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Um escrito por dia essa besteira que eu decidi inventar no dia 25 de outubro de 2011, 19:44, horrio de So Paulo.

. Na verdade eu decidi inventar isso antes desse horrio, embora o concreto da digitaco s tenha vindo agora. O inaugural tende a ser um dia feliz na vida das coisas que inauguram, hoje t meio infeliz. Mais debutante do que inaugural, sou uma gordinha de 15 anos que na grande noite no entrou no vestido. Sou nada, t magra e comi pastel hoje sem culpa. T falando um monte de besteira de adolescente, talvez hoje eu tenha que aceitar ser assim. T meio capricho demais pra comover vocs. E continuo na esperana de melhorar essas batidas aqui. O teclado to bonito nessa luz, t na cozinha. Desliguei a luz forte e trouxe um abajur pra cima da geladeira, ele t l, me esquentando, diferentemente do pinguim, tadinho. Mania maluca essa de meter os pinguins em cima da geladeira, acumulando poeira, gordura e tremores. Toda geladeira treme mesmo que voc no veja, depois da mquina de lavar roupa ela a mais danarina. Os aparelhos todos danando ao som de selvagens feras e eu aqui, mal estico o brao pra no fazer mal. Mal jeito, n? Chega uma hora da vida que confundimos a ferrugem corprea com o acidente de ter querido demais aquele gesto. Tristes quase no tm gestos, sempre um encolher de membros, um torcer de eixo e uma respirao fraca demais pra limpar a alma e suficientemente alta pra comover o corao dos que habitam a mesma morada. Meu tom fica dramtico em um instante quando desenvolvo pensamentos sobre os que sofrem, eu por exemplo. Um pingo de leo nas minhas emoes no fizeram mal, a corrente da bicicleta ri quando gira. Difcil ter que voltar as ladeiras que jogam os cabelos para trs, beiram o destemido, o bonito. A vida to editada.

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