcacao de propulsao mecanica que, devido as dimensoes em relagéo as profundidades ou area de manobra disponivel, esta com severas restric6es para se desviar do ramo que est seguindo) deve ser considerada como embarcacao com capacidade de manobra restrita, tendo a precedéncia estabelecida no RIPEAM para este tipo de embarcacao. + As embarcacées transportando, rebocando ou empurrando carga explosiva inflamdvel também deverao ser consideradas como embarcagées com capacidade de manobra restrita, adquirindo a precedéncia estabelecida no RIPEAM para este tipo de embarcacio. + Toda embarcagao deverd navegar com velocidade apropriada sempre que cruzar com embarcagdes pequenas e embarcacées empurrando ou rebocando, que devem % Verao final do capitulo 10 a apresentagao do balizamento do canal Tiet®-Parand Geraldo Luiz Miranda de Barras ser protegidas contra avarias causadas pela aco de maretas ou bazeiros (ondas provocadas pelo deslocamento de uma embarcacao). * Toda embarcagdo deverd navegar com velocidade apropriada sempre que se aproximar de qualquer embarcacdo amarrada a trapiche, cais ou barranco, de modo a evitar a formacao de maretas ou bazeiros, que podem provocar avarias nas referidas embarcacoes. + Uma embarcacao nao devera cruzar ou ultrapassar outra sob vos de pontes, a menos que o canal ofereca uma largura incontestavel para a passagem simultanea. + As embarcac6es, A aproximacao da passagem de pontes méveis, obedecerao as ordens eventualmente dadas pela administragao da ponte. * As embarcac6es, a aproximagio de eclusas, obedecerao As normas vigentes e as ordens dadas pela administracao da eclusa. + Uma embarcagao que estiver navegando ao longo de um canal estreito ou uma via de acesso deverd se manter tao préxima seja possivel e seguro do limite lateral desse canal, ou via de acesso, que estiver a seu boreste. + Uma embarcacao com propuls4o mecanica navegando em rios ou canais com a corrente a favor teré preferéncia de passagem quando cruzar com uma embareagao navegando contra a corrente. A embarcacdo com preferéncia indicard a maneira e © local da passagem e efetuatd os sinais de manobra prescritos no RIPEAM. A embarcacao que estiver navegando contra a corrente se manterA parada, para possibilitar uma ultrapassagem segura. + Nas Aguas interiores brasileiras, as Regras para Conducio de Embarcacdes em Visibilidade Restrita aplicam-se quando navegando dentro ou proximo de uma rea onde a visibilidade., embora restrita, é, ainda, superior a 1000 metros. Quando a visibilidade for inferior a 1000 metros e as circunstancias e caracteristicas fisicas do rio, ou outra via navegavel, determinarem, as embarcac6es nao prosseguirao navegando, devendo fundear ou atracar, se possivel o mais afastado do canal de navegacio. REGRAS ESPECIAIS PARA LUZES E MARCAS NAS AGUAS INTERIORES BRASILEIRAS Sao as seguintes as principais regras referentes as luzes e marcas, especiais para as Aguas interiores brasileiras : a. Toda embarcago rebocando jangada de toras de madeira, dracones (depésito 136 Navegar é Facil - Parte 1- Gap XI de plastico ou borracha destinados ao transporte de cargas Iiquidas) ou qualquer outra carga semi-submersa exibiré as mesmas luzes previstas no RIPEAM para reboque. Se o comprimento do reboque for superior a 200 metros, além das luzes prescritas exibiré, também, a marca diuma correspondente. b. As embarcacées rebocadas por uma mesma embarcacao, por cabos de reboque separados e nao estando amarrados entre si, exibirao as mesmas luzes que exibiriam pelo RIPEAM, caso estivessem sendo rebocadas iscladamente. c. As embarcagées rebocadas em conjunto, amarradas entre si + quando estiverem dispostas em apenas uma coluna, exibirao as luzes de bordos. A tiltima embareagao da coluna exibiré também a luz de alcancado. squando estiverem dispostas em mais de uma coluna, as embarcag6es situadas na coluna boreste exibirao luz verde a boreste ¢ as embarcacdes da coluna mais a bombordo exibirao luz encarnada a bombordo. A embarcagao mais de ré de cada coluna também a luz de alcancado. d. Uma embarcagéo ou um objeto parcialmente submerso, dificil de ser avistado, ou uma combinacdo de tais embareac6es e objetos sendo rebocados devem exibir * se com menos de 25 metros de boca, uma luz circular branca sobre ou préxima da extremidade de vante e uma outra luz circular branca sobre ou préxima da extremidade de ré, exceto para os "dracones”, que esto dispensados de exibir a luz sobre ou proxima da extremidade de vante; *se com 25 metros ou mais de boca, duas Iuzes circulares brancas adicionais, colocadas nas bordas ou em suas proximidades; + quando 0 comprimento das embarcagées ou objetos parcialmente submersos rebocados for superior a 100 metros, deverao exibir luzes circulares brancas adicionais, entre as luzes prescritas nos itens acima, de modo que a distancia entre as luzes nao exceda a 100 metros; * no periodo diurno, uma marca em forma de losango preto, na extremidade de ré ou préxima da extremidade de ré da ultima embarcagao ou objeto sendo rebocado; se o comprimento do reboque exceder a 200 metros, uma marca adicional em forma de losango preto, onde melhor possa ser vista, 0 mais avante possivel; + quando se aproximar uma embarcagio, o rebocador poder direcionar um feixe de luz para 0 reboque, indicando sua presenca. 137 Gerallo Luiz Miranda de Barres e. Quando, por uma raz4o justificada, for impraticdvel a uma embarcacdo ou objeto rebocado exibir as luzes ou marcas acima prescritas ou as determinadas pelo RIPEAM, devem ser tomadas todas as medidas possiveis para iluminar a embarcacao ou 0 objeto rebocado, ou, de alguma forma indicar a sua presenca. f. Uma émbarcacao de propulsao mecanica empurrando ou rebocando a contrabordo, exceto no caso de uma unidade integrada, deve exibir (além das luzes de mastro indicativas de reboque e das luzes de bordos) duas luzes de reboque amarelas na popa, posicionadas na mesma linha vertical. g, Qualquer niimero de embarcagées rebocadas a contrabordo, ou empurradas em um 86 grupo, deverd exibir as luzes como uma unica embarcacao. h. Quando o comprimente total do conjunto empurrador-embarca¢ées empurradas adiante for superior a 200 metros, ser exibida uma luz intermitente especial no setor de proa da embarcacao empurrada mais de vante (com os lampejos amarelos em intervalos regulares, de freqiténcia entre 50 e 70 lampejos por minuto), além das luzes de bordos. i. Quando, por uma razao justificada, for impraticavel a uma embarcacao que normalmente nao efetua operacées de reboque exibir as luzes prescritas, tal embarcagao ndo sera obrigada a faz6-lo quando rebocando uma outra embarcacao em perigo ou necessitando de socorro. Entretanto, todas as medidas possiveis devem ser tomadas para chamar a atencao para a situacdo, especialmente para a natureza de ligacao entre a embarcacdo que da reboque e a embarcacao rebocada, em particular iluminando-se 0 cabo de reboque. j. As embarcacées engajadas na pesca com rede de cerco (traineiras) podem exibir duas luzes amarelas, em linha vertical, onde melhor possam ser vistas. Estas luzes devem lampejar alternadamente a cada segundo e com periodos iguais de lampejo e ocultacao. Estas luzes somente podem ser exibidas quando a embarcacao estiver tolhida por seu aparelho de pesca. 1. As luzes de navegacio e marcas poderao ser rebatidas, quando a embarcacao necessite passar embaixo de uma ponte ou em uma eclusa, sendo que, para mastros maiores que o gabatito das pontes e ecluisas, deve ser previstaa utilizagio de sistema de mastro rebativel (normal ou eletromecanico), m. As barcacas ou chatas que se encontrem atracadas ou fundeadas nas proximidades da costa ou margem, em uma das seguintes situagoes : * reduzindo a largura disponivel de qualquer canal com menos de 80 metros; + barcacas atracadas a contrabordo, com uma largura total superior a de duas 138 Nawegar é Fécil - Parte 1~ embareagées ou com a largura maxima maior que 25 metros; * barcaca ndo atracada em sentido paralelo 8 costa ou margem Devem exibir duas luzes circulares brancas, vistveis a pelo menos uma milha e dispostas como se segue : * se existir somente uma barcaga atracada, as luzes serao obrigatoriamente instaladas nas extremidades mais afastadas da costa ou margem; * nas barcacas atracadas em grupo, as Iuzes serao colocadas nas extremidades do conjunto que estiverem a montante e a jusante, nas posigdes mais afastadas da costa ou margem. REGRAS ESPECIAIS PARA O BALIZAMENTO FLUVIAL E LACUSTRE No balizamento das hidrovias interiores, sempre que as caracteristicas se assemelharem as do ambiente maritimo, seja pela retitude do curso, ou pela distancia entre as margens, devem ser utilizados os sinais previstos para o balizamento maritimo, considerando-se como “direc4o convencional do balizamento”o sentido de jusante para montante (isto é, subindo o rio). Quando as caracteristicas da hidrovia impedirem a utilizagao dos sinais previstos para o balizamento maritimo ( pelo estreitamento do curso pela sua sinuosidade ou por qualquer outra raza), devem ser usados os sinais fixos adiante descritos, destinados a indicar aos navegantes os perigos a navegacao e as acdes a empreender para manter-se no canal. Na sinalizagio fluvial que se segue, entende-se por margem esquerda a margem situada do lado esquerdo de quem desce 0 rio, navegando de montante para jusante A margem direita, portanto, é a margem situada do lado direito de quem desce o rio. 1239 Geraldo Luiz Miranda de Barras SINAIS PARA MANTER-SE NO CANAL Os sinais indicam ao navegante o que ele deve fazer para manter-se no canal navegavel : Simbolo : RETANGULO (quadrado) Significado : canal junto a margem, até 0 préximo sinal. | Cores : verde- margem direita | encarnado - margem esquerda : ~—) Simbolo : “x” Significado : mudanga de margem (canal cruzando paraa outramargem, | na direcdo do proximo sinal) Cores : verde - margem direita encarnado - margem esquerda | | Simbolo : “H" | Significado : canal a meio do rio até © préximo sinal Cores : verde - margem direita encarnado - margem esquerda | Obs : Sinais confeccionados com material retrofletivo sobre painel branco. CONVENCAO PARA USO DAS CORES VERDE E ENCARNADA Os sinais visuais cegos fixos quando situados na margem esquerda (sendo, portanto, deixados a boreste de quem sobe 0 rio) devem ter os seus simbolos con- | feccionados com material retrofletivo de cor encarna- da. Quando situados na margem direita (sendo, por- tanto, deixados por bombordo de quem sobe o rio), devem ter 0s seus simbolos confeccionados com mate- tial retrofletivo de cor verde. (continua) 140 Nawegar 6 Récil - Parte 1 - Cap XT CONTINUAGAO O material retrofletivo, do tipo empregado em sinali- zagao rodovidria, permite que o balizamento cego seja também utilizado & noite, através do uso de holofote pelos navios que trafegam na hidrovia***°, Caso uma travessia mais dificil ou um trecho do rio realmente critico 4 navegacao exijam sinais luminosos, os sinais da margem esquerda exibirao luz encarnada, enquanto que os da margem direita exibirao luz verde. PERIGO ISOLADO E BIFURCACAO DE CANAL PERIGO ISOLADO BIFURCACAO DECANAL | c Simbolo : “+” Simbolo : “y” Significado : perigoiso- | Significado : bifurcagao lado de canal Cor : branca sobre pai- | Cor : amarela sobre pai- nel pretocircularsempre | nel preto 2 painéis na vertical (Obs : Sinais confeccionados com material retrofletivo sobre painel branco. “18 Os trés primeiros sinais(O, X, H) so colocados junto @ margem navegavel e os dois diltimos (perigo isolado e bifurcagao) nos locais adequados. © Os simbolos sao pintados nas placas das balizas com material refletor (tinta ow fita adesiva) do tipo usado em sinalizagao rodovidria para permitir também a identificacao noturna, através do uso de holofote (9) As balizas possuem também placas de quilometragem que constituem um importante auxilio a0 posicionamento ¢ a navegacao. Os ntimeros indicativos dos quilémetros sao pintados com material refletor. 141 Geraldo Luiz Mirani de Barras. PONTES Usados nos pilares das pontes aan | Retangulo MONTANTE Triangulo verde sobre encarnado placa branca | sobre placa branca Subindo o | Descendo o He | | tio | JUSANTE | is a, aT J IMPORTANTE Conyém chamarmos a atencao que a navegacao em aguas interiores é sempre uma navegacao pratica, ou seja, 0 balizamento, por vezes inexistente é substituido por um bom conhecimento do local, tomando-se como teferéncias objetos dos mais diversos. Exemplos : caixas de agua, arvores, casas, igrejas, construcdes diversas. A Diretoria de Hidrografia e Navegagao vem padronizando a sinalizagao nas Aguas interiores brasileiras entretanto, diversos locais menos conhecidos apresentam sinalizagéo em desacordo com a padronizagao, portanto procure se informar sempre antes de navegar em tais locais. QUESTIONARIO 1) A lagoa dos Patos, o Iago de uma représa, a baia de Todos os Santos e o rio Negro sdo “aguas interiores”? 2) Uma embarcacao de pequeno calado porém transportando carga perigosa (explosiva) deve ser considerada com alguma precedéncia na navegacao em Aguas interiores ? Qual ? 12 Nawegar é Facil - Parte 1 ~ Cap XT 3) Por que devemos reduzir a velocidade quando na navegacao interior nos aproxima- mos de embarcacOes amarradas a trapiches, cais ou barranco ? 4) Navegando em rio ou canal devemos nos manter sempre que possfvel junto a que limite lateral ? 5) Como devemos manobrar quando navegando em um rio ¢ avistamos um sinal com a letra X? E sea letra for H? 6) Ao entrar em um porto fluvial, qual a cor da baliza ou farolete que devemos deixar por nosso bombordo ? 7) Na navegacao em guas interiores o que nos indica que as 4guas sao seguras ? 8) Quando navegando em um rio qualquer vemos os sinais verdes de balizamento a nosso bombordo estamos indo em que direcao ? 9) Em um rio os pontos de maior profundidade ficam no___ _ dotio. 10) As ___________ ou ______ so funcao da velocidade de uma embarcacao. 11) Duas cruzes brancas superpostas sob fundo preto na navegagao em aguas interio - res indica o que? 12)Dois auxilios eletrénicos @ navegacio sao de grande ajuda na navegacao em aguas interiores. Quais sao eles ? 13) Que sinalizagao uma embarcacdo de porte razoavel deve fazer ao aproximar-se de uma curva no rio, quer de dia, quer de noite ? 14) Ao avistarmos uma baliza mostrando por nosso boreste um triangulo encarnado estamos subindo ou descendo 0 rio ? 15) Na navegacdo em Aguas interiores A noite um sinal luminoso mostrando 2 lampejos brancos indica o que ? ResPostas AO FINAL DA 1*, PARTE DESTE Livro. | 143, O gue £ o R-LESTA - Cap 12 © O Que é 0 R-LESTA * Artigos Mais Importantes Para o Amador Nautico © Questionario O Quz £ o R-LESTA ? Em 11 de dezembro de 1997 foi promulgada a lei n° 9537 que “dispée sobre a Seguranca do Tréfego Aquaviario em Aguas sob jurisdicdo nacional e da outras providéncias.” Pelo Decreto n® 2596 de 18 de maio de 1998 a LESTA foi regulamentada pelo REGULAMENTO DE SEGURANCA DO TRAFEGO AQUAVIARIO EM AGUAS SOB JURISDIGAO NACIONAL revogando a partir de 9 de junho de 1998 o RTM (Regulamento do Tréfego Maritimo). Este novo regulamento passou a ser conhecido como R-LESTA. O propésito deste capitulo é, pois, apresentar aos leitores do “Navegar ¢ Facil’os artigos do R-LESTA e, eventualmente observacées, a eles relacionadas. Cap. 1- Do Pessoal Art. 1° - Os aquavidrios constituem os seguintes grupos : I- 1° Grupo - Marftimos : tripulantes que operam embarcac6es classificadas para a navegacao em maraberto, apoio portudrio e para a navegacao interior nos canais, lagoas, bafas, angras, enseadas e areas maritimas consideradas abrigadas; I- 2° Grupo - Fluvidrios : tripulantes que operam embarcacées classificadas para a navegacao interior nos lagos, rios e de apoio portuario fluvial; Ul- 3° Grupo - Pescadores : tripulantes que exercem atividades a bordo de embarcac6es de pesca; IV- 4°Grupo-Mergulhadores : tripulantes ou profissionais nao-tripulantes com habitacao certificada pela Autoridade Maritima para exercer atribuiges diretamentente ligadas 4 operacdo da embarcacao e prestar servicos eventuais a bordo ligados as alividades subaquaticas; V- 5° Grupo - Préticos : aquavidrios nao-tripulantes que prestam servicos de praticagem embarcado; VI- 6° Grupo - Agentes de Manobra e Docagem : aquavidrios nao-tripulantes que manobram navios nas fainas em diques, estaleiros e carreiras. Pardgrafo Unico - Os grupos de aquaviarios so constituidos pelas categorias constantes do Anexo I a este Regulamento (nao apresentado). © Para aqueles que desejarem maiores informagdes sobre a LESTA recomendamos 0 livro “Comentarios & Lei de Seguranca do Trafego Aquavidrio” de autoria de Pedro Duarte Neto. Geraloo Luiz Miranda de Barras Art. 2°- Os amadores constituem um tinico grupo com as categorias constantes do item 2 do Anexo 1a este Regulamento. (nao apresentado) Cap. II - Da Navegacao e Embarcacoes Art. 3°- A navegacao, para efeito deste Regulamento, é classificada como : I- mar aberto : a realizada em Aguas maritimas consideradas desabrigadas, podendo ser de : a) longo curso : a realizada entre portos brasileiros e estrangeiros; b) cabotagem : a realizada entre portos ou pontos do territério brasileiro, utilizando a via maritima ou esta e as vias navegaveis interiores; ©) apoio maritimo : a realizada para apoio logistico a embarcagGes e instalacdes em aguas territoriais nacionais e na Zona Econdémica Exclusiva, que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de minerais e hidrocarbonetos; Il- interior : a realizada em hidrovias interiores, assim considerados rios, lagos, canias, lagoas, baias, angras, enseadas e areas maritimas consideradas abrigadas. Paragrafo Unico - a navegacao realizada exclusivamente nos portos e terminais aquavidrios para atendimento de embarcacdes e instalagées portudrias é classificada como de apoio portuério. RESUMINDO O ART. 3°DO R-LESTA | Navegacao de : longo curso mar aberto<— cabotagem ‘apoio maritimo interior - Aguas interiores em geral apoio portudrio - portos e terminais aquavidrios Art. 4°- Caberd a Autoridade Maritima estabelecer os requisitos para homologacao de Estagoes de Manutengao de Equipamentos de Salvatagem. Axt. 5°- A Autoridade Maritima poderd delegar competéncia para entidades especializadas, publicas ou privadas, para aprovar processos, emitir documentos, realizar vistorias e atuar em nome do Governo brasileiro em assuntos relativos seguranca da navegacio, salvaguarda da vida humana e prevencao da poluicdo ambiental. 146 Nawegay é Facil - Parte 1~ Cap Xi COMENTARIO A Autoridade Maritima brasileira (Ministro da Marinha)* através de delegagao de competéncia determinou ao Diretor de Portos e Costas que : I- elaborasse normas para : habilitacdo e cadastro dos aquavidrios e amadores. tréfego e permanéncia das embarcagées nas aguas sob jurisdicao nacional, bem como sua entrada e saida de portos, atracadouros, fundeadouros e marinas. realizagao de inspegoes navais e vistorias. arqueacdo, determinacdo de borda livre, lotacao, identificagdo e classificacao das embarcagées. inscrigao das embarcacoes ¢ fiscalizagao do Registro da propriedade maritima. registro e certificacao de helipontos das embarcagoes e plataformas com vistas a homologacio por parte do rgao competente. execucao de obras, dragagens, pesquisa e lavra de minerais sob, sobre e as margens das 4guas sob jurisdicéo nacional, no que concerne ao ordenamento do espaco aquavidrio e A seguranga da navegacao, sem prejuizo das obrigacdes frente aos demais érgaos competentes. cadastramento e funcionamento das marinas, clubes ¢ entidades desportivas natiticas, no que diz respeito A salvaguarda da vida humana e A seguranca da navegacao no mar aberto e em hidrovias interiores. aplicagao de penalidades pelos Comandantes. Il- regulamentasse o servico de praticagem. IL- determinasse a tripulacao de seguranca das embarcacoes. IV- determinasse os equipamentos e acess6rios para uso a bordo de embarcacGes e plata- formas maritimas. (continua) * Atualmente Comandante da Marinha como Advento do Ministério da Defesa; Portaria Ministerial n° 67/98. Geralto Luiz Miranda de Barros CONTINUAGAO. V- estabelecesse a dotacdo minima de equipamen- tos ¢ acess6rios de seguranca para embarca- des e plataformas. VI- estabelecesse os limites da navegacio interior. VII- estabelecesse os requisitos referentes as con- dicdes de seguranca e habitabilidade e para a prevencio da poluicao por parte de embar- cagoes, plataformas ou suas instalacdes de apoio. VIII - definisse Areas maritimas e interiores para constituir refiigios provis6rias, onde as em- barcac6es possam fundear ou vasar, para execugio de reparos. IX- executasse vistorias, diretamente ou por inter- médio de delegacao a entidades especializadas. | Quanto ao estabelecimento e funcionamento de sinais e auxilios A navegacao, permanece como atribuicao da Di- retoria de Hidrografia e Navegacao. AINSPECAO NAVAL fica na competéncia dos Coman- dantes de Distritos e/ou Areas Navais que para tanto em- pregardo os meios subordinados e, complementarmente, qualquer outro meio da Armada. Convém mencionar ainda que os Comandantes de Distritos e/ou Areas Navais pode- rao de acordo com o disposto no Art. 6° da LESTA, subdelegar aos municipios a fiscalizagao do tréfego de em- barcac6es que ponham em risco a integridade fisica de qual- quer pessoa nas areas adjacentes as praias, quer sejam mari- timas, fluviais ou lacustres. Cap. III - Do Servico de Praticagem Art. 6° - A aplicagéo do previsto no inciso II do § tnico do art. 14 da LESTA, observaré 0 seguinte : I- _ Oservico de praticagem é constituido de pratico, lancha de pratico e atalaia; ie I- - 148 Navegar é Facil - Parte 1 - Cap XI Cap. IV - Das Infragées e Penalidades Secao I - Das Disposicées Gerais Art. 7° - Constitui infragdo as regras do trafego aquavidrio a inobservancia de qualquer preceito deste Regulamento, de normas complementares emitidas pela Au- toridade Maritima e de ato ou resolugao internacional ratificado pelo Brasil, sendo 0 infrator sujeito As penalidades indicadas em cada artigo. § 1°- E da competéncia do representante da Autoridade Maritima a prerrogativa de estabeler o valor da multa e 0 perfodo de suspensao do Certificado de Habilitacao, respeitados os limites estipulados neste Regulamento. § 2°- As infragées, para efeito de multa, esto classificadas em grupos, sendo seus valores estabelecidos pelo Anexo Il a este Regulamento (nao apresentado). § 3° - Para efeito deste Regulamento o autor material da infracao poderé ser : 1-0 tripulante; II- 0 proprietdrio, armador ou preposto da embarcacao; III- a pessoa fisica ou juridica que construir ou alterar as caracteristicas da embarcacao; IV - 0 construtor ou proprietério de obra sob, sobre ou as margens das Aguas; . V - 0 pesquisador, explorados ou proprietdrio de jazida mineral sob, sobre ou as margens das aguas; VI- 0 pratico; VII - 0 agente de manobra e docagem. Art. 8 - A penalidade de suspensao do Certificado de Habilitacao estabelecida para as infrac6es previstas neste Capitulo somente poderd ser aplicada ao aquaviario ou amador embarcados e ao pratico. Art. 9°- A infracdo e seu autor material serao constatados : a) no momento em que for praticada a infracao; b) mediante apuracao; c) mediante inquérito administrativo. Art. 10 - A reincidéncia, para efeito de gradacao das penalidades deste Regulamento, é a repetigao da pratica da mesma infracdo em um perfodo igual ou inferior a doze meses. Paragrafo Unico - A reincidéncia implicara, em caso de pena de multa ou suspensao do Certificado de Habilitacdo, se 0 préprio artigo que a impuser, nao estabelecer outro procedimento, na multiplicacéo da penalidade por dois, trés e assim sucessivamente, conforme as repetigGes na prética da infracdo. 149 Geralvo Litiz Miranda de Barres Segao II - Das Infragées imputaveis aos Autores Materia’ e das Penalidades” Art. 11 - Conduzir embarcacao ou contratar tripulante sem habilitacao para operé-la. Art. 12 - Infracoes relativas 4 documentagao de habilitacao ou ao controle de satide : I: I- nao possuir a documentacao relativa a habilitagao ou ao controle de satide; nao portar a documentacao relativa a habilitacdo ou ao controle de satide; IlI- portar a documentacao relativa a habilitacdo ou ao controle de satide desatualizada. Art. 13 - Infrac6es relativas ao Cartao de ‘Iripulacdo de Seguranga : I- - nao possuir 0 Cartao de Tripulacdo de Seguranca; nao portar o Cartao de ‘Tripulacao de Seguranca; III- nao dispor a bordo de todos os tripulantes exigidos conforme o Cartao de Tripulagao de Seguranca. Art. 14 - Infracoes relativas ao Rol de Equipagem ou Rol Portuario : {- I- no possuir o Rol de Equipagem ou Rol Portuario; possuir Rol de Equipagem ou Rol Portuario em desacordo com 0 Cartao de Tripulacao de Seguranga; IIl- nao portar o Rol de Equipagem ou Rol Portuario. . 15 - Infragées relativas dotagao de itens e equipamentos de bordo: apresentar-se sem a dotagao regulamentar; apresentar-se com a dotacao incompleta; apresentar-se com o ftem ou equipamento da dotacao inoperante, em mal- estado ou com prazo de validade vencido. Art. 16 - Infrac6es relativas ao registro e inscricdo das embarcac6es : ia I- deixar de inscrever ou de registrar a embarcacio; nao portar 0 documento de registro ou de inscricdo da embarcagao. Art. 17 - InfragGes relativas a identificagao visual da embarcagao e demais marcagées no casco : I- Tl- M- efetuar as marcas de borda livre em desacordo com as especificagses do respectivo certificado; deixar de marcar no casco as marcas de borda livre; deixar de marcar no casco 0 nome da embarcagao ¢ 0 porto de inscricao; IV- deixar de efetuar outras marcacoes previstas. 150 as penalidades sdo estabelecidas em funcao do grupo ao qual as infracdes estao relacionadas. (seco 11) = Navegar é Facil - Parte 1 ~ Cap XIT Art. 18 - Infracées relativas as caracteristicas das embarcacées : I- efetuar alteracdes ou modificacées nas caracteristicas da embarcagdo em desacordo com as normas; Il- operar helipontos em desacordo com as normas. Art. 19 - Infracoes relativas aos certificados e documentos equivalentes, pettinentes 4 embarcacdo : I- nao possuir qualquer certificado ou documento equivalente exigido; II- nao portar os certificados ou documentos equivalentes exigidos; IlI- certificados ou documentos equivalentes exigidos com prazo de validade vencido. Art. 20 - Infracées relativas aos equipamentos ¢ luzes de navegacio : I- _ semas luzes de navegacio; Il- operar luzes de navegacao em desacordo com as normas; IlI- apresentar-se com falta de equipamento de navegagao exigido; IV- apresentar-se com equipamento de navegagao defeituoso ou inoperante. Art. 21 - Infragbes relativas aos requisitos de funcionamento dos equipamentos : I- _ equipamentos de comunicacao inoperantes ou funcionando precariamente; Il- equipamentos de combate a incéndio e de protecao contra incéndio inoperantes ou funcionando precariamente; Ill- dispositivos para embarque de pratico inoperantes ou funcionando precariamente Art. 22 - Infracées referentes 4 normas de transporte : I- _ transportar excesso de carga ou apresentar-se com as linhas de carga ou, marcas de borda livre submersas; I+ transportar excesso de passageiros ou exceder a lotacao autorizada; Il- transportar carga perigosa em desacordo com as normas; IV- transportar carga no convés em desacordo com as normas; \- descumprir qualquer outra regra prevista. Art. 23 - Infragdes as normas de trafego : I- conduzir embarcacao em estado de embriaguez ou apés uso de substancia entorpecente ou t6xica, quando nao constituir crime previsto em lei; Il- _ trafegar em area reservada a banhistas ou exclusiva para determinado tipo de embareacao; I- deixar de contratar pratico quando obrigatério; IV- descumprir regra do Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mat-RIPEAM; V- causar danos a sinais nduticos; VI- descumprir as regras regionais sobre tréfego, estabelecidas pelo representante local da Autoridade Maritima; 151 Geraldo Luiz Miranba de Barras VII- velocidade superior A permitida; VIIL-descumprir qualquer outra vegra prevista, nao especificada nos incisos anteriores. Art.24 - Sao aplicaveis a0 Comandante, em caso de descumprimento das_co peténcias estabelecidas no art. 8’ da LESTA, a multa (grupo G) e suspensao do Certifi- cado de Habilitagao até doze meses”. Art. 25 - Sao infracdes imputdveis ao Pratico : I~ recusar-se a prestacao do servico de praticagem; Il- deixar de cumprir as normas da Autoridade Maritima sobre o Servico de Praticagem. Art. 26 - Infraco as normas relativas 4 execucio de obra sob, sobre ou as margens das Aguas. Art. 27 - Infragao as normas relativas & execucao de pesquisa, dragagem ou lavra de jazida de mineral sob, sobre ou as margens das aguas. Art. 28 - Infrac6es as normas e atos nao previstos neste Regulamento : I- sobre tripulantes e tripulacao de seguranca; Il- sobre casco, instalac6es, equipamentos, pintura e conservacao da embarcacdo, inclusive sobre 0 funcionamento e requisitos operacionais dos dispositivos, equipamentos e maquinas de bordo. Cap. V - Das Medidas Administrativas Art. 29 - As medidas administrativas sero aplicadas pelo representante da autoridade maritima, por meio de comunicacao formal, ao autor material. Paragrafo Unico - Em situacao de emergéncia e para preservar a salvaguarda da vida humana ou a seguranga da navegacao, a medida sera aplicada liminarmente, devendo a comunicagao formal ser encaminhada posteriormente. Cap. VI- Das Disposicées Finais Art. 30 - A Autoridade Maritima ouviré 0 Ministério dos Transportes quando do estabelecimento de normas e procedimentos de seguranga que possam ter repercussi0 nos aspectos econdmicos e operacionais do transporte maritimo. Grupos de multa no apresentados. 152 Navegar é Fivil - Parte 1 ~ Cap XIE Art. 31 - Os casos omissos ou nao previstos neste regulamento sero resolvidos pela autoridade maritima. Cap. VII - Das Disposicées Transitérias Art. 32 - O Grupo de Regionais passa a fazer parte do grupo de Maritimos com a seguinte equivaléncia de categorias : Marinheiro de Convés (MNC) a) Arrais (ARR) -nivel 4 b) Mestre Regional (MTR) Mogo.de Convés (MOC) - nivel 3 c) Marinheiro Regional Marinheiro Auxiliar de de Convés (MRC) Convés (MAC) - nivel 2 d) Marinheiro Regional Marinheiro Auxiliar de de Maquinas (MRM) Méquinas (MAM) - nivel 2 Art.33 - As Categorias dos maritimos fluvidrios e pescadores ora existentes serio transpostas para as constantes do Anexo Ia este Decreto por ato especifico da autoridade maritima (nao apresentado). DOS NiVEIS DE REPRESENTAGAO DA AUTORIDADE MARITIMA - Sao os seguintes os Representantes da Autoridade Maritima, exercida na forma da Lei pelo Ministério da Marinha : a) Representante Local da Autoridade Maritima : 1) Na rea de jurisdigao da sede da Capitania, 0 Oficial designado por ato do Capitao dos Portos, conforme determinado no Regulamento da Capitania; e 2) Na drea de jurisdicao das Delegacias e Agéncias, os respectivos Delegados e Agentes. 153 E Gerallo Lutz Mirada de Barros b) Representante Regional da Autoridade Maritima : - Nas suas respectivas dreas de jurisdigao, os Capitaes dos Portos. c) Representante Nacional da Autoridade Maritima : - O Diretor de Portos e Costas. IMPORTANTE Os amadores nduticos e todos aqueles que freqiientam omeio aquavidrio devem se lembrar que um INFRATOR das normas e regulamentos existentes € um individuo que coloca em perigo a SEGURANCA DA VIDA HUMANA NO MAR 0 que significa colocar em risco nao s6 a sua propria vida, como a de seus acompanhantes, normalmente familiares e amigos, e a de todos que buscam no MAR uma fonte de prazer QUESTIONARIO 1. Anavegacao em mar aberto é aquela feita a vista de terra. Certo ou errado ? 2. Anavegagao oceanica é obrigatoriamente uma navegacao de longo curso. Certo ou errado ? 3. O Mestre-Amador pode navegar em navegacio interior. Certo ou errado ? 4. Anavegacio entre Manaus e Santos é uma navegacao de cabotagem.Certo ou errado? 5. Anavegacdo entre Manaus e Santarém é uma navegacdo de interior. Certo ou errado ? 6. Oatendimento de embarcacdes no porto do Rio Grande é uma navegacao de apoio portudrio. Certo ou errado ? 154 10. 11. 12. 13, 14. 15. Navegar é Bicil - Parte 1- Cap Xt A navegacdo entre Macapa e Paranagua é uma navegagao de longo curso. Certo ow errado ? A navegacao astrondmica é quase sempre feita em — Um rebocador operando junto a uma plataforma de petréleo executa uma navegagio 2. eS A travessia entre o Rio e Miami ¢ uma navegacao de O estabelecimento e funcionamento de sinais natiticos ao longo da costa brasileira ¢ atribuicao da Diretoria de Marinha Mercante do Ministério dos Transportes. Cer- to ou errado ? A Inspecao Naval poderé ser feita por qualquer navio ou embarcagao da Marinha de Guerra. Certo ou errado ? A Diretoria de Engenharia da Marinha por delegagao da Autoridade Maritima regulamenta o servico de praticagem nos portos brasileiros. Certo ou errado ? Uma Sociedade Classificadora poderé receber delegacao da Autoridade Maritima para realizar vistorias e emitir certificados relativos a prevencao da poluigao ambiental em nome do Governo brasileiro. Certo ou errado ? Na Delegacia da Capitania dos Portos do Estado do Rio Grande do Sul em Porto Alegre nao hé representante da Autoridade Maritima. Certo ou errado ? ie = | Te f — | Respostas AO FINAL DA 1+, PARTE DESTE LIVRO. 155 NorMas DA AUTORIDADE MARITIMA - Cap 13 *Normam - 03 -O que 6? ¢ Extrato da Normam 03. * Questionario Adendos 1- Normas da Autoridade Maritima 2- Aviso de Saida 3+ Dotagao de Equipamentos Obrigatérios 4. Sobrevivéncia em Balsas Salva-Vidas 5- Procedimentos e Lista de Verificagdo para Vistoria 6- Termo de Responsabilidade “NORMAS DA AUTORIDADE Maritima ” Conforme mencionado no Cap. 12, a Lei n® 9537 de 11 de dezembro de 1997 que “disp0e sobre a SEGURANGA DO TRAFEGO AQUAVIARIO e di outras providénci- as”, foi regulamentada pelo “REGULAMENTO DE SEGURANCA DO TRAFEGO AQUAVIARIO” (R-LESTA)*e, através de Portaria Ministerial * foi delegada compe- téncia ao Diretor de Portos e Costas para que elaborasse normas e executasse ades previstas no art. 4° da LESTA ®. Assim, foram baixadas diversas “Normas da AUTORIDADE MARITIMA” que complementam 0 “R-LESTA” permitindo inclusive uma muito maior flexibilidade administrativa para a emissao de orientacdes, sempre que necessario, atualizadas e/ ou modificadas afim de garantir aos usuarios do meio aquavidrio um maximo de SE- GURANGA (no adendo 1 a este capitulo estéo relacionadas para conhecimento geral dos leitores os titulos das “NORMAS DA AUTORIDADE MARITIMA” em vigor). NORMAM-03. 0 QUE E? tem como propésito : Dentre as diversas NORMAS da Autoridade Maritima a de n° 03 é aquela 13 Estabelecer normas sobre o emprego das embarcagées de esporte, recreio, lazer e atividades correlatas visando a seguranca da navegacdo, a salvaguarda da vida humana no mar e a prevencao contra a poluicao do meio ambiente marinho por tais embarcacdes. * Aspresentes NORMAS deverao ser observadas por todas as embarcagées e equi- pamentos classificados na atividade nao comercial de esporte e recreio. * — Embarcacao ou equipamento de esporte e recreio é aquela aprestada por amador, pessoa fisica ou juridica, em seu nome ou responsabilidade, para sua utilizacao na pré- tica de esporte ou lazer, pondo-a ou retirando-a da navegacao por sua propria conta. * Decreto n° 2596 de 18 de maio de 1998. © Portaria Ministerial (Marinha) n° 67 de 18 de marco de 1998 © Ver Cap. 12 deste livro. Geraldo Luiz Miranda de Barros Apresentamos a seguir um extrato da NORMAM-03 obedecendo tanto quanto pos- sivel a seqiiéncia dos assuntos por ela tratados conforme aparecem no documento origi- nal. Alguns detalhes de carter administrativo foram omitidos no presente EXTRATO. OBSERVACAO - — ae | As presentes normas nao se aplicam as embarcacGes uti- lizadas para atividades com finalidade comercial, ou ou- tras finalidades que nao esporte e recreio. DEFINICOES Amavor- Todo aquele com habilitagao certificada pela Autoridade Maritima para operar embarcagoes de esporte e recreio, em carater ndo-profissional. Arqueacao - fa expressao do tamanho total da embarcaca, determinada em fun- ao do volume de todos os espagos fechados. Apenas as embarcacées com compri- mento maior ou igual a 24 metros deverao ser arqueadas. Associacées Nadricas - Sao entidades de natureza civil, sem fins lucrativos e que tenham como objetivo agregar amadores em torno de objetivos natiticos e/ou esportivos. CatAo pe Trirutagdo pe Securanca (CTS) - Documento onde é especificada a Tripulacao de Seguranca de uma determinada embarcacio. Cres NAuricos - Clubes que incluem em seus objetivos, registrado em estatuto, a pritica das atividades nduticas, voltadas para o lazer e 0 esporte, prestadores de servi 0s exclusivamente aos membros do clube ou ndo, devidamente regularizados junto as autoridades competentes e cadastrados nas Capitanias, Delegacias e Agéncias. Comanpanre (Mestre, Arrais ou Patrao) - E a designacao genérica do tripulante que comanda a embarcaco. £ 0 responsavel por tudo o que diz respeito a embarca- so, seus tripulantes e pelas demais pessoas a bordo. A menos que o Comandante seja formalmente designado pelo proprietario, este seré considerado 0 Comandante se estiver presente a bordo e for habilitado para a rea em que estiver navegando. Podera também o amador ou profissional habilitado, designado pelo proprieta- rio para decidir sobre a manobra da embarcagao de esporte e/ou recreio. Comprimento - Distancia horizontal entre os pontos extremos de proa e popa. Plataformas de mergulho, gurupés ou apéndices similares nao sao considerados para © cémputo desta medida. 158 Navegar 6 Facil - Parte 1 Cay XI Disrostrivos Fiuruantes - Todos os dispositivos flutuantes, com propulsao pré- pria remo ow vela, iguais ou menores que cinco (5) metros de comprimento, ou sem propulsao, destinado a serem rebocados, iguais ou menores que dez (10) metros de comprimento, esto dispensados de inscricao. EmsakcacAo - Qualquer construgio sujeita & inscrigao nas Capitanias, Delegacias e Agéncias, suscetivel de se locomover na Agua, por meios préprios ou nao, capaz de transportar pessoas ou cargas. Emparcagors Mrupas - Sao consideradas embarcagdes mitidas aquelas 1) Com comprimento inferior ou igual a 5 (cinco) metros; ou 2) Com comprimento superior a 5 (cinco) metros que apresentem as seguintes caracteristicas: convés aberto ou convés fechado, sem cabine habitavel, sem propulsio mecanica fixa e que, caso utilizem motor de popa, este nao exceda a 30 HP. OBS.: E vedado as embarcagées mitidas a navegacéo em mar aberto, exceto as embarcagées de socorro. EMBARCACAO DE MEDIO Porte -E considerada embarcacao de médio porte aquelas com comprimento inferior a 24 metros, exceto as mitidas. Emparcac&o pe Granve Porte, ov late - £ considerada embarcacao de grande porte, ou Tate, as com comprimento igual ou superior a 24 metros. As embarcacées de Grande Porte, ou late, estéo sujeitas a uma legislacao especifica, inclusive com a obrigatoriedade de seu registro no Tribunal Maritimo. EMBARCACAO DE SopREvIVENcIA - E 0 meio coletivo de abandono de embarcagao ou plataforma maritima em perigo, capaz de preservar a vida de pessoas durante um certo periodo, enquanto aguardam socorro. S40 consideradas embarcacoes de sobrevivéncia as embarcacdes salva-vidas, as balsas salva-vidas e os botes ons de abandono. OBS.: Os botes inflaveis, com fundo rigido ou nao, nao sao consideradas embarcacées de sobrevivéncia. Entipapes Drsrortivas Nauricas - Entidades promotoras e organizadoras de eventos esportivos nduticos que envolvam embarcagdes, devidamente regulariza- das junto as autoridades competentes e cadastradas nas Capitanias, Delegacias e Agéncias. Jate -£ a embarcagao de esporte e/ ou recreio com comprimento igual ou superior a 24 metros. IscricAo - Inscrigao de uma embarcagio é 0 seu cadastramento na Capitania, Delegacia ou Agéncia, com a atribuic&o do ntimero de inscricao e a expedigao do res- pectivo Titulo de Inscricdo de Embarcacdo (TIE). Geraldo Luiz Miranda de Barros LoracAo - Quantidade maxima de pessoas autorizadas a embarcar, incluindo a tripulacao. ‘Marinas - Organizacées prestadoras de servicos aos navegantes amadores e des- portistas néuticos e afins, devidamente regularizadas junto as autoridades competen- tes e cadastradas nas Capitanias, Delegacias e Agéncias. Passacemo - £ todo aquele que é transportado pela embarcacdo sem estar pres- tando servigo a bordo. ProrricrArio - £ a pessoa fisica ou juridica em nome de quem a embarcacéio esté inscrita numa Capitania, Delegacia ou Agéncia e, quando legalmente exigido, cadas- trada no Registro da Propriedade Maritima, no Tribunal Maritimo. Porro ps Permanéncia - £ 9 Clube Nautico ou Marina ao qual a embarcacio encontra-se filiada. RecistRo - Registro da embarcacao 6 0 seu cadastramento no Tribunal Maritimo, com a atribuigéo do ntimero de registro e a competente expedicéo da Proviso de Registro da Propriedade Maritima (PRPM). OBS.: Sao obrigadas a registro no Tribunal Maritimo todas as embarcac6es com comprimento igual ou superior a 24 metros que possuam mais de 100 AB. Trirutante - Todo amador ou profissional que exerce fungdes, embarcado, na operacao da embarcacao. ‘TriPuLacko De SEGURANCA - E 0 ntimero minimo de tripulantes necessdrios a ope- rar, com seguranga a embarcacao. Timontiro - O timoneiro nao é necessariamente o Comandante da embarcagio. E © tripulante que manobra o leme da embarcacao por ordem e responsabilidade do Comandante. Quando navegando em Aguas interiores, 0 timoneiro das embarcagdes a vela deverd ter habilitagao minima de “veleiro”. Em embarcagdes a motor deverd ter idade superior a 18 anos e habilitagdio minima de “arrais amador’, Quando navegando em mar aberto, ndo € obrigatério que o timoneiro seja habilitado, desde que o Comandante ou seu_preposto habilitado permaneca junto a0 timoneiro e atento & manobra. Areas pe Navecacao - Sao divididas em: 1) Max Asrro - a realizada em aguas consideradas desabrigadas. Para efeitos de aplicacao dessas normas , as areas de navegagio de mar aberto serao subdivididas nos seguintes tipos: 160 Nawegar é Racil ~ Parte 1- Cap XI a) NavEGAcAo costeira - aquela realizada dentro dos limites de visibilidade da costa (DVO) até a distancia de 20 milhas; e b) Navecacko ocsAnica - consideradas sem restrig6es (SR), aquela realizada além das 20 milhas da costa. 2) InTeRIor - a realizada em Aguas consideradas abrigadas. Para efeito de aplicagéo dessas normas, as reas de navegacao interior serao subdivididas nos seguintes tipo: a) Anes 1 - Areas abrigadas, tais como lagos, lagoas, baias, rios e canais, onde normalmente no sejam verificadas ondas com alturas significativas que nao apresentem dificuldades ao trafego das embarcacées. b) Area 2- Areas parcialmente abrigadas, onde eventualmente sejam observadas ondas com alturas significativas e/ou combinacbes adversas de agentes ambientais, tais como vento, correnteza ou maré, que dificultem o trafego das embarcacées. CARACTERIZAGAO DE AREAS DE NAVEGACAO INTERIOR E PRESCRICOES REGIONAIS * A caracterizagao das Areas de Navegagao Interior sao estipuladas através de cada Capitania, com base nas peculiaridades locais. * As embarcacdes navegando em aguas sujeitas & condicoes especificas ficam submetidas ds prescrigdes regionais que regulamentam as particularidades de tal drea, além da legislacao nacional vigente. * As condigées de acesso, permanéncia, estacionamento, tréfego e saida das em- barcacdes nos portos, fundeadouros, rotas e canais, sao estabelecidas pelas Capitanias dos Portos, por meio de suas Normas de Procedimentos, em aguas de sua jurisdigao. HasttiracAo para Conpu¢ao - A condugio de embarcacies de esporte e recreio’ deverd ser feita, exclusivamente, por pessoal habilitado, de acordo com as normas em vigor. COMPOSICAO DE TRIPULACAO PARA CONDUZIR EMBARCACOES DE ESPORTE E/OU RECREIO E de inteira responsabilidade do proprietario da embarcagao a composicao da sua tripulacdo de acordo com seu interesse, observando a lotacao prevista para a em- barcacio. Deverd ter a bordo da embarcagaio, no minimo, uma pessoa devidamente habilitada, amador ou profissional, compativel com a area de navegacao onde se de- senvolve ou desenvolvers a singradura, Para embarcag6es classificadas como esporte e/ou recreio, menores de 24 metros, nao sera estabelecido Cartao de Seguranca. # Normas para inscrigdo nos exames de habilitacao deamadores, épocas, contetido programatico, condi- ‘oes e demais informagGes constam da NORMAM- 13 da DPC nao apresentada neste livro. 161 Goralto Luiz Miranda de Barros ESCLARECENDO * As embarcagées de esporte e recreio poderdo ser tripul das por pessoal profissional ou amador. * A tripulagio podera ser mista, tendo no comando da em- barcagéo um amador devidamente habilitado pela autori- dade maritima. OBSERVACAO Os amadores condutores de dispositivos flutuantes, tipo canoas, caiques, caiaques, pedalinhos ou pranchas, utiliza- dos para recreio ou pratica de esporte, estéo dispensados de habilitagio. REGRAS GERAIS APLICAVEIS ‘A TODAS AS EMBARCACOES. Toda embarcacdo deve obedecer as seguintes regras, quan- do pertinente : * As tripulagées das embarcagdes atracadas ou fundeadas sao obrigadas a se auxiliarem mutuamente nas fainas de amarragéo e em qualquer outra que possa implicar em aci- dente ou sinistro que ponha em risco a vida humana; © Nao é permitido lancar ferro em local onde possa pre~ judicar o trifego do porto e vias navegiveis ou causar da- nos as canalizagées e cabos submarinos. Além de estar su- jeito a multa, o infrator é obrigado a reparar os danos ou indenizar os prejuizos causados; * Salvo nos casos regulamentares, é proibido apitar, usar sirene, dar tiros, salvas ou usar qualquer artefato pirotécnico; © Nao é permitido movimentar propulsores, havendo perigo de acidentes com pessoas que estejam na gua ou de avaria em outra embarcagao; * Somente as embarcacSes que possuem luzes de nave- gacdo previstas no RIPEAM podem operar de forma ilimita~ da, durante o dia e a noite. Os equipamentos e atividades que interfiram com a navegacao somente poderao permane- cer no mar a luz do dia, isto 6, entre o nascer e 0 por do sol; | 162 Nawegar & Facil - Parte I - Cay XU * Nio deverao fazer ziguezagues em areas de pouco ev- aco ou congestionamento de embarcagdes, nem provocar marolas desnecessarias; * Aplica-se as dguas costeiras, lagos, rios e canais 0 Re- gulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar (RIPEAM), principalmente no que diz respeito & precedén- cia entre embarcacoes, situagdes de ultrapassagem, de roda a roda e de rumos cruzados; * Nao deverao cortar a proa de outra embarcacio em movimento ou reduzir distancia perigosamente, principal- mente em situagdes de pouca visibilidade, de forma a evi- tar manobras arriscadas e potencialmente perigosas; * A velocidade de saida e chegada de embarcacdes nas ‘eas de apoio, rampas, marinas, flutuantes etc. deve ser sem- pre reduzida (maxima trés nds). Especial atencao deve ser dada a presenca de banhistas em regido de tréfego, proce- dendo-se com a maior cautela. Atitude idéntica deve ser adotada quanto a presenca ce embarcagées atracadas ou fundeadas, que poderdo ser danificadas devido As marolas. provocadas por velocidade incompativel com 0 local. As embarcagdes que se aproximarem das praias devem fazé-lo no sentido perpendicular; + E proibido exceder a lotacao definida pelo construtor da embarcacio ou pela Capitania dos Portos ( Delegacia ou Agencia). PLANEJAMENTO Da SINGRADURA - O planejamento da singradura visa a estabelecet controles ¢ informagdes de forma a que seja possivel facilitar a descricao e localizacao da embarcacao em caso de emergéncia Quando uma embarcacao de esporte e recreio sair barra a fora; o proprietério ou responsdvel pela safda serd obrigado a entregar na marina organizada ou clube nduti- co a que estiver filiado antes do inicio da viagem, o Aviso de Saida e Chegada ( ver adendo 2a este capitulo) ou reportar estas informacoes ao servico de rédio das marinas e clubes néuticos. Na entrada em outros portos 0 proprietério ou responsavel pela embarcacao agiré como conveniente para que seu porto de safda seja avisado de sua chegada ao novo local. Antes de sair novamente deverd voltar a entregar novo Aviso de Saida e Chegada a quem de direito no iate-clube ou marina OBSERVACAO Os clubes nduticos e marinas organizadas deverao man- ter um rigoroso controle das embarcagdes no mar, especial- mente aquelas que estejam barra a fora . 163 Geraldo Luiz Miranta de Barros * Antes de ir para o mar, em qualquer circunstancia, o Comandante da embarca- go deve tomar conhecimento das previsées meteorolégicas. Se estas forem desfavo- raveis aborte a saida! ATENCAO Aumento da intensidade do vento, da agitacdo do mar, quedas de pressao atmosférica e temperatura ambiente sao evidentes sinais de mau tempo. Neste caso NAO VA PARA OMAR! | * Antes da saida verifique sempre a existéncia de combustivel, e utilize a regra do “um tergo” : 1/3 para a ida; 1/3 para a volta e 1/3 como reserva. si Antes de ir para o mar NAO ESQUECA * Faca o Aviso de Saida e Chegada ¢ entregue-o para al- guém em terra. OBS.: O Aviso de Saida e Chegada, cujo modelo encontra- se no Adendo 2, visa a estabelecer controles e informagées | de forma a que seja possfvel a identificagao e localizagao da embarcagao em caso de socorro e salvamento. Pela mesma razio, 0 Comandante deveré comunicar, pelo meio mais | conveniente, a sua chegada; * Observe as condigdes meteorolgicas existentes. * Verifique 0 existente de combustivel. ATENGAO. | Lembre-se sempre que a salvaguarda da vida humana no mar e a da navegacao nao é tarefa apenas da respon- sabilidade da Marinha do Brasil, mas de todos que, direta ou indiretamente, estejam envolvidos com a navegacao. Assim, 6 de suma importancia que o navegador amador esteja cons- ciente da sua responsabilidade para com a seguranca, assim como também as entidades esportivas, clubes nduticos, marinas, empresas locadoras de embarcacées e outras. 164 * Na chegada a porto, marina ou clube ndutico que nao o de origem, o proprieta- rio ou responsavel pela em- barcacao deverd entregar c6- pia do Aviso de Saida e Che- gada acima mencionado. Na ahs] Ao regressar ndo esqueca de avisar @ quem avisou na saidat AREAS SELETIVAS PARA NAVEGACAO, IMPORTANTE As embarcagées equipamentos e atividades que interfi- ram na navegacdo trafegando ou exercendo suas atividades nas proximidades de praias do litoral e dos lagos, lagoas e rios, deverdo respeitar os limites impostos para navegacao, de modo a resguardar a integridade fisica de banhistas. Assim, considerando como linha base, a linha de arrebentacao das ondas ou no caso de lagos, lagoas e praias de rios, onde se inicia o espelho d’Agua sao estabeleci- dos os seguintes limites, em dreas frequentadas por banhistas : * embarcagdes de propulsao a remo ou a vela podero trafegar a partir de cem (100) metros da linha base. * embarcagées de propulsio a motor, ultraleves, reboque de esqui aquati- co, para-quedas e painéis de publicidade poderao trafegar a partir de du- zentos (200) metros da linha base. * embarcacoes de aluguel, que operam nas imediac&es das praias e margens, deverao ter suas areas perfeitamente delimitadas, pelo proprietario das em- barcagGes, através de béias devidamente aprovadas. A atividade devera ser autorizada pelo poder piiblico municipal ou estadual e os limites estabeleci- dos em comum acordo com a autoridade municipal competente. * embarcagées de propulsdo a motor ou a vela poderao se aproximar da linha base e fundear, caso nao haja nenhuma disposigao em contrario estabelecida pela autoridade competente. Toda aproximagao devera ser feita perpendicular a linha base e com velocidade nao superior a 3 (trés) nés, preservando a seguranca dos banhistas. Geralo Luiz Miranda de Barros 166 * compete ao poder ptiblico estadual e, especialmente ao municipal, atra~ vés dos planos decorrentes do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro estabelecer os diversos usos para os diferentes trechos de praias ou de mar- gens, demarcando tanto as areas para jogos e banhistas em terra quanto as dreas de banhistas e de praticantes de esportes nduticos, nas aguas. * 0 poder priblico (municipal e/ou estadual) poderd ainda estabelecer, nes- sas imediacoes, 4reas restritas ou proibidas operacdo de divertimentos nduticos, inclusive rebocados, e os limites para banhistas em embarcagGes nas margens de rios, lagos ¢ lagoas. ATENCAO Ouso de pranchas de “surf” e de “wind-surf” somen- te sera permitido nas Areas especialmente estabelecidas para estas atividades. EMBARCACOES MIUDAS | Embarcagdes mitidas, cujo porto de permanéncia esteja situado na costa nao deverao se afastar a mais de mil metros do seu porto de origem, tendo em vista nao disporem dos equipamentos necessarios a seguranga de seus ocupantes. RECOMENDACAO PARA PRAIAS Em principio, a extremidade, navegavel das praias ou | outra rea determinada pelo poder publico estadual ou mu- nicipal € o local destinado para lancamento ou recolhimen- to de embarcacées na agua ou embarque e desembarque de pessoas ou material, devendo ser colocada, pelos interessa- dos uma sinalizacao indicativa e delimitadora da faixa de aproximagao na Agua, devidamente aprovada. O fundeio nessa area seré permitido apenas pelo tempo minimo necessdrio ao embarque ou desembarque de pes- soal, material ou para as fainas de recolhimento ou langa- mento da embarcacao. AREAS DE SEGURANCA - ATENCAO Nao € permitido o tréfego e fundeio de embarcagdes nas | seguintes areas consideradas de seguranca : * a menos de duzentos (200) metros de instalagdes mi- litares; ' Navegar é Bicil- © usinas hidrelétricas, termoelétricas e nucleoelétricas* * fundeadouros de navios mercantes; * canais de acesso aos portos; * proximidades das instalacGes do porto; * a menos de quinhentos (500) metros das plataformas de prospeccao de petréleo; * dreas especiais nos prazos determinados em Aviso aos Navegantes; e em * dreas adjacentes as praias reservadas para os banhistas. SALVAGUARDA DA VIDA HUMANA - IMPORTANTE * A busca e salvamento de vida humana em perigo a bordo de embarcagdes no mar, nos portos e nas vias nave- gaveis interiores obedecem a legislagao especifica. * Qualquer pessoa, especialmente, todo COMANDAN- TE (Mestre, Arrais ou Patrao) responsdvel que é pela con- dugao da embareagao é obrigado, desde que 0 possa fazer sem perigo para sua embarcacao, tripulantes e passageiros a socorrer a quem estiver em perigo de vida no mar, nos portos ou nas vias navegaveis interiores. * Qualquer pessoa que tomar conhecimento da existén- cia de vida humana em perigo no mar, nos portos ou vias navegaveis interiores, devera comunicar 0 fato ao represen- tante da Autoridade Naval, mais préximo, com a maior ra- pidez possivel. * Nada é devido pela pessoa socorrida, independente- mente da sua nacionalidade, posigao social e das circuns- tancias em que for encontrada. ASSISTENCIA E SALVAMENTO DE EMBARCACAO, * Quando a embarcagao, coisa ou bem em perigo repre- sentar um risco de dano a terceiros ou ao meio ambiente, o proprietério 6 o responsdvel pelas providéncias necessari- as a anular ou minimizar esse risco e, caso 0 dano se con- cretize, pelas suas conseqiiéncias sobre terceiras ou sobre 0 meio ambiente, sem prejuizo do direito regressivo que lhe | possa corresponder = Parte I - Cap XT * Os limites das 4reas proximas as usinas hidrelétricas, termoelétri as e nucleoelétricas sero fixados e divulgados pelas concessionérias responsaveis pelo reservatdrio de agua, em coordenagao com o Repre- sentante da Autoridade Maritima. 167 Geraldo Luiz Miranda de Barros l * O Comandante (Mestre, Arrais ou Patrao) ou o condu- tor da embarcacdo devera tomar todas as medidas possi- veis para obter assisténcia ou salvamento e deveré, junta- mente com a tripulagao, cooperar integralmente com os sal- vadores, envidando seus melhores esforcos antes ¢ duran- teas operacGes de assisténcia ou salvamento, inclusive para evitar ou reduzir danos a terceiros ou ao meio ambiente. * Caberd ao Comandante da embarcacao que estiver pres- tando socorro a decisao sobre a conveniéncia e seguranca para efetivar o salvamento do material (ver a respeito NORMAM 16). SEGURO OERIGATORIO DE DANos PEssoAts CAUSADOS POR EMBARCACOES - Todas as embarcages inscritas deverao possuir seguro obrigatério de danos pessoais causa- dos por embarcagées ou sua carga (DPEM), de forma a possibilitar indenizagoes por morte, invalidez permanente e despesas de assisténcia médica e suplementares, nos valores estabelecidos pela Superintendéncia de Seguros Privados. O direito 4 indeni- zacao decorreré da simples prova da ocorréncia do acidente e do dano, independente- mente da existéncia de culpa. 168 REGATAS, COMPETICOES, EXIBICOES E COMEMORACOES PUBLICAS 1) Deverd ser perfeitamente identificado o responsavel pela seguranca do evento ¢ de todo seu detalhamento. 2) Providenciar junto aos drgos responsdveis compe- tentes para que sejam tomadas as medidas necessarias com © propésito de garantir a seguranga do evento; 3) Deverd ser planejada e definida a evacuacao médica de acidentados, desde a sua retirada da agua até a remogao para um local preestabelecido em terra; 4) O responsdvel pela seguranga deverd dispor do nome entimero de inscricao de todas as embarcagées participantes e da relacio de suas respectivas tripulacdes, para permitir a eventual identificaco de vitimas de acidentes e veri- ficagdes realizadas pela Inspecao Naval ou por outros 6rgaos | fiscalizadores; 5) O responsavel deverd estabelecer contato com a CP, DL ou AG com antecedéncia minima de 15 dias, para se assegurar de que 0 evento nao estar interferindo de forma inaceitével com a navegacdo ou para que outras provi- déncias eventualmente necessérias sejam tomadas. Navegar é Facil - Parte I - Cay XI 6) se 0 evento interferir com o uso de praias, especial- mente se realizado a menos de duzentos (200) metros da linha de base, ou se interferir com qualquer area utilizada por banhistas, as autoridades competentes deverao ser alertadas de modo a que possam ser tomadas as providéncias necessarias para garantir a integridade ffsica dos freqiientadores locais; 7) Conforme o ntimero de embarcacdes e pessoas envol- vidas, dimensdes e condigdes da area de realizado, deverd ser provida uma ou mais embarcagdes para apoio ao evento, sendo responsdvel pelo atendimento aos casos de emergéncia e para assegurar a integridade fisica dos participantes; 8) As embarcagdes de apoio e seguranca, deverao ser guamecidas, preferencialmente, por profissionais, devidamente habilitados, conforme previsto nos respectivos CTS; ter caracteristicas e classificacéio compativeis com a drea em que irdo operar e capacidade para rebocar as embar- cages apoiadas; 9) As embarcacées de apoio, deverao possuir, pelo menos, duas bdias circulares ou ferradura, com trinta metros de retinida, coletes salva-vidas suplementares, sinalizadores nduticos, equipamento de comunicacées em VHF ou HF para coniato com equipe de apoio em terra € outros recursos de salvatagem julgados convenientes. 10) Participacao de menores de 18 anos em competicées de motonatitica est sujeita a procedimentos especificos ATIVIDADES QUE PovEM INTERFERIR NA NAvEGACAO - As atividades esportivas ou de lazer, correlatas & navegagao de esporte e recreio, que podem interferir na navegacdo, sio atividades cujo controle nos aspectos de diversdes publicas e comercial, esta na esfera dos drgaos competentes do municipio e do estado* * No que diz respeito & seguranca de navegacao e preservagao da integridade fisica de banhistas, a utilizagao dos dispositivos rebocados e a pratica de esqui-aqué- lico deverao ser realizadas além da linha de duzentos (200) metros da linha base ¢ mantida numa distancia de, no mfnimo, uma vez o comprimento do cabo de reboque, em relacao as demais embarcagdes em movimento ou fundeadas* * A embarcagao rebocadora, além de seu condutor, devera dispor de outro tri- pulante a bordo, a fim de cuidar de quem estiver esquiando e liberar 0 condutor da embarcacao a fim de que esse tenha sua atengdo permanentemente voltada para as manobras da embarcacao. * Ver a respeito o item 0114 da NORMAM - 03 * No caso de rios, lagos ¢ lagoas fica a cargo das autoridades municipais e estaduais o estabelecimento das reas destinadas a pratica destas atividades a fim de nao interferir com os banhistas. 168 Geraldo Luiz Miranda de Barros * As embarcag6es que rebocam artefatos tais como para-quedas, inflaveis diver- 80s, etc., ndio podem ter 0 ponto de fixacao para o reboque limitando seu governo. * As embarcacées rebocadoras de artefatos de lazer e exploradas comercialmen- te so consideradas como empregadas na atividade de turismo e diversio. * Os locais de embarque e desembarque para os utilizadores das atividades men- cionadas anteriormente devem ser preferencialmente feitas em atracadouros, cais ou trapiches que oferecam plenas condicées de seguranca aos usurios. * E obrigatorio 0 uso de coletes salva-vidas pelos esquiadores e utilizadores de para-quedas rebocados e artefatos inflaveis rebocados (tipo béia cilindrica, “banana boat”, etc). MOTO-AQUATICA -“JET-SKI” * Somente pessoas habi- litadas como motonautas e maiores de 18 anos poderao pilotar “JET-SKI”. Lembre-se que tais embarcagées, normal- mente de propulsdo a jato de 4gua chegam a desenvolver velocidades acima de 30 nés! * A manobrabilidade do “JET-SKI” esta condicionada a varios fatores, tais como 0 estado e as condigées de agua e de vento e, principalmente, a habilidade e pratica do con- dutor. Hé necessidade de equilfbrio e controle adequado da embarcacao para que ela se mantenha estavel. Navegar é Facil - Parte I- Cap XII * Nao entregue nunca um “jet-ski” a uma crianga. Ela dificilmente conseguiré dominar a maquina, nao terd os re- flexos necessérios ¢ o resultado sera sempre um acidente de conseqiiéncias imprevisiveis. * Os acidentes com “jet-ski” vém liderando as estatisti- cas de acidentes no meio aquaviario. 99% deles devido a imprudéncia ou nao habilitacdo de seus condutores. EQUIPAMENTOS OBRIGATORIOS DE SEGURANCA QUANDO CONDUZINDO “JET-SKI” * Coletes salva-vidas classe II ou classe III homologado pela DPC. Os coletes importados devem estar homologados pela autoridade maritima do pais de origem. * Chave de seguranca atada ao pulso, ao colete ou a qualquer outra parte do condutor, de forma que ao se separar fisicamente da embarcagdo em movimento a propulsio seja automaticamente desligada, ou reduzida a aceleragao da maquina. EQUIPAMENTOs DE SEGURANCA RECOMENDAVEIS QuaNDo ConpUzINDo “Jer-sk1” - fi recomendvel o uso de capacete, dculos protetores ¢ luvas RECOMENDACOES SOBRE JET-SKI * A visibilidade do condutor de moto-aquatica é prejudicada no setor de vante em funcdo da inclinacao da embarcacao e dos respingos d’agua e nos demais se- tores pela propria velocidade da embarcacdo. Recomen- da-se cautela adi ional ao condutor de moto-aquética, em face das restricées de visibilidade descritas. * E proibido o emprego de “jet-ski” para reboque seja de outra embarcacao ou de pessoas praticando es- qui-aquatico. * O “jet-ski” somente deve ser usado para rebo- que em caso especifico de salvamento de vida humana. ULTRA-LEVES As aeronaves tipo ultra-leves além de cumprirem a le- gislagao que regula as atividades aeronduticas, deverdo res- tringir as operagoes de pouso e decolagem na agua, em are- as além de quinhentos (500) metros da linha base das areas adjacentes a praia, evitando locais de concentracao de pes- soas e embarcacies. Os pilotos deverdo ter habilitacdo mi nima de arraias amador. aw Geraldo Luiz Miranda de Barros OPERACAO DE MERGULHO AMADOR Toda embareagao impossibilitada de manobrar em apoio a atividade de mergulho amador deveré exibit uma | bandeira ALFA que significa : | “Tenho mergulhador na agua mantenha-se afastado e a baixa velocidade” Apesar de nao ser oficializada abandeira vermelha com trans- versal branca é especifica de mergulho em todo o mundo. faixa branca) deve ser confeccionada em material rigi- do, e ser exposta sobre a embarcacdo de apoio situan- do-se no minimo a um (1) metro de altura em relac4o ao nivel da agua. | A bandeira ALFA (ou a bandeira vermelha com | ALUGUEL DE EmpancacoEs - © aluguel de embarcagdes somente podera ser realizado para pessoas devidamente habilitadas, caso a embarcacao seja alugada sem tripulacio. A embarcacio de esporte e recreio, se alugada, s6 poderd ser usada como espor- teerecreio. ‘Ao usuario da embarcacio alugada deverd ser fornecido instrugées sobre * drea em que 0 usuario poderé navegar; * cuidados na navegagio; * cuidados com os banhistas; * uso obrigat6rio do colete salva-vidas apropriado; * uso do apito do colete, em caso de necessidade de ajuda. EMBARCAGOES EsTraNGEIRAS DE Esporte r/ou RECREIO - 0 assunto é tratado no item 0118 da NORMAM - 03 (versao 2001). 172 ACIDENTES COM EMBARCACOES E INFORMACGES A RESPEITO Os acidentes de navegacio, envolvendo embarcacées de esporte e recteio, necessitam ser informados & Capitania (De- legacia ou Agéncia) do local o mais rapidamente possivel dentro 48 horas apés 0 fato, principalmente, em caso de mor- te, desaparecimento ou se o acidentado necessita de trata- mento médico, além dos primeiros socorros. © Comandante, ou responsdvel pela embarcacao deve- ré informar : * data, hora e localizacdo exata do acidente; * nome de cada pessoa morta, desaparecida ou acidentada; * ontmero e o nome do barco e * nome e endereco do Comandante ou proprietario. Se do acidente resultar perda total do barco ou apenas avarias graves nele ou em seu equipamento, sem haver pes- soas mortas, desaparecidas ou acidentadas, o acidente po- der ser reportado a Capitania do local em que ocorreu 0 acidente em um prazo maximo de até dez (10) dias. TrANsrorte DA EMBARCACAO Por ViA TeRREStRE - As Capitanias (Delegacias ou Agéncias) nao emitirao qualquer tipo de licenca para transporte de embarcacdes de esporte e recreio por via terrestre. O proprietério da embarcacao deverd portar sua comprovacao de propriedade e, se for 0 caso, regularizaco aduaneira (embarcacao estrangeira), além de outros pertinentes a legislagao especifica. EQUIPAMENTOS APROVADOs PELA AuToRIDADE Maritma - Os equipamentos apro- vados pela DPC em nome da Autoridade Maritima brasileira obedecem regras e es- pecificacdes de construcao e desempenho de material, normalmente, de uso internacional. Os equipamentos aprovados por uma Autoridade Maritima estrangeira sao re- conhecidos pela Autoridade Maritima brasileira. * O Certificado de Seguranca da Navegacio" perder a validade sempre que forem introduzidas modificaces na embarcagao que afetem as condicdes de se- guranca originais. * Borda Livre - As embarcagdes empregadas exclusivamente em esporie e/ou recreio esto dispensadas da atribuicao de borda livre. * Ver modelona NORMAM-02, ndo apresentada neste livro. Qualquer alteragdo estrutural ou que concor- 1a paraaalteragao da estabilidade original da embarcacao s6 poder ser feita sob a orientagao de profissi- onal devidamente habilitado para tal. 173 Geraldo Luiz Miranda de Barras * Arqueacio - A exigéncia de Certificado de Arqueacio é decorrente de Conven- cao Internacional sobre o assunto, da qual 0 Brasil é signatério. As embarcacbes de esporte e recreio sujeitas a Certificado de Arqueacao sao aque- las que: - Tenham um comprimento igual ou superior a 24 metros e - Sejam classificadas para navegacao de mar aberto e que realizem viagem inter- nacional. ‘Termo Dé RESPONSABILIDADE DE ConsTRUCAO® - Todos os construtores de embarca- bes de esporte e recreio com propulsao a vela ou a motor sao obrigados a elaborar um “Termo de Responsébilidade de Construgao”. Como mostrado no modelo a se- guir representado: TERMO DE RESPONSABILIDADE DE CONSTRUCAO Cettifico, para comprovago perantea ... (designagte da OM oe nsrigao) que a embarcagao. construida/alterada por (nome ea emecapa) .., 6m as seguintes caracteristicas: ‘me do astalero ou eonsiuten a) Comprimento Total: ») Comprimento entre Perpendiculares: c) Boca Moldada: d) Pontal Moldado: e) Area de Navegacao: Atende as prescrigdes aplicaveis constantes na NORMAM 03 e apresenta condigées de seguranga, estabilidade e estruturais satisfatorias, para operar com a seguinte capacidade de pessoas: Certifico, ainda, que a embarcagéio foi em conformidade com as normas @ regulamentos nacionais em vigor. Local e data: Assinatura do Estaleiro ou Construtor Assinatura do Eng? Naval responsdvel nome e CPF nome e ntimero do CREA 1) As firmas deverao ser reconhecidas em cartério; 2) O Estaleiro deveré comprovara representatividade de quem por ele assina ¢, no caso de procuracéo, deverd ser por instrumento puiblico; 3) Necessario apresentacio da ART - Anotacaio de Responsabilidade Técnica do Engenheiro Naval responsavel. 174 Nawegar é Fécil - Parte I - Cap X11 IDENTIFICAGAO EINDICAGAO VISUAL DA EMBARCACAO - (MarcacSes e inscrigées no casco). a) Toda embareagao deverd ser marcada de modo visivel e durvel, com letras algarismos de tamanhos apropriados as dimensdes da embarcagio, do seguinte modo: Nome da Embarcagio, porto de inscricao e numero de inscricao 1) na popa -o nome da embarcacao juntamente com o porto e ntimero de inscricao; 2) no costado - o nome da embacacao dos dois bordos, em posicao visivel. OBS.: Barcos com mais de 24 metros deverdo apresentar escala de calado em medidas metricas nos dois lados do cadaste. b) Embarcacdes Mitidas - As embarcagdes mitidas inscritas deverao ser marcadas obrigatériamente com ntimero de inscrigao no costado, nos dois bordos e em posigao visivel. E facultativo marcar essas embarcag6es com o nome no costado. * Nome da Embarcacao ~O nome da embarcagio 6 proposto por seu proprietario e homologado junto com o processo de incricao, desde que nao haja existéncia de em- barcacdo de mesmo nome no mesmo local®. Em caso de nomes para embarcagdes de mar aberto a DPC deve ser consultada a fim de autorizar 0 uso do nome em questao. * Classificagao - As embarcagées de esporte e recreio podem ser classificadas : * Por tipo de navegacao em - mar aberto ou interior. * Por atividade ou servico - esporte e recreio * Por propulsao - com propulsao ou sem propulsao * Por tipo de embarcacao As Capitanias, Delegacias e Agéncias nao autorizarioa inscrigao de nomes obscenos ¢/ou esdréixulos, 175 Geralo Luiz Miranda de Barros 1. Balsa 8. Jangada 2. Bareaca 9. Lancha 3. Bote 10. Saveiro 4. Chata 1. Traineira 5. Escuna 12. Veleiro 6. Flutuante 13. Tate 7. Hovercraft 14. Outras embarcagées ATENGAO * Embarcagoes classificadas como esporte e recreio sé poderdo ser empregadas nesta atividade. * Embarcacées classificadas em atividades profissionais poderaio ser usadas em atividades de esporte e recreio, obedecidas as normas de seguranga em vigor, especial mente as de lotacéo ¢ meios de salvatagem. * E permitido que o material de salvatagem ( boias, bal sa, etc.) e de comunicagées seja emprestado ou alugado a fim de complementar a existente na embarcagao. * A reclassificagao de mar aberto para interior, mantida aatividade a que ¢ destinada, poderé ser concedida pelo 6rgao de inscricao qualquer que seja o porte da embar cago sem maiores exigéncias * A reclassificagao de interior para mar aberto s6 pode 14 ser feita mediante vistoria de érgao da DPC (Capita nias, Agéncias ou Delegacias). + A embarcacdo de esporte e recreio classificada como demaraberto quandonavegando dentro dos limites das | Aguas interiores de seu porto de inscricao fica dispensa da de conduvir balsa salva-vidas, bem como instrumen tos de navegacao usados barra a fora. Inscricko pr Emparcacao - Os pedidos de inscrigao e/ou registro deverio ser efetuados num prazo de 15 dias apés a aquisi¢ao da embarcacdo ou de sua chegada a0 porto onde serd inscrita e/ou registrada. Os procedimentos para inscrigio dependero do comprimento da embarcacao" ® Vera respeito o cap. 3 da NORMAM - 03 Secio 1 176 \Navegar é Facil - Parte I - Cap XI a) embarcagées com o comprimento menor que 24 metros - terd apenas 0 Titulo de Inscrigao da embarcacao (TIE). b) embarcacées com comprimento maior ou igual a 24 metros e arqueacio bruta maior que 20 AB para navegacao de mar aberto ou maior que 50 AB para navegacao interior - tera apés o processamento administrativo do drgao de inscricao e do Tribu- nal Maritimo a expedigao da Provisao de Registro de Propriedade Maritima (PRPM). c) embarcagdes mitidas - fardo apenas a Inscricdo Simplificada. d) dispositivos flutuantes - sao dispensados de inscrigao mas continuam sujei- fos As normas em vigor e a jurisdi¢ao do ‘Tribunal Maritimo. PROCEDIMENTOS PARA CONCESSAO DA LICENCA DE CoNSTRUCAO - As informacbes concernentes a projeto, construcao e reparo de embarcagdes maiores ou menores de 24 m constam da Secao II do cap. 3 da NORMAM - 03. As informagGes sobre provas de propriedade da embarcacdo, nacionalidade do proprietario, cancelamento de inscricao e/ou registro, transferéncia de propriedade, e assuntos afins também sao abordados no capitulo 3 (Secao I) da NORMAM - 03. Construcio e Alteracgao de Embarcacées - Ver a respeito 0 iten 0107 da NORMAM - 03. PROCEDIMENTOS PARA CONCESSAO DA LICENCA DE Alteragéo de Embarcagées- O assun- to é regulado pela Segao IV do cap. 3 da NORMAM - 03. ATENGAO il. fe) to poderd ser alterada sem que, para tanto, haja a concessao da respectiva licenga pelo érgao de inscrig&o da embarcacao. VISTORIAS EXIGIDAS a) As embarcacées de esporte e/ou recreio de médio porte, serao vistoriadas nas seguintes ocasiées: 1) no momento da inscri¢ao, sendo dispensadas as embarcacdes que apresentarem © Termo de Responsabilidade de Construcao, como mencionado (ver pag. 173). As que nao apresentarem o referido Termo deverao ser vistoriadas pela CP/DL/ AG; 2) quando da alteragao da 4rea de navegagao, de interior para mar aberto (Vistoria de Reclassificacao);e 3) quando sofrer alteracao que acarrete mudanca de suas caracteristicas basicas. OBS.: as embarcagdes quando vistoriadas pelas CP/DL/AG, nos casos mencionados nos subitens 1), 2) e 3) da alinea a), receberao o Termo de Vistoria Inicial. Ww Geraldo Luiz Miranda de Barros b) As embarcacées de esporte e/ou recreio de grande porte, ou late, serio vistoriadas nas seguintes ocasiG I)antes da emissao do Certificacio ou Notas de Arqueacao (Vistoria de Arqueacao); 2) por ocasido da Vistoria Inicial, para emissao do Certificado de Seguranca de Navegacao, cujo modelo consta do Anexo 10-F da NORMAM 01 e Anexo 8-F da NORMAM-02; 3) quando da alteracao da 4rea de navegacio, de interior para mar aberto (Vistoria de Reclassificacao); € 4) quando sofrer alterago que acarrete mudanca de suas caracteristicas basicas. PROCEDIMENTOS PARA VISTORIA * local e horarios - as vistorias serao realizadas em portos ouem dreas abrigadas, com a embarcagao fundeada ou atra- cada, em dias titeis e em horario comercial. Somente, excep- cionalmente, em casos de forca maior as vistorias poderao__ ser feitas fora destes dias e horarios. | * assisténcia aos vistoriadores - 0 proprietério ou pessoa _ responsdvel pela apresentagio da embarcacao providencia- | rd a necessdria assisténcia aos vistoriadores a fim de facili- | tar a conducio da vistoria | * suspensio da vistoria - caso a embarcacao nao esteja pre-_ parada para a vistoria - acesso inadequado ou inseguro, de- | | sarrumada e/ou suja ou qualquer outra circunstancia limitadora para vistoria - ela sera adiada ficando a cargo do _ interessado a solicitagio de realizacio de nova vistoria. © alista de verificacao para vistoria esté apresentada no aden- do 5a este capitulo. * realizada a vistoria sera emitido e entregue ao proprieté- rio ow a seu representante legal o Certificado de Seguranga de Navegacdo (ver modelo na Normam 02). IMPORTANTE TERMO DE RESPONSABILIDADE As embarcac6es empregadas na atividade de esporte e recreio esto dispensadas da realizacao de vistorias perié- | dicas. Tal dispensa entretanto esté vinculada a apresentagao pelo proprietario de um Termo de Responsabilidade cujo modelo esta apresentado no adendo 6 a este capitulo. Em tal documento o proprietario assumiré a responsa- bilidade pelo cumprimento dos itens de dotacao esvecifica~ 178 Nawegar é Facil - Parte I - Cay XII dos para a sua embarcacao e da observancia das Normas de Seguranca para a Atividade Nautica de Esporte e Recreio constante neste extrato. O Termo de Responsabilidade deverd ser preenchido a maquina ou letra de forma em duas vias : * a primeira serd arquivada na Capitania, Delegacia ou Agéncia de inscricio da embarcaci * a segunda, apds protocolada ficard de posse do pro- prietério; O Termo de Responsabilidade sera apresentado por oca- sido da vistoria inicial, necessaria para Inscrico e/ou Re- gistro e seré substituido somente em caso de nova vistoria em um eventual pedido de reclassificacao MARINAS, CLUBES E ENTIDADES DESPORTIVAS NAUTICAS * As marinas, clubes e entidades desportivas nduticas, deverdo ser cadastradas nas Capitanias, Delegacias e/ou Agéncias que tenham jurisdicao em suas respectivas Areas de localizacao, devendo inclusive tais estabelecimentos adotar as medidas pre- ventivas para a salvaguarda da vida humana e para a seguranca da navegacao preco- nizadas pela Autoridade Maritima. * A forma de cadastramento é a estipulada na NORMAM - 03 da DPC REGRAS GERAIS A SEREM OBSERVADAS PARA MARINAS, CLUBES E ENTIDADES DESPORTIVAS NAUTICAS 1) Manter o registro das embarcagées sob sua guarda ou responsabilidade; 2) Exigir dos proprietérios, para efeito de guarda, a apre- sentagao de prova de propriedade e de legalizacao da em- barcagao na Capitania, Delegacia ou Agéncia; 3) Remeter, quando solicitado, & Capitania, Delegacia ou | Agéncia, a relacao das embarcagoes sob sua guarda, com os dados julgados necessérios; 4) Promover estudos a serem apresentados ao Conselho de Assessoramento ; ® ver cap. IV da NORMAM-O3. Geraldo Luiz Miranda de Barras 5) Obter e divulgar aos associados os avisos aos nave- gantes e as informagdes meteorolégicas divulgadas pela DHN e outros 6rgaos; 6) Prestar auxilio aos seus associados para inscrigao ¢ regularizacdo de suas embarcacdes, para inscrigdo de can- didatos aos exames de habilitagao as diversas categorias de amadores, para entrega e recebimento de documentos di- versos tais como TIE, Carteiras de Habilitacao ¢ outros, jun- to as Capitanias, suas Delegacias e Agéncias. Para tanto de- vero credenciar um representante junto aos citados érgaos; | 7) Exigir do associado que sair com sua embarcagio a | entrega do Aviso de Saica © Chegada; | 8) Prestar auxilio, com embarcacio de apoio ou permi- | tindo a atracagao, a qualquer embarcagéo em perigo, desde | que sem colocar em risco a tripulacao da embarcagao de apoio e observando que as condicdes técnicas de calado cabecos para amarracdo permitam a atracacio; 9) Auxiliar na fiscalizacao do trafego de embarcacdes de esporte e/ou recreio, de maneira nao coercitiva, mas educativa, contribuindo desta forma para a prevencao de acidentes da navegacao; 10) Disseminar para os associados que : a) as tripulagdes das embarcagées atracadas ou | fundeadas sao obrigadas a se auxiliarem mutuamente nas fainas de amarrago e em qualquer outra que possa impli- | | car em acidente ou sinistro; | b) a velocidade de saida e chegada de embarca- Bes nas areas de apoio, rampas, marinas, flutuantes etc deve ser sempre reduzida (menos de cinco nés). Especial atencao deve ser dada a presenga de banhista onde se esteja tafe- gando, procedendo-se entao com a maior cautela possivel. Atitude idéntica deve ser adotada quanto a existéncia de embarcacées atracadas ou fundeadas, que poderao ser danificadas devido a marolas provocadas por velocidade incompativel com o local. * Formacao de Amadores - Tanto quanto possivel, as Marinas, Tate Clubes e Entidades Desportivas Nauticas deverao proporcionar cursos para formagao de amadores nauticos. Tais cursos deverao obedecer as normas da Autoridade Mari- tima a respeito”. * Normas para inscrigo nos exames de habilitagio e respectivas relagSes de contetido programatico ¢ demais informagées constam da NORMAM 13 da DPC nao apresentada neste livro. 180 sgl eee Navegar é Facil ~ Parte I~ Cay XI * Embarcagio de Apoio - As Marinas, late Clubes e/ou Entidades Desportivas Niuticas que apdiam mais de 300 embarcacées de esporte e recreio deverao dispor sempre pronta uma embarcacao para apoio e seguranga com capacidade de reboque das embarcagoes filiadas, bem como, dispondo de recursos adequados de radiocomunicagées, além de material adequado de salvatagem ¢ de primeiros socor- ros necessérios ao atendimento inicial de qualquer emergéncia. Strvico pe Répio - As Marinas, Clubes e Entidades Desportivas Nauticas deveraio possuir um servico rédio equipado de acordo com as necessidades de tréfego rédio local, bem como, Aquele de maiores distancias. Tal servigo devera garantir cobertura rédio aos associados como necessério em funcao dos Planos cle Navegacao apresentados. EmBarcacors DE Esporte & Recreio Estrancziras - Os estabelecimentos nauticos que receberem embareacées estrangeiras de esporte e recreio, deverao cumprir as nor- mas da Autoridade Maritima a respeito*. LEMBRE-SE A utilizacao de embareagSes de comprimento total mai- or que cinco metros classificadas na atividade de esporte e recreio e suas correlatas que interfiram na navegagio ao uti- lizarem as vias maritimas, fluviais ou lacustres sob jurisdi- do nacional deverdo observar as Normas da Autoridade Ma- ritima ( titulos relacionados no adendo 1 a este capitulo) e, em particular ao contido na NORMAM - 03 - “Normas de Autoridade Maritima para Embarcacdes de Esporte e Re- creio e para Cadastramento e Funcionamento das Marinas, Clubes e Entidades Desportivas Nauticas”, cujo extrato é apresentado neste capitulo. Obricacoxs Do ProraietArio- O proprietario deve conhecer e cumpriras normas de esporte e recreio emitidas pela Diretoria de Portos e Costas do Ministério da Mari- nha as quais podem ser obtidas nas Capitanias, Delegacias e Agéncias. Em funcao deste compromisso 0 proprietario além de providenciar a inscrigao de sua embarcagao deve ter especial atenc&o para que os coletes salva-vidas e demais equipamentos de salvatagem estejam de acordo com a lotagao aprovada, bem como, tenham seu uso homologado pela DPC. O proprietario deve ainda efetuar a manuten- ao de sua embarcacao conforme necessério (ver termo responsébilidade anexo 6). As entidades desportivas néuticas que forem apenas entidades normativas esto dispensadas de pos- suir quaisquer equipamentos. Entretanto ao organizarem eventos devem providenciar todo 0 apoio as ‘embarcagoes envolvidas até o final do mesmo. ® Consultar a NORMAM - 03-Cap. 15. 181 Geraldo Luiz Miranda de Barros DOTAGAO DE MATERIAL DE SALVATAGEM E SEGURANCA * Independente do disposto nessas normas, é responsabilidade do Comandante dotar sua embarcacao com equipamentos de salvatagem e seguranca compativel com a singradura que ir empreender. ‘© As embarcacées nacionais, em fungao de seu comprimento e Area de navega- 40, deverao dotar os equipamentos de salvatagem e de seguranga conforme o previs- to nestas normas. * Tais equipamentos devem ser homologados pela Autoridade Maritima, me- diante expedicao de Certificado de Homologacao, devendo estar em bom estado de conservagao e dentro dos prazos de validade ou de revisdo, quando aplicdvel. * Todos os coletes salva-vidas devem ser certificados de acordo com a NORMAM 05 a partir de 10/06/2001. EMPREGO DE MATERIAL COM CERTIFICADOS DE HOMOLOGAGAO DE GOVERNOS ESTRANGEIROS © O material de origem estrangeira poderd ser empregado desde que seja certifi- cado/homologado de acordo com 0 SOLAS* (Classe 1), conforme definido no item 0411. Os materiais e equipamentos de origem estrangeira nao SOLAS, deverao ser homologados pela DPC”. ISENGOES a) As embarcagGes com propulsao somente a vela com classes padronizadas por “tipo” para trafego exclusivamente no periodo diuro, estao dispensadas de dotar o material prescrito a seguir, exceto os coletes salva-vidas. b) As embarcagdes de competicao a remo esto dispensadas de dotar 0 material previsto a seguir, desde que utilizadas em treinamento ou competicao e, em qualquer caso, acompanhadas por uma embarcagao de apoio. As embarcagdes a remo cuja utilizagao requeiram coletes salva-vidas, como caiaques e embarcagées proprias para corredeiras (rafting) devem dotar tais equipamentos. LEMBRE-SE A dotacdo exigida nesta Norma é a minima, consideran- do uma navegagao sob boas condicées meteorolégicas, que exigiré da embarcagao e seus tripulantes o menor esforgo € o minimo de cuidado. ®SOLAS-Convengao Internacional de qual o Brasil ésignatario e que regula as normas basicas de seguranca da vida humana no mar. © As embarcacdes portadoras de Certificado de Seguranca de Navegacao ou nao, deverdo terseus coletes salva-vidas certificados de acordo com a NORMAM- 5. 182 Navegar € Facil - Parte 1- Cap XI CLASSIFICACAO DOS MATERIAIS Os equipamentos salva-vidas e de seguranga citados neste capitulo podem ser clasificados conforme abaixo: * CLASSE I- fabricado conforme requisitos previstos na Convengao Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS). Utilizados nas embarcacdes empregadas na Navegacao Oceanica. * CLASSE I - fabricado com base nos requisitos acima, abrandados para uso nas embarcacées empregadas na Navegacao Costeira. © CLASSE II - fabricado com base nos requisitos acima, abrandados para uso nas embarcacdes empregadas na navegacio interior, Quando explicitamente autorizado pela DPC, poderao ser utilizados nas embarcacdes empregadas na navegacao de mar aberto. * CLASSE IV - fabricado para emprego, por longos periodos, por pessoas en- volvidas em trabalhos realizados préximos & borda da embarcacao ou suspensos por pranchas ou outros dispositivos, que corram risco de cair na 4gua acidentalmente. * CLASSE V - fabricado para emprego exclusivo em atividades esportivas tipo “jet-ski", “banana-boat”, esqui aquatico, “windsurf”, “parasail’, pesca esportiva, é embarcagoes mitidas. MARCAGGES NOS EQUIPAMENTOS SALVA-VIDAS Os materiais de salvatagem a serem empregados nas embarcaces de esporte e/ou recreio nao necessitam ser marcados e podem ser emprestados de outras embarcagoes. Nos equipamentos deverao estar indicados o ntimero do Certificado de Homo- logagao, nome do fabricante, modelo, classe, ntimero de série e data de sua fabricacao. DOTAGAO DE EMBARCACOES DE SOBREVIVENCIA. * Embarcagdes empreendendo Navegacao Ocednica - deverao ser dotadas de balsas salva-vidas classe II para 100% do ntimero total de pessoas a bordo; * Embarcacées que estejam empreendendo Navegacdo Costeira - esto dispensadas do uso de balsas salva-vidas, sendo recomendavel a utilizagéo de one bote inflavel; e « Embarcagées empregadas na Navegagio Interior - esto dispensadas de dotar embareagées de sobrevivéncia. DOTAGAO DE COLETES SALVA-VIDAS A dotagao de coletes deverd ser, pelo menos, igual ao numero total de pessoas a bordo, devendo haver coletes de tamanho pequeno para as criancas, observadas as seguintes Classes: « Embarcacées empregadas na Navegacao Oceanica - deverao dispor de coletes salva-vidas Classe I; Embarcacées empregadas na Navegacio Costeira - deveriio dispor de coletes salva-vidas Classe II; * Embarcagées empregadas na Navegacao Interior - exceto as mitidas, deverao dispor de coletes salva-vidas Classe I; * Embarcagdes Mitidas - deverao dispor de coletes salva-vidas Classe V; 183 Geraldo Luiz Miranda de Barros OBS.: Os coletes salva-vidas deverao ser estivados de modo aserem prontamente acessiveis e sua localizacdo devera ser claramente indicada. Doracao ve Boras Satva-vipas & RECOMENDAGOES * Embarcagdes mitidas - estao dispensadas de dotar béias salva-vidas; * Embarcacées de médio porte - e com menos de 12 metros de comprimento, deverao dotar uma (1) béia salva-vidas do tipo circular ou ferradura; * Embareagées de médio porte - e com comprimento superior a 12 metros deverao dotar duas (2) béias salva-vidas do tipo circular ou ferradura;.c * Embarcacées de grande porte ou lates - deverdo dotar duas (2) bdias salva~ vidas do tipo circular ou ferradura OBS.: a) Suportes das Béias Salva-Vidas - As bias nao devem ficar presas permanen- temente 4 embarcacdo; devem ficar suspensas em suportes fixos com sua retinida, cujo chicote nao deve estar amarrado a embarcacao. b) Dispositivo de Iluminacao Automatica - fi obrigatéria a adogao de dispositive de iluminagao automitica associado a cada béia salva-vidas., com excecao das embarcagées empregadas na navegacdo interior, que estao dispensadas de dotar esse dispositivo. ©) Retinida - Pelo menos uma das béias salva vidas devem estar guarnecidas com uma retinida flutuante. ARTEFATOS PiRoTECNICOS Artefatos pirotécnicos so dispositivos que se destinam a indicar que uma em- barcacao ou pessoa se encontra em perigo, ou que foi entendido o sinal de socorro emitido. Podem ser utilizados de dia ou & noite. Tais sinais so designados, respecti- vamente, sinais de socorro e sinais de salvamento. a) Sinais de Socorro - Destinam-se a indicar que uma embareagio ou pessoa en- contra-se em perigo. Os sinais de socorro sao dos seguintes tipos: 1) Foguete manual estrela vermelha com para-quedas - O foguete manual Sein samba. cam pierquakes ¢ > Csspudting de aiasnamenta asual qe, 2 atingir 300 m de altura, ejeta um para-quedas com uma luz vermelha com forte inten- sidade por 40 segundos. E utilizado em navios e embarcagoes de sobrevivéncia para fazer sinal de socorro visivel a grande distdncia. 2) Facho manual luz vermelha - O facho manual luz vermelha 0 dispositi- vo de acionamento manual que emite luz vermelha com boa intensidade por 60 se- gundos. £ utilizado em embarcacées de sobrevivéncia para indicar sua posigao a noi- te, vetorando o navio ou aeronave para a sua posicdo. 3) Sinal de perigo diurno/noturno -O sinal de perigo diurno/noturno é 0 dispositivo de acionamento manual que, por um dos lados, emite uma luz vermelha com boa intensidade por 20 segundos, e por outro, fumaga laranja por igual periodo. £ utilizado nas embarcacées para indicar sua posicdo exata, de dia ou a noite. 184 Navegar é Facil - Parte 1 - Cap X11 4) Sinal fumigeno flutuante laranja - O sinal fum(geno flutuante laranja é 0 dispositivo de acionamento manual que emite fumaga por 3 ou 15 minutos para indi- car, durante o dia, a posigao de uma embarcac&o de sobrevivéncia, ou a de uma pes- soa que tenha caido na agua. b) Sinais de Salvamento ~ destinam-se ds comunicagées em fainas de salvamento e caracterizam-se por sinais manuais com estrela nas cores vermelha, verde ou branca. DoracAo DE ARTEFATOS PiROTECNICOS Todas as embarcacées de esporte e/ou recreio deverao estar dotadas de artefa- tos pirotécnicos, obedecidas as seguintes condicoes: * Quando em navegacao costeira - 2 foguetes manuais de estrela vermelha com para-quedas, 2 fachos manuais luz vermelha e 2 sinais fumigenos flutuantes laranja; * Quando em navegagio oceanica - a dotacao deverd ser o dobro da prevista para navegacao costeira; e * Quando em navegacio interior - esto dispensadas de dotar artefatos pirotécnicos. ATENCAO Nunca use 6 equipamento de salvatagem para outro fim que nao 0 de salvatagem. Tal atitude poder ter conseqiién- | cas desagradaveis ou até mesmo tragicas. Outros EquiraMeNtTos a) Alarme Geral de Emergéncia - Deverd haver a bordo das embarcacies de gran- de porte, ou Iates, um sistema de alarme geral de emergéncia. Este sistema deverd ser capaz de soar o sinal de alarme geral de emergéncia, consistindo de sete ou mais sons fE curtos, seguidos de um som longo produzidos pelo apito ou sirene da embarcagio. O sistema devera ser operado do passadico e, com excecao do apito, também de outros pontos estratégicos. Dever, ainda, ser audivel no convés aberto e em todos os espa- gos de acomodagies e de servigos. b) Lanterna elétrica - Todas as embarcagGes deverao estar dotadas de 1 lanter- na elétrica. ©) Refletor Radar - Todas as embarcagdes quando empregadas em navegacio de mar aberto, costeira ou ocednica, deverao estar dotadas de um refletor radar. d) Ancora - Todas as embarcagées, exceto as mitidas, devem estar dotadas de uma ancora compativel com o tamanho da embarcacao e com, no minimo, 20 metros de cabo ou amarra (ver a respeito 0 cap. 3 deste livro). e) Apito- Todas as embareacées, exceto as mitidas, devem estar dotadas de um apito. ) Luzes de Navegacio - Todas as embarcacées, quando em navegacao noturna, deverao exibir luzes de navegagao, conforme a parte “C” do RIPEAM (ver a respeito cap. 10 deste livra), 185 Geraldo Luiz Miranda de Barras 8) Sino - Todas as embarcacées, quando em navegacio costeira ou ocednica, de- verdo possuir 01 sino. DoracAo Dr EquirAMENTOs DE NAVEGACAO, Independente do disposto nessas normas, é responsabilidade do Comandante dotar a sua embarcago com equipamentos de navegacao compativeis com a singradura que ira empreender. 1) Todas as Embarcagées: Agulha magnética de governo - Todas as embarcac6es, exceto as mitidas, deverao estar equipadas com uma agulha magnética de governo. 2) Embarcagoes de Grande Porte, ou ates: Radar - As embarcagdes de grande porte, ou Jates, construidas apés 11/02/ 2000, quando em navegagao Costeira ou Oceanica, deverao ser dotadas de radar capaz de operar na faixa de freqiiéncia de + 9 GHz. Para as embarcacées menores 0 seu em- prego é recomendado; Ecobatimetro - As embarcagGes de grande porte, ou lates, construidas apés 11/02/2000, deverao estar equipadas com um ecobatimetro. Para as embarcacées menores 0 seti emprego 6 recomendado; Compensagio de Agulha - As embarcacées de grande porte, ou lates, deve- rao ter sua agulha devidamente compensada (certificado valido por 01 ano) e sua ta~ bela ou curva de desvios estar disponivel a bordo. PUBLICACOES E QuADROs * As embarcagdes de esporte e recreio, exceto as mitidas, deverao dotar cartas néuticas relativas as regiées em que pretendem operar, em local acessivel e apropriado * As embarcacées deverao dotar quadros em local de facil visualizacdo, e as que nao dispuserem de espaco fisico suficiente poderao manté-los arquivados ou guardados em local de facil acesso ou reproduzi-los em tamanho reduzido, que per- mita a raépida consulta: a) Embarcacées de Grande Porte, ou lates, deverao dotar em local de facil visualizacao, os quadros_abaixo: 1) Regras de Governo e Navegacilo; 2) Tabela de Sinais de Salvamento; 3) Balizamento; 4) Primeiros Socorros; 5) Respiracao Artificial; 6) Sinais Sonoros e Luminosos; 7) Luzes e Marcas; b) Embarcacdes de Médio Porte - esto dispensadas de manter a bordo os qua- dros dos itens 4), 5), 6) e7) ©) Embarcagées Mitidas - As embarcacdes mitidas estao dispensadas de possuir quadros. 186 Nawegar é Facil - Parte - Cay XT DoracAo DE MEDICAMENTOS FE MATERIAL CirURGICO. Independente do dispostonessas Normas, é responsabilidade do Comandante dotar sua embarcagio com medicamentos e materiais de primeiros socorros compativeis com a singradura que ira empreender e os tripulantes e passageiros que tiver a bordo. * A dotacao de medicamentos e material cirtitgico que consta desta Norma foi estabelecida através de portaria especifica da Agéncia Nacional de Vigilancia Sanita- ria do Ministério da Satide. * As embarcacées que transportem 15 (quinze) pessoas ou mais a bordo deverao ser dotadas dos medicamentos e materiais de primeiros socorros conforme descrito no Adendo 3 E. * Para as embarcacoes de mar aberto que transportem menos de 15 (quinze) pes- soas a bordo, recomenda-se adotar Caixa de Medicamentos. OBS.: Similaridade - Os medicaments e artigos indicados nas tabelas de dotaco poderao ser substitufdos por similares, desde que constem numa tabela de equivaléncia organizada e assinada por médico credenciado junto ao Conselho Regional de Medicina. CARACTERISTICAS DE EQUIPAMENTOS DE Rapio ComuNIcAGAO Os equipamentos de radio comunicacées deverdo possuir as caracteristicas abaixo: a) transceptor HF - com poténcia suficiente para operar a uma distancia de, pelo menos, 75 milhas da costa; b) transceptor VHE - com poténcia minima de 25 w, para operar no limite da navegagao em mar aberto, tipo costeira, e na navegacao interior; ¢) equipamento portétil VHF - para uso em caso de abandono da embarcacao ou falha de operagéo do equipamento organico. £ recomendavel que esse equipamento seja revestido de protecao plastica, para evitar contato com a 4gua. Devers ser alimen- tado por uma bateria, com capacidade para operé-lo por no minimo quatro (4) horas , com um coeficiente de utilizagao de 1:9, ou seja 1 minuto de transmissao por 9 minu- tos de escuta. A bateria devera ser mantida sempre a plena carga. Os equipamentos de comunicagées devem ser registrados no érgao federal com- petente e satisfazer as prescrig6es pertinentes do Regulamento de Radiocomunicacées, aplicdveis ao servigo mével maritimo. FREQUENCIAS OBRIGATORIAS - sio obrigatérias as seguintes freqiiéncias: 1) Transceptor de VHF - freqiiéncia 156,8 Mhz, canais 16, chamada e socorro, 68 ¢ 69 respectivamente. Se o transceptor for do tipo DSC, a freqiiéncia deverd ser 156,525 MHz, canal 70, para a chamada seletiva digital (DSC) ao invés do canal 16. Enquanto a embarcacao estiver navegando, o equipamento VHF devera estar ligado e em escuta permanente no canal 16 ou 70 no caso de equipamento DSC. 2) Transceptor HE - 2182 KHz freqiiéncia Internacional de Socorro ou 4125 KHz, chamada e escuta no Atlantico Sul. OBS.: Em funcao das condigdes locais de propagagio, 0 equipamento pode- A operar, ainda, nas seguintes freqiiéncias: 8255 KHz; 12290 KHz, 16420 KHz e 187 Geraldo Luiz Miranda de Barras 22060 Khz, bem como utilizar-se das freqiiéncias 4.431,8 Khz e 8.291,1 Khz, utiliza- das pelas estacdes costeiras dos Iates Clubes e Marinas. Fontes DE ENERGIA 1) Quando a embarcacao estiver navegando, devera haver disponibilidade per- manente de um suprimento de energia elétrica suficiente para operar as instalacoes radio e carregar quaisquer baterias usadas como parte de uma fonte ou de fontes de energia de reserva para as instalac6es radio; 2) As embarcagoes de grande porte, ou lates, deverao ser dotadas de uma fonte ou de fontes de energia de reserva para alimentar os equipamentos rédio com 0 pro- pOsito de estabelecer radiocomunicagdes de socorro e seguranga, na eventualidade de falhas das fontes principais e de emergéncia. Homotocacdo - Todos os equipamentos eletrénicos de comunicagées deverao estar de acordo com as normas da Autoridade competente brasileira ou, para 0 caso de equipamentos estrangeiros, serem homologados pela Autoridade competente do pais de origem. DotacAo DE EQutraMENTOs DE RADIOCOMUNICAGOES a) Embarcagdes de Grande Porte, ou late: 1) Quando em navegagio costeira ou oceanica: a) equipamento transceptor em VHF; b) equipamento transceptor em HF; ©) receptor - transmissor radar (transponder) operando na faixa de 9 GHz; d) rédio-baliza indicadora de posigao em emergéncia (EPTRB). 2) Quando em navegagio interior: a) equipamento transceptor em VHE ; b) Embarcacbes de Médio Porte: 1) Quando em navegacao oceanica a) equipamento transceptor em VHF ; b) equipamento transceptor em HE; € ©) radio-baliza indicadora de posicao em emergéncia (EPIRB), obrigatéria a partir de 01/01/2002. 2) Quando em navegagio costeira: a) equipamento transceptor em VHF. 3) Quando em navegacio interior a) recomendado o equipamento transceptor em VHF fixo ou portétil. OBS.: As embareagdes a vela que possuam antena de VHF no tope do mastro deverdo possuir antena de emergéncia para uso em caso de quebra do mastro. 188 Navegar é Facil - Parte 1 - Cap Xut Documentos Todas as embarcagées deverao portar, quando aplicdvel, os documentos listados abaixo: a) Provisao de Registro de Propriedade Maritima (PRPM) ou Titulo de Inscri- gao de Embarcacao (TIE); b) Bilhete de Seguro Obrigatério de Danos Pessoais Causados por Embarca- ges e sua Carga (DPEM);e ¢) Termo de Responsébilidade. REQUISITOS PARA PROTECAO E COMBATE A INCENDIO SISTEMAS DE COMBUSTIVEL Os sistemas de combustfvel de qualquer embarcagao com comprimento mai- or que 24 metros, deverao atender aos seguintes requisitos: a) Nao poderao ser utilizados combustiveis com ponto de fulgor inferior a 60° C (como Alcool, gasolina e GLP); b) Nenhum tanque ou rede de combustivel deverd estar posicionado em local onde qualquer derramamento ou vazamento dele proveniente, venha consti- tuir risco de incéndio pelo contato com superficies aquecidas ou equipamentos elétricos; e ©) Na saida de cada tanque de combustivel devera haver uma valvula de fe- chamento remoto capaz de interromper o fluxo da rede. EXTINTORES DE INCENDIO fe] a) Classificagao dos extintores: Para efeito de aplicagao destas Normas, os extintores portateis de incéndio sao clasificados pela combinagdo de um ntimero e uma letra. A letra indica a classe do incéndio para o qual se espera utilizar 0 extintor, enquanto que o ntimero re presenta o tamanho relativo da unidade. b) Classes de Incéndio: ver capitulo 17 deste livro onde o assunto é detalha- damenie apresentado. = OBS.: Extintores que apresentem um peso bruto de 25 kg ou menos, quando carregados, sio considerados portéteis. Extintores com um peso bruto superior a 25 kg, quando carregados, serao considerados semiportéteis e deverao possuir man- gueiras e esguichos adequados ou outros meios praticaveis para que possam aten- der todo o espaco para o qual sao destinades. A tabela a seguir apresenta a corre- lagdo entre os extintores mais usuais. 189 Geraldo Luiz Miranda de Barros CORRELACAO ENTRE EXTINTORES Classe Agua Espuma CO, P6 quimico Mecanica A2 101 91 = i BA > 51 2kg kg B2 - 91 6kg Akg B3 - 91 10 kg bkg | B4 = 91 25 kg 12kg BS - 91 50 kg 25 kg ca i - 2kg 1kg ce 5 - 6kg 4kg ©) Localizacao - os extintores de incéndio deverao ser instalados a bordo de acor- do com 0 estabelecido no item Dotacao de Extintores adiante apresentada ou, como se configurar como mais conveniente para casos de emergéncia. d) 08 cilindros de sistemas fixos de combate a incéndio deverao sofrer verifica~ Ges anuais e testes hidrostaticos, em principio, a cada cinco anos. INSTALAGOES DE GAS DE CoziNHA - PRECAUGOES As instalagdes de gés de cozinha de qualquer embarcacao deverao atender aos seguintes requisitos: * Os botijées de gés deverdo ser posicionados em areas externas ou em compar- timento nao habitavel, isolado de compartimento habitvel, em local seguro e arejado, com a valvula protegida da acao direta dos raios solares e afastados de fontes que possam causar ignicao; * As canalizacoes utilizadas para a distribuicao de gas deverao ter protecao ade- quada contra o calor e, quando plasticas, deverio ser aprovadas pela ABNT. ‘BomBas De INcENDIO E DE EsGoTo * as embarcagdes de Médio Porte e com comprimento menor que 12 metros, deverao ser dotadas de pelo menos uma bomba de esgoto manual ou elétrica. * as embarcacées de Médio Porte e com comprimento igual ou maior que 12 metros deverao ser dotadas de pelo menos uma bomba de esgoto manual e duas elé- tricas ou acopladas ao motor principal. A bomba nao manual dever ter vazao maior ou igual a 1,5m°/h. * as embarcagdes de Grande Porte, ou lates, deverdo ser dotadas de pelo menos trés bombas de esgoto. Uma das bombas deverd ter acionamento nao manual e inde- pendente do motor principal, com vazao superior a 5 m‘/h. A bomba auxiliar deveré ter vazao superior a 2m?/h. * As embarcagoes de Grande Porte, ou ates, deverao ter pelo menos duas bom- bas de incéndio de acionamento nao manual, sendo que uma bomba dever4 possuir forca motriz distinta da outra e independente do motor principal. A vazao total dessas bombas de incéndio nao deverd ser menor que 20m?/h, sendo que nenhuma delas podera ter um débito menor que 45% do total requerido. 190 Navegar é Facil - Parte I - Cap XII * A(s) bomba(s) de incéndio das embarcacées propulsadas com Comprimento total igual ou maior que 24 metros, fornecendo a sua maxima vazao, devera (a0), pelo menos manter duas tomadas de incéndio distintas com um alcance de jato d’égua, emanados das mangueiras, nunca inferior a 15 metros; ¢ * Bombas sanitarias, de lastro, de esgoto ou de servicos gerais podem ser consi- deradas como bombas de incéndio, desde que ndo sejam normalmente utilizadas para bombeamento de Gleo e que, caso sejam ocasionalmente usadas em fainas de dleo combustivel, sejam elas providas de dispositivos adequados para reversio as suas funcdes normais. RECOMENDAGOES * Sobre redes, tomadas de incéndio, mangueiras (e seus acess6rios) e vias de escape, sao feitas nos itens 0430 e 0431 da NORMAM - 03. © Para as embarcacées propulsadas e construidas em aco ou aluminio, que o projetista utilize nas superficies expos- tas, acabamentos de corredores, escadas, acomodagées e espacos de servicos, materiais nao combustiveis com carac- teristicas de baixa propagacao de chama; e * Todos os requisitos de dotagao de material de prote- ao e combate a incéndio devem ser considerados recomen- | daveis para as embarcacdes nas quais a sua instalacdo nao seja obrigatéria. NAO ESQUECGA * Luzes, Marcas, Sinais Sonoros e Luminosos As embarcagoes de esporte e recreio deverao ser dota- das de luzes, marcas e equipamentos para sinais sonoros e luminosos de acordo com 0 Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar (RIPEAM - 72) e emendas em vigor. No cap.10 deste livro o assunto ¢ apresentado de for- ma detalhada e completa. * Cartas Nauticas Todas as embarcagdes de esporte e recreio, exceto as mitidas, deverao possuir cartas nduticas atualizadas das 4re- as cnde estiverem navegando. * Demais Equipamentos (navegacao, salvatagem, comuni- cacao e incéndio) A dotagao de equipamentos nduticos obrigatérios que cada embarcagio deverd possuir a bordo, esta apresentada no adendo 3 ao presente capitulo. 191 Geraldo Luiz Miranda de Barros 192 | | | | RECOMENDAGOES UTEIS AOS NAVEGANTES * REFLETOR RADAR - extremamente util para embarca- Ges com casco de baixo poder de reflexao. Coloque-o em local elevado e livre de obstaculos. « BOMBA DE ESGOTO - mesmo embarcagées menores ‘ou que sejam classificadas em navegacio de interior devem ter uma bomba de esgoto manual (tipo bomba de bicicleta) eno minimo um balde ou recurso semelhante. ¢ EPIRB - embarcagao em viagens oceanicas com razoavel afastamento da costa nao devem deixar de ter um EPIRB - Radio Baliza Indicador de Posicdo em Emergéncia « EMBARCACOES MIUDAS - mesmo essas devem dis- por de: - Ancora e cabo com comprimento adequado. - béia circular ou em ferradura com pelo menos 20m de retinida flutuante. -caixa de primeiros socorros (quanto maior o trajeto mais completa deve ser). - par de remos. - extintor de incéndio (tipo usado em carros) se dispuse- rem de motor. * FUNDEAR A EMBARCAGAO - 0 cabo de fundeio nao deve ser amarrado préximo ao motor, pois o peso do mo- tor podera somar-se a tracao vertical do cabo provocando emborcamento e afundamento da embarcacao. * POLUIGAO - em mar aberto ou em aguas interiores é proibido langar, descarregar ou depositar material poluente de qualquer espécie, seja lixo, lata, dleo ou liquide. COO- PERE PARA TERMOS AGUAS LIMPAS! Os navegantes deveraio colaborar com os érgaos estadu- ais do meio ambiente no combate a poluicao, informando sobre a presenca de dleo ou outras substincias, na 4gua, que possam agredir o meio ambiente. * PRIMEIROS SOCORROS - os condutores de embarca~ Ges deverao tanto quanto possivel, ter conhecimentos de primeiros socorros e sua aplicacéio pratica. ¢ ESTABILIDADE - algumas embarcacées possuem flutuabilidade e estabilidade restritas, sendo instaveis e f4- ceis de virar e afundar. A maioria dos casos de acidentes | fatais sto decorrentes de ma estabilidade da embarcacao. Tal fato justifica a necessidade de se ter atencao redobrada | no uso e operagao dessas embarcacées. O condutor deve conhecer e observar rigorosamente as Navegar 6 Facil ~ Parte 1 - Cap XT limitagdes de sua embarcagao. Deve ainda, sentar-se e orienatr os passageiros para sentarem-se perto do centro de gravidade da embarcacao de modo a manter o melhor equilibrio. * PRUDENCIA NA NAVEGACAO - os condutores de embarcagdes devem utiliza-las de forma racional e pruden- te, procurando evitar manobras arriscadas e potencialmente perigosas a vida humana eA propriedade alheia. Deverao estar familiarizados com a regido em que irdo operar, co- nhecer e cumprir as regras de seguranga para operacio da embarcacao e estar atentos em aprender e praticar as expe- riéncias bem sucedidas daqueles que conhecem a boa pra- tica marinheira. CANAIS DE COMUNICACAO COM O REPRESENTANTE NACIONAL DA AUTORIDADE MARITIMA E de suma importancia que os usuarios, individualmente ou através de seus lubes, Marinas, Entidades e Associagdes Nauticas, enviem sugestdes para a Diretoria de Portos e Costas com 0 intuito de colaborar no aperfeigoamento da NORMAM 03, a qual, como tudo, deve ser dinémica e acompanhar a evolucao da atividade. Em qualquer tempo, 0 usuario poder apresentar sugestées ao Representante da Autoridade Maritima de sua area (Capitania dos Portos/Delegacia ou Agéncia), ou diretamente a DPC, enviando correspondéncia para Rua Teéfilo Otoni, 4, centro, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20080-090, ou para o FAX (0-XX-21) 3870-5217, ou e-mail secom@dpe.mar.mil.br. 193 Geraldo Luiz Miranda de Barros QUESTIONARIO 1. No comprimento de uma embarcacao, plataformas de mergulho e mastros tipo gurupés nao sao considerados. Certo ou errado ? 2. Nenhuma embarcagao pode exceder a a autorizada. 3. Todo Comandante deve conhecer e fazer cumprir por todos a borde 0—____ paraa______——_do Trdfego : 4, Um amador condutor de canoa usada para recreio ou esporte esta dispensado de habilitagdo. Certo ou errado ? 5. Em baixa visibilidade reduza imediatamente sua —______. 6. Verifique sempre antes da___ para o mar seu de combustivel. 7. Antes de ir para o mar faga seu gala 6 a 8. Conhecer as reas seletivas de ______ cumprir os determi- nados mostra a responsabilidade de um amador. 9, Obedega sempre as areas de ____identificadas nas cartas nduticas. 10. Tenha sempre seu________obrigatério em dia. 11. Somente maiores de ___anos e __ como motonautas poderao pilotar 12. E terminantemente proibido que menores de 18 anos pilotem jet-ski. Certo ou errado ? 13, Se operando com ____use sempre a bandeira_oua vermelha com branca. 194 Navegar é Fécil ~ Parte 1 - Cap Xiit 14. Nunca ultrapasse 0 limite de _ autorizada de sua embarcagao. 15. Tenha sempre a bordo o material de _ pire ers, a _ ____ e combate a___recomendiado para o tipo de sua embarcagio 16. Embarcagées empregadas em mar aberto, sempre que possivel, devem ter um equi- pamento. a 5 atualizadas. 17. Tenha sempre suas 18. O material de salvatagem pode ser usado para outros fins. Certo ou errado ? 19. O ntimero de deve ser, no minimo, ao da____de sua embareacao. 20. O canal _ de um VHF é 0 canal de chamadae 21. A freqiiéncia de Kiw éa freqiiéncia internacional de socorro em HE. 22. Tenha sempre a bordo__de incéndio em condigdes de uso. 23, Toda embarcagdo deve apresentar seu ede inscricdona pope. 13 | 24.0 de _____assinado pelo responsavel (proprietario) da embarcagao é um documento 25. Obedeca sempre a _____ de equipamentos recomendados para sua embarcacao. 195, Geralto Luiz Miranda de Barros CONHEGA A _NORMAM -O3 ELA E° IMPORTANTE PARA vock / woRwAS ‘ot DE Wario NORMAM 03 RESPOSTAS AO FINAL DA 14, PARTE DESTE LIVRO. 196 NORMAM 01 Adendor Adendo 1 NORMAS DA AUTORIDADE MARITIMA 12m:01 manual) — delascom item 0427) eQ2elétricasou | acionamento | acoplada a6 motor) | no manual) os | CERTIFICADOOU 0329 «| (DISPENSADO DISPENSADO | OBRIGATORIO NOTASDE | ARQUEACAO. | _ 09 ‘COLETES oa OBRIGATORIO. OBRIGATORIO OBRIGATORIO SALVA-VIDAS (dasse V) (dasse TM) (Classe Tf) 10 EXTINTOR oz DISPENSADO | OBRIGATORIO | OBRIGATORIO DE INCENDIO (ver ref e item 0438) | (verre eitem 438) n | Hapumacdo | 0503 | Veleiro, Arrais. | ARRAISAMADOR | ARRAIS (eninima) ou Motanauta AMADOR, | (conforme o tipo | de embarcacao) 2 LANTERNA ons | DISPENSADO | OBKIGATORIO | OBRIGATORIO | ELETRICA (Ol unidade) (OL unidade) B LICENGA DE 0303 «=| DISPENSADO. DISPENSADO | OBRIGATORIO poe os SORE CAI | | 14 LUZESDE 0418 | OBRIGATORIO. | OBRIGATORIO | OBRIGATORIO NAVEGACAO | (em naveg. noturna)] RIPEAM-ParteC _|RIPEAM-Parte C RIPEAM-ParteC 3| ADENDO 199 Geraldo Luiz Miranda de Barros ITEM | DISCRIMINACAO | REFERENCIA | EMBARCACOES | EMBARCAGOESDE| _ IATES. _ | | . MIUDAS MEDIO PORTE 15 MARCAGOES 0216 OBRIGATORIO. OBRIGATORIO —- OBRIGATORIO NO Casco (somente 0 (comenosdaistoctes, re de inserigéo) | portoertdinsigo) | 16 MATERIAISE, 022 | DISPENSADO | OBRIGATORIO | OBRIGATORIO. MEDICAMENTOS (apartirde15 —_(@ partirde 15 DEPRIMEIROS pessoas a bordo) pessoas a boro) SOCORROS wv QUADROS: az DISPENSADO OBRIGATORIO. —- OBRIGATORIO (ver referéncia) (ver referéncia) 18 RADIO VHF 0423. DISPENSADO RECOMENDADO | OBRIGATORIO ac TERMODE 0340 OBRIGATORIO OBRIGATORIO. | OBRIGATORIO RESPONSABILIDADE (dispensado para | as emb. isentas de inscricéo) 20 ‘THTULODE 0202 OBRIGATORIO OBRIGATORIO | OBRIGATORIO INSCRICAO (ispensaeo para (emb. AB 2 100 | as emb. isentas deverao de inscrigao) ppossuis PREM) | 21 | VIsTORIAINICIAL 0333 DISPENSADO | OBRIGATORIO. | OBRIGATORIO | (Gsenta caso Aisenta caso cumpradisposto | cumpra disposto item 0333) item 0833) B) EMBARCAGOES QUANDO EM NAVEGACAO COSTEIRA A tabela abaixo discrimina resumidamente os itens obrigatérios para as embar- cages quando empreendendo navegacao costeira. [ITEM DISCRIMINAGAO ——_-REFERENCIA EMBARCACOES IATE | DEMEDIO PORTE | 01 | AGULHAMAGNETICA | ons OBRIGATORIA OBRIGATORIA. | | ‘Compensada, | -vélida por 1 ano |e | ANCORA, ais OBRIGATORIA | OBRIGATORIA | (com no minimo 20 m de cabo ou amarra) |e APITO ons OBRIGATORIO OBRIGATORIO | 08 ARTEFATOS ] 087 OBRIGATORIO OBRIGATORIO | PIROTECNICOS | 02 foguetes manuais estrela | 02 foguetes manuais | | vermelha c/ paraquedas; | estzela vermelha ¢/ | 02 fachos manuais luz verme- | paraquedas; 02 fachos | face uhalshubigeno\ || vandrunielge weawiethe: | | | flutuante laranja | G2 sinais fumigeno — a | | Mutuane aranja 05 | BALSASALVA-viIDAS ons | DISPENSADA |__DISPENSADA 06__| BANDEIRA NACIONAL om | OBRIGATORIA HRIGATORIA REFERENCIA EMBARCACOES TEM | DISCRIMINACAO IATE ~ DEMEDIO PORTE - | 07 BILHETE DESEGURO 0206 OBRIGATORIO. OBRIGATORIO | OBRIGATORIO-DPEM | 08 BOIA SALVA VIDAS 0415 OBRIGATORIA OBRIGATORIA (Circular ou Ferradura) Emb, menor de 12m. 01 unid | 02 unids. Pelo menos Emb, maior de 12m, Q2unids. | umac/ setinida Pelo menos umac/ retinida | futuante, Todas ¢/ flutuante Todasc/dispositive | dispositivode deiluminasio asiomatico | Tluminacao automatic 0 BOMBA DE ESGOTO 0429 | OBRIGATORIA OBRIGATORIA, (Wejacdetalhes inclusive Emb. menor de 12m, 01 unid; | 0@unids, uma delas ‘azo minima no item 0429) Emb, maior de 12m, 01 manual e) com acionamento 02 elétricas ou acoplada n/motor, no manual 10 | CERTIFICADOOU 0325 DISPENSADO (OBRIGATORIO NOTASDE ARQUEACAO 11 | COLETESSALVA VIDAS one OBRIGATORIO OBRIGATORIO (classe) (classe 1) R EPIRB 04m DISPENSADO OBRIGATORIO 13 EXTINTORES, or | OBRIGATORIO OBRIGATORIO. DE INCENDIO | (ver referéncia e item 0438) __(vermeréndaefiem 088) 14 HABILITACAO (minima) 0503 Mestre Amador Mestre Amador | 1B MATERIAIS E 0422, OBRIGATORIO OBRIGATORIO MEDICAMENTOSDE | (@partirde 15 oumais (a partir de 15 0u mais PRIMEIROS SOCORROS |__ pessoas a bord) pessoas a bord) 16 QUADROS 42 OBRIGATORIO CamIGATGRIG | (ver referencia) (wer referéncia) | 7 REFLETORRADAR pais OBRIGATORIO OBRIGATORIO. | 18 RADIOHISS8 01424 DISPENSADO | omeicaroRi0 » RADIO VHF 0128 ‘OBRIGATORIO ‘OBRIGATORIO (x0) xo) 20 RADIO TRANSMISSOR 0424 OBRIGATORIO RADAR (TRANSPONDER) 2 ‘SINO o41s OBRIGATORIO OBRIGATORIO 2 TERMODE 0340 OBRIGATORIO OBRIGATORIO RESPONSABILIDADE 2% | THULODEINSCRICAO om | OBRIGATORIO OBRIGATORIO (emb, AB ignal ow maior de 100, devertio. possuir PRPM) u VISTORIA INICIAL 0333 OBRIGATORIA OBRIGATORIA (isenta caso cumpra (Gsenta caso cumpra isposto item 0333) disposto item 0533) 201 Geraldo Luiz Miranda de Barros C) EMBARCAGOES QUANDO EM NAVEGACAO OCEANICA ITEM | DISCRIMINAGAO _|REFERENCIA| EMBARCAGOES. IATE DE MEDIO PORTE a1 | AGULHAMAGNETICA ois ‘OBRIGATORIA OBRIGATORIA ‘Compensada, | valida por 1 ano 02 ANCORA | ons OBRIGATORIA OBRIGATORIA (com no minimo 20m de cabo ou amarra) \ Le ae = = ists ee | 03 AITO. ons OBRIGATORIO OBRIGATORIO | 0 ‘ARTEFATOS on7 OBRIGATORIO ‘OBRIGATORIO PIROTECNICOS 02 foguetes manuais estrela_| 02 foguetes manuais, vermelha c/ paraquedas; | _estrela vermelha c/ (2 fachos manuais luz verme- | paraquedas; 02 fachos | Ina; O2sinais fumigeno | manuais luz vermelha; flutuante laranja ‘@2sinais fumigeno flut 05 | BALSASALVA-VIDAS 0413 DISPENSADA OBRIGATORIO (ver referéncia) (wer referéncia) 06 | BANDEIRA NACIONAL oa | OBRIGATORIA, OBRIGATORIA 07 BILHETE DE SEGURO 0206 OBRIGATORIO OBRIGATORIO. OBRIGATORIO- DPEM 0s | BOIASALVAVIDAS ons OBRIGATORIA | oprIGATORIA (Circular ou Ferradura) Emb, menor de 12m. 01 unid | 02 unids. Pelo menos Emb. maior de 12m.02unids, | _ umac/ retinida Pelo menos umac/retinida | flutuante. Todas c/ ‘Ahutuante Todas c/dispositive dispositive de deiluminagio automético | Muminagao automatico 09 | BOMBADEESGOTO 0429 OBRIGATORIA OBRIGATORIA, (Veja detalhes inclusive Emb. menor de 12m, 01 unid.; | 03 unids., uma delas vazao minima no item 0429) Emb. maior de 12m. 01 manual e com acionamento | 02 elétricas ou acoplada n/motor nao manual 10 CERTIFICADOOU, 0329 DISPENSADO OBRIGATORIO NOTASDE ARQUEACAO 11 | COLETESSALVAVIDAS | 0414 | OBRIGATORIO OBRIGATORIO (classe) (Classe I} 2 EPIRB 0422 DISPENSADO OBRIGATORIO. 3 EXTINTORES or OBRIGATORIO OBRIGATORIO DE INCENDIO (ver referéncia e item 0438) | (verefrénciaeitem 0538) 14 HABILITAGAO (minima) 0508 Capitao Amador Capitio Amador | 3% MATERIAISE | 04a ‘OBRIGATORIO | OBRIGATORIO MEDICAMENTOSDE | (a partir de 15 ou mais (a partir de 15 ou mais PRIMEIROS SOCORROS | pessoas a bordo) pessoas a bordo) 16 QUADROS: | 042 OBRIGATORIO | OBRIGATORIO (ver referéncia) (ver referéncia) a7 | REFLETORRADAR OBRIGATORIO OBRIGATORIO 0418. 202 Alenido3 rreM| DIScRIMINACAO —|rEFERENCIA! _ EMBARCAGOES | IATE | DEMEDIOPORTE 18 | RADIOHFssB ona DISPENSADO OBRIGATORIO as | RADIO VHF az OBRIGATORIO OBRIGATORIO (fixo) (fixo) 20. | _RADIOTRANSMISSOR oa DISPENSADO OBRIGATORIO RADAR (TRANSPONDER) 2 SINO ons OBRIGATORIO OBRIGATORIO 2 TERMODE ato OBRIGATORIO OBRIGATORIO RESPONSABILIDADE 2B TITULO DEINSCRICAO 0202 OBRIGATORIO OBRIGATORIO. (emb. AB igual ou maior de 100, deveraio | ‘possttit PRPM) 2 VISTORIA INICIAL 0333 OBRIGATORIA OBRIGATORIA (isenta caso cumpra (isenta caso cumpra disposto item 0333) | _ disposto item 0333) D) DOTACAO DE EXTINTORES DE INCENDIO Embarcagao de esporte e/ou recreio com propulsio a motor e com comprimento inferior a 8 m. Localizacao (recomendada) Quantidade Préximo ao motor a Tipo leeeees se Embarcagio com comprimento igual ou superior a 8 me inferior a12 m. Quantidade Proximo ao motor 1 Comando oO Embarcagéo com comprimento igual ou superior a 12 me Tipo — Bac) | Bi inferior a 24m Localizacio (recomendada) Tipo | Praga de méquinas Bac") [_ Comando | PSS Sn Bl Cozinha a Ba Acomodacdes ‘Lem cada corredor principal em] B-2ou cada convés, adequadamenie | C-2 (**) | Tocalizado de forma que | nenhum espaco esteja a mais de 20m de um extintor (*) Embarcagées com tanque de combustivel portatil com capacidade de até27 litros estéo dispensadas (**) Embarcagdes com tanque de combustivel portatil com capacidade de até 27 litros poderao substituir o tipo B-2pelo tipo B-1. (#9) Embarcagdes cuja propulsdo principal seja a vela poderdo substituir os dois extintores B-3 por um B-2. (**) Embarcacées cuja propulsio principal seja a vela estdo dispensadas. 203 se S Q za i a < Geraloo Luiz Miranda de Barros Embarcacao de esporte e/ou recreio com comprimento igual ou superior a 24m. ‘AREA | QUANTIDADEELOCALIZAGAO | CLASSEDOS | EXTINTORES | Passaciigoe camarim de cartas 1 2C4 ACOMODACOES|Camaroies, banheiros, espagos__| 1 emenda corredor principal em cada | A-20uB-2 ublicos, ecritérios, etc. paidis, | convés, adequadamente localizado de siepésitos ecopas associados "forma que nenhum espaco esteja a | mais de 20m de um extintor AREAS DE Cozinhas 1 para cada 200m? ox fragto, adequado| B-2 ou C-2 a0 risco envolvido ESPAGOSDE | Espacos contendo caldeizas a leo DA Be MAQUINAS | (principal ou atnliar) ou qualquer tnidade de leo combustivel sujeita a descarga sob pressio da bomba de servigo de éleo combustivel spaces conteno motores de 1 BH combustio intema ou turbinas — | gfs para a propulsao ‘para cade 1000 BHP, Bog | Espagos auxiliarescontendo 1 proximo da sata Ba 1 préximo da saida motores de combustio interna ‘ou turbinas a gés Espacos auxiliares contendo 1 proximo da saida geradiores de emergéncia/ qua-dros elétrcos principais E) DOTAGAO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS DE PRIMEIROS SOCORROS I- CAIXA DE MEDICAMENTOS INGREDIENTE ATIVO APRESENTAGAO QUANTIDADE Acido Acetil Salicilio: Comprimido de 500mg, 150 unidades Aloo para Anisepia 70% "Gara com 100 Oiunidade [ees Calon ass AS if dad caro Atvado Fiasco de 10-120 mg ouunidade (Hidréxido de Aluminioe Trissilicato de Magnésio) Hidréxido de Magnésio 204 Frasco/suspensao 62.mg/ml-100 ml | | | Cloroguina ou Mefloguina Comprimido de250mg | 25 unidades “no caso de | embarcagies com transit em rea com ocorréncia de Clorpromazina Comprimido de 25 mg | 20unidades Solucdo Oftsimica Antiinfecciosa, Frasco de 10 mi/conta gotas OLuniciade Solugao de Clorofenicol a 1% Hidroxido de Aluminio Composto Comprimido de 1g | SOunidades | (Sunidades Adendo3 TodetodePotéssio "Frascode 120m «|= ORmidades, =| Solugto antisséptica de timerozol (0,18) “Frascode30mi |= Otunidades, =| | Agua Boricada 3% Frasco de 100 a 250 ml Ol unidade | Agua Oxigenada 20 vol Frasco de 100 ml Ol unidade ) aloaina ca Daatoa UORaaRsy Tiunidade Il-LISTA DE CORRELATOS - MATERIAL MEDICO CIRURGICO MATERIAL MEDICO-CIRURGICO | INFORMAGOES COMPLEMENTARES | QUANTIDADE _ acta ae mcaidivel/atanitn ou PASC Rm ealdedanenoe a) ob aovenutaae om de profundidade BAND-AID transparente caxa com a5 unidades Oseaixas de formatos variados Copos descartivei plisticooupapel =| 20unidades Bolsade agua quente/gelo.+«—=«|~=S*«*«éde‘borracha Com invlucto Oiunidade | [esoura rota - asoinoxidével___ | Ol umidade (12cm) Termametro Clinico cs Oiunidade nibraigaéte Rolo tipo Bamarch ou Sam Way ovunidade a Talasdiversas 2 OB unidades a ‘Atadura de crepom rolo com 10 cmx4/5m rolo com 10 emxd.Sm | 02 unidades 02 unicades | Z Atadura de gaze rolo com 75 emxdfim rolo com 5 cmxé,5m_ 5 unictades 05 ide 4 Cotonetes, | caixa com 35 unidades | Ol caixa < Esparadtapo comum | relecom7cemstm | Otumidade [MATERIAL INFORMACOES COMPLEMENTARES | QUANTIDADE | Livro de Primeiros Socorros | oe Oiunidede | Produto desinfotante pertencente a categoria de desinfetante doméstico para apliacio em superticesnantnades (2) Frasco de’2litros | manidace OBS: (a) O uso deverd ser compativel as Instrucde deverd estar escrito o1n® de seu registro no érgio competente do Ministério da Saiide, de Uso constantes da rotulagem out Bula do produto, onde (b) A dotagao de medicamentos e material cirdngico que consta desta Norma foi esiabelecida de acordo com Portaria especifica da Agéncia Nacional de Vigilancia Sanitaria do Ministério da Sauide. 205 Geraldo Luiz Miranda de Barras Adendo 4 SosREVIVENCIA EM BALSA SALvA-VIDAS InsTRUCOES PRELIMINARES AGAO IMEDIATA EM BALSA SALVA-VIDAS OU BOTE ORGANICO DE ABANDONO, *Identificar a pessoa que lidera a balsa salva-vidas ou bote organico de abandono. *Cortar a boga e afastar-se do navio. *Procurar e recolher outros sobreviventes que estejam n’4gua, usando aro flutuante ¢,em condigdes de ma visibilidade, com 0 auxilio do apito e da lanterna elétrica. *Assegurar-se de que a Ancora flutuante est4 atuando, apés a balsa (ou bote) estar afastada da embarcagao. #Fechar as entradas, apés lotada (se possuir). *Acender a luz interna (se possuir). Ler as instrucdes de sobrevivéncia. COMO SOBREVIVER EM BALSA SALVA-VIDAS OU BOTE ORGANICO DEABANDONO O lider deverd, apés estar a balsa (ou o bote organico de abandono) afastada da embarcacao, tomar as seguintes providéncias: a) manobrar a balsa (ou bote organico) para perto das outras, amarré-las juntas ¢ redistribuir os sobreviventes entre as outras balsas ou botes; b) colocar alguém de vigia; c) varrer 0 horizonte com o espelho de sinalizagao pronto a ser usado; d) abrir 0 saco de parlamenta e verificar seu contetido; e) secar 0 piso da balsa e o inflar, se aplicdvel ou necessario; f) administrar os primeiros socorros (caso necessirio); g) organizar os servicos de vigia ¢ distribuir tarefas; h) checar a balsa para sua correta operacdo e providenciar qualquer avaria e reparo, como conveniente (ventilar e reparar, se houver vazamento de CO2 para 0 interior da balsa); i) checar o funcionamento da luz de posigao (toldo) e, na medida do possivel, economizar a bateria durante 0 dia }) orientar as aberturas do toldo para proteger do tempo ou para ventilar a balsa adequadamente (se possuir toldo); 1) preparar e usar os equipamentos de deteccdo especialmente 0 EPIRB. Se dispuzer de equipamento radio operd-lo como conveniente; m) recolher todos os objetos flutuantes aproveitéveis; n) proteger os ocupantes contra as condi¢6es de calor, frio e umidad ©) decidir sobre racionamento de alimentos e agua; p) tomar medidas que elevem o moral; q) estabelecer medidas sanitarias para manter a balsa em condic6es habitaveis; +) manter a balsa, inclusive 0 enchimento dos tubos de flutuacao e dos suportes de toldo (se possuir); 206 Adendo 4 s) utilizar o foguete com pard-quedas ou o sinal manual estrela vermelha caso seja ouvido o barulho do motor de aeronave ou seja avistada fumaca na linha do horizonte; e t) preparar-se para: I-a chegada das unidades de salvamento; Il ser rebocada; Ill- resgatar os ndufragos, por helicéptero; 1V-aterrar e encalhar. NOTA: A ordem pela qual as instrugdes acima deverao ser seguidas dependera das circunsténcias particulares e da situac4o do momento. | ADENDO 4| Fal 207 Geraldo Luiz Miranda de Barres Adendo 5 ORIENTACAO GERALPARA A REALIZACAO DE VISTORIAS 1 - PROCEDIMENTOS 1.1- Local e Horérios As vistorias deverao ser realizadas em portos ou em Areas abrigadas, estando a embarcagio fundeada ou atracada ¢ a principio, em dias titeis e em horario comercial. Por excegao, em caso de forca maior, poderdo ser efetuadas vistorias fora destes dias e hordtios. 12-Assisténcia aos Vistoriadores O Comandante da embarcacdo, proprietério, agente maritimo ou pessoa responsé- vel, pela embarcagao deveré prestara melhor assisténcia possivel no sentido de facilitar as tarefas e consultas formuladas pelo vistoriador. 1.3-Adiamento Os vistoriadores podero adiar a realizado das vistorias quando qualquer das seguintes circunstncias ocorrer: a) a embarcacao nao estiver devidamente preparada para esia finalidade; ) os acessos 4 embarcagio sejam inadequados, inseguros ou necessitem do apro- priado arranjo e limpeza; ou ©) quando for observada qualquer outra circunstancia limitante para a eficacia da vistoria. Nos casos mencionados acima, a solicitacdo, assim como, os gastos necessarios para realizacao da nova vistoria ficarao a cargo do interessado. 2-LISTA DE VERIFICACAO PARA A REALIZACAO DE VISTORIA INICIAL (PARA TODAS AS CLASSES DE NAVEGAGAO) Ttens gerais a) Verificar se a embarcacdo é marcada de modo visivel e duravel, com letras e algarismos de tamanho apropriado (nao menores que dez centimetros de altura), do seguinte modo: 1) nome da embarcagao na popa juntamente com 0 porto de inscrigao; e 2) nome da embareagio na metade de vante do costado em ambos os bordos, podendo se estender por todo 0 costado. b) Verificar se a embarcac&o possui as seguintes luzes, e seu funcionamento, de acordo com a parte C e ANEXO I do “Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar - 1972”, e suas Emendas: 1) luz(es) de mastro (quando aplicavel); 2) luzes de bordo; 3) luz de alcangado; € 4) luz de fundeio. OBS: devera ser verificada a compatibilidade da embarcagao com o arranjo de Luzes da Navegacao aprovado pela DPC (caso a embarcagao 0 possua). 208 Adendos ©) Verificar se a embarcagao possuti os equipamentos para sinais sonoros previstos, conforme aplicdvel. d) Verificar se a embareagao possui o equipamento de salvatagem, ndutica, convés e maquinas previstos, conforme aplicdvel. e) Coletes: 1) verificar se a quantidade de coletes salva-vidas existente a bordo corresponde 4 lotacao da embarcacao: -Classe I (mar aberto); - Classe III (interior). 2) os coletes deverao portar apito firmemente preso por um fiel; e 3) verificar se os coletes estéo estivados de maneira a serem prontamente utilizados, em local vistvel, bem sinalizado e de facil acesso. £) Béias salva-vidas: 1) deverd ser verificado se as béias salva-vidas esto suspensas em suporte enunca presas & embarcacao e se o chicote de suas retinidas nao faz arraigada fixa a bordo; 2) verificar se as retinidas das béias salva-vidas possuem, pelo menos 20 metros de comprimento e se sao feitas de material sintético e capazes de flutuar. g) Lanterna elétrica funcionando. h) Verificar 0 funcionamento do equipamento radio em VHF - Maritimo, que disponha obrigatoriamente da freqiiéncia de chamada e socorro 156,8 MHz (canal 16). i) Verificar se o comprimento total, boca moldada e pontal do casco da embarcacao, LD estado de acordo com aqueles anotados no Memorial Descritivo. ° j) Verificar se o material empregado na construcao da embarcacao esté deacordo| A com aquele mencionado no Memorial Descritivo. a Io) Verificar se os volumes dos tanques de consumiveis estao de acordo com) aqueles anotados no Memorial Descritivo. Caso seja necessério deverd ser requerida a) abertura do fundo duplo ou levantamento do forro ou taboado ou ainda a retirada de) qualquer empecilho a verificagao dos volumes. fe l) Verificar se os equipamentos instalados na embarcacio esto de acordo com| aqueles anotados no Memorial Descritivo: J) item 6 - Caracteristicas de Propulsao; 2)item 7 -Geracao de Energia; 3) item 12 - Equipamento de Esgoto e Lastro; ¢ 4) item 13 - Equipamento nduticos. m) Se a embarcagao possuir comprimento superior a 24 metros, verificar visualmente se o arranjo da embarcagao estd de acordo com o Arranjo Geral aprovado. Devem ser verificados os compartimentos em relacdo ao seu posicionamento e destinacao e, ainda, 0 posicionamento dos principais equipamentos da embarcacao. Ttens Exclusivos para a Navegacao de Mar Aberto a) Verificar funcionamento da bomba de esgoto manual. b) Verificar o funcionamento da biissola e 0 Certificado de Compensacao de Agulha Magnética. ©) Verificar o funcionamento do equipamento radio em HF, com poténcia suficiente para operar pelo menos a 75 milhas da costa, capaz de operar obrigatoria- 209 Geraldo Luiz Miranda de Barros mente nas freqiiéncias Internacional de Socorro somente para embarcacdes que forem navegar a mais de 30 milhas da costa. d) Dotacao de Pirotécnicos Verificar a quantidade exigida (item 0417), os prazos de validade e se os modelos s&o aprovados pela DPC. 3-HOMOLOGACAO DE MATERIAL O vistoriador deverd estar com a lista de material homologado pela Diretoria de Portos e Costas e verificar se todos os equipamentos a bordo constam da lista. Caso haja alguma discrepancia e algum dos materiais nao conste como homologado devera ser solicitado um cépia do Certificado de Homologagao do Material ao vistoriado. 210 Adendo 6 Adendo 6 TERMO DE RESPONSABILIDADE Eu, ; nascido (nome) {(Racionalidade) em. » portador(a) da Carteira de Identidade. (nximero} (Gago expeditos) (data de expedicio) (CPE /CGC) residente & : (ruaav) Gbairto) : , proprietério (a) da (cP) (Cidade UF) (telefone) embarcagao. empregada na navegacao de (ome) inscrita na : (CP/DL/AG) sob o declaro sob as penas da Lei que ‘ndimero) 1- acitada embarcagdo apresenta casco, propuls4o, equipamentos eacessérios de bordo em perfeito estado demanutencaoe seguranga, atendendo a todos 0s requisitos exigidos pelas normas em vigor, bem como a dotaco de material exigido para a classe de navegacao a que pertence, constanteneste Termo; 2.~ estou ciente de que, caso venha a delegar atribuicdes de zelar pela manutencéo do bom estado da embarcacdo e de seu material de salvatagem a prepostos ou a terceiros, profissionais ou no isso nao me exonera, da responsabilidacle pessoal que estou assumindo por este Termo de Responsabilidade, sem prejuizo da responsabilidade que também couber a tais prepostos ou a terceiros, em caso de utilizagao da embarcagao em condigdes improprias de manutengao e/ou oferecendlo risco a seguranca da embarcagio e/ou de seus passageiros ¢/ou terceiros; 3. estou ciente de que responderei administrativa, civil ou penalmente pelas consequéncias do ‘uso da embarcagio, por mim, por prepostos ou por terceiros a quem vier a ceder sett uso, em desacordo ou violacio as leis e normas em vigor, referentes 4 seguranga da navegacdo, sal- vaguarda da vida humana nas 4guas e & prevencao da poluigao hidrica, em particular, das Normas Especificas da Diretoria de Portos e Costas do Ministério da Marinha, que declaro conhecer, , especialmente, pelo no cumprimento das obrigagdes formalmente assumidas por este Termo de Responsabilidade. Assino‘este Termo de Responsabilidade, perante essa (€P/DL/AG) - em. de, de. : (cidade) oH 1a presenca das testemunhas que tambémvassinam o presente. 1PTestemunha (assinatura) (irmas Reconhecidas por autenticidade) 2Testemunha au ADENDO InsrecAo Nava. - Cap 14 ¥ 7 « Fiscalizacao * Apreensao da Embarcagao © Apreensao da Carteira de Habilitagao * Uso indevido de Radiotelefone Maritimo * Operacdo Negligente de uma Embarcacao @ Poluigao por Embarcac6es de Esporte e Recreio « Preservacdo da Sinalizacao Natitica # Uso da Bandeira Nacional * Documentacio, Marcacao e Material Obrigat6rio * Infracdes * Questiondrio ORIENTACOES IMPORTANTES AO NAVEGANTE AMADOR “CU LIMA "M" MIKE “Voc® deve parar imediatamente”* “Minha embarcagdo asté porada” enanco _ zw capo © mmm co — FISCALIZACAO Qualquer embarcacao esta sujeita a Inspecdo Naval, para constatagéo do cumprimento do compromisso assumido pelo proprietario, através do Termo de Responsabilidade, ou de suas condigées de seguranca. No interesse da garantia da integridade fisica de banhistas e esportistas, as autoridades municipais delegadas exercerao a fiscalizagao das embarcacées ¢ atividades de esporte e recreio, nas zonas de praias e margens de rios e lagos, especificamente quanto a 14 identificacao das embarcacoes; habilitacao do condutor da embarcacao; cumprimento das restricdes das areas de navegacdo; trdfego em éreas de seguranca; observancia dos requisitos de seguranca estabelecidos para eventos néuticos poluicao; e cumprimento do hordtio permitido, para embarcagdes com restricao de Geralbo Luiz Miranda de Barras INSPECAO INOPINADA Qualquer embarcacao esta sujeita A acéo inopinada de Inspecéo Naval_para verificagao do | cumprimento da legislacéo e normas pertinentes a navegacio, inclusive do cumprimento do compromisso assumido pelo proprietério através do Termo de Responsabilidade. InteRRUPCAO DE SiNGRADURA, ReriRADA DE TRAFEGO Ou IMPEDIMENTO DE SaiDa DE EmparcacAo - A embarcacao terd sua singradura interrompida , sua saida impedida ou serd retirada de tréfego pelo tempo necessdrio para sanar as irregularidades, sem prejuizo das penalidades previstas, quando flagrada nas seguintes situacGes*. + quando seu condutor tiver sua carteira de habilitacdo apreendida e nao existir pessoa a bordo habilitada para conduzir a embarcacdo; * com excesso de lotacao; * condutor sem habilitacdo espectica para a 4rea em que est navegando; + auséncia dos tripulantes previstos no cartao de tripulagao de seguranca, caso © possua; * falta de extintores de incéndio ou extintores fora do prazo de validade; * falta de coletes salva-vidas suficientes para todos a bordo no momento da inspecdo; * falta de equipamento ou inoperancia do equipamento de comunicagoes radio obrigatério; *sem equipamento para produgao dos sinais sonoros previstos no RIPEAM; * poluindo o ambiente, seja com dleo, combustfvel ou detritos lancados a 4gua; * com excesso de 6leo nos pordes; * com o sistema elétrico inoperante; + sem aparelho de fundeio; * com falta das embarcac6es de sobrevivencia/balsas salva-vidas ou com o pra zo de validade de revisao vencido; e + com biissola ou agulha magnética/girosc6pica inexistente ou inoperante. * com falta de luzes regulamentres ou exibindo luzes de navegacao em desacordo com o RIPEAM. © O enquadramento nas situagdes descritas levaré em conta 0 tipo de embarcagao a 4rea em que esta navegando e os equipamentos ou dispositivos constantes da sua dotacio. 244 Navegar é Facil Parte 1- Cap XIV APREENSAO DA EMBARCACAO ‘As embarcacdes serdo apreendidas, sem prejuizo das penalidades previstas, quando flagradas nas seguintes situacdes®: a) navegando em drea para a qual nao foi classificada; b) conduzida por pessoal sem habilitacdo; c) trafegando sem o TIE; d) sendo utilizada para a pratica de crime; e) trafegando sem as luzes e marcas previstas nas normas em vigor; f) trafegando em péssimo estado de conservacdo; g) quando deixar de atender determinacao para interromper a singradura; hy em caso de violacdo de lacre da Capitania, Delegacia ou Agéncia; i) quando sendo classificada como de esporte e recreio estiver sendo utilizada comercialmente para o transporte de passageiros ou carga ou turismo e diversao; j) quando descumprindo as restrigGes estabelecidas para as 4reas seletivas para a navegacao; 1) trafegando em area de seguranca e m) quando estiver sendo conduzida por pessoal em estado de embriaguez ou sob efeito de substancia toxica de qualquer natureza. APREENSAO DA CARTEIRA DE HABILITACAO O amador terd sua carteira de habilitacao apreendida, sem prejuizo das penalida- des previstas, quando: + entregar a condug3o da embarcacao a pessoa nao habilitada; * conduzir a embarcagao em estado de embriaguez ou sob efeito de substancia t6xica de qualquer natureza; + utilizar comercialmente a embarcagio de esporte e recreio para transporte de passageiros ou carga; € + ~ utilizar a embarcagao para a pratica de crime. © Quando ocorrer apreensao da embarcacao sera obrigatoriamente, lavrado o auto de apreensao, que deverd ser assinado pela autoridade que apreendeu e, sempre que, possivel, por testemunhas. As ‘embarcagoes ficardo fora de trafego até que sejam sanadas as deficiéncias encontradas e serio recolhidas ao depésito da Capitania dos Portos ou 6rgao subordinado. 215 Geralbo Luiz Miranda te Barres ATENCAO O amador que tiver sua carteiza de habilitacéo apreendida e for encontrado conduzindo embarcacao tera stia carteira de habilitagao cancelada, pelo Diretor de Portos | e Costas, sem prejuizo das demais aces penais cabiveis. Seré cancelada, também, pelo Diretor de Portos e Costas a carteira de habilitacio do amador que reincidir nas faltas listadas acima, USO INDEVIDO DE RADIOTELEFONE MARITIMO O uso indevido de um radiotelefone € considerado como crime, sendo que 0 uso de palavras obscenas, indecentes ou linguagem profana durante radiocomunicacées maritimas podera resultar em multa e prisdo com pena de até 2 anos, ou ambos. O uso indevido das freqiiéncias de chamada e socorro sao também passiveis de multas. LEMBRE-SE AS HeqilGhclas de chatuada @ doeoemmneaceven| ser usadas para conversacao ou verificacoes de radio. Tal | trafego deverd ser feito em uma das freqiiéncias de trabalho autorizadas. HAVENDO OCORRENCIA DE ACIDENTES - COMUNIQUE | Na ocorréncia de acidentes envolvendo embarcac6es de esporte e recreio, seus proprietarios ou condutores deverao comunicar o fato Capitania, Delegacias ou Agéncias ¢ Autoridade Policial mais proxima. No caso de acidente fatal ou desaparecimento de pessoa, as comunicacdes deverao conter os seguintes dados: - dia, hora e localizacao exata do acidente; -nome da pessoa que morreu ou desapareceu; = nome ou numero da embarcagao envolvida; € - nome ¢ endereco do proprietario e do condutor. As Capitanias, Delegacias ou Agéncias providenciarao 0 competente inquérito administrative com o objetivo de apurar as causas determinantes, para posterior julgamento pelo Tribunal Maritimo. 216 Navegar é Ficil- Parte I- Cop XIV OPERACAO NEGLIGENTE DE UMA EMBARCACAO Colocar vidas e propriedades em perigo é terminantemente proibido por lei. O responsavel pela condugao da embarca¢ao infratora ser inclusive multado e processado por ofensa criminal podendo ser condenado a pena de priséo por um ano. Sao exemplos de condugao negligente: + operar uma embarcagao a motor a menos de 200m de Area onde existam banhistas; + operar uma embarcacao sob 0 efeito de alcool ou drogas; - operar uma embarcagao com excesso de velocidade na vizinhanea de outras ou em Aguas perigosas; conduzir ski-aquatico de forma perigosa; + sentar na borda de uma embarcagao a motor. POLUIGAO POR EMBARCACOES DE ESPORTE E RECREIO Nao é por estar em uma embarcagio de esporte e recreio que vocé pode jogar “coisas ao mar”! A legislacao brasileira proibe lancar, atirar, jogar ou depositar qualquer material poluente, seja da espécie que for (ixo, latas, dleos etc.), bem como, descarregar 6leo ou outras substancias perigosas em aguas navegaveis brasileiras da zona contigua e das Aguas de jurisdigdo nacional até o limite de 200 milhas. Os navegantes deverao colaborar com os érgaos estaduais e federais do meio ambiente no combate poluicdo, informando sobre qualquer presenca de dleo ou outras substancias que possam agredir o meio ambiente. NAO POLUA AS AGUAS! AGUAS LIMPAS SAO TAMBEM AGUAS SEGURAS! 217 Geraldo Luiz Miranda de Barros PRESERVACAO DA SINALIZACAO NAUTICA + E vedada a utilizacio dos sinais nduticos para qualquer outro fim que nao seja 0 especificado pela DHN + E proibida a instalacdo, retirada ou alteracio das caracteristicas e posicionamento dos sinais néuticos des- tinados aos balizamentos das vias nave- gaveis ou demarcagées especiais, sem autorizagio da Diretoria de Hidrografia an e Navegacao, bem como a instalagio de Ma isquer luzes ou sinais que possam ae quaisquer luzes ou sinais que p eho causar embaracos & navegacio. SE BUEAT * Os danos causados aos sinais néuticos e a nao observancia do estipu- lado neste subitem sujeitam o infrator & retirada, reparo ou recolocagao dos sinais, ou a indenizar as despesas de quem a executar, além de multa. * Qualquer instalacio de baliza- mento ndutico permanente ou de flutu- antes fixos deve ser previamente auto- rizada pela Capitania dos Portos. + Na necessidade de isolamento eventual de area para embarque e desembarque de utilizadores, deve-se dispor de equipamentos méveis de balizamento, do tipo balaustre e cabos que sejam retirados apés a realizacao dos eventos programados. ASSISTENCIA E SOCORRO A VIDA HUMANA - ATENCAO Qualquer pessoa ¢ obrigada, desde que © possa fazer sem petigo para si ou para outrem, a prestar auxilio a quem estiver em perigo no mar ow nas vias navegaveis interiores. Qualquer pessoa que tomar conhecimento da existéncia de vida humana em perigo no mar ow nas vias navegaveis interiores deveré comunicar o fato a Capitania, Delega- cias, Agéncias ou as autoridades estaduais ou municipais competentes. 218 Navegar é Facil - Parte I~ Cap XIV USO DA BANDEIRA NACIONAL * Toda embarcacdo de esporte e recreio, excecao feita as embarcacées mitidas deverd ainda observar as repras do Cerimonial Maritimo em relacao ao uso da Bandeira Nacional. Entre tais regras ressaltamos as seguintes : - s6 usar na Popa a Bandeira Nacional, - a Bandeira Nacional sera usada obrigatoriamente: na entrada e saida dos portos; quando trafegando A vista de outra embarcacao, de povoacdo ou farol com guarnicao; em porto nacional das 08:00 horas ao p6r-do-sol e, em porto estrangeiro, acompanhando o cerimonial do respectivo pais; - © cumprimento entre embarcacées é feito icando e arriando a Bandeira Nacional; - € proibido o uso da Bandeira Nacional fora das especificacdes previstas em Lei ou que no se encontre em bom estado de conservacio; - embandeirar a embarcagao em grande gala, pequena gala ou funeral nas datas previstas, que sao: - grande gala: 7 de setembro e 15 de novembro; pequena gala: 1° de janeiro, 21 de abril, 1° de maio, 11 de junho, 19 de novembro, 13 de dezembro e 25 de dezembro; + funeral :2. de novembro. RISCOS DE ACIDENTES - NAO ESQUECA Na navegacio de esporte e recreio, os acidentes ocorrem com freqiiéncia com pessoas que nao possuem experiéncia | na conducao de embarcagao e especialmente com aquelas | alugadas. Na maioria dos casos, sao abalroamentos que ocorrem quando os condutores se aproximam intencionalmente de outras embarcacOes ou de pessoas nas praias, em alta velocidade, em condigoes de mar adverso ou em areas | restritas. EVITE ESTE RISCO! 219 Geralto Luiz Miranda de Barros DOCUMENTAGAO, MARCAGAO E MATERIAL OBRIGATORIO. I- Documentos / Pusticacdes + Titulo de Inscrigao de Embarcagoes (TIE). * Cartas Nduticas atualizadas da regido onde normalmente trafega. * Manual ou quadro resumo do RIPEAM. + Bilhete de Seguro Obrigat6rio (DPEM). + Documento de Habilitacao do Condutor. TI- Marcacors (com letras e algarismos nao menores que 10 cm): * Proa - na metade de vante, em ambos os bordos 0 nome da embarcagao. * Popa - nome e porto de inscricéo da embarcacao; * Indicacao de “Lotacao Maxima Permitida”, marcada em local visivel, no interior da embarcacao. IM- Marertat Osricatorio * Ver 0 Adendo 3 ao capitulo 13 INFRACOES As infracées praticadas contra a legislacdo vigente e acordos internacionais sobre navegacao e salvaguarda da vida humana nas 4guas e normas decorrentes serao punidas conforme previsto na regulamentacao da Lei de Seguranca do Tréfego Aquavidrio e normas emitidas pela Autoridade Maritima. ConsTaTAcAo DA INFRACAO A infracio sera constatada: * no momento em que for praticada; + mediante apuracao posterior; e * mediante inquérito administrativo. Nawegar ¢ Facil - Parte 1- Gap XiV- AUTO DE INFRAGAO = LAVRATURA Constatada a infragao sera lavrado 0 competente Auto de infracao, formalidade essencial do processo, sem a qual nenhuma penalidade poder ser imposta. Oauto de infracdo serd lavrado pelos inspetores navais ou fiscais municipais, com copia para o infrator para julgamento pelo representante local da Autoridade Maritima* . AUTO DE INFRAGAO ~ JULGAMENTO, RECONSIDERACAO E RecuRso *Lavrado 0 auto, o infrator dispora de 15 (quinze) dias titeis de prazo para apresentar sua defesa. Nao sendo apresentada a defesa no prazo estabelecido 0 auto ser julgado a revelia do infrator. *Considerado procedente o auto, sera estabelecida a pena e dada ciéncia ao infrator. Caso a pena imposta seja multa, o infrator teré um prazo de 15 dias para pagamento. * O infrator poderé efetuar pedido de reconsideracao da multa imposta ou de qualquer decisao proferida a prépria Autoridade, num prazo de 5 (cinco) dias titeis, contados da data da notificagao. - 0 infrator, caso nao tenha deferido o pedido de reconsideracao e nao con- corde com a pena imposta, poder ainda recorrer da decisio, através de recurso, sem efeito suspensivo, dirigido a autoridade imediatamente superior Aquela que proferiu a decisao, no prazo de 5 (cinco) dias titeis, contados da data da decisao do pedido de reconsideracao. - 0 recurso de qualquer natureza deveré ser apresentado a autoridade de cujo ato se recorre, para que esta o encaminhe, com suas considerac6es e argumentos, A autoridade a quem é dirigido. NAO ESQUECA Um Comandante que se recusar a terminar com 0 uso inadequado de uma embarcacdo podera receber ordem de interromper sua singradura, ter sua embarcagao apreendida | e receber um auto de infracdo por nao cumprir com as determinacoes do representante da Autoridade Maritima, | bem como, pelas violagées especificas que constituem a base paraa ordem dada. Dependendo da gravidade da falta have- r4 ainda responsabilidades civis e criminais envolvidas. ‘Lembre-se que a Inspecao Naval existe nao para punir e sim para que com sua acOes permita maior Seguranga no Mar para todos. © auto de infracao deveré ser, preferencialmente assinado pelo infrator e por_testemunhas. Caso 0 infrator se recuse a assinar, o fato sera tomado por termo, caso nao saiba assinar, o auto serd assinado a rogo. 221 Geraldo Luiz Miranda de Barras QUESTIONARIO 1. Qualquer embarcacao est sujeita a InspecaoNaval com algumas excecoes. Certo ou errado? 2. A inspecao inopinada ou de surpresa esta prevista nos regulamentos em vigor. Cer- to ou errado ? 3. Seu barco pode ter sua singradura interrompida por excesso de lotagao . Certo ou errado ? 4, Uma embarcacao navegando em drea para a qual nao esta classificada poder ser apreendida. Certo ou errado ? y Se vocé entregar a conducao da embarcacao a alguém sem habilitacdo 0 que pode acontecer ?R: 6. Ovuso indevido do radio telefone maritimo é considerado como 7. Havendo ocorréncia de acidente envolvendo embarcacao de esporte e recreio o fa- to deve ser comunicado a Capitania do POrto (Delegacia ou Agencia) obrigatoria- mente no menor prazo possivel. Certo ou errado ? 8. A operacao negligente da embarcacao é considerada como ofensa criminal grave. Certo ou errado ? 9. Nao______ 0 mar é uma obrigacdo de todo amador maritimo. 10. Preservar a _ 2 ___ nautica é fundamental a _ = 11. A Bandeira Nacional deve ser, no interior dos portos, usada na da embarcacio. 12. O cerimonial maritimo prevé o embandeiramento em arco das embarcagées em 7 de setembro e 15 de novembro. Certo ou errado ? 13. A infragio poderd ser constatada mediante apuragio posterior a ela. Certo ou errado ? 14. Constatada uma infragao sera lavrado 0 competente __ de A defesa do infrator deverd ser feita no prazo de —— dias uteis. 222 Naviegar é Facil - Parte 1- Gap XIV 15. Vocé pode ter sua safda para o mar suspensa devido a uma série de situagdes todas extremamente importantes para sua —_________ no. 16, As autoridades municipais delegadas poderao exercer a fiscalizacao das embarcacdes de esporte e recreio em zonas de praia e margens de rios e lagos, especificamente quanto a poluigao, habilitagao do condutor e identificacao das embarcac6es. Certo ou errado ? 17. Todo clube néutico ao promover uma regata deverA cumprir os requisitos de segu- ranca estabelecidos e explicitados em norma da autoridade maritima. Certo ou errado ? 18. Uma embarcacio trafegando sem o seu _____de _____ poder ser apreendida. 19. Uma embarcacéo com ____ de lotacao tera sua interrompida pela inspecao naval. 20. O lixo da embarcacao desde que esteja ensacado pode ser jogado ao mar. Certo ou errado ? 21. Nunca opere uma embarcagao a amenos de__ de Area onde exista banhistas. 22. B expressamente __ sentar na___ de uma embarcagao a motor. 23. Podemos usar uma béia de sinalizacio néutica para amarrarmos provisoriamente a nossa embarcagio ? Em que situacao ? 24. Toda pessoa deve socorrer outra, mesmo com perigo para si. Certo ou errado ? 25. A principal finalidade da inspecao naval é proporcionar 0 ____ de seguranga no_____para todos RESPOSTAS AO FINAL DA 1*, PARTE DESTE LIVRO. 223 INsTRUMENTOS BAsicos DO NAVEGANTE - Cap 15 Escolha dos Instrumentos * Agulha * Prumo de Mao * Ecobatimetro « Termémetro « Barometro # Relogio e Instrumentos de Plotar * Bindculos *Lanterna © Questionario ee EscoLHa Dos INSTRUMENTOS Aescotha de que instrumentos devemos ter a bordo ¢inegavelmente uma questiio de escolha pessoal porém, dependera de varios fatores entre os quais realcamos: 0 tamanho do barco e seu uso. AGULHA Como instrumento de medida, de direcGes sua presenca em embarcacdes amadoras é quase que mandatéria, excecao feita, é claro, as embarcagoes mitidas. Mesmo em embarcagoes exclusivas de navegacao interior (ex: barcas Rio-Niter6i) aagulha é sempre um instrumento ati] especialmente em situagbes de baixa visibilidade PRUMO DE MAO E provavelmente a mais antiga “ferramenta” do navegante. Apesar de o apresentarmos na lista de instrumentos, 0 prumo de mao é mais um processo pratico de determinago da profundidade do que, propriamente, um instrumento. Ele consiste de uma linha com marcas tradicionais igualmente espacadas e uma chumbada. Geraldo Luiz Miranda de Barros Ao lancarmos 0 prumo de méo, a embarcacao deverd estar a muito baixa velocidade. Imprimimos ao prumo de mao um movimento pendular paralelo a um dos bordos e quando a linha atingir uma posicao préxima a horizontal deixamo-la correr entre nossos dedos. Se a chumbada toca o fundo, ha neste instante uma folga na linha. Observe onde a superficie da dgua esta “molhando” a linha. A distancia deste ponto chumbada representa a profundidade do local. A precisio da medida dependera bastante da técnica e da pratica do prumador. E comum as chumbadas possufrem uma parte cncava cheia com sabao, com a finalidade de, ao tocarem o fundo, trazerem uma informacao sobre a qualidade, o que, em determinadas circunstancias, é de grande utilidade. ECOBATIMETRO Sobre 0 qual entraremos em maiores detalhes na parte 2 deste livro atualmente, face a um custo relativamente pequeno e as mara- vilhas da miniaturizagao dos circuitos, permi- tindo equipamentos bastante compactos eleves, sao cada vez mais encontrados em lanchas e “Cisar veleiros de pequeno porte conduzidas por Arrais-amadores e Veleiros. TERMOMETRO Dispensa maiores apresentag6es. Eles nos dao a indicacao da temperatura atmosférica, permitindo que saibamos se um lugar esté frio ou quente ou, 0 que é muito mais importante se a temperatura est em ascensio ou em declinio. BAROMETRO A pressdo atmosférica 6 medida pelo barOmetro. A pressio alta corresponde a altura barométrica também alta e vice-versa. Normalmente quando o ar est aquecido e 0 barémetro desce é sinal de chuva. Logo que esta chega o bardmetro para e comeca a subir. Como regra geral, barémetro Nacegaré Fécil- Parte 1- Cap XV alto significa bom tempo e barémetro baixo, mal tempo. Para podermos saber se 0 barémetro esté alto ou baixo devemos saber que a pressdo normal do ar atmosférico é de 760 mm de merctrio, 1015 milibares ou 29,92 pol de mercirio. O importante no barémetro 6 observarmos sempre se ele estd em queda ou em ascensiio, ou seja, sua tendéncia. PREVISAO DE TEMPO APROXIMADA MED Baromerro TeRMOMETRO TEMPO PROVAVEL G » Emascensio Em ascenséo Quente e seco Emascensio Estacionério Bom tempo =—s Emascensio Em declinio Ventos Estacionario Em ascensio Bom tempo Estacionario Em declinio Chuva provavel Estacionério Estacionério Tempo incerto Em declinio Em ascensio Tempo incerto Em declinio Estaciondrio Chuva provavel Em declinio Em declinio Chuvas fortes RELOGIO Um rel6gio (ainda que de pulso) é extremamente attil a bordo de um barco pois, ainda que em uma navegacao em aguas limitadas e quase sempre abrigadas, o referencial hora est sempre presente. Por exemplo: a hora da virada da maré, a hora do por do sol etc. Se pudermos dispor de um cronégrafo ele sera muito itil, principalmente a noite na identificacdo de fardis. Gi INSTRUMENTOS DE PLOTAR E claro que para podermos fazer nossos tracados em navegagio, precisaremos de um Idpis que deve ser suficientemente macio para que em caso de necessidade de uso da borracha nao provoque rasuras em nossas cartas nduticas. Para os tracados necessarios usaremos a régua de paralelas, e para a medida de distancias o compasso, instrumentos jé conhecidos que dispensam maiores apresentagoes. Geraldo Luiz Miranda de Barros BINOCULOS Bons binéculos sao muito titeis a0 navegante auxiliando-o no avistamento de pontos notdveis de terra ou no reconhe- cimento de auxilios a navegacio, tais como béias e fardis. Sempre que usar bindculos, passe as algas em volta do pescogo e tenha cui- dado para que ele nao se choque com coisa alguma, pois mesmo pequenas batidas poderdo causar 0 desalinhamento de suas lentes. LANTERNA Uma lanterna a pilha deve estar sempre dispontvel, especialmente 4 noite. Podemos usar ou adaptar nela um vidro vermelho ou um pedago de celofane vermelho para ndo haver prejuizos a chamada “visio noturna”, 0 que ¢ importante para um aumento da seguranga quando navegamos a noite. IMPORTANTE Se vocé estiver navegando e verificar que o céu esté escu- recendo, a pressao e a temperatura caindo e o vento aumen- tando, nao pense duas vezes. Rume para um local abrigado. E certo que 0 mal tempo est chegando! | 228 10. 11. 12. 13. 14. 15. Nacegar 6 Ritcil- Parte 1- Cap XV QUESTIONARIO Que fatores sao determinantes para a escolha dos instrumentos que devemos tera bordo? Qual o instrumento imprescindivel as embarcacGes em geral? Qual a mais antiga “ferramenta” do navegador? Para que serve? © que deveremos observar, de mais importante, em um termémetro? Com um barémetro em ascensao e um termometro em declinio, que tempo devere- mos esperar? Com o barémetro e o term6metro em declinio, provavelmente o tempo apresentara 0 qué? Barémetro e termémetro em ascensio so indicadores de ? Qual 0 uso mais freqiiente para um cronégrafo a bordo? Usamos um vidro vermelho, ou um celofane vermelho em uma lanterna, para evi- tarmos prejudicar a Qual um sinal de chuva certa? Cite um cuidado que vocé deve ter ao usar binéculos. Por que? Vocé vé na carta que determinado farol tem um “piscar” de 8 seg por 5 seg de “in- tervalo”. Que recurso vocé usar para identificar o farol A noite? Para os tragados de rumos € marcagoes usamos uma de . Barémetro e termémetro sao caracteristicas do incerto. Para que o prumo de mao tem uma cavidade no fundo de sua chumbada? 229 Primemros Socorros - Cap 16 CONHECA ESTES SINAIS "Solo exsistnea mise Eles poderito vir a ser necessdrios e titeis em uma emergéncia médica. “Necessie um mesic” * O Que é 0 “Primeiko Socorro’ ¢ Princfpios Gerais dos “Primeiros SOcoRKOS” * Casos Mais Comuns ¢ Respiracao Artificial * Hipotermia e Congelamento Equipamento Necessario para os Primeiros Socorros * Caixa de Primeiros Socorros * Questiondrio O Que £ O PRIMEIRO SOCORRO A expressao “PRIMEIROS socoRkoS” implica em que depois deles haveré um tratamento mais definitivo, assim que possivel. Isto necesita néo ser esquecido uma vez que, exceto em PoUucos casos, 0S PRIMEIROS socorros so apenas acées imediatas visando: © salvar a vida humana; * aliviar dores; ¢ * evitar complicacoes em feridos ou acidentados. PRINCIPIOS GERAIS DOS PRIMEIROS SOCORROS * Verifique através de exame rapido se o acidentado ou doente esta respirando. Se nao estiver, inicie imediatamente a RFSPIRACAO ARTIFICIAL F 0 MASSAGEAMENTO CARDIACO. Cada segundo que passa poe a vida em perigo. © Se existe wemornaciA, estanque-a 0 mais rapido possivel. Uma grande perda de sangue pode conduzir 4 morte. * O acidentado ou doente deve ser mexido o menos possivel e com a maior suavidade. Se tiver que deslocé-lo faca-o cuidadosamente, pois qualquer solavanco tepentino pode agravar seriamente o estado provocado por um traumatismo. # A posicdo do acidentado ou doente deve ser cmoda e permitit-lhe respirar 0 melhor possivel. Alargue a roupa do acidentado ou doente em volta do pescogo, peito e abdomen. * Nao tire ao acidentado ou doente mais roupa do que o necessério e quando o fizer faca-o com cuidado. « Ter sempre em mente que 0 £srapo DE cHogue pode ser um enorme perigo para a vida. Um dos propésitos dos priwemos socorros em feridos graves é evitar 0 seu aparecimento prematuro. * Nao dara beber ao acidentado ou doente qualquer espécie de bebida alcodlica. Esta pode ser necessaria, mais tarde, durante o tratamento; porém, munca na fase dos PRIMEIROS SOCORROS. « Em caso de fraturas 6 acidentado s6 deve ser movimentado apés a imonitizacao das fraturas. O transporte deve ser suave e eficiente. * Jamals presuma que um acidentado ou doente esta morto até que tenha executado certos testes. Geralto Luiz Mirania de Barras CASOS MAIS COMUNS. Em uma embarcacao de esporte e recreio os casos mais comuns com decorrente necessidade de rritzros socorros sio * enjéo © choques elétricos © afogamentos © ferimentos generalizados © hemorragias © fraturas * queimaduras * insolacées ¢ intermacbes # desmaios em geral * estado de choque IMPORTANTE E essencial que qualquer Comandante tenha a certeza de ter a bordo uma caixa de primeiros socorros, que deverd ser téo mais completa, quanto maior for sua permanéncia prevista no mar.© | Sumariamente sao aqui apresentados os conhecimentos fundamentais para a prestacao dos PRIMEIROS SOCORROS aos casos apontados. Enjoo, No mar, com grande freqiiéncia, necessitamos cuidar de uma pessoa enjoada, ou como falamos na giria naval “mareada”. O melhor tratamento para 0 enjdo é 0 preventivo. Antes de sair para o mar, e depois de 6 em 6 horas, dar as pessoas que acreditam que irdo enjoar comprimidos anti-enjéo. Tais pessoas com predisposigao ao enjéo devem se instalar em locais a bordo bem ventilados. © Sugerimos ter a bordo em viagens maiores, um livro do tipo “Guia Médico Internacional para Navios", editado pela Marinha de Portugal ou 0 “The Ship Captain's Medical Guide", do Departamento de Transporte da Inglaterra. 232 Nawegar ¢ Féeil - Parte I~ Capp XVI Se uma pessoa vomitar, baixe-Ihe a cabeca e vire-a de lado, a fim de evitar que o vomito v4 para os pulmées. Se ela apresentar dificuldade em respirar, pode vir a ser necessério retirar 0 vomito de sua boca com um pedaco de pano ou com os préprios dedos do socorrista. Retire quaisquer objetos que nao sejam fixes, tais como dentes posticos. Cxogue ELéTrico O choque elétrico por vezes no provoca mais do que um incémodo passageiro, mas em casos graves 0 acidentado perde os sentidos, pode ter convulsdes, deixar de respirar e dar a impressdo de ter morrido. Nestas circunstancias, nao perca tempo, a vida do acidentado ainda podera ser salva. Procure seguir a seguinte seqiiéncia: * Corte 0 mais rapidamente possivel 0 contato do acidentado com a corrente. * Se nao for possivel cortar a corrente tome precaugGes para se proteger a si préprio de qualquer choque quando tentar puxar 0 acidentado pela roupa. Use materiais secos e isolantes. + Tao logo a vitima esteja livre, nao perca tempo em remové-la, desaperte suas roupas e se ela tiver deixado de respirar comece imediatamente a respiragao artificial. Faca massagem cardiaca externa se 0 coragao nao bater. Mantenha a respiragao artificial até que a vitima volte a respirar, ou até que chegue socorro médico mais adequado. LEMBRE-SE A prevencio do chogue elétrico 6 0 melhor tratamento. Qualquer equipamento elétrico pode ser considerado perigoso. Nao dé qualquer bebida a vitima enquanto esta estiver inconsciente. AFOGAMENTOS Go Em caso de afogamento afrouxe as roupas da vitima e deite-a de brucos com a cabega virada de lado e apoiada sobre os bracos, para facilitar a saida de agua dos pulmées. Verifique se ha obstrucGes das vias respirat6rias e tire de sua boca quaisquer objetos estranhos, como por exemplo dentes posticos. aPLiQuE A RESPIRACAO ARTIEICIAL. O corpo do paciente deve ficar ligeiramente inclinado (cabeca mais baixa que os pés) para permitir a drenagem de Iiquidos das vias respiratérias. Mantenha o paciente em repouso até que chegue socorro médico adequado ou até que pareca assegurado 0 seu restabelecimento. 233 Geraldo Luiz Miranda de Barros SALVAMENTO DE AFOGADOS O nada- | dor quando se | aproximar de | uma pessoa que | esta se afogando deve tomar cui- dado para que estanao oabrace ouagarre de for- maa lhe por em isco também a sua vida. Osalvador deve nadar de modo a aproximar-se pelas | costas da vitima, pegando-a pelos cabelos ou pelas roupas, de forma a manté-la com o rosto fora d’4gua.e assim rebocé- | la para o local de apoio ou abrigo. A pessoa a ser salva, | | podendo respirar livremente, em geral mantém-se quieta e coopera com o salvador. Se houver corrente forte ou se 0 | _ local for muito afastado de terra ou da embarcagao de socorro, nao tente nadar para evitar o cansago. O melhor é agiientar 0 | ndufrago até que chegue auxilio. | FERIMENTOS GENERALIZADOS Em casos de feridas comuns o tratamento € rotineiro: Agua oxigenada, mereiirio cromo ou mertiolathe e compressas tipo “band-aid” IMPORTANTE Em caso de feridas graves, entretanto, precisamos saber que: # Se hd hemorragia, estanque-a por meio de compressdo ma- nual ou por meio de um penso rapido, suficientemente grande, para tapar convenientemente a ferida. * Nunca lave a ferida, exceto no caso de se tratar de uma dentada de cao. ‘© Nunca tente retirar fragmentos de metal ou pedacos de vi- dro, exceto se estiverem a superficie e possam ser extraidos facilmente. | © Nunca lancar anti-sépticos em uma ferida grave. ‘© Nunca tocar na ferida com os dedos, use gaze esterilizada. | ¢ Nunca deixar a ferida exposta ao ax. 234 Navegar é Récil- Parte 1- Cay XVI HEMorRaAGIAS A hemorragia ocorre quando um vaso sangiifneo ¢ lesado e deixa sair 0 sangue, quando esta é visivel superficie do corpo trata-se de hemorragia externa. A hemorragia externa pode ser: © Agrexiat —sangue escarlate vivo, esguichando em jatos ritmicos. © Venosa — sangue escuro e continuo. © Caprtar — a hemorragia devida a feridas comuns. ‘TOS DE HEMORRAGIA HEMoRRAGIA Fonres veuowmans an |38 A HEMORRAGIA AATERAL ‘TeRAS rooew Gen esran- | Fon ra CADAS PELA Courresslo™ | ull caRmore Poe Sen USK" Sica bos secuntes. |DONESTESMEsMOsPoNTOS LEMBRE-SE QUE UM GARROTE € PERIGOSO, PKs PODE PROVOGAR UMA GANGRENA FOLGUE-O ACADA' M- NUTOS POR PELO MENOS 1 MINUTO. EXEMPLOS DE “GARROTE Geraldo Luiz Miranda de Barros ‘A nemornacia VeNosa nao é geralmente perigosa, embora possa provocar alarme. Ela é facilmente controlavel por compressao. ‘ATEMORRAGIA ARTERIAL pode fazer com que o acidentado perca grande quantidade de sangue em poucos minutos. E este tipo de hemorragia que POE 4 VIDA EM PERIGO; Na hemorragia arterial, a compressa ou o garrote devem ser feitos entre a ferida e 0 coragao. USO DE GARROTE Quando aplicar garrote lembre-se: * Alargue-o de 5 em 5 minutos, pois em caso contrério a par- te do membro abaixo do garrote pode gangrenar. * Se ao alargé-lo a hemorragia comegar, volte a aperté-lo a0 fim de 1 (um) minuto e deixe-o apertado outros 5 minutos. + Se a hemorragia nao recomegar mantenha o garrote largo. mas nao 0 retire porque ele ainda pode vir a ser necessario * Aaplicacao de um garrote é raramente necessdria e sempre | muito perigosa Use-o somente em caso de hemorragia gra- ve incontrolavel ou em casos de amputacoes de bracos ou pernas em que ocorram grandes sangramentos. TRATAMENTO PREVENTIVO CONTRA © EsTapo DE CHOQUE. EM CASO DE HEMORRAGIA, ESPECIALMENTE ARTERIAL, FACA 0 FRATURAS Ea quebra de um ou mais ossos. Sinteticamente podem ser: © simples, e * expostas (hd rompimento da pele). Fratura SIMPLES Fratura Exrosta Sintomas © Estalo do osso. * Dor no ponto de fratura. * Regido ao redor dolorida. * Membro em posicao anormal. « Impossibilidade de movimentar o membro. | eInchacao. - * Estado de choque. Sintomas © Os mesmos da fratura simples. * Ferimento produzido pela ponta do osso. © Ponta do osso aparecendo. * Hemorragia. * Choque Agudo. 236 Noawegar 6 Fétcil- Parte I~ Cay XV1 FRATURA SIMPLES Fratura EXxposta Tratamento « Aplicar talas. * Movimentar apenas o indispen- sdvel. # Se possivel, manter ferido deitado. « Tratar como se fosse choque. * Providenciar socorro médico adequado. Tratamento ¢ Tratar o ferimento. * Tratar como fratura simples. * Providenciar socorro médico ade- | quado © mais rapido possivel. Observacao Observagao # Em caso de ditvida tratar como fratura. © Nao usar 4gua para limpar 0 ferimento. * Nao procurar fazer 0 oso voltar para dentro da carne. FRATURAS 237 Geraldo Luiz Miranda de Barras QUEIMADURAS Sao os ferimentos ou lesdes produzidas pela acao do fogo, contato com corpo quente ou corrosivo, ou pela exposicao aos raios solares. ‘As queimaduras sao classificadas em: © pRIMEmo Grau ~ vermelhidao da pele. ‘© SEGUNDO Grau — formacao de bolhas na pele. # TeRCEMO GRAU ~ destruigao dos tecidos por carbonizacio. TRATAMENTO DAS QUEIMADURAS Qualquer que seja a sua origem, as queimaduras entram todas no mesmo quadro no tocante ao tratamento. Além dos evidentes efeitos locais (vermelhidao, bolhas ow destruicao da pele), as queimaduras podem provocar o estado de choque, que sera mais intenso quanto maior for a extensao da queimadura. As queimaduras que atingem mais da metade da superficie cutanea do corpo sdo geralmente fatais devido a grande intensidade do estado de choque que provocam. TRATAMENTO E CUIDADOS O tratamento em geral deve seguir a seguinte rotina: « Lavar as partes queimadas com dgua em abundancia, sem esfregar * Cobrir a area queimada com gaze molhada em solucio for- te de dcido borico ou bicarbonato de sédio. A vaselina bori- cada oua pura podem ser usadas na falta das solucdes acima. # Nao aplicar anti-sépticos fortes (iodo), pos, dleos de maqui- na, gorduras, ou graxas. Ter os seguintes cuidados: * Nao tentar arrancar qualquer roupa que tenha ficado co- Jada. Usar tesouras para cortar o resto do vestuario. Deixar no local das feridas os bocados que aderiram a pele. « Nao tocar em uma queimadura com os dedos. ¢ Nunca rebente nem fure as bolhas, mesmo que grandes. # Nunca esfregue uma queimadura. A lavagem nao ¢ feita pa- ra tentar retirar qualquer sujeira ou residuo e sim para es- friar o local. Mantenha 0 queimado em repouso e prossiga no tratamento do estado de choque, até que o estado geral da pessoa melhore, 0 que é verificado pelo pulso mais forte e regresso de calor ao seu corpo. 238 Nawegar é Fécil- Parte 1- Gap XVI FOGO EM VESTUARIO Se suas prdprias roupas se incendiaram, N4o corra, porque o vento avivard 0 fogo. Deite-se e enrole o corpo num. cobertor ou outro pano que esteja A mao, deixando a cabeca de fora. Se nao houver nada a mao, deite-se e role vaga- rosamente, batendo ao mesmo tempo o fogo com as maos. Se a roupa de outra pessoa estiver pegando fogo, deite-a no chao, com a parte em chamas virada para cima. Se for necessério, usar a forca para fazé-la deitar. Procure abafar as chamas com um cobertor, tapete, toalha, casaco, ou qualquer outro objeto similarao seu alcance. Procure sem- pre proceder da cabeca para os pés da pessoa, a fim de que as chamas sejam impelidas para longe do rosto da vitima. Se tiver a disposicdo um recipiente com Agua, deite-a sobre as roupas da vitima, a nao ser que estas estejam impregnadas de gasolina, dleo ou querosene. Assim que tiver apagado as chamas, trate do estado de choque antes mesmo de se ocupar | das queimaduras. 239 Geraldo Luiz Miranda de Barras InsotagOes ou INTERMAGOES Ambas sao provocadas pela acao de calor. A iNsoLcao, por exposicao ao calor do sol. A unrermacio, por exposigéo ao calor radiante ou ambiental (praca de m4quinas, pordes, fornalhas etc,). A INsozacio @ a INTERMAGéO apresentam sintomas diferentes e devem ser tra~ tadas diferentemente. INsoLacao Sintomas Interac Sintomas * Dor de cabeca. * Rosto afogueado. * Pele quente e seca. Nao hé suor. * Pulso forte e répido. * Temperatura elevada. * Geralmente desacordado. © Respiracao barulhenta. Tratamento © Deitar com a cabeca elevada. © Refrescar 0 corpo com banho ou compressas frescas. * Nao dar estimulantes. * Rosto palido, vertigens » Pele imida e fresca, suores abundantes. « Temperatura baixa. * Algumas vezes desacordado, mas geralmente volta a si, dentro de poucos instantes. © Respiracdo rdpida e superficial Tratamento * Rosto palido, vertigens. * Pele timida ¢ fresca, suores * Deitar com a cabega no mesmo nivel ou mais baixo que o corpo. ‘© Algumas vezes requer aqueci- mento. « Repor Ifquidos e minerais perdi- dos (4gua com um pouco de sal). | DESMAIOS EM GERAL O desmaio, vulgarmente chamado de “perda de sentidos”, é devido a uma insu- ficiéncia temporaria de irrigacao sangitinea ao cérebro, resultante de uma ou varias das seguintes causas: * Fadiga, terror, ansiedade, emocdo e choque psicolégico. © Fome, sede, exaustéo devida ao calor. * Traumatismo, dor, perda de sangue. * Ambientes abafados. Nawegar é Bicil- Parte I- Gap XVI PriveNcAo Do Drsmaio Se uma pessoa empalidecer e comecar a ficar tonta, previna o desmaio iminente fazendo-a sentar-se com as pernas afastadas e a cabeca bem para baixo entre os joelhos. Deite-a de costas e levante-lhe as pernas. Se tiver a certeza de que a pessoa em vias de desmaiar pode engolir, dé-Ihe um pouco de agua, porque assim podera reanima-la mais rapidamente. TRATAMENTO EM GERAL * Proceda a um exame rapido para se certificar de que 0 do- ente respira e de que nao tem nenhuma hemorragia grave. ‘A parada respiratéria e a hemorragia requerem prioridade de tratamento. Desaperte todo 0 vestuario que possa dificultar a respiragao ‘ow a circulacao sangitinea e deixe o doente apanhar bas- tante ar livre. » Nao desloque o desmaiado antes de ter terminado o trata- | mento de primeiros socorros a nao ser que ele esteja em | perigo no lugar onde esta deitado. » Mantenha 0 desmaiado aquecido com a ajuda de cobertores e coloque igualmente um embaixo dele. * Nao lhe dé coisa alguma pela boca até que ele recobre a consciéncia. Mantenha o desmaiado sob vigilancia constante. Se ele esti- ver agitado, imobilize-o com suavidade. * Deite 0 desmaiado de lado coma cabega inclinada de modo que em caso de vémito esse possa sair com facilidade pe- la boca. © Retire 6culos e dentadura do desmaiado. Nao deixe que sua lingua caia para tras e obstrua as vias respiratérias, Tenha em mente que em caso de traumatismo grave asso- ciado a hemorragia abundante, a perda de consciéncia po- de ser devida ao estado de choque. Estapo pr CHogur Eo conjunto de reacées gerais do organismo que acaba de sofrer um traumatismo. Este estado vai de um ligeiro mal-estar ou desmaio até ao colapso completo com perda de consciéncia. Geraldo Luiz Miranda de Barras Causas Principals As principais causas para o estado de choque sao as dores e a perda de liquidos provenientes de feridas (hemorragias), de queimaduras ou traumatismos miltiplos. SINTOMAS No estado de choque intenso a pessoa esti imédvel ¢ nio presta muita atencao ao meio ambiente. Sua respiracho 6 répida e superficial, entrecortada por suspiros profundos, o pulso é répido e fraco e tem todo 0 corpo pélido, frio e timido ao tato. A pessoa sente-se fraca e a desmaiar, tem sede ¢ pode vomitar; as pupilas ficam dilatadas e, se seu estado piorar, o doente pode cair em inconsciéncia e MORRER. Estapo pe CHogue PROVIDENCIE Socorro MévIco ADEQUADO O Malis RAPIDAMENTE PossiveL 242 Navegar é Facil Parte 1- Cap XVI TRATAMENTO DE ROTINA © PARE A HEMoRRAGIA — primeira medida a tomar caso esteja presente pois, mesmo que nao seja suficientemente grave para causar a morte, ela agrazm sempre o estado de choque. * DEITE A PEssoA ~ a pessoa deve ser deitada com a cabeca em nivel mais baixo que as pernas, permitindo que o sangue reflua em direcao a cabeca e ao coracao, aliviando assim a sensacao de desfalecimento. ‘© DESAPERTE O VEsTUARIO ~ a fim de facilitar a circulacéo san- giiinea e nao interferir com os movimentos respiratérios. Nao dispa a pessoa, pois ela nao pode apanhar frio. © AQUEGA 4 PESsOA — Cubra a pessoa com uma quantidade sufi- ciente de casacos, cobertores etc, para manté-la aquecida em uma temperatura confortavel; coloque igualmente co- bertores debaixo dela. Nao a aqueca demasiadamente, pois o calor excessivo agrava 0 estado de choque. © ALIVIE-LHE AS DORES—0 tratamento de primeiros socorros apro- priados ao traumatismo, causa do estado de choque, cons- titui geralmente o meio mais rapido e mais simples para 0 an | | alivio das dores. * ANIME A PESSOA ~a preocupagio e o medo sao reagdes periei- tamente normais e razoaveis durante um estado de choque. Anime a pessoa falando-lhe com naturalidade e tao con- fiante quanto possivel. Os rufdos e as luzes incomodam as pessoas em estado de choque. Faca o posstvel para obter um ambiente calmo e obscurecido. RESPIRACAO ARTIFICIAL Ea técnica de reanimacao aplicavel a um individuo inconsciente que deixou de respirar. A bordo de uma embarcacdo a respiracao artificial é utilizada em casos de afogamento, choque elétrico, gases t6xicos e compressao tordcica devido a acidente Se a respiracdo tiver parado, a respiracao artificial deve ser imediatamente iniciada no préprio local, exceto se a vitima se encontrar num local perigoso ou exposto a gases toxicos; nestas duas eventualidades ¢ necessdrio proceder primeiramente ao seu transporte para um local seguro ou para o ar livre. 243 16 Goralbo Luiz Miranba de Barros IMPORTANTE A finalidade da respiracao artificial é fornecer aos idos e em especial ao coragao e ao cérebro 0 oxigénio que Ihes falta; deve prosseguir durante bastante tempo, visto que a vitima s6 se reanima, por vezes, depois de longo periodo. Nao pare com a respiracao artificial, senao depois da chegada de socorro médico adequado, ou de ter certeza absoluta de que a morte ocorreu, Mérovo be RespiracAo ARTIFICIAL Apesar de existirem varios métodos, somente apresentaremos os dois mais usados: © BOCA A BOCA Com massageamento cardiaco. © HOLGER-NILSEN. Méropvo Boca a Boca com MASsAGEAMENTO CARD{ACO Tal método deve ser sempre aplicado quando de uma parada cardiaca repentina em um individuo aparentemente normal. O método deve ser executado, preferen- cialmente, por duas pessoas: uma responsavel pela primeira fase da respiracao (boca a boca) e a outra pelo massageamento cardiaco. NAO HESITE O fator tempo é de suma importancia, nao devendo haver demora em iniciar a faina. IMPORTANTE Coloque o paciente sobre superficie dura. Verifique se nao hd pulso no pescogo. Posicione-se em relago ao paciente. Evite esforcos desnecessarios, use 0 peso do seu proprio corpo. © Faca pressao sobre o terco inferior do externo. * Encaixe bem seus cotovelos, nao deixando seus bracos fazerem angulos. © 10 pressdes para 2 respiracoes, se sozinho. Massageamento Cardiaco 244 Nawegar é Récil - Parte I~ Cap XVI INSTRUGOES BOCA A BOCA * Deitar 0 paciente de costas em superficie plana e dura, ¢ Desobstrua a boca e a garganta do paciente, sem o que nao | chegara ar a seus pulmoes. * Ajoelhe-se ao lado do paciente, proximo a cabeca. Com uma das maos suporte o pescoco, com a outra tape-Ihe as nari- nas. Isto fara com quea cabeca caia para tras desobstruindo as vias aéreas, que estavam fechadas pela lingua. MASSAGEAMENTO CARD[ACO *Verifique se nao hé pulso no pescoco. *Coloque o paciente sobre superficie dura. | *Aperte com forga o externo uma vez com a parte arredon- dada da mao. * Aplique pressao com os bracos retos de forma a produzir um movimento para baixo e para cima de 60 a 80 vezes por minuto. *Alterne a massagem com a respiracdo, a uma razo de cinco presses para uma respiracdo. *As pupilas devem ser checadas para ver se cessaram de aumentar (caso tenha ocorrido a morte). RITMO + Com duas pessoas, para cada soprada, deve haver cinco | massageamentos cardiacos. Este ritmo deve se repetir por tempo indeterminado. + Com apenas uma pessoa, 0 método se complica, pois forgosamente o socorrista devera procurar uma posicao na qual se canse menos e faga as duas coisas. Neste caso a melhor posicao ser ajoelhado ao lado do paciente Sopre duas vezes e faca dez massageamentos cardtacos. 245 Geraldo Luiz Miranba de Barros RespiRacao ARTIFICIAL Boca A BOCA COM MASSAGEAMENTO CaRDIACO. pavepa em hiperextenate Nerines conprinidas " Gueixo pare’ deante, preparanad pers respirsyio boca-boca, de dispor as palmas das ma mont sdbre o 1/3 inferior do_esterno, alternendo com respiragao Cuidado para eviter ff fraturas ! 246 Nawegar é Facil - Parte L- Cap XVI Métovo Hotcer-Nitsin Se por qualquer razdo a respiragio boca a boca nao for possivel, recorrer ao método Houcer-Nusen. Tal método também é 0 mais indicado no caso de afogamento, pelo menos na fase inicial de recuperacao do afogado. Neste caso procure manter o corpo do paciente ligeiramente inclinado (cabeca mais baixa que os pés), para permitir a drenagem de Iiquidos das vias respirat6rias. METODO DE RESPIRACAO ARTIFICIAL HOLGER-NILSEN Pressio nas costas e elevaga0 nos bragos joeino do operador i: ee eae POSICAO D0 PACIENTE: Coloque 0 paciente de brugos com os Cotoveios flectidos, as maos superpostas ea face de lado, apoiando-se © lado do rosto sobre as m&os (Desenho 1). Sean Gam POSIGKODOOPERADOR: Apcie-se sobre 0 FASE DE COMPRESSAO: Incline-se para a joetho direito do lado da cabega do paciente e frente até que seus bragos fiquem aproxima- en eA a eet eee damante na vorical © dae que © peso ca eran aise des mbes quaseseiscance, Par Superoy do sou corpo so exega vaga- os dados espalnados, para bao para fora continua ¢igusimente sobre suas mios {esticados @ abertos), devendo 0s punhos es- ga a saida do ar dos pulmées}. Man- tar ao nivel da linha axilar do paciente (De- [enh on cotevelos rigidos ¢ exerca a pressao Sacre Quase cretamente sobre o dorso do pactente tBesenno a POSIGAO PARA A FASE DE EXPANSAO: Alivie’a pressdo ¢ volte vagarosamente 8 sua postura inicial. Coloque sues macs nos brs- 0s do paciente logo acima dos cotovelos (Desenno 4) FASE DE EXPANSAO: Puxe os bracos do pa- ciente para cima e na sua ditegao. Aplique {orga suficiente para sentir a resistencia e {enséo nos ombros do paciente. Deixe os bragos do paciente cair ento sobre o chao. Assim se completa 0 ciclo. A elevaglo dos bragos expande o t6rax distendendo os mis- culos tordcices, arqueando as costas © all- viando 0 peso sobre o térax (Desenho 5). Repita 0 clelo 12 vazas por minuto numa cadénola continua @ uniforme. As fases de compresséo © expansao devem ter aproximadamente a mex evem ter duragao minima, 1a CuragBo: 08 periodas intermedisrios de relaxamento NAO PARE ATE CHEGAR SOCORRO MEDICO ADEQUADO. Geraléo Luiz Miranha de Barras HIPOTERMIA E CONGELAMENTO. Hipotermia é 0 termo dado a uma condicao em que 0 corpo humano tem sua temperatura abaixada para menos de 35°C (95°F) quando as fungdes normais do corpo ficam prejudicadas Causas Accausa mais comum entre navegantes é a imersdo na dgua do mar ou a exposicéo 4 um ar frio, principalmente quando em uma balsa de salvamento. Em um meio ambiente frio a producao de calor do corpo normalmente aumenta em um esforco para contrabalangar a perda de calor porém se a “rate” de perda de calor exceder a “rate” de producao é claro que a temperatura do corpo caira e a hipotermia poderd surgir. ‘A “rate” de perda de calor é muitas vezes maior na égua que no ar. A “rate” de per- da de calor variaré dependendo da diferenca entre a temperatura do corpo ea da agua. IMPORTANTE Mesmo em guas tropicais uma pessoa poderd morrer de hipotermia caso fique dentro da agua por um periodo consideravel de tempo. Em locais de dguas frias a morte por hipotermia poderd, inclusive ocorrer em menos de uma hora. Além disso a morte por afogamento é |_uma freqitente conseqiiéncia da fraqueza causada pela hipotermia e que | ocorrera antes da morte por hipotermia propriamente dita. De uma forma geral todos os mares do mundo possuem temperaturas que podem ser classificadas como as de um ambiente frio. MUDANGA DA TEMPERATURA DO CORPO DURANTE IMERSAO EM AGUA FRIA E SINAIS F SINTOMAS ENCONTRADOS NAS VARIAS TEMPERATURAS. Mudonge de temperatura do corpo durante imers8o am ohne trio « sinaie « sintomes.encontrades os wrion temperatures. * 38 x4 344 32} Estdg> do “apagamente" coragto dininal 0 botimento ‘idee musculer puplias dilatodor misculos rslexador 20. Estégio de torpor (Morte sporente) norte = difcwidede pars rover Tempo, ne bau (oscar dopenderé de vation fotores | Navregar é Récil- Parte I- Cap XVI RECONHECIMENTO DA HIPOTERMIA, A hipotermia deve sempre ser suspeitada quando alguém é resgatado do mar. Os trés estagios da hipotermia estao representados no grafico da pagina anterior. Deve ser observado que o estigio de torpor pode levar a um estado comatoso que é muito dificil de ser distinguido da morte. O acidentado esta inconsciente, nao existem reflexos e as pupilas estéo dilatadas. A “rate” de respiragéo & muito baixa com cerca de dois ou trés movimentos por minuto. O pulso é imperceptivel e as batidas do coragdo nao conseguem ser ouvidas mesmo que com um estetoscdpio . A condicao aparente é de morte porém, 0 critério usado para se caracterizar a morte nao € estritamente seguido em caso de hipotermia De uma forma geral os sobreviventes com capacidade de raciocinar e capazes de contar suas experiéncias, embora tiritando quase que dramaticamente, necessitam apenas que se removam todas as vestes molhadas e que elas sejam substituidas por roupas secas ou cobertores. Bebidas quentes e descanso em um ambiente aquecido (nao excedendo a 22°C = 72°F — temperatura normal de um espaco abrigado) sao também recomendados. MORTE POR HIPOTERMIA A morte por hipotermia é por isso definida como a dificuldade de se ressuscitar um acidentado reaquecendo-o. Ela dependerd é claro, das condi¢ées fisicas do acidentado e dos recursos disponiveis na ocasiAo. IMPORTANTE Devemos ter sempre em mente que, mesio sobre- viventes conscientes podem ter um colapso e se tornarem inconscientes logo depois de serem resgatados. Eles, nesse caso, devem ser colocados na posicio de restabelecimento e nao poderao ficar desassistidos. Na maioria dos casos graves, quando 0 sobrevivente nao esta tremendo porém esta semiconsciente, desacordado ou aparentemente morto, um reaquecimento é essencial. Nunca tente reaquecer a vitima de forma rapida por imersoes em agua quente, exceto se for determinagéo médica expressa. 249 Goralbo Luiz Miranda de Barros HIPOTERMIA — MEDIDAS PARA A. PRESERVACAO DA VIDA * Apés o resgate verifique imediatamente a respiracao da | vitima e seu batimento cardiaco. Se a vitima nao estiver | respirando, assegure-se que as vias respirat6rias estao li- | vres e inicie imediatamente a respiracato artificial. A tentativa de ressuscitamento deve ser feita até a | chegada de auxilio médico adequado, ou pelo menos du- | rante 30 minutos. Prevenir uma perda adicional de calor devido a evaporacao | ou exposigao ao vento. © Nao massageie os membros da vitima. # Evite mexer desnecessariamente a vitima, principalmente ao retirar dela as roupas molhadas. * Envolva a vitima em um saco de dormir ou cobertores (ou, se possivel em dois). Os cobertores nao devem ser aque- cidos e é importante que a cabeca da vitima fique coberta porém ndo sua face. « Coloque a vitima em um espaco nao muito quente. Nunca tente dar qualquer bebida pela boca a um acidentado desacordado. Se a vitima estiver consciente nunca Ihe dé | bebida alco6lica, café ou cha. * Se a vitima estiver desacordada coloque-a na posigao de restabelecimento, se possivel com a cabeca levemente mais baixa que os pés, e cumpra os procedimentos ja descritos. Posigda de restabelecimento © Sea vitima estiver consciente deve Ihe ser dado uma beb | da quente, nao alcodlica. | © Em uma balsa salva-vidas os sobreviventes hipotérmicos devem ser postos entre os ocupantes em melhor estado de | formaa permitir, tanto quanto possivel, uma transparéncia | de calor desses para aqueles. 8 Ss Nacegar 6 Facil - Parte I~ Cap XVI CONGELAMENTO Eo dano causado aos tecidos de uma extremidade do corpo pelo frio. Geralmente as partes atingidas sao: as mdos os pés ou o nariz. SINTOMAS * Inrcrat ~ dor ardente que pode ser muito forte; © Posterior —o entorpecimento aumenta com o endurecimento e “azulamento” da parte atingida. IMPORTANTE * Nao esfregue os tecidos. * Nao aqueca o local atingido a mais de 44°C, uma tempe- ratura maior causaré danos ao tecido ja fragilizado. « Faca uma verificacao geral sobre possiveis sintomas de hipotermia. EQUIPAMENTO NECESSARIO PARA OS PRIMEIROS SOCORROS™ © homem do mar é por sua propria natureza adaptavel as circunstancias e improvisador em muitas delas. Poucos “equipamentos médicas” sao necessarios para um primeiro-socorro efetivo ea maioria dos itens necessatios podem set “achados” a bordo de uma forma ou de outra. Bandagens podem ser feitas de qualquer material limpo, preferencialmente absorvente, € talas podem ser facilmente improvisadas com remos, sarrafos, talas das velas, réguas paralelas etc. dependendo do uso que se precise para um acidente em particular. E necessirio que vocé lembre que a caixa de primeiros socorros ndo deve ter um “duplo papel” a bordo, ou seja, esparadrapos e bandagens, por exemplo, néo séo para remendar velas ou auxiliar 0 reparo da mastreacao! Extraido do livro “Srcunanca No Max’ do mesmo autor, 251 Goralto Luiz Miranda de Barras Entendemos até que, na hora de uma “onca” 0 “primeiro-socorro” ao barco possa ser importantissimo, mas o material médico deve ser preservado ao maximo. Remédios, tais como, morfina, devem ser mantidos muito bem guardados, no minimo, para vocé evitar confusdes e tornar seu emprego simples e seguro quando necessario. Os remédios mencionados aqui sao facilmente encontrados nas farmdcias de qualquer lugar do mundo. CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS” * Avnmioricos — usados em infeccdes. S40 geralmente adequados aqueles de largo espectro para cobrir a maioria das bactérias. Devem ser usados conforme recomendado nas bulas e por um minimo de 5 dias. © AnatcEsicos — existe uma diversidade deles que vao desde a aspirina até a morfina com efeitos colaterais diferentes. Podem ser em tabletes, injeces ou gotas ou mesmo cremes ou gelatinas para uso externo. ; © Anri-enj6o ~ preferencialmente stugeron (cinnarizine). E melhor tomar um tablete um dia antes da viagem e depois, durante ela, um a cada seis horas. Tenha também supositérios anti-enjéo pois certas pessoas nao conseguem reter nada no estomago. MiscetAnea — tenha a bordo: — colirios —tintura de iodo/mercirio cromo — creme anti-séptico — pilulas anti-dcidas = filtros solares = anti-alérgicos ~ antitérmicos ~ pomadas contra queimaduras ~ anti-diarréicos ¢ Mareriat DIVERSO .. Le © a caixa de primeiros socorros ermine deve ser estanque a dgua; Be ero dene © a caixa de primeiros socorros de- ~algodae ve ser téo mais completa quan- = eoronielss to mais extensa for sua viagem; << re + mantenha os remédios dentro gee dos prazos de validade. “Extraido do livro “Secunanca No Max” do mesmo autor. 252 10. AS. 12. a3. 14. 15. Navegar é Bécil- Parte I- Cap XVI QUESTIONARIO Quando, por ocasido de um acidente a bordo, o acidentado nao estiver respirando, devo proceder: a um cardfaco acompanhado de a Para se realizar a respiracao boca a boca, devemos proceder antes, a uma verificacao se existem na boca do acidentado. Em caso de fraturas 0 acidentado s6 deve ser movimentado apés a da()_ GS) Qual um dos principais propésitos dos Primeiros Socorros em feridos graves? Havendo hemorragia no ferido, devemos procurar estancé-la 0 mais cedo possivel. Certo ou errado? O que significa uma pessoa dizer que est4 “mareada”? Qual, sempre que possivel, a agao a tomar quanto a um acidentado por choque elé- trico forte? Ao tentar salvar um afogado, devemos nos aproximar dele como? A hemorragia arterial é constatada através de um sangue esguichando em forma de em O que caracteriza uma queimadura de 3° grau? Se nossas roupas pegarem fogo, que procedimentos devemos adotar? A fadiga e a ansiedade podem ser fatores para um O estado de choque tem como caracteristicas principais: 16 | e Quando um corpo humano tem sua temperatura abaixada para menos de 35°C ha um forte risco de surgimento de Quais so os trés principais estagios da hipotermia? DESTE LIVRt 253 ComBate - Cap 17 - PREVENGAO E a NCENDIO A bordo é bom lembrar, as chances de haver um incéndio ou uma explosdo serao sempre maiores que em terra desde que vocé nao se preocupe com a prevencao de tais riscos. O fogo a bordo é um assunto muito sério. Se 0 incéndio comecou com uma explosao, haverd pouco que voc’ possa fazer exceto, agarrar um colete ou uma bdia salva-vidas e pular na Agua imediatamente. * Incéndios - Prevengao e Combate © O Fogo © Regras Bésicas de Combate a Incéndio * Classificagao dos Incéndios Principais Agentes Extintores * Agentes Extintores FuncGes e Usos * Precaucdes Contra Incéndios * Causas Principais de Incéndios Reducao dos Riscos * Questionatio INcENDIOS — PREVENCAO E COMBATE OFOGO $6 existe fogo quando ha combustdo, que nada mais é do que uma reacdo quimica simples. Para dar-se a combus- tao é preciso haver: * combustivel © oxigénio © temperatura de ignicéo CUIDADO Um incéndio constitui um grande perigo para qual- quer embarcacdo. Todas as precaucdes devem ser tomadas para evitd-lo e é absolutamente necessdrio que saibamos como combaté-lo caso ele surja. REGRAS BASICAS DE COMBATE A INCENDIO 7 Tirando-se um dos elementos desse triangulo a combustdo ser eliminada. Assim, para combatermos um incéndio, temos trés (3) regras basicas: Geraldo Luiz Miranda de Barros © A remogio do material combustfvel de locais inadequados ou perigosos. ~ Nao havendo 0 que queimar nao pode haver incéndio. * O resfriamento — abaixando a temperatura de ignicao estaremos desfazendo 0 “triangulo do fogo”. © O abafamento — em um incéndio a remocao do oxigénio ¢ feita por abafamento. CLASSIFICAGAO DOS INCENDIOS PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES Incénpro Crasse A — 0s que envolvem materiais fibrosos ou sdlidos que deixam como residuos brasas ou cinzas. E o caso da madeira, papel, cabos, estopas, velas, etc. Esta classe de incéndio pode ser extinguida principalmente por agua, porém o CO, ea espuma também podem ser usados eficientemente Incéxp10 CLasse B~0s que ocorrem em liquidos inflamdveis, tais como: gasolina, 6leo, nafta etc. Esta classe de incéndio pode ser extinguida principalmente por agentes abafadores como CO, , pd quimico e a espuma. A agua deve set evitada, pois podera espalhar o incéndio. oe eee ts cad ries ce b, + EvTE A Agua GASOLINA OLEO, NAFTA, ETC, 256 Nawegar é Fiteil - Parte I~ Cap XVI Incénpio C1asse C = 08 que ocorrem em equipamentos elétricos ou eletronicos em geral quando energizados. Nesta classe de incéndio a primeira providéncia, se possivel, é desalimentarmos 0 circuito, porém nao devemos perder tempo com isto. Combata-o imediatamente com 0 melhor agente disponivel. Nao hesite em usar dgua em circuitos de baixa voltagem e corrente continua, como sao normalmente os sistemas elétricos das pequenas embarcacées. Nao hé perigo de choque elétrico nem curto circuito. NUNCA USE AGUA EM CIRCUITOS DE ALTA VOLTAGEM. O incéndio classe C pode ser combatido eficientemente com CO, ou com pé quimico. USE DE PREFERENCA ‘602 04 PO aulaco Incéndio Classe D ~ incéndios que envolvem metais combustiveis como s6dio, potdssio, magnésio, titanio ealuminio. A extingao é feita usando-se agentes absorvedores de calor, tais como, certos p6é quimicos que nao reagem com os metais que estejam queimando. ‘|e MAGNESIO| DIO at POTASSIO Alas 257 Geraldo Luiz Miranda de Barras AVALIACAO DO CONTEUDO DOS EXTINTORES DE INCENDIO USO NO | CONTEUDO eae VANTAGENS | DESVANTAGENS| PRECAUGOES CLASSE DE INCENDIO | | | te, A,B,C | Abafa o fogo e no Menosefetivo em ére- | Tenha cuidado em 4 | conduz eletricidade, as abertas onde ocor-| reas nao ventiladas |podendo assim ser rem rajadas. Se a ori-/ comuma eventual su- usado em qualquer gem do incéndio nao. focacao. classe de incéndio, | for removida, o fogo poderd voltar. Pode sufocar em espacos fechados. P6Quimico A,B, CouD Nao permite o proces- Pode parar um motor. Nao deve nunca ser |s0 quimico da com- Pode deixar um resi-, descarregado parcial- | | bustao. duo que poste avariar| mente Sedescarregar equipamentos eletré-| ainda que brevemen- | nicos ou maquindria| te, seu bocal ficaré va- | diversa. zando. Descarregue completamente e re- carregue, | Espuma. | A,B Mais efetivo emincén- Deixa um residuo su-| dio classe B. Pode ser. jo, Nao deve ser usado| usado em incéndios em incéndios classe C. classe A. Xxx Halon | Comumente disponfvel em sistemas fixos e unidades portateis) Os mandmetros po- para combater incéndios classe A, B e C. Atualmente esta] dem ser ileg{veis. Tem sendo retirado de uso, por motives ambientais. De acordo| o peso verificado anu- com um tratado internacional de 1987, para eliminagio de| almente e etiquetado. agentes desiridores da camada de oz6nio, o uso do Halon sera banido a partir do ano 2000 nos patses desenvolvidos Pirénioe | Comumente usado no passado. Ainda usado em extintores) _ NAo Use! Tetracloreto de | antigos. O Gas Téxico pode ser fatal. Nao use. | | Carbono OssERVACOES A- Combustiveis comuns: madeiras, roupas, borracha, papel e diversos plasticos | BK Liquidos inflamdveis: gasolina, solventes, graxas, dleos ¢ algumas tintas. C- Equipamentos elétricos: fios, caixa de fusiveis, equipamentos elétricos energizados. | D- Metais combustiveis: magnésio, s6dio, titanio, potéssio e alumfnio. 258 Navegar é Bicil - Parte 1- Cap XVIE AGENTES EXTINTORES, FUNCOES E USOS AGENTE | FUNCAO FUNCAO CLASSE INCENDIO PRINCIPAL SECUNDARIA' qa Bp CD Acua RESFRIAR ABAFAR Sm Nio Nio - _ 60, | Rese Sim SIM SMO P6 uimico 2 Siw Sma Sim Ao = EspuMa RESFRIAR. Sim = SIM PRECAUCOES CONTRA INCENDIOS Devemos ter em mente que a maioria dos incéndios pode ser evita- da, Aquele que mantém sua embarcagao em per- feitas condicées, 0 que in- clui a limpeza dos pordes e do compartimento do motor, eseu fundo, e uma correta manutengio dos equipamentos, tem uma probabilidade infima de se ver as voltas com pro- ESPUMA a ee PAPEL, OLEOS OLEOS QUALQUER: blemas de incéndio. Isto [fapeinas -—_-gonbunas Senovess Ting e requer uma atengao cons- TECID0s ELETRICIDADE —INCENDIO tante. Sempre que for ob- servada alguma coisa que possa contribuir para un incéndio, corrija-a! Mesmoa menor das embarcacdes (comalgumas excegdes conhecidas) so obrigadas a conduzir no minimo um extintor de incéndio de tipo aprovado. Ha uma grande variedade de extintores de acordo com as finalidades a que se destinam. Os mais comuns siio os de CO, p6 quimico e espuma. Geraldo Luiz Miranda de Barns A Autoridade Maritima Brasileira (DPC) determina o seguinte nimero de extintores: COMPRIMENTO. C<8m 8. Preta e encarnada. . Duas esferas pretas. Verde. . Racon D. c Errado Perigo isolado. Reoes vesuran Bombordo. Verde - cilindro verde. 10 - RIPEAM . ORIPEAM ~ Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar tem como principal finalidade o estabelecimento de regras para a conducio de embar- cagées bem como, de regras para informé-las através de sinais de apito, por luzes ou por marcas diurnas de nossas intenges ou acdes, tudo a fim de se evitar as co lisOes no mar. Errado. Bom Senso. . Embarcacao restrita devido ao seu calado. Certo. . Reduzir a velocidade para uma velocidade segura. . Rumo de colisio. . Errado, O RIPEAM determina que em canais devemos navegar tanto quanto pos- sivel junto a margem de boreste. ). Preferenciada. ). Manobradora. . Em rumos perpendiculares a diregao geral do tréfego da zona de separagao de trafego a fim de nela permanecermos 0 menor tempo possivel. . a) barco B; b) barco A; ¢) barco B; d) barco B; e) ambos guinam para BE; f) barco B. 14. 15. 16. 17. 18. 20. 21. 22. 23. 24, 25. 26. 27, 28. 30. oP eR . A Boreste dela. . A luz de fundeio adequada ao seu comprimento e duas luzes vermelhas verticais Nawegar & Facil - Parte I~ Respostas . Boreste. Guinar para BE. Sim. Ela é a embareagao preferenciada. Manobradora. Quem recebe © vento por Bombordo manobra. Se 0 vento estiver soprando do mesmo bordo, a embarcacdo que estiver mais a barlavento manobra. Reduzir a velocidade. J-E-A-F-€_1-H_-D_B-G; Errado. Um cilindro preto. Trés luzes encarnadas na vertical. Uma luz circular branea na proa, Estou guinando para boreste. Estou dando atras Ele deveria entrar o mais a boreste possivel. Sinal de adverténcia. Ele est Ihe avisando de algum perigo. Submarino navegando & superficie. Vocé é a manobradora. no mastro principal. I = [4 < Ry f n eo = ep) =) a n sa) [om Apito ~ sino - gongo. 11 - NAVEGACGAO EM AGUAS INTERIORES Sim. . Sim; Capacidade de manobra restrita. Devido aos banzeiros (ou maretas) que podem avarié-las . O que estiver a seu boreste. . X = mudar de margem; H = canal a meio do rio até o proximo sinal. 21 Geraldo Luiz Miranda de Barros 6. a. 8. =. 10. Tl. 12. 13. 14. 15. eS PNe ee wpe ii. 12. 13. 14, a5; 308 verde, Balizamento de 4guas seguras previstas no balizamento maritimo (Cap.9 do livro). Subindo o tio. Talvegue. Maretas - banzeiros. Perigo isolado. Radar e ecobatimetro. Apitar (longo com intervalo de 2 min), Subindo o rio. Perigo isolado 12-0 QUEE O R-LESTA ? . Certo. Certo. . Certo. Certo. Certo. Certo. Errado. . Alto mar (ou mar aberto). . Apoio Maritimo, . Longo curso. Errado. Certo, Errado. Certo. Errado. 2SNannwn . Navegagio - limites. |. Seguranca, . Seguro. . 18 - habilitados - “jet-ski . Certo. .. Mergulhador - alfa - diagonal. . Lotacao. . Navegacao - salvatagem - primeiros socorros - incéndio. |. Errado. ). 16 - socorro. Nawegar é Héeil - Parte I - Respostas 13 - NORMAS DA AUTORIDADE MARITIMA . Certo. . Lotagao. . Regulamento - seguranca - aquaviario, Certo. . Velocidade. Saida - existente. Plano - navegacio EPIRB. Cartas Nauticas. = aa} Be a4 Ks je i S) a = 7 le) a i) ea} [a4 Coletes - salva - igual - lotacao. 2182. . Extintores. . Nome - parto. . Termo - responsabilidade - obrigatério. Dotagao. 309 Geralbo Lutz Miranta de Barras SPN A Te wy B Th. 12. 13. 14. wo PNA op 14 - INSPEGAO NAVAL Errado. Certo. Certo. Certo. . A cassagio de sua habilitagio. Crime. Certo. Certo. ). Poluir. |. Sinalizacdo - seguranca. Popa. Certo. Certo. Auto - infracao - quinze. Seguranca - mar. 15 - INSTRUMENTOS BASICOS DO NAVEGANTE . O tamanho do barco e seu uso. . Aagulha. . Prumo de Mao. Medir a profundidade abaixo da quilha e permitir a identificacao (as vezes) da qualidade do fundo. Sua ascensio ou seu declinio em determinado periodo de tempo. . Ventos. . Chuvas fortes. . Tempo quente e seco. 3. Identificagao de fardis a noite. 12. 13. 14. 15. u 12. 13. 14. . Objetos estranhos. . Imobilizagao da(s) fratura(s). . Enjoada. . Desligar o circuito. . Pelas costas. . Vermelho vivo — jatos intermitentes. Pe Nan wD |. A destruicao do tecido. Nawegar é Féeil - Parte 1 - Respostas . Nossa viséo noturna. 10. il. Céu escurecendo e pressao e temperatura caindo e vento aumentando. Evitar dar batidas com o binéculo para néo haver desalinhamento de suas lentes, ou passar a alca no pescoco sempre que for usé-lo para evitar que ele caia ao chao ou até mesmo dentro da 4gua. Um cronégrafo. Régua - paralelas. Estacionatio - tempo. O fim de auxiliar na identificacao da qualidade de fundo (areia, lama etc.). 16 - PRIMEIROS SOCORROS Massageamento cardfaco — respiracao boca-a-boca. Evitar 0 estado de choque. Certo, Deite-se e enrole o corpo num cobertor ou outro pano que esteja a mao. Deixe a ca- beca de fora. Se nao houver pano a mao, deite-se e role vagarosamente batendo com as maos ao mesmo tempo. Desmaio. Palidez, frio e pupilas dilatadas. Hipotermia. . Estagio de excitacao, estagio de “apagamento”, estagio de torpor (morte aparente) 311 eC eNuanuep ene Nay Fw 17 - INCENDIO - PREVENCAO E COMBATE Combustivel, oxigénio e temperatura de ignicao. .. Remocio do material combustivel, resfriamento e apagamento. Classe A. . Liquidos inflamaveis. Classe C ~ elétricos ou eletrénicos. . Metais combustiveis — classe D. Agua - Espuma- CO. . CO. = pé quimico- espuma. . co.- 6 quimico. . P6 quimico. . Ventilar— 4 minutos . Precaugies. . Etrado. . Abafamento. . Barlavento — colete salva-vidas. 18 - HOMEM AO MAR . Homem ao Mar. D. . Urgéncia~ PAN. D. Quebrar — segmento — inverter. Inverter — Boutakoff. '. Barlavento — circulo — barlavento. 10. Naviegar é Fiteil - Parte I - Respostas . Errado. . Certo. Errado. 19 - SEGURANCA NO MAR . 3-4-5-7-15-14-10-1-2-12-13-11-9-6-8. . Margem de boreste — velocidade. . Carga — extintores. . Sistema elétrico ~ navegacao ~ bateria. . Defeito — va - mar. 313 = a) ee a4 < joe i re) me eH D (So) a a Q [am RESPOSTAS DO BANCO DE QUESTOES - 1* PARTE A seguir so apresentadas as respostas aos questiondrios contidos no BANCO DE QUESTOES. TTente responder as quest6es propostas inicialmente e, s6 depois, verifique as respostas padrao. Procedendo assim vocé estara realmente verificando seu | apredizado, 2 Pt My sr es} Banco de Questées - Respostas PARTE 1 - CONHECIMENTOS GERAIS 1) proa; 2) boreste - bombordo; 3) bochecha; 4) través - BE; 5) 225° 6) casco; 7) c; 8) cavernas; 9) quilha; 10) carena - obras vivas; 11) obras mortas; 12) vau; 13) longarinas; 14) roda de proa; 15) cadaste; 16) carena - casco; 17) anteparas; 18) b; 19) boca; 20) pontal - borda - calado; 21) borda - livre; 22) deslocamento; 23) tonelagem - porte bruto; 24) valor (ou peso); 25) sim; 26) estado - rotativos; 27) balanco - arfagem (ou caturro); 28) certo; 29) sempre associados; 30) trimada; 31) abicada - derrabada; 32) centro - gravidade; 33) centro - gravidade - pesos; 34) centro - gravidade - menos; 35) superficie - livre; 36) superficie - diminui; 37) borda livre - estabilidade; 38) diminue - calado; 39) c; 40) alquebramento- tensionadas. PARTE 2 - MARES 1) altura da maré = 1,60; 2) 0,3 - 0,8; 3) 4 - 3 - 2 - 1; 4) sigizia ou de “Aguas vivas”; 5) marés - quadratura - “mortas”; 6) estofo - enchente (ou preamar); 7) errado; 8) certo; 9) preamar - altura; 10) certo; 11) certo; 12) certo; 13) profundidade - carta; 14) tabua das marés; 15) sigizia; 16) maximos; 17) correntes; 18) certo; 19) altura; 20) semi-diurna - duas - seis. PARTE 3 - ANCORAS 1) certo; 2) anete - haste - bracos - patas; 3) qualidades; 4) certo; 5) certo; 6) certo; 7) tornel; 8) escovem; 9) 25m; 10) oito; 11) a; 12) certo; 13) elos; 14) malhete - elo; 15) certo; 16) certo; 17) paiol - amarra; 18) paixao - paiol; 19) garrando; 20) 3-4-1 - 2; 21) c; 22) oito; 23) mixta; 24) cabrestante - molinete; 25) elos - elos patente; 26) manilhdo - anete; 27) ferro; 28) elos - quartéis; 29) profundidade - garrar4; 30) certo. PARTE 4 - FUNDEAR E SUSPENDER 1) d; 2) trés - profundidade; 3) mixta - cinco - profundidade; 4) quartelada - amarra; 5) duas - giro; 6) fundeado - garrar; 7) amarra - pique; 8) tenga - fun- deio; 9) fundear - pedra; 10) lama - areia - cascalho - tenca; 11) béia - arinque; 12) b6ia - arinque - maior - profundidade; 13) soltarmos - deriva; 14) fundeio - pouca - garra; 15) aumentar - amarra - oito - profundidade. PARTE 5 - ATRACAR E DESATRACAR 1) certo; 2) contra; 3) defensas; 4) defensas - costado; 5) popa; 6) a de proa; 7) espias - lancantes - espringues - traveses; 8) espia - vante; 9) 2-3 - 4-1-5; 10) través - amplitudes; 11) duas - alca; 12) vertical - leme; 13) leme - roda - 315 Geraldo Luiz Miranda de Barras timao - cana; 14) leme - 35°, 15) leme - boreste; 16) vante - proa - bombordo; 17) perpendicularmente - paralelo; 18) lancante - proa; 19) espia - espringue - popa; 20) espringue - proa - leme; 21) leme - boreste; 22) timao - malaguetas; 23) um - hélice - sentido - hélice; 24) cana - bombordo; 25) amplitude - espias. PARTE 6 - CARTA NAUTICA 1) carta - plana; 2) escala; 3) certo; 4) carta - norte; 5) cartas nduticas - hidrografia - navegacao; 6) nao - por nao serem atualizadas; 7) profundidades - metros - sizigia; 8) rosa - ventos - verdadeiras; 9) no interior da rosa dos ventos; 10) certo; 11) certo; 12) lampejos brancos e encarnados - dez milhas - sete milhas; 13) carta 12000 (INT 1); 14) Aviso aos Navegantes; 15) c; 16) profun- didade - inferior; 17) profundidade da carta 8,3 metros fundo de areia; 18) creme - terrestre - branca; 19) azul; 20) balizamento. PARTE 7 E 8 - PUBLICACOES NAUTICAS/CARTA 12000 1) roteiro - quatro; 2) certo; 3) corrigidas; 4) errado; 5) lista - fardis; 6) certo; 7) lista - fardis - altura - nivel; 8) lista - auxilios -radio - sinais - horarios; 9) certo; 10) 3-4-5 - 2-1; 11) certo; 12) certo; 13) certo; 14) certo; 15) certo. PARTE 9 - BALIZAMENTO 1) limites laterais; 2) perigo isolado; 3) perigo isolado; 4) tope; 5) deixd-las por boroeste; 6) norte - dois; 7) oeste - dois - vértices; 8) trés - branca; 9) lampejo - alfa; 10) especial - “X” - amarela; 11) dois - perigo isolado; 12) errado; 13) perigo isolado; 14) cardinal; 15) éguas seguras. PARTE 10 - RIPEAM 1) d; 2) certo; 3) d; 4) alcangado; 5) rumo e velocidade; 6) RIPEAM - abalro- amento; (ou colisées) - maximo; 7) certo; 8) guinar - boreste; 9) certo; 10) manobradura; 11) um apito longo em intervalos nao superiores a 2 min; 12) bom senso; 13) marcac4o - diminuindo; 14) certo; 15) estou dando atrds; 16) sem governa (ou cap. de manobra restrita) - duas; 17) restrita devido ao seu calado; 18) alfa - mergulhadores; 19) sem governo ou com cap. de mano- bra restrita; 20) maior; 21) rebocando; 22) submarino; 23) errado; 24) embar- cagio - motor; 25) certo; 26) dais - curtos; 27) certo; 28) nao estou entendendo sua manobra; 29) esfera preta; 30) 12m - sonoro. PARTE 11 - AGUAS INTERIORES. 1) 4guas interiores; 2) a fim de evitar avarias nelas pela aco de banzeiros; 3) boreste; 4) certo; 5) certo; 6) certo; 7) fluvial - encarnada; 8) junto a margem; 9) mudanga de margem - sinal; 10) meio - rio; 11) perigo isolado; 12) bifurca- ¢40; 13) certo; 14) 4guas interiores - conhecimento; 15) errado. Banco de Questies - Respostas PARTE 12, 13 E 14 - O QUE if O R-LESTA, NORMAM 03 E INSPECAO NAVAL 1) plano de navegacao; 2) tempo; 3) proibido - praia; 4) certo; 5) certo; 6) certo; 7) a Diretoria de Portos e Costas do Ministério da Marinha; 8) Certo; 9) Capitao dos Portos; 10) mar aberto - apoio maritimo. PARTE 15 - INSTRUMENTOS BASICOS DOS NAVEGANTES 1) prumo - méo; 2) certo; 3) termémetro - barémetro; 4) régua - paralelas- rumos; 5) Certo; 6) mal tempo; 7) bindculo; 8) cronégrafo - identificacao - far6is; 9) 760 - 1015; 10) agulha magnética. PARTE 16 -PRIMEIROS SOCORROS 1) a; 2) b; 3) d; 4) b; 5) certo; 6) errado; 7) errado; 8) errado; 9) certo; 10) insolacao; 11) internagdo; 12) imobilizar; 13) 3° grau; 14) respiracao - boca a boca; 15) b; 16) boca a boca - apertadas (ou fechadas); 17) boca a boca - boca - boca; 18) errado; 19) 5 em 5; 20) vermelho vivo - jatos; 21) escuro - continuo; 22) certo; 23) errado; 24) insolacao; 25) estado - choque; 26) hipotermia; 27) certo; 28) certo; 29) congelamento - maos - pés; 30) 4-5-1-2-3. PARTE 17 - COMBATE A INCENDIO 1) a; 2) b; 3) c; 4) b; 5) d; 6) certo; 7) b; 8) d; 9) b; 10) d; 11) b; 12) b; 13) d; 14) ¢; 15) c; 16) d; 17) d- c - b - a; 18) errado; 19) certo; 20) cortar a energia; 21) ventilar a Area do motor por pelo menos 3 min.; 22) CO, 23) certo; 24) gases - b; 25) temperatura - ignigao; 26) oxigénio; 27) resfriamento - temperatura - ignica0; 28) fechado; 29) certo; 30) colete - salva-vidas. PARTE 18 E 19 - HOMEM AO MAR E SEGURANCA NO MAR 1) homem - mar - boreste - bombordo; 2) certo; 3) certo; 4) homem - mar; 5) errado; 6) costas; 7) colete - salva; 8) homem - mar - urgéncia; 9) PAN; 10) oscar - homem -mar; 11) ;,overno - navegacao; 12) evitar abalroamento; 13) balizamento; 14) 12000; 15) condigdo - extintores; 16) exceda - lotacao; 17) coletes salva-vidas - lotacdes; 18) combustivel - trajeto; 19) elétrica - incéndio; 20) velocidade reduzida; 21) verificacao - coletes - salva-vidas - extintores - incéndios - primeiros socorros - luzes - pirotécnicos; 22) pordes - bombas; 23) v4 - mar; 24) trimada; 25) magnetismo - agulha; 26) perigo; 27) laranja perigo; 28) victor; 29) lima - pare; 30) balsa - anualmente. gS Parte 2 Mestre AMADOR E a pessoa maior de 18 anos, habilitada a conduzir smbarcagoes de esporte e recreio, 4 vela ou a motor, entre portos nacionais, dentro dos limites da Navegagio Costeira. Os capitulos que constituem esta se- gunda parte do Navecar £ FAciL cobrem 08 assuntos necessarios para a habilitacao a categoria de Mestre-amador. NAVEGAGAO - CONHECIMENTOS INICIAIS - CAP I ay « Navegacdo: Definicao e Divisao «A Terra ~ sua Forma e seus Movimentos « Pélos e Circulos da Terra, Primeiro Meridiano * Latitude e Longitude * Direcdo (Rumo, Proa e Marcagio) * Unidades Usadas em Navegacao « Linhas Ortodrémica e Loxodrémica * Questiondrio NaAvEGACAO CONHECIMENTOS INICIAIS NAVEGACAO: DEFINICAO E DIVISAO Navecacdo~ é a ciéncia de conduzir, por sobre os mares que cobrem a superficie terrestre, uma embarcagao de uma posicao a outra, determinando-se, em qualquer instante da travessia, sua posigao. ‘Navecacdo Cosrema - é aquela feita a vista de terra, valendo-se o navegante de acidentes naturais e artificiais tais como: montanhas, pontas, cabos, ilhas, farsis, torres, edificios etc., existentes ou dispostos, adequadamente, em terra, para determinar a posicao da embarcacao no mar. Navecacdo Esrmapa ~ é aquela feita a vista de terra ou nao, quando obtemos a posigao da embarcacao pela aplicacao exclusiva dos fatores tempo e velocidade a partir de uma posicao conhecida ou presumida e segundo a direcdo navegada, ‘NavecacAo Astronomics ~ é aquela que vale-se da observacao dos corpos celestes (Sol, Lua, Planetas e Estrelas), para a determinacao da posicao da embarcacao. Normalmente, s6 é usada em alto-mar. Navecacéo Exerroxica — atualmente, constitui um ramo da navegacao aquela que é feita apenas com o uso de equipamentos eletrénicos. Assim temos: a navegacao radar, a radiogoniométrica, a por satélites etc. A TERRA — SUA FORMA E SEUS MOVIMENTOS Apesar de ter uma forma prépria denominada Gedue', para o navegador ela sera sempre perfeitamente esférica sem que, com isso, sejam introduzidos erros intolerdveis. 1 A Terra é muitas vezes chamada de esferdide. O achatamento existente produz. uma diferenca de 23,09 milhas entre seu diametro equatorial ¢ seu diametro polar. Entretanto quando da confeccéo das cartas nduticas tal diferenga 6 precisamente considerada. Geralto Luiz Miranda de Barras A Terra tem dois movimentos principais: 0 de Rotagdo, em que ela gira em torno de um eixo aparente durando a rotacio 24 horas, e o de Translacéo, em torno do Sol de quem é satélite, descrevendo uma elipse completa (na qual um dos focos 6 0 Sol), em 365 dias aproximadamente. POLOS E CIRCULOS DA TERRA, PRIMEIRO MERIDIANO Os extremos do eixo aparente de rotacdo da terra sao os Pélos, motivo pelo qual o eixo aparente é também chamado de eixo polar. GRANDES CIRCULOS Se cortarmos a esfera por um plano horizontal que contenha o seu | centro, ou por planos verticais que contenham o eixo polar, as linhas resultantes | | dessas interseccoes serdio chamados Creilos Méximos: o horizontal é chamado de Equador e os verticais de Meridianos. Equesor Navegar é Ficil~ Parte I~ Capt PEQUENOS CiRCULOS | Gx pequenow cirealonemeheuloe mendret an ad linhes vemultantes' da interseccdo da esfera terrestre por planos quaisquer que a cortam sem que passem por seu centro. Quando tais planos sao paralelos ao plano do Equador, as linhas | resultantes da interseesao sA0 chamadas de Paraletos. Pequeno eireula quelquer A menor linha que une dois pontos na superficie da esfera é sempre parte de um circulo maximo e na esfera terrestre esta linha € chamada de linha Geodésica e em navegacdo linha Ortodrémica como veremos mais adiante. Observando as figuras apresentadas vamos a algumas definicoes: Equador — 60 grande circulo resultante da interseccao da esfera terrestre por um plano perpendicular ao eixo polar. Tal linha é portanto eqitidis- tante dos pdlos. © Meridiano ~é um grande circulo que passa pelos pélos terrestres e € per- pendicular ao Equador. Como todos os meridianos convergem nos pélos os planos que Ihes dao origem cortam-se uns aos outros em uma linha que 60 eixo polar. Um meridiano liga todos os pontos de mesma longitude. © Paralelo ~ 6 um circulo menor da superficie da terra, determinado pela intersecco entre um plano paralelo ao plano do equador e a esfera ter- restre. Um paralelo liga todos os pontos de mesma latitude. O Equador por ser um circulo maximo é um paralelo especial e liga todos os pontos de latitude 0°. Os p6los, simples pontos, constituem também um caso es- pecial e ligam os pontos de latitude 90°. Goralo Luiz Miranda de Barros PRiMEIRO MERIDIANO ~ 6 assim chamado © cfrculo maximo usado como origem da medida de longitude. O primeiro meri- diano usado universalmente é aquele que passa por Greenwich, localidade préxima a Londres. LATITUDE E LONGITUDE Falamos acima de latitude; precisamos entretanto, antes de defini-la, fazer ligeiras consideracdes. Se desejamos ir A casa de alguém é necessério que saibamos suas “coordenadas”, ou seja, seu endereco, composto de um nome de rua e um nimero. A latitude e a longitude constituem 0 “endereco” de um ponto na superficie terrestre. LATITUDE E LONGITUDE Latitude (9, Lat.) ~ é a distancia angular medida ao longo de um meridiano a partir do Equador (Lat. - 0°) até 0s pdlos (Lat. — 90°). E designada Norte (N) ou Sul (8) para indicar a direcao da medida. Longitude (2, Long.) ~€ o arco de paralelo ou o Angulo no pélo entre o Primeiro Meridiano e o meridiano de um ponto sobre a Terra, medido para Leste (E) ou para Oeste (W) a partir do Primeiro Meridiano até 180°. | I r 1c ONY « 324 Nawegar é Facil - Parte it~ Capt DIRECAO (RUMO, PROA E MARCAGAO) Jé sabemos como qualquer ponto da superficie terrestre pode ser perfeitamente localizado. Precisamos agora estabelecer a nocdo de direcio verdadeira. Como também ja sabemos, todos os meridianos contém o eixo terrestre e portanto a linha Norte-Sul. Assim, podemos dizer que direcdo verdadeira é a inclinacao que uma determinada linha faz com o meridiano do lugar, inclinacao essa medida no sentido do movimento dos ponteiros de um relégio a partir do Norte verdadeiro (000° ou 360°). A direcao € contada em graus a partir do Norte verdadeiro, usando-se o sistema de trés digitos. Assim, a direcao Norte 6 representada pelo valor 000°, uma vez que ela 6a referéncia origem da contagem. A diregdo Leste sera representada pelo valor 090°, a direcdo Oeste por 2702 e uma direc&o de, por exemplo 7°, por 007°. ‘00"9u 360 MERIDIANO DO LUGAR A MERIDIANO DO LUGAR B Desde que qualquer linha estende-se em duas direcoes 6 necessdrio sabermos de alguma maneira a direcdo que nos interessa. ‘As duas disecdes compreendidas por uma linha sio chamadas de direcdes reciprocas. Assim a direcio Leste ou 090° tem a reciproca Oeste ou 270°. PARA OBTERMOS A RECIPROCA DE QUALQUER DIRECAO, DEVEMOS SUBTRAIR OU SOMAR 180°. Existem alguns tipos de direcao freqiientemente usados pelo navegador e que necessitam ser perfeitamente compreendidos. Por enquanto, consideraremos somen- te direcées verdadeiras. Posteriormente, com 0 avanco dos nossos conhecimentos consideraremos as diregoes em funcao de outras referéncias que nao o meridiano verdadeiro. 325 Geralto Luiz Miranda de Barres * Rumo ~ 6a direcao horizontal da trajetéria que fazemos sobre a superficie da Agua. E expresso em graus a partir da direcéo de referéncia no sentido do movimento dos ponteiros de um reldgio de 000° a 360°. A linha de rumo é a representacio grafica do rumo da embarcagéo sobre uma carta nautica. © Proa — é a direcao horizontal que em um instante qualquer a embarcacao faz com uma direcéo de referéncia. Como 0 rumo, a proa é expressa em graus a partir da di- regio de referéncia no sentido do movimento dos ponteiros de um relégio de 000" a 3602 Vemos pois, que a diferenca existente entre Rummo e Proa é que enquanto primeiro tem um carater permanente a segunda tem um cardter iustantéinco. Na pritica é comum usarmos indistintamente Rumo e Proa com o significado de direcao a seguir. * Marcacio ~ 6 0 angulo horizontal medido entre a direefo de referencia e a linha de visada que se tem de um objeto. A marcacao 6 também expressa em graus e, nor- malmente, contada no sentido do movimento dos ponteiros de um relégio de 0002 a 360°. manent verpapeina Ee we veRoaven =3) 4 a ant Pela definic&o de Marcagéo e observando a figura, vemos que se a direcao de referencia for a Norte tetemos um valor de marcacao, porém se adotarmos a Proa da embarcagao como direcdo de referéncia o valor da marcago sera outro, No primeiro caso temos o valor da marcagio verdadeira e no segundo 0 valor da marcacio relativa. 326 Navegar ¢ Facil - Parte IE - Cap UNIDADES USADAS EM NAVEGACAO Unipave DE DistANciA Ea milha ndutica. Como é facil compreender, a menor distancia entre dois pontos quaisquer na superficie terrestre pode ser medida sobre o grande circulo que passa por esses pontos. E légico portanto que a unidade de arco, o minuto, seja a unidade padrao para a medida de distancia. Tal unidade de arco, entretanto, deve ser retificada. Para tanto, sabendo que a circunferéncia da terra vale 40.000 km e que uma circunferéncia tem 3602, deduzimos que um grau valeré 40.000 360 =111km. Como um grau tem 60 minutos, um minuto de arco valeré 111. 60 Esse valor foi adotado pelo Bureau Hidrografico Internacional em 1929 como valor padrao para a milha ndutica. Para todos os propésitos praticos, 1m minuto de arco de um meridiano terrestre, ou seja, um minuto de latitude, é igual a uma mitha néutica. = 1852 metros Existem outras unidades de medidas de distancias, derivadas do sistema inglés de medidas e ainda largamente usadas em navegacio. Pé (ft) — 0,305 m — usado como medida de distancia vertical. Jarda (yd) ~ 0,915 m ~ usada como medida de distancia horizontal. Braga (fht) - 1,830 m — usada como medida de profundidade especificamente. Amarra — 183,0 m — medida de distancia horizontal atualmente em desuso. A milha niutica é considerada para iniimeros fins de navegacdo como tendo 2.000 jds. Untpabe DE VELOCIDADE Em navegacdo a velocidade é usualmente expressa em nés. No é a velocidade de uma milha nautica por hora. O termo né inclui a relagao entre os fatores tempo e distancia. Assim falarmos nés por hora é um erro, a menos que queiramos nos referir a um valor de aceleracao. Untwabe pe Temro Aunidade de tempo éa hora, que, como sabemos, tem 60 minutos, e cada minuto, 60 segundos. 327 Geraldo Luiz Miranda de Barres LINHAS ORTODROMICA E LOXODROMICA Como dissemos anteriormen- te a menor distincia entre dois pon- tos na superficie terrestre (que na realidade é uma superficie esférica) é uma linha denominada de linha ortodrémica. Entretanto, no aprendizado da navegacéo costeira e estimada, nao nos preocupamos com ela, uma vez que estaremos sempre fazendo a navegacdo em trechos relativa- mente pequenos quando usaremos apenas linhas loxodrémicas. QUESTIONARIO 1. Quais sao os dois principais movimentos da Terra? 20 € um cfrculo maximo, assim como todos os 3. Circulos menores paralelos ao plano do Equador determinam as linhas de ___ 4. Um liga todos os pontos de mesma latitude. 5. Os pontos de mesma so ligados por um e podem es- tara E owa W de Greenwich. 6. A Latitude no Equador € igual a e nos polos e igual a podendo ser denominada ou = 328 Navegar é Bicil Parte I- Cap 1 7. A longitude no meridiano de Greenwich é igual a graus. 8. Para termos um “enderecamento” na Terra é necessério termos uma euma 9. €a inclinagao que uma determinada linha faz com ° do lugar. 10. Uma diregao é contada em a partir do Norte 11. As direc s compreendidas por uma mesma linha sio chamadas de 12. Para obtermos a da direcio 120° basta 180°. 13. A reciproca de graus é 225°. 14. Diz-se que Rumo tem um cardter permanente e tem um cardter instantaneo. 15. Defina marcacao. 16. Se a nossa referéncia for a proa da embarcagao, a marcagao sera 17. A unidade de €a nautica. Ela equivale a um de arco. 18. Qual o comprimento da milha ndutica? Quanto ela vale em jardas? 19. A unidade de éon6, Assim 6 nés equivalem a mi- Ihas por hora. 20. A menor distancia entre dois pontos na superficie terrestre é chamada de linha Respostas AO FINAL DA 2. Parte Deste Livro. 329 Cartas NAuticas - Cap 2 BRASIL RoLtvr, | « Cartas Néuticas Novos Conhecimentos * Divisio das Cartas Nauticas Projecdo de Mercator ¢ Lendo uma Carta * Questionario Cartas NAUvTICAS Novos CONHECIMENTOS DIVISAO DAS CARTAS NAUTICAS Na parte 1 do livro jé definimos Cartas Nauticas bem como explicamos 0 que é aescala da carta, como nos orientamos nelas, quem as edita e que tipo de informacoes elas nos oferecem. ‘Ampliaremos agora nossos conhecimentos sobre as cartas nduticas, comegando pela apresentacao da divisao geral que fazemos delas: CARTAS NAUTICAS ¢ Carras Gerais: compreendem grandes extensdes de mar e | costa destinadas a navegacao longe do litoral. Nelas os detalhes nao sao necessarios. Servem para a colocacao dos pontos didrios nas grandes travessias. As profundidades e ‘os eventuais perigos espalhados no oceano sao as suas ptincipais aplicagoes. # Cars Paricutares: compreendem um area relativamente pequena. Geralmente ricas em detalhes. Quando tratam de ‘um porto ou do acesso a esse porto passam a ser chamadas de planos. ¢ Carras Esprciais: so aquelas que indicam melhores rotas pata cruzar 0s oceanos, cartas para uso com equipamentos eletrénicos, cartas piloto, etc, As cartas para uso em latitudes superiores a 70° séo também consideradas como cartas |_ especiais. PROJECAO DE MERCATOR Para transformarmos uma superficie esférica em uma superficie plana, precisaremos, ¢ claro, fazé-lo através de uma projecdo. A projecio de Mercator, Geraldo Luiz Mirayla de Barros inventada por Gerardo Mercator cerca de quatrocentos anos passados, é a projecéo usada nas Cartas Nduticas brasileiras e na maioria das estrangeiras.* A posicéo, distdncias e direcSes podem nelas ser facilmente determinadas ¢ os patalelos, meridianos e rumos sao representados por finkas retas, Ela também é conforme, o que significa que todos os angulos sao representados corretamente, o que é altamente desejavel em navegacdo, e, para pequenas areas, a verdadeira forma dos acidentes geograficos é mantida, nao ocorrendo de maneira aprecidvel a distorcio prdpria do sistema de projecao empregado, distorcio essa conhecida como efeito das Latitudes Crescidas. Tal efeito é facilmente entendido ao verificarmos que 1°(um grau) de parale- lo 6 duas vezes maior nas latitudes tropi- cais que 1° (um grau) medido no Equador, sendo que a 80° de latitude o aumento do grau de paralelo atinge a seis (6) vezes o valor existente no Equador. Esta desi- gualdade de espacamento € que é deno- minada de Latitudes Crescidas. Projecto de Mercator Devido ao efeito das Latitudes Crescidas com uma exagerada deformacao da representagao das areas proximas aos pélos a projecao de Mercator é limitada a valores de Latitude maxima iguais a 70°. a LENDO UMA CARTA As cartas ndo sao feitas para que sejam apenas casualmente olhadas. Elas necessitam ser estudadas sistematicamente para serem entendidas, usadas e apreciadas. Existem algumas técnicas que nos ajudarao a desenvolver um bom sistema de estudo serhard Kramer ge6grafo de Flanders (baixa Alemanha, atualmente regio entre Alomanha e Holanda) que seguindo costume da época, latinizou seu nome para Gerardo Mercator, publicou seu primeira mapa-mundi segundo sua projecio em 1569, 332 ed en mee Nawegar 6 Fécil - Parte Il- Cap It Em primeiro lugar 0 navegador devera procurar qual a melhor escala (ou seja, aquela carta que nos oferece a reproducao da realidade no maior tamanho) que cobre a Area de seu interesse. Nela o navegador deveré estabelecer alguns pontos focais a fim de facilitar o seu estudo, nao sendo boa pratica olharmos a carta como olhamos para uma parede decorada. ‘A melhor maneira de conseguirmos a concentracdo de nossa atengio e tracarmos, © que podemos chamar de uma tentativa de rumo entre o ponto de partida e o destino (ponto de chegada). Com isso j4 reduzimos 0 que olhar para uma posicio de interesse imediato e maior. Em seguida corremos os olhos sobre o trecho marcado, observando tudo que for de interesse, como por exemplo: fardis e suas caracteristicas, pontos notaveis existentes em Terra, perigos isolados profundidades envolvidas, etc. ou seja, adquirimos um conhecimento mais especifico sobre o trecho no qual navegaremos. Inclusive nesta fase convém até se necessdrio, usarmos lentes de aumento, para tirarmos eventuais diividas para uma correta interpretagao dos simbolos e abreviaturas' existentes, bem como, iluminar com lapis colorido os perigos existentes na singradura. IMPORTANTE Ao estudarmos uma carta devemos ter sempre conosco a Carta 12.000 (INT1) que nos informa sobre todos os Simbolos, Abreviaturas e Termos usados nas cartas néuticas. Muitas vezes navegadores inexperientes planejam um cruzeiro comprando uma tinica carta de grande trecho ao invés de ter todas as cartas recomendadas para 0 trecho em questao. Isso pode representar uma economia, é verdade, uma vez que as cartas nao sao tao baratas assim. Entretanto, tal procedimento, nao temos dtivida em afirmar, compromete a seguranca, uma vez que uma carta de grande trecho (cartas gerais) nao mostram, é claro, as miniicias e o detalhamento de uma carta particular (pequeno trecho). O navegador necessita manter sua posi¢éo continuamente correta sobre uma carta quando de uma derrota (singradura ou trajeto), ainda que louvando-se apenas nos fatores tempo-distancia, ou seja, em sua estima, uma vez que, estando perfeitamente 4 légico que ja verificamos 0 titulo da carta escolhida, sua escala, suas precaugdes etc. ou seja, as infor- mages contidas em seu cabecalho. + Nao sabendo de pronto 0 significado deles consulte logo a carta 12,000(INT 1)! 333 Geraldo Liiz Miranda de Barros ciente de sua posigao ele podera tomar as decisdes que se fizerem necessarias, com plena seguranga, em casos tais como, um tempo ameacador ou a necessidade de arribar para um reparo urgente ou por necessidade médica imediata. Recomendamos ainda que cuidem de suas cartas com 0 carinho que elas merecem porém, nao esquecendo que elas sao ferramentas do navegador e que podem ser do- bradas e guardar anotacées pertinentes sem que tenhamos qualquer remorso. INFORMACAO, Hé um velho ditado naval que diz: “Todo aquele que for capaz de colocar uma xicara de café sobre uma carta ndutica, deixando sobre ela um indesejivel circulo marrom 6, certamente, uma pessoa que jamais poder ser encarregaila de qualquer assunto importante". QUESTIONARIO 1. Como as cartas nduticas se dividem? 2. Como sao representados os paralelos ¢ os meridianos nas cartas nduticas de Mercator? 3. O que significa uma projecio conforme? 4, O que significa “latitudes crescidas’? 5. Por que a carta de Mercator nao deve ser usada em lat. superior a 70’ (N ou $)? 6. Ao iniciar uma travessia devemos usar que tipo de carta? 7. Antes da saida um navegador prudente tomaria que cuidados? 8. Ao estudarmos uma carta ndutica que publicagdo devemos ter a mao? 9. Para irmos do Rio a Macapa, basta termos a bordo a carta geral n’ 1. Certo ou er- rado? Por que? 334 Navegar & Récil- Parte iT - Cap It 10. Para saber sua uma posigao durante uma singradura longa, néo podendo obter nem marcacées visuais, nem astronémicas, o que faz um navegador experiente? 11. Associacao de Idéias 1. Mercator 1. escala de tazao pequena 2. latitude crescida 2. declinagao magnética 3. grau de latitude . notas sobre precaugoes precisio Carta 12000 paralelos/meridianos 5. linhas retas distancia . distorgao de areas 180° . escala de latitude 3 4. 4 5. 5 6. simbolos e abreviaturas 6. reciproca 7 7 8 8 9. 9 leitura atenta . espacamento desigual 10. Rosa dos Ventos 10. emprego até 70° de Lat. 12. As cartas particulares s4o assim chamadas por: a) se destinarem a navegacao oceanica b) indicarem correntes de maré c) serem ricas em detalhes d)nao serem feitas pela DHN 13. Uma carta que trata de um determinado porto ou do acesso a tal porto é chamada de . 14. A posigao de édita © que significa que todos os angulos sao apresentados P 15. Se quisermos saber qual 0 de um casco sogobrado devemos con- sultar a carta : Resrostas 40 Fiat pa 2". Parte Dest Livro. 335 Ponto, DisTANcIA E DirecOes NAS Cartas NAuticas - Cap 3 muda iy ~. 226) * Ponto na Carta © Distancia na Carta * Diregdo em uma Carta Mercator Ponto, DIsTANCIA E DIRECOES NAS Cartas NAvuTICcAS PONTO NA CARTA Dapas As CoorDENADAS DE tM PONTO, COLOCA-LO NA CaxTa ~Se nds sabemosa latitude a longitude de um ponto qualquer, facilmente podemos colocar esse ponto em uma carta nautica, usando uma régua e um compasso. Por exemplo, suponhamos que desejamos localizar o ponto de Lat - 22°51'S e Long - 042°44'W. Usando a figura abaixo faca o seguinte: * Determine a latitude dada na escala apropriada. * Coloque a régua nesse ponto e paralela ao paralelo mais proximo desse ponto (no caso o paralelo de 23°S). « A régua esta portanto determinando 0 paralelo de 22°.51’S. * Determine a longitude dada na escala apropriada. * Abra 0 compasso desse ponto ao meridiano mais préximo (no caso o meridiano de 43°W). « Sem mexer na abertura do compasso desloque-o ao longo do meridiano até 0 paralelo de 22°51’S (aresta da régua). * A abertura do compasso sobre a régua e a partir do meridiano de 43° determina © ponto dado. H 44e > 43° CONC FLOTAR UMA Posi¢do NA CARTA NAUTICA Geraldo Luiz Mirania de Barros DADo uM PONTO NA CARTA ACHAR SUAS COORDENADAS — Se nossa posi¢ao na carta est plotada e desejamos determinar nossa Lat e Long, poderemos fazer isso facilmente com 0 auxilio de um compasso. Usando a mesma figura anterior e considerando agora 0 ponto A como sendo nossa posicao, faca o seguinte: * Com centro no ponto A, abra o compasso o suficiente para que ao girar ele tangencie o paralelo mais préximo de nossa posicao (no caso o de 23°). Sem alterara abertura do compasso coloque uma de suas pontas no cruzamento do paralelo com a escala de latitude e gire-o na direcao da posigao até que corte a escala de latitude. © O valor assinalado a latitude do lugar. Volte a centrar no ponto A, abra o compasso 0 suficiente para que ao girar tangencie o meridiano mais proximo de nossa posicaa (no caso o de 43°). «Sem alterara abertura do compasso coloque uma de suas pontas no cruzamento do meridiano com a escala de longitude e gire-o na direcao da posigao até que corte a escala de longitude. * O valor assinalado é a longitude do lugar. IMPORTANTE Tenha sempre a certeza de que a diferenca de latitude | e longitude esta sendo medida na direcéo correta a partir do paralelo ou meridiano de referéncia. DISTANCIA NA CARTA Como ja sabemos, para 0s propésitos de navegacao um minuto de latitude é igual a uma mitha de distancia em qualquer ponto da superficie da Terra. Tal fato permite assim que a escala de latitude seja também usada como escala de distincia. Devido ao sistema de projecao da carta de Mercator o comprimento que repre- senta 1 (um) minuto de latitude préximo ao Equador é menor que 0 comprimento que representa 1 (um) minuto de latitude em uma latitude de, por exemplo, 40°S. Esta expansio da escala de latitude a medida que caminhamos em diregao aos pélos da terra 6 denominada de “Latitudes Crescidas”, como j4 mencionamos, e € exatamente igual a expansdo das distincias representadas na mesma latitude. Portanto, quando medimos distdncias em uma carta de Mercator, cobrindo consideraveis distancias com grandes variacdes de latitude entre os pontos extremos, devemos levar em consideracao as “Latitudes Crescidas”, usando a parte da escala de latitude apropriada a distancia que queremos medir. A utilizacdo da escala no valor da Latitude média entre os dois pontos considerados é a melhor solucao. 338 Nawegar 6 Facil - Parte 1 - Cap it 23? DISTANCIA, Como medir uma distincia na carta niatica A distancia é, usualmente, medida colocando-se uma das pernas de um compasso em um dos pontos limites da distancia a ser medida e a outra no outro. Com cuidado, para nao variar a abertura obtida, leva-se 0 compasso para a escala de latitude, na mesma altura da distancia a ser medida. Marcam-se os valores obtidos na escala e depois por uma simples diferenga entre eles obtém-se o valor da distancia. Eventualmente, a distancia a ser medida € grande e a abertura maxima do compasso 6 insuficiente para cobri-la. Nesse caso, usamos uma abertura padrao, aplicando a tantas vezes quanto necessario para cobrir a distancia a ser medida, medindo separadamente a possfvel parte restante nao abrangida pela abertura padrao. A abertura padrao deve ser sempre feita na altura da Latitude média dos pontos extremos envolvidos. Nas cartas de pequenos trechos (grandes escalas) que cobrem uma rea rela- tivamente pequena e que, portanto, possuem pouca diferenca de latitude entre seus ex- tremos, o comprimento do minuto de latitude permanece suficientemente constante ao longo de toda a escala, podendo a diferenga ser desprezada, devido ao seu infimo valor. IMPORTANTE Sempre que estiver usando uma carta de pequena escala, ou seja, de grande variacao de latitude entre seus pontos extremos, néo esqueca: na medida de distancias leve | em consideracao a variacdo do comprimento do minuto de latitude devido as “Latitudes Crescidas”. } Geraldo Luiz Miranda de Barros DIRECAO EM UMA CARTA MERCATOR Ja vimos anteriormente que uma direcdo verdadeira é a inclinagao que uma determinada linha faz com 0 meridiano do lugar, inclinagao essa medida no sentido do movimento dos ponteiros de um relégio a partir do Norte verdadeiro. Sabemos também que qualquer linha tracada na carta implica em termos duas direcdes. Uma, a direcdo verdadeira do Movimento Pretendido ou Desenvolvido, e a outra, a direcdo Oposta a este movimento, ou seja, a Reciproca deste movimento. N BA = 220° cl) 220 A = 220° 180° 6 ee 408 Uma diregio e sua reciproca sempre sto diferencadas de 180° Quando em uma carta ndutica desejamos determinar uma diregio entre dois pontos, seja essa diregao um rumo ou uma marcacdo, usaremos a Régua de Paralelas, instrumento comum a qualquer navegador e de facil manejo. Régua de Paralelas Aplicando a Régua de Paralelas a direcao tracada, da qual desejamos saber 0 valor angular, fazemos que ela seja deslocada paralelamente, desde a direcao tragada até atingir 0 centro de uma das Rosas-dos-Ventos existentes nas cartas nduticas. A régua ao atingir essa posigao estaré cortando a Rosa-dos-Ventos em dois pontos; um deles o valor angular da Direcdo, e o outro, o valor angular da Recfproca. Aleitura do valor angular da direcdo seré feita na graduacao da Rosa-dos-Ventos, levando-se em consideracao a partir do centro da Rosa a direcao do movimento pretendido ou desenvolvido. 340 Nawegar é Ficil - Parte If - Cap Ii Se desejarmos tracar uma linha com uma determinada diregao, colocamos a Régua de Paralelas sobre a Rosa-dos-Ventos, de maneira a unirmos o centro da rosa a0 valor desejado da direcao. Em seguida deslocamos a régua paralelamente até o ponto a partir do qual desejamos ter aquela direcdo tracada. ixan "a e TRANSPORTAR “S" ‘ ReouAs panatecas JUNTA Pika : eTRANSpoRTAR's! | TRANEPORTaR >, "2" are 0 CENTRO 2 on nose ATENCAO A régua de paralelas é de facil manejo, porém, tenha atengdo para que seu deslocamento seja feito corretamente. Lembre-se que na leitura da rosa o observador esta sempre | no seu centro. Este cAPHTULO NAO APRESENTA UM QUESTIONARIO UMA vez auE, | (© SEU APRENDIZADO SERA VERIFICADO QUANDO D4 SOLUGAO DOS PROBLEMAS |_arsesetapos no Car. 13 pest 2). PARTE Do “NavEGaR & FAct". 341 E - Cap 4 NETICA AGuLHA MAG « Magnetismo Terrestre « Agulha Magnética # Declinacao Magnética (Decl. Mag.) * Desvio da Agulha (Dag) * Curva de Desvios da Agulha Linhas Isopénicas «A Agulha “Fluxgate” * Questionério AGULHA MAGNETICA MAGNETISMO TERRESTRE Certos corpos possuem, ou podem adquirir mediante tratamentos especiais, a propriedade de atrair o ferro e outros corpos e de serem atrafdos pelos pequenos objetos de ferro ou de ago que se encontrem na sua vizinhanca. Esta mesma propriedade pode ser transmitida por meios adequados a outros corpos, tais como o ferro e seus derivados e menos intensamente ao cobalto, niquel e cromo. Tais corpos denominamos de imas: naturais, quando encontrados na natureza, e artificiais, quando obtidos por outros processos. — = _ _ Em torno de um {ma existe uma zona em que se verifica atracdo magnética. Fora dela essa atracao é nula ou inexistente. A essa zona de atraco magnética denominamos campo magnético. Sabemos entretanto que a forca de atracdo magnética nao é constante ao longo de um ima, pelo contrério, ela é mais forte nos extremos do ima que denominamos de “pélos”, e que designamos de Norte e Sul Se aproximarmos um ima de outro veremos que em determinadas posigoes eles se atraem enquanto em outras se repelem. Assim temos que: Nos imis, pélos do mesmo nome se repelem e p6los de nomes diferentes se atraem. A Terra funciona como um gigantesco ima. Ela possui pélos magnéticos e um campo magnético. O magnetismo terrestre nito se prova, constata-se. Goraloo Luiz Miranda de Barras Polo Norte —S Magnatice’ Entretanto, os pélos magné- ticos terrestres nao coincidem com os polos verdadeiros ou geograficos da terra. Assim 6 que uma barra qual- quer imantada e livremente suspensa pelo seu centro de gravidade orienta- se no espaco segundo uma posicéo perfeitamente determinada, volven- do uma das extremidades e sempre a Linhos d@ == ™esma para o Norte Magnético terrestre ea outra consequentemente para o sul magnético terrestre. Esta é a propriedade em que se baseiam as bussolas ou agulhas magnéticas. / Polo Sul Geogrdtico Omagnetisno terrestre AGULHA MAGNETICA Nada mais é que uma haste ou varias hastes de ferro imantadas e dispostas por baixo de um cfrculo graduado de 0° a 360°, denominado Rosa-dos-Ventos, suspensas por um estilete de forma a poder girar livremente e, portanto, dar in- dicacdes de direcdo em relagio a uma direcdo de referéncia na super- ficie da terra, direcao essa que deno- minamos Norte Magnético da terra. Cate 4 om aa guna A Agulha Magnética € nor malmente colocada em um recipi- ente hermeticamente fechado de- nominado Cuba, Qualquer que seja o movimento da Agutha, o plano da Rosa sera sempre mantido na hori- zontal por um dispositivo denomi- nado suspensdéo Cardan. A agulha magnética 344 Newegar é Bécil - Parte I - Cap IV O zero da Rosa-dos-Ventos deve coincidir com a ponta do ima (que a partir de agora chamaremos de agulha), que aponta para o Norte Magnético, e é ainda necessério que a agulha tenha uma marca de referéncia que permita verificarmos qual © Angulo que est sendo feito em relacéo ao Norfe Magnético, quando a apontamos para uma diregao qualquer. Como a Aguika seré, normalmente, instalada a bordo de uma embarcacao é necessério que esta marca de referéncia chamada de Linha de Fé seja coincidente com qualquer linha longitudinal paralela a linha proa-popa de nossa embarcacao (ou linha de quilha), pois, somente assim, poderemos determinar a direcao que a nossa Proa esta fazendo com 0 Norte Magnético LINHA 7 pRoa~Pora (7 PROA~POP: DECLINAGAO MAGNETICA (DECL. MAG.) Ja sabemos que a diregio do Norte Verdadeiro terrestre e a direcdo do Norte Magnético terrestre nao sdo coincidentes. A essa diferenca de direcdes, entre eles, denominamos Declinagdo Magnética. Como a Terra nao é homogeneamente constitufda, é f4cil compreendermos que em lugares diferentes o magnetismo terrestre nao teré 0 mesmo valor e portanto a Declinagao Magnética variard em funcéo de cada local da superficie terrestre. Além disso, seu valor em cada local também nao é constante, apresentando variages de ano para ano. Ela pode ainda variar para leste (E) ou para oeste (W) em relacao a direcao do Norte Verdadeiro. 345 Geraldo Luiz Miranda de Barros IMPORTANTE Ovalor da Declinacao Magnética de um determinado local é encontrado no interior das Rosas-dos-Ventos das cartas néuticas relativas a este local e referidas a um determinado ano. Consta ainda no interior das Rosas o valor da variacao anual da Declinagiio Magnética, o que permite ser calculado seu valor para o ano que estiver em curso. Obs.: O valor da Declinagao Magnética de um local, quando fraciondrio, devera ser sempre arredondado para o valor inteiro mais préximo. Rosa-dos-Ventos Exemplo: Na rota dos ventos acima, encontramos 0 valor da Decl. Mag. como sendo em1980 de 17°30’W, e com um aumento anual de 7’. Como estamos em 1997, a Decl. Mag. atual é de: 17°30'W + 17 x7’= 17°30'W + 1°59’ = 18°29'W. Arredondando para o valor inteiro mais préximo a Decl. Mag. do local atualmente é pois de 19°W. i seer ean ae | | Pelo que vimos a respeito de Decl. Mag. Podemos defini-la como sendo: O éngulo formado entre a direcdo do norte verdadeiro ea direcao do norte magnético em um determinado local da superficie terrestre; angulo este, contado para leste ou para oeste a partir da direcao norte verdadeiro. Nao ot be one ey \gy } sm 8 s Smo DECL, NAG, E pect, was, w 346 Nawegar é Réel - Parte 11 - Gap 1v DESVIO DA AGULHA (D. AG) A agulha magnética como vimos deve apontar para 0 norte magnético da terra. Entretanto, se a levarmos para bordo de uma embarcacao ela seguramente nao apontara para aquela direcao. Por que? Qualquer embarcagao possui a bordo (ou para ld levamos) objetos de ferro ou nfquel. Tis materiais possuem magnetismo e, assim sendo, possuem cada um deles seu campo magnético proprio. Tais materiais chamados em seu conjunto de Ferros de Bordo irao proporcionar a existéncia a bordo de um campo magnético, campo magnético este que, em fungao da Proa da embarcagao, estard se compondo de uma determinada maneira com o campo magnético terrestre no local. Esta composigao do campo magnético terrestre do local com 0 campo magnético dos Ferros de Bordo impediré que a Agulha Magnética aponte para o Norte Magnético, como vimos anteriormente. A Agulha Magnética estaré apontando entao para uma direcéio qualquer, fungao dos Ferros de Bordo. Esta diregao qualquer, que podemos determinar, é chamada de Norte da Agulha e varidvel de embarcacao para embarcacao e de acordo, como dissemos, com a Proa assumida. ‘Ao Angulo formado entre a direcao que a Agutha deveria apontar e aquela que efetivamente aponta denominamos de Desvio da Agulha. Podemos, pois definir o desvio da agulha como sendo: O Angulo formado entre a direcao do norte magnético ea direcho do norte da agulha em um determinado local da superficie terrestre e em fungdo da proa da embarcacéo; este dngulo é contado para leste ou para oeste a partir da direcao norte magnético aa or Nog BS 2 op ° og Sim em Dag E D ag Ww 347 Geralio Luiz Mirands de Barras CURVA DE DESVIO DA AGULHA O valor do erro da agulha, ou seja, do seu Desvio é funcao, como vimos, de cada proa que assumimos. Isto quer dizer que a cada rumo que navegamos temos um valor para 0 Desvio da Agulha, de nossa embarcacao. Esses varios erros da agulha em funcdo de nossos rumos ou proas s4o apresentados em forma de um grafico ou de uma tabela que so denominados de Curva ou Tabela de Desvios da Agulha, respectivamente, e que deveremos ter sempre conosco a bordo.* Magner as |W § TABELA OE DESVIOS DA AGULHA ewe, ANGELA sevsna: RIDGE os | ee | aus @ oe [se loz || te | o os | sé lowe | {#8 [sur eo [sue [056%] | #0 [su oe [ae low ae | aw oo | 3 lor ae [24 w ves | 36 (4oz | [20 | 2a/ me [se [ser aoe [ew a [ee [£33 | (ae [aw wo | 2e [eae | [a0 [sw we [se [see us | Oo wo | 4e [#79 | | see [2E ee, CURVA DE DESVIOS: IMPORTANTE | Néo esqueca que cada agutha tem sua curva de | desvios propria. A figura da esquerda no tem nenhuma relagio com a da direita. Sio exemplos independentes. 348 Nawegar é Fieil - Parte 1 - Capi LINHAS ISOGONICAS A figura a seguir apresentada oferece a distribuicdo das linhas de igual inten- sidade magnética a partir dos pélos magnéticos ‘Mapa-Mundi mostrando os pélos magneéticos terrestres e o valor das diversas linhas isogdnicas e suas variagdes (DMAHTC - USA, carta n'42) A AGULHA “FLUXGATE” Sem partes méveis a agulha fluxgate oferece uma leitura digital, que pode ser tao precisa quanto preciso for o nivelamento da agulha.* “Vera respeito do mesmo autor "NavEGANDO COM A ELETRONICA”. 349 Geraldo Luniz Miranda de Barros As influéncias magnéticas locais que produzem desvios nas agulhas magnéticas convencionais afetam igualmente a fluxgate porém, ela tem como vantagem colocar sua usidade sensora em qualquer parte do barco. Assim, ela 6 colocada mais longe possivel da influéncia magnética perturbadora A fluxgate pode ser usada da mesma maneira que uma agulha magnética comum, exceto pelo fato de que ela admite mais de um indicador (repetidor) e que tais indicadores apresentam a informacao de rumo de forma mais clara que a agulha magnética comum. Além disso em barcos que dispoe de sistemas eletronicos de navegacdo integrados a fluxgate pode apresentar a informacao dire- tamente ao computador do navegador, bem como, sua informacao ser usada para a orientacéo integral de pilotos automaticos. O sistema fluxgate permite ainda que a declinagio magnética possa sex introduzida pelo utilizador permitindo assim Ieituras de valores verdadeiros. Quanto ao desvio da agulha por estar normalmente seu sensor Jonge das maiores influéncias magnéticas de bordo como mencionamos anteriormente a maioria desse tipo de agulha tem uma continua e automéatica compensagio dispensando célculos para corregoes. Desde quea fluxgate usa componentes eletronicos de estado s6lido para a ampli- ficagéo dos sinais do campo magnético terrestre ela tem quase que nenhuma possibi- lidade de falha mecanica. Entretanto ela necessita uma forte constante de eletricidade. Assim é que em barcos pequenos ela pode nao ter condicdes elétricas para uma instalacdo confidvel, enquanto que nos barcos grandes seu utilizador deve ter permanente atencao quanto a falhas de alimentacao elétrica improvaveis, mas possiveis, que caso ocorram produzirao certamente conseqiiéncias na navegacao. Tipo de aguiha “luxgote' GPS/LORAN/SATNAV RADAR/CHART PLOTTER AUTOPILOT <\ ‘Agulha “fluxgate” com saidas para possiveis utilizagdes integradas 350 Navegar é Réeil- Parte IT - Cap IV QUESTIONARIO A oA funciona como um ‘ima. 2. Uma barra e livremente suspensa pelo seu centro de gravidade apon- tard sempre uma mesma ponta para 0 magnético. 3. O valor 0° da rosa de uma agulha apontara sempre para o da 4, Uma ao ser instalada a bordo tera um referencial paralelo a sua linha denominado de de 5. Quando nossa magnética estiver indicando leitura 000, estaremos com ela voltada para o da 6. Toda agulha magnética instalada a bordo tem a fim de manter sua horizontalidade um dispositivo denominado 7. Ovalor da é encontrado no interior da dos nas cartas 8. Seo valor da Declinacao magnética é de 17° 30'W para um aumento anual de 8’e seu ano de referéncia é 1990, qual a Declinacéo magnética atual? 9. A diferenca entre a direcao eadirecao chama-se e pode ser Leste ou 10. A diferenca entre a direcéo magnético ea diregio da agulha é chamada de da . 11. Cada tem a sua prépria de 12. Uma linha que une pontos de igual é chamada de linha . 13. Uma agulha oferece uma leitura tao quanto preciso for 0 da agulha. 14, O sistema finxgate permite leituras de valores verdadeiros se introduzido nele 0 valor da deciistagéio magnética local. Certo ou errado? 15. A uniclade sensora da fluxgate s6 pode ser colocada no passadico junto do timao. Certo ou errado? _—— nr | REsPOsTAS AO FINAL DA 2). Parte Deste Livro. CONVERSOES DE DIRECOES - CAP 5 Norte Verdodeiro Norte Mognstico Norte da oguiha * Convers6es de Direcoes » Rumo * Marcacao * Exemplos de Converses » Regra WAVE CONVERSOES DE DIRECOES Verificamos que nossos rumos proas ou marcacdes podem ser nao somente referidos a um sorte verdadeiro, como também a um norte magnético ou ainda a um norte de agulha Assim, poderemos ter direedes verdadeiras, magnéticas ou de agulha, depen-dendo da referéncia que adotarmos. Normaimente, em nossas embarcagbes, nao dispomos de agulhas giroscdpicas que permitam que leiamos diretamente os valores verdadeiros. Por mais cuidado que tenhamos com os ferros de bordo, jamais conseguiremos eliminar o desvio da agutha para todas as proas. Assim, quando lemos em nossa agulha uma direcio, ela estar representando uma direcdo de agulha, ou seja defasada da direcao verdadeira, pelos valores da Dect. Mac. e doD. Ac. impossibilitando que a transfiramos de imediato para uma carta nautica. Contrariamente, quando tracamos em nossa carta ndutica uma linha de direcao, quer de rumo, quer de marcacao, temos direcdes verdadeiras, porém, precisaremos saber a direcao de agulha correspondente, para os fins praticos de seguir um rumo ou observar uma marcacao previamente estabelecida. Precisamos pois, em navegacao, frequentemente, converter direcdes verdadeiras em direcdes de agulha e vice- versa. Tais conversées sito facilmente feitas se tivermos sempre presentes os seguintes conhecimentos fundamentais RUMO Eo angulo entre o norte de referéncia ea proa da embarcacdo, O rumo sera verdadeiro (RV) se o norte de referéncia for o verdadeiro, sera magnético se a referéncia for 0 norte magnético (Rmg) e sera de agulha (Rag) se o norte de referéncia for o de agulha. O rumo é sempre contado do norte de referéncia até a proa da embarcacio de 0° a 360° no sentido do movimento dos ponteiros de um rel6gio. Geraldo Luiz Miranda de Barras MARCACAO (M) E 0 Angulo formado entre uma direefo de referéncia e a linha de visada com 0 objeto. Se adotarmos como direcao de referencia o norte verdadeiro, o magnético ou 0 da agulha, teremos respectivamente marcacées verdadeiras (Mv), magnélicas (Mmg) oude agulha (Mag). Porém, se adotarmos como referéncia aproa da embarcagio teremos entao marcacoes relativas a (Mrel) ou seus casos particulares, as chamadas marcacdes polares (Mp). As marcagoes sao sempre contadas da diregdo de referéncia até a linha de visada do objeto de 0° a 360° no sentido dos ponteiros de um rel6gio, exceto no caso da marcagao polar bombordo que é contada em sentido contrario. oBseTo PROR RECORDANDO Dectwacio Maanérica (Dect. Mac.) — 6 como j4 vimos 0 angulo for- mado entre a direcao do norte verdadeiro e a direcao do norte magnético. Contado sempre a partir do norte verdadeiro para E (Leste) ou para W (Oeste). | Desvio pa Acura (Dac.) — j4 sabemos também que é 0 angulo forma- | do entre a direcao do norte magnético ea diresao do norte da agulha, contado sempre a partir do norte magnético para E (Leste) ou para W (Oeste). | Varracio Toraz ~ na pratica e para simplificar a conversio de direcoes 6 | usual adotar-se o conceito de variacio total. ‘A variacao total nada mais é que a soma algébrica dos valores da declinacao maguética (Decl. Mac.) e do desvio da aguiha (Dac.). | Se ambos, Dect. Mac. e Dac., tém a mesma designacao somam-se os | dois mantendo-se a designacao (Leste ou Oeste). Se Dect. Mac. e Dac. tém designacao diferente, da maior subtrai-se a menor e da-se a designacao da maior (Leste ou Oeste). A variagéo total pode ser definida como sendo: o dngulo entre o norte verdadeiro e 0 norte da agutha, contado sempre a partir do norte verdadeiro para Leste (E) ou para Oeste (W). Naegar é Récil- Parte I~ Cay V No Noo VARIAGAO TOTAL, DEC MAG VARIAGAO TOTAL, DEC.MAG. E D.AG DE MESMO NOME, E DAG. DE NOME CONTRARIO SOMAR E MANTER A SUBTRAIR, DANDO A DESIGNA- DESI GNAGAO. gho Do MAIOR Maxcacoes Rezarvas (Mrel) - quando, como vimos, adotamos como referéncia a proa da em- bareacdo, temos entre essa linha e a linha de visada com 0 objeto 0 Angulo que o objeto est4 em relacdo a nossa embarcacao, ou seja a marcagao relatioa do objeto. Porém se resolvermos usar como referéncia a proa da embarcacao, porém fazendo referéncia ao bordio pelo qual se tem a linha de visada do objeto, temos 0 caso especial da marcacao relativa polar, ou simplesmente marcagao polar. Mareagio Relativa A marcagao polar pode ser definida como sendo o Angulo entre a proa da embarcacao ea linha de visada com 0 objeto contado para BE ou BB de 0? a 180°. Quando © objeto esté exatamente pela proa ou exatamente pela popa nao ha sentido em se exprimir valores de marcacao polar dizendo-se simplesmente pela proa ou pela popa conforme for 0 caso. Pelo que foi dito verifica-se que: ROK Woo @--- ose Mp BE= Mrel Mp BB = 360° — Mral 355 Geraldo Luiz Miranda de Barras « Sempre que a marcacao polar for Boreste ela sera igual 3 marcacdo relativa. Mp BE = Mrel. © Sempre que a marcaciio polar for Bombordo ela sera igual a 360° menos a marcagio relativa. Mp BB = 360 —Mrel. EXEMPLO DE CONVERSOES A fim de que vocé se habitue as conversoes, é apresentada a figura a seguir, e principalmente para que voce aprenda a fazé-las graficamente sao apresentadas uma série de exemplos, bem como, outra série, apenas com as respostas indicadas para 0 seu treinamento. pRuwo OF AGULHA er UNO MAGNETO neo VARIAGaO TOTAL, DEC MAG E D.AG DE MESMO NOME, E D.AGs DE NOME’ CONTRARIO SOMAR © MANTER A SUBTRAIR, DANO A DESIGNA- DESI GNAGAO. GAo 00 MaioR: VARIAGAD TOTAL, DEC.MAG. 356 Navegar é Facil Parte I - Cap V Ry = 020° ay Dec megs iW Exe Dag = 5° oe oa aaeceea Reg + 030 My = IS" My = 270° Dee moge 18° W Dog: SE Mog= 335° Mags 285° Rag = 046° Mees 008" Dec mog= 15°W Do: 6 W My = 347° Meg = 020° M = 030° Reg = 050° RE=OYOS larei = 396% M relx020° * Mp = 030°8B Mp «020° BE {> 357 Geraléo Luiz Miranda de Barras = Davos RESPOSTA Ry | Rag| Decmag) Dag | My | Mog | Mret | Mp Jee or | — | ww] sew] — | — | — | — | rm | oo = [owe | ewl oe [- |—- [— | - [a | om or | — | wwlew | —- [—- [— | — [aw | ue = we | aew | aw | — | — | — | — [aw | or 118° - ew 3E. S [be = = Rag By = | — | tow] we [oe | — | - | - | mae | one — | — | oew)se [— | owe | | fw | oe — | mw] — [= [= | se | | | met | ow — we | — [— [= [| = [sme | [me | i = for} — [— [| — | ae [ — [| — |r [ine =| = [oew [ew [oe [= [= | = [me | aie - _ ew ew = 345° =— _ Ez 326° — | — [ew [ee | [owe | [fae | or — | — [ew [ew | [oe | | — [aw | ae — | = [ew few [ose | — | — | [vas | ase woo [| — [ we sw fom | — [ — | — [mer | om L. 4 | Obs.: A presente tabela possui dois erros propositais a fim __ de que o aluno adquira confianga em seus célculos. IMPORTANTE A conversao de diregGes é fundamental em nave- | gagao. Devemos saber transformar valores verdadeiros em valores de agulha e vice-versa com todo desembarago. ny Rosa de Rosa de aguthe no agua em antigo Nw, ‘sistema sistema de circular (0° a quartas 360") (cardinal) apresentando Afualmestte divisdo graw em desuso agra a Nacegar € Hivil~ Parte I~ Cap V Recra Mxeonica WAVE ~ a fim de facilitar a conversao de valores podemos ainda usar a Regra WAVE. Por essa regra temos: # quando transformamos valores verdadeiros para valores de agutha somamos tudo que for W (Oeste) e subtraimos tudo que for E (Leste) Rv Decl. Mag WAVE Dag Rag + ~

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