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MEIOS DE TRANSPORTE

Desde que no antigo Egipto foi descoberta a roda que se deu


inicio à revolução dos transportes terrestres. Desde tempos
longínquos que o homem efectuava o transporte de mercadorias,
utilizando animais das mais variadas espécies e em qualquer
circunstancia, bastando para isso que o homem obtivesse lucro, ou até para
melhorar o seu modo de vida, poupando-se deste modo a esforços maiores.
Utilizou os rios quer gelados ou não para transportes de maiores dimensões
(troncos).
Os fenícios inventaram a vela que lhes permitia ir mais longe e ter navios de maior
calado, retirando dos seus conveses remadores, poupando-os deste modo a uma
escravidão e morte lenta.
Estes homens evoluíram socialmente e viram os seus empregos melhorar,
adquiriram novas formações, tais como manejar a velas, trabalhar cordas e
construir navios. Graças a esta invenção criaram-se fábricas de fiação, de
cordoaria, estaleiros, aprenderam novos ofícios, criaram-se escolas, universidades,
desenvolveram-se novas ciências, novos extractos sociais que deram origem à
burguesia e cambistas. Estes, em proveito próprio, desenvolveram a economia,
criaram casas de câmbios, era o fim da chamada economia directa.
Porém, este tipo de economia veio a recrudescer com as descobertas das
rotas marítimas pelos Portugueses, novos povos e continentes que levavam panos,
louças, armas azeite etc. e em troca traziam especiarias que eram vendidas na
Europa a preços altíssimos.
O comércio prosperava, tornou-se imperioso aumentar o número de navios e
aumentar o seu calado. Há outras evoluções comerciais, decaem as trocas directas,
já se compra com moeda de ouro e prata.
Para satisfazer as necessidades desta invenção foi preciso desenvolver a
agricultura, semear mais linho e plantar mais cânhamo, este mais resistente ao
vento, os teares familiares já não satisfaziam as necessidades da procura,
industrializou-se a tecelagem de velas assim como de roupa adequada para os
marinheiros.
Nesta época, os grandes produtores de linho começaram por ser os egípcios,
no alto Nilo, que o exportavam para a Europa e Ásia, recebendo em troca outras
mercadorias em que eram deficitários, ou ouro como pagamento.
Reflectindo sobre esta invenção tão singela, quase não nos damos conta da
transformação económica e social que ela nos trouxe, não se trata de dizer que
houve uma reacção em cadeia, mas sim uma economia em cadeia, para não falar da
economia paralela, porque uma sem a outra não funciona. Analisando os efeitos
desde a produção do linho até chegar à vela, e esta se transformar em motor do
navio, as transformações que não sofreu, e as pessoas ou indústrias que implicou.

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Desde o início da civilização, embora ainda hoje o Homem tente desesperadamente
saber quem é, como é e de onde veio, que este criou eventos para melhorar as suas
condições de vida. Muitas por curiosidade e a sua maioria por interesses
económicos, porque ele é ambicioso e não se contenta com o que tem, mas foi desta
forma que muitos perpetuaram o seu nome, quer em prol da humanidade quer em seu
desfavor.
De entre tantas descobertas que o homem já fez, desde que existe, que não
seria possível enumerá-las, algumas são nossas conhecidas, houve outras
importantes, mas porque colidiram com outros interesses maiores e
economicamente mais poderosos não as conhecemos.
É de uma maravilha da ciência, que surgiu no século XVII e que revolucionou o
mundo industrial, que vamos falar: a máquina a vapor.
Esta máquina foi inventada em Inglaterra e dada a conhecer ao resto do
mundo para fins industriais e fabris. Nesta época, deu-se uma importante mudança
tecnológica com profundo impacto no processo produtivo a nível económico e social.
Um século mais tarde é posta em circulação a primeira locomotiva a vapor.
Estava, assim criada aquela que viria a ser chamada a 1ª revolução industrial e que
veio a expandir-se pelo mundo a partir do século XIX.
Nesta época, um padre, de seu nome Bartolomeu de Gusmão, faz a primeira
viagem aérea em balão de ar quente entre o Barreiro e Lisboa assim, o homem
continua a viver dia a dia com a vida cada vez mais facilitada, tornando-se mais
sedentário, a agricultura, sector primário, começa a ficar abandonada.
No ano de 1908 Santos do Monte, em Paris, inventa o primeiro avião que dará
início à era dos transportes aéreos, ainda em França, é inventado o 1º automóvel a
vapor e Carlo Bens, chamado o pai do automóvel, descobre o 1º motor de combustão.
Dá-se então o verdadeiro início da 2ª revolução industrial, com o desenvolvimento
de vias de comunicação, constroem-se automóveis em série, barcos a vapor,
comboios, máquinas agrícolas, industriais, etc.
O aparecimento da máquina a vapor de James Watt, aplicada aos
transportes, em especial ao ferroviário, permitiu esse deslocamento a velocidades
jamais imaginadas pela raça humana. Ainda que sobejamente experimentada, a
técnica não permitia contudo uma grande segurança no transporte, pelo que foi
preciso esperar pela invenção de Rudolf Diesel, e pelos motores de explosão, para
que se desse um enorme incremento no transporte rodoviário e aéreo. Portugal não
foi uma excepção e a sua evolução natural tendeu para a evolução que já se vinha
sentindo pela Europa fora. Perante a perspectiva de poder oferecer transporte a
números de pessoas superior ao oferecido por carruagens, diligências ou carroças, e
á medida que se foi desenvolvendo uma rede de estradas, também os transportes
rodoviários de passageiros começaram a ganhar terreno, especialmente face ao seu
mais directo concorrente, o comboio.

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Um autocarro podia facilmente chegar a locais muitas vezes inacessíveis para
qualquer comboio, e daí se foram aperfeiçoando os meios de transporte, como
resultado da concorrência directa entre os meios. Se o automóvel competia com o
comboio, este competia com o avião
Os progressos da navegação a vapor e dos caminhos-de-ferro foram
acompanhados, desde fins do século XIX, pelo surgimento de novos transportes,
como o automóvel e o avião. O desenvolvimento do automóvel remonta a 1886,
quando apareceu a primeira máquina impelida por um motor de combustão interna.
Numerosos engenheiros e técnicos contribuíram para o surto do novo meio de
transporte: na Alemanha, Daimler, Benz, Diesel; na França, Panhard, Peugeot e
Michelin. Nos primeiros anos do século XX, a França e a Alemanha ocupavam a
primeira posição na produção de carros. Em 1914, porém, os Estados Unidos
fabricavam já 56% do total mundial de automóveis, a maioria dos quais pertencia à
fábrica Ford, onde a instalação de linhas de montagem favorecera o
embaratecimento e o aumento da produção.

Quanto à aviação, e após decénios de ensaios com balões e dirigíveis, coube,


em 1903, a Orville Wright a proeza de voar com um motor de gasolina e hélice. Em
1909, os irmãos Voisin desenharam um biplano e o seu sócio L. Blériot um monoplano,
com que atravessou o canal da Mancha. Estava, então, alterada a relação do Homem
com o espaço e consagrada a conquista do ar. A indústria aeronáutica conheceu um
impulso notável durante o período de 1914-18, quando posta ao serviço de
interesses militares.

Uma outra invenção já teve o seu início na antiga Grécia que ao esfregar
âmbar com pele de carneiro observou-se que pedaços de palha eram atraídos pelo
âmbar. Em 1773 já é conhecida a existência de dois tipos de electricidade e em
1880 entra em funcionamento o sistema eléctrico, que depois de vários
aperfeiçoamentos e por razões económicas entra no domínio dos transportes
ferroviários. A energia nuclear tem também o seu espaço, é utilizada para fazer
mover navios e grandes reactores.
A aviação desenvolve-se passando de um simples bimotor aos reactores
actuais, transportando “cada vez mais” pessoas e cada vez mais longe, rivalizando
com outros meios de transporte.
Mas o Homem, este ser que ainda pouco sabe de si, já se interessa por outros
que nunca viu, apenas fazem parte do seu imaginário, desenvolve novas energias e
novos meios de transporte, inventa foguetões, aparelhos não tripulados, movidos a
energia da mais perigosa espécie, isto porque ele ainda se não conhece, mas tem
sede de conhecer outros e arranjar novos domínios. Este Homem já não cabe em si
e parte para o espaço, já sonha em viajar e ir habitar outros planetas, dando deste
modo inicio a uma globalização extraterrestre, imitando aquela que os portugueses
iniciaram há 500 anos.

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A evolução dos transportes, trouxe ao homem evoluções sociais e comportamentos
até então nunca vistos, se com a invenção da vela, uma pequena invenção, se
desenvolveu a agricultura, a tecelagem, a cordoaria, os estaleiros navais, a
astronomia, emergiram outros extractos sociais, comerciantes, marinheiros,
mercadores, cambistas etc., com a mecanização desenvolveram-se umas e
abandonaram-se outras.
Foi preciso criar siderurgias, explorar minas, apareceu a indústria de
extracção de minérios, carvão, hulha e petrolífera etc.. Apareceram novos
mesteres, era preciso desenvolver a literacia, criaram-se escolas universidades,
zonas industriais e na sua periferia grandes dormitórios, os operários não tinham
onde deixar os filhos apareceram creches, amas atl’s associações de trabalhadores,
mecenatos, surgiram novas doenças aliadas à industrialização, apareceram novos
hospitais, novas valências outras especialidades médicas.
Para fabricar uma roda de comboio, é preciso haver mineiros, marinheiros,
transportadores marítimos, siderurgias, fábricas de moldagem de peças torneiros
mecânicas, afinadores. Todas estas indústrias criaram diversas classes sociais, que
consoante as necessidades assim exercem a sua influência na sociedade.
Há classes sociais mais favorecidas que outras, aquelas que estão no sector
terciário, esquecendo-se que as matérias-primas se devem ao sector primário,
sendo estas, por vezes, as camadas mais desfavorecidas.
Para além disto, nasceram bairros operários onde as categorias sociais são
mais que evidentes, bairro dos mineiros, dos metalúrgicos, dos bancários, de uma
empresa de transportes exemplo da CP etc., onde a diferença entre as esferas
sociais é notória nos bairros e nas gentes que os habitam, a título de exemplo, tem
mais hipótese de ascender a um modo de vida mais confortável ou equilibrada o
filho de um metalúrgico ou bancário que o de um mineiro ou camponês.

Existem outras classes sociais de apoio aos transportes menos desenvolvidas,


mais limitadas que vivem em bairros periféricos degradados em condições pouco
humanas. Ligados aos transportes há ainda a categoria dos comerciantes e
transportadores, importadores exportadores, que são os mais beneficiados, ao
ponto de fazerem cartelização.
De uma forma ou de outra, que desde a criação da máquina a vapor que veio
facilitar a vida ao homem, tornando-nos hoje cada vez mais reféns dos meios de
transporte e dos combustíveis que os alimentam.
Mas desde cedo o homem descobriu este perigo e logo no século XVII em
Inglaterra começou a haver manifestações contra a máquina que vinha lançar na rua
milhares de empregados assim que as fábricas eram mecanizadas.

Contudo, atravessa-se agora mais uma fase de mudança. Em termos mundiais,


o petróleo torna-se um bem cada vez mais escasso e, por isso mesmo, se procuram

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energias alternativas ao combustível fóssil, responsável pela maior evolução
conhecida pelo homem num tão curto período de tempo.
Também o transporte rodoviário passará num futuro mais ou menos distante
por uma mudança, que se começa já hoje a notar, nomeadamente nos autocarros
ditos “amigos do ambiente” movidos por bio-diesel, hidrogénio, gás natural ou
mesmo eléctricos. É por isso necessário que se opere uma nova evolução que ditará
certamente o futuro dos meios de transporte de passageiros, tanto em Portugal
como no mundo.
A invenção dos meios de transporte para além de ter originado o
desenvolvimento de outras indústrias levou à criação de grandes infra-estruturas
nomeadamente, vias-férreas e rodoviárias, portos e aeroportos.
Esta invenção trouxe alterações sociais e comportamentais a todos os níveis
e que o homem até então nunca havia conhecido.
Com a descoberta da vela iniciaram-se os transportes marítimos, as pessoas
começaram a viajar entre nações e continentes, os primeiros povos que conhecemos
foram os Gregos, fenícios e outros do norte da Europa que já aportavam a Lisboa
para comercializar os seus produtos, com eles conheceram-se outras formas de
comercializar e gerir negócios, houve uma alteração profunda na maneira de ser das
pessoas.
De seguida, deram-se as descobertas Portuguesas que vieram alterar
radicalmente os nossos hábitos e maneiras de ser. Apareceu uma nova sociedade
ate então desconhecida, a burguesia oriunda dos mercadores e cambistas o que
fazia inveja à nobreza que começou a perder influência.
Como este era um negócio em crescimento e muito cobiçado, apareceu o
enriquecimento sem esforço: surgiram os piratas em alto mar. Estes meios de
transporte nem sempre eram utilizados para os melhores fins, como era preciso
mão-de-obra barata noutros continentes recorreu-se ao tráfico e comércio
negreiro, onde as pessoas eram vendidas como se de mercadoria se tratasse, um
comportamento social nunca antes visto visto, esta forma de escravatura não só
alterou o comportamento dos escravizados como das localidades para onde eram
vendidos, eram vistos como um ser inferior e indiferenciados, apenas tinham
deveres de obediência; os esclavagistas eram pessoas sem ética nem moral e as
suas leis eram as do chicote. Esta forma de escravatura durou até ao século XVIII.
O domínio do Homem pelo homem foi sempre uma ambição e através destes
transportes deslocavam-se enormes exércitos que chegavam mais rápido e
deslocavam importantes quantidades de material bélico, cita-se a armada
Portuguesa, a invencível armada Inglesa, bem como a Filipina de Espanha, que com a
chacina feita pelo Capitão Fernando Cortes no México, levou à extinção das
comunidades andinas (Incas, astecas etc.)
Foi preciso fortificar a costa marítima fazendo enormes baluartes e
colocando enormes armas para defesa da costa, o que levou ao desenvolvimento de
uma outra sociedade e outra indústria, a militar.

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Também nós, os portugueses, tivemos a nossa quota-parte, deportámos
negros de África para as plantações de cana sacarina no Brasil o que levou à
miscigenação de raças, estes escravos levaram consigo a sua cultura e hoje, no
Brasil há o samba, em Cabo Verde, as mornas, etc..
As primeiras armas que os japoneses viram foram os portugueses que as
levaram para trocas comerciais. Mas foi graças a estes meios de transporte que
Fernão de Magalhães provou que a terra era redonda desfazendo mitos que
apontavam para o contrário.
A locomotiva também foi utilizada na 1ª e 2ª Grandes guerras para
transporte de homens, armas e apoio logístico, construíram-se vias-férreas
enormes por esta causa, cita-se a Sardenha para a fábrica de água pesada, a da
Manchúria. Em Angola os Ingleses construíram a linha férrea de Benguela com uma
distância de 1000Km para explorarem e transportarem os minérios do Congo,
chegando assim mais fácil e rapidamente à metrópole.
O automóvel inicialmente colocado ao serviço das pessoas rapidamente foi
adaptado para a guerra dando origem a enormes tanques destruidores.
Em tempos idos, as pessoas viajavam entre países e continentes utilizando os
grandes navios transatlânticos que demoravam muitos dias as viagens eram
cansativas e perigosas; refira-se o Titanic, havia várias classes de passageiros.
Hoje em dia, esses transportes só se efectuam em cruzeiros de luxo ou em navios
porta contentores, graneleiros, petroleiros ou de pesca, que transportam tudo
aquilo que um país precisa desde matérias-primas a bens alimentares.
Com o desenvolvimento do avião, o navio e o comboio perderam importância, o
avião permite chegar no mesmo dia a qualquer ponto do globo, com uma comodidade
invejável e classe acessível este desenvolvimento permitiu para além de um
deslocamento mais rápido, uma maior socialização e vivência entre as pessoas, é
possível almoçar em Praga e jantar em Lisboa. Países diferentes, pessoas e culturas
diferentes, não falando das mercadorias que chegam mais rápido, permitindo ter
produtos tropicais frescos todos os dias, lerem os jornais de todo o mundo, enfim…
Mas este meio de transporte também foi posto ao serviço da guerra e que hoje com
o abastecimento em voo permite bombardear países a uma distância outrora
inimaginável.
A evolução dos transportes rodoviários aliada ao desenvolvimento da rede
viária contribuiu para a extinção dos almocreves e abandono da criação de animais
de tracção mas contribuiu para que as pessoas se deslocassem com mais facilidade
entre lugares, permitindo alcançar em poucas horas aquilo que demorava dias,
passou a ter mais tempo para si, mais cuidados de saúde e escolares, conheceu
novas pessoas novas ideias outras formas de socializar.
Com o decorrer dos tempos e devido à evolução do automóvel as pessoas
começaram a deslocar-se individualmente, relegando os transportes públicos que

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aliados ao envelhecimento e desertificação de alguns locais foram drasticamente
reduzidos ou deixaram de existir por não serem rentáveis economicamente.
Os comboios também se ressentiram deste efeito com excepção dos grandes
centros urbanos.
Em minha casa utilizamos os transportes públicos diariamente, todos temos
passe e só usamos o automóvel em caso de necessidade, somos quatro pessoas e só
temos um automóvel que consome gasolina de 95 octanas.
Recordo-me de um estranho comportamento social quando há uns anos o
metropolitano chegou a Odivelas e as pessoas estavam a ter comportamentos
diferentes porque passavam mais três horas diárias em casa, facto a que não
tinham sido habituadas ao longo de muitos anos de trabalho.
Pelo facto de em ambientes urbanos podermos utilizar nas nossas
deslocações diárias para o trabalho diversos tipos de transporte públicos em
simultâneo, tais como, barcos, comboios, metro e autocarro, permitindo-nos até
trabalhar a grandes distâncias regressando todos os dias a casa, em outras zonas
do nosso pequenos país isto é apenas uma miragem, as pessoas têm cada vez a vida
mais dificultada, sentem-se como que relegadas para um país mais distante onde
cada dia tudo está mais longe, o que leva a surtos de migração e deslocação de
pessoas do interior para o litoral onde tudo é mais acessível e mais barato.

É sabido que hoje andar de avião para além de cómodo, é seguro. Cada vez
mais se viaja de avião, este transporte é cada dia mais moderno e cómodo, o mesmo
sucede com os comboios entre eles os de nova geração com velocidades de “400Km
hora”, quase podemos afirmar que mais perigoso será o automóvel, que morrem
anualmente 650 pessoas não contabilizando aquelas que ficam estropiadas.

Em conclusão:
Os meios de transporte evoluíram de forma lenta até à Revolução Industrial do
Séc.XVIII. Numa primeira fase, com a introdução de avanços tecnológicos como a
aplicação da máquina a vapor ao tráfego ferroviário e ao marítimo, foi possível pela
primeira vez o transporte de matérias-primas a longas distâncias, substituindo a
tracção animal e a vela, usadas até então.

Posteriormente, a descoberta do motor de explosão, a aplicação da electricidade


aos transportes e, anos depois, com o automóvel e o avião, foi possível concretizar
grandes progressos tecnológicos, nomeadamente, melhorando as acessibilidades,
diminuindo a distância-tempo e a distância-custo.

Esta é uma característica fundamental do nosso tempo, contribuindo para mudanças


profundas que aumentaram em grande escala as possibilidades de mobilidade e
tornaram os meios de transporte acessíveis a um crescente número de pessoas.

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O custo de oportunidade representa o valor associado à melhor alternativa não
escolhida. As pessoas fazem menos esforço físico chegam mais rápido aos centros
de apoio à saúde, têm mais tempo para outras tarefas, tais como cuidar da família,
combater o iliteracia, apetência por conhecer novos horizontes, diminuição do custo
das matérias-primas e subsidiárias, internacionalização da economia, etc..
Em contrapartida, vieram gerar conflitos laborais. Com a mecanização e
constante evolução dos transportes, hoje é possível ter vinte pessoas numa fábrica
e produzirem por duzentas de outrora, ou fazer deslocar a fábrica para outro pais
de um dia para o outro, aumentando o desemprego.
Com o aumento da longevidade a Segurança Social começou a entrar em
colapso, foi preciso fazer novas leis e novos cálculos de reforma, anteriormente
havia quatro efectivos para um reformado, a tendência inverteu-se e já se prevê
que a breve trecho sejam três reformados para cada efectivo. Houve baixa da
natalidade devido aos factores económicos gerados. Foi preciso criar lares e
centros de dia em virtude de não haver possibilidade de ter as pessoas em casa
onde muitos devido aos factores da longevidade já não têm família, ou de esta os
ter abandonado, maior consumo de medicamentos, tudo isto representa mais
encargos sociais.
Para satisfazer as necessidades de matérias-primas aumentou-se a
extracção de petróleo que é transportado em navios que atingem 300 mil toneladas
de crude, quando estes naufragam dão-se enormes desastres ecológicos (“Epson
Valdez”, no Alasca e “prestigie” na Galiza).
Aumentou o efeito de estufa devido ao aumento cada vez maior de
automóveis e derivados do petróleo; com eles, surgiram novas doenças
respiratórias, alergias cutâneas entre outras.
Transformaram-se paisagens com a criação de novas vias e parques de
estacionamento, os sinais de trânsito adquiriram uma proeminência dramática.
Críticos do transporte público muitas vezes alegam que o transporte público atrai
"elementos não desejáveis” em ocasiões de greve causam grandes transtornos.

Foi em 1662, que surgiu a primeira licença de transportes públicos passada


pelo rei Luis XIV para explorar cinco rotas com carruagens, Blaise Pascal definiu os
primeiros conceitos que iriam nortear o serviço de transporte público colectivo.

Muitas cidades observam que novos sistemas de transportes públicos


possuem benefícios económicos substanciais, provocando o desenvolvimento
económico e social da região, e aumentando o valor da terra na região. Um sistema
de transportes públicos fixo e bem planeado, tais como ferrovias, gares marítimas,
portos aeroportos, centrais de camionagem, aparentemente possuem um impacto
maior, talvez por causa de que a construção destes meios de transporte significa
assumir um objectivo a longo prazo para providenciar transporte para localidades
específicas. Além disso, um eficiente e bem planeado sistema de transporte público

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maximiza os benefícios económicos e ambientais de investimentos, para o
transporte público através do incentivo de maior desenvolvimento dentro de um
certo raio das estações. Os transportes públicos numa cidade providenciam o
deslocamento de pessoas de um ponto a outro na área dessa cidade.
A grande maioria das áreas urbanas de médio e grande porte possuem algum
tipo de transporte público urbano. O seu fornecimento adequado, em países como
Portugal é, geralmente, de responsabilidade municipal. Diminui a poluição, uma vez
que menos carros são utilizados para a locomoção de pessoas, além de permitir o
deslocamento de pessoas que, não possuindo meios de adquirir um carro, e precisam
de percorrer longas distâncias para o local de trabalho.
A habilidade de dormir no caminho para o trabalho é uma opção atractiva
para muitas pessoas que usam sistemas de transporte público. O transporte público
local tem passes multiusos de baixo preço, para pessoas com vencimentos limitados
e idosos com idade superior a sessenta e cinco anos. Para além disso, não temos
stress, não pagamos estacionamento. Nas localidades, e para além dos que já
enumeramos existem outros tipos de transporte, Elevador: Facilitam bastante o
movimento vertical de pessoas em prédios e torres. Escadas rolantes deslocam
pessoas em curtas distâncias, centros comerciais, estações de metro, comboio etc.
Cadeiras de rodas, para transportar deficientes sejam elas mecânicas eléctricas ou
outras, táxi para pessoas que preferem outro conforto ou agilidade ou quando outro
tipo de transporte público numa dada região é inexistente, helicóptero, para
transporte de doentes urgentes, avião, usado por pessoas que precisam de se
deslocar por longas distâncias ou para uma região isolada. Metro, usado por
milhares de pessoas diariamente (o de Lisboa foi inaugurado em 1959) também já
há metro de superfície que não é mais que um eléctrico em ponto maior. O sistema
de transporte público bem desenvolvido é utilizado por pessoas de diversas
camadas sociais
Podemos visitar amigos com maior regularidade, receber correio, os
mercados são abastecidos com regularidade, temos produtos de primeira
necessidade todos os dias ao longo do ano, etc..
Podemos comprar tulipas todos os dias embora elas sejam cultivadas na
Holanda, comemos fruta ou outros produtos oriundos de todos os países e
continentes, a comida rápida que chegou com o Macdonald´s, a construção de
grandes Canais fez uma contribuição maciça para a Revolução Industrial, exemplo
(canal do Panamá, de Suez) também o rio Douro hoje é navegável.
Era pelo mar que era realizado o transporte para mercadorias volumosas,
pesadas, no século XVIII e sem ele não poderia ter havido indústria pesada em
grande escala nem grandes cidades.
O alargamento das vias de comunicação foi um factor e um mecanismo da
industrialização, pois constituiu um investimento de base, de tal modo poderoso, a
partir de meados do século XIX, que os historiadores não hesitam em falar numa
revolução dos transportes dentro da Revolução Industrial.

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Embora, em 1825, o engenheiro escocês Mac Adam tenha melhorado a qualidade dos
revestimentos dos pavimentos das estradas e, simultaneamente na França e na
Inglaterra, se tenha multiplicado a construção de canais, a revolução dos
transportes caracteriza-se, antes de mais, pela aplicação da máquina a vapor à
navegação e aos transportes ferroviários.

Em conclusão: A história não deixa de atribuir aos caminhos-de-ferro, navios,


aviões e automóveis, profundas implicações económicas, sociais e até culturais.
Assim:
A agricultura encontrou novos mercados e pôde vender géneros de
deterioração rápida em zonas distanciadas, assim como especializar as suas
produções. Os centros urbanos foram abastecidos com regularidade, evitando-se
crises de fornecimento.

Fomentou-se a exploração e a absorção de ferro, carvão e madeira, para o


apetrechamento e consumo do novo meio de transporte. Impulsionou-se a siderurgia
e a metalurgia de um modo geral, apoiadas numa série de progressos técnicos, de
que se destaca a invenção do conversor Bessemer.
Estimulou-se e acelerou-se a industrialização, garantindo-se-lhe o abastecimento
de matérias-primas, assim como o escoamento rápido e seguro dos seus produtos a
custos decrescentes, dadas as grandes quantidades transportadas.·

Expandiram-se as trocas comerciais, contribuindo-se para o domínio dos


mercados nacional e mundial. A redução das tarifas e dos custos dos transportes, a
baixa do preço dos produtos estimularam, por sua vez, o consumo de massas.
Especialmente a criação dos mercados nacionais foi a consequência mais
determinante da revolução dos transportes. Pela primeira vez, cessou o isolamento
de vastas regiões, integradas, desde então, numa teia de ligações que abrangem
pessoas, produtos e capitais. Ora, um mercado unificado com a dimensão de um
mercado nacional foi uma condição imprescindível à modernidade industrial e à
afirmação dos Estados.· Desenvolveu-se a grande empresa industrial,
baseada em sociedades por acções de dimensões nacionais que actuam com o
concurso de capitais de variada origem. Na verdade, as magníficas oportunidades
proporcionadas pelo alargamento dos mercados conduziram à expansão das
empresas e à concentração industrial, originando a fusão do capital industrial e do
capital financeiro. Para o efeito, favoreceram-se as operações financeiras,
mediante o lançamento de acções e empréstimos por obrigações, e construiu-se o
aparelho bancário moderno.·

Criou-se uma gigantesca mobilidade de pessoas, em que se incluem mão-de-obra e


também emigrantes, responsáveis pelo povoamento de vastas regiões, nos EUA e na
Rússia, por exemplo. Incrementou-se o turismo, mercê da articulação das viagens
ferroviárias com as deslocações intercontinentais dos grandes paquetes.
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Surgiram novas profissões, como ferroviários, marinheiros, motoristas, mecânicos e
carregadores, o que permitiu absorver mão-de-obra disponível.
Facilitou-se a correspondência e justificou-se a produção mais frequente de
publicações periódicas.

Concluindo, as distâncias encurtaram-se, ideias novas circularam, as


mentalidades evoluíram, o capitalismo triunfou, explorou-nos humilhou-nos e agora
que está em crise, somos nós a salvá-los com o dinheiro dos nossos impostos, para
que eles nos possam continuar a explorar.

José António da Costa Silva

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