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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
SETEMBRO
1993
SUMARIO
<
I
Castigo até a terceira e quarta geracáo? y.
etor-Responsável SUMAR 10
Esteva o Bettertcourt QSB
Autor e Redator de toda a materia Palavra Eficaz e Penetrante 385
Dublicada neste periódico
Questao delicada:
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"MARQUES SARAIVA"
GRÁFICOS £ EDITORES S.A.
Telí.: 1021) 273-3498 / 273-9447
NO PRÓXIMO NÚMERO:
Novos Movimentos Religiosos. - "Jesús dentro do Judaismo" (J. Charles-
rth). — Ainda os Judeus Messiánicos. — A Privatizacao da Fé. — Abstinencia de
ne: por qué? — A Ester¡l¡zacá*o das Pessoas Deficientes. — Aids e Castidade. —
lem e o Mal: Maniqueísmo?
Questáo delicada:
AMORTE EOALÉM:
COMO ENTENDÉ-LOS?
A questao dos últimos fins é muito atual e complexa, pois sobre ela
se projetam diversas correntes do pensamento moderno. Ademáis é de im
portancia capital, pois o fim ou o ponto de chegada é que dita as etapas da
caminhada de alguém. Por isto a Comissao Teológica Internacional elabo-
rou a respe¡to um documento que apresenta a doutrina católica, tendo em
vista a problemática contemporánea. Publicamos, a seguir, as suas linhas-
mestras, considerando que o mes de novembro se abre com a Solenidade
de Todos os Santos (19/11) e a Comemoracao de Todos os Fiéis Defun-
tos(2/11).
O TEXTO
"Se é só para esta vida que temos colocado nossa esperanca em Cris
to, somos os mais dignos de lástima dentre todos os homens" (1Cor 15,
19). Sem tal esperanca seria impossível levar urna vida crista.
386
A MORTE E O ALÉM
387 .
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
Por causa dessa nossa fe*, como Paulo no Areópago, também os cris
taos do nosso tempo, quando proclamam a ressurreícao dos mortos, sSo
objeto de mofa (cf. At 17,32). A situacao atual sobre esse ponto nao ó di
ferente daquela que Orígenes dese revía no seu tempo: "Além disso, o mis
terio da ressurreigao, já que nao é compreendido, tornou-se objeto de crí
ticas zombeteiras da parte dos infléis"".
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AMORTEEOALÉM
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6 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
ao cheol (Gn 37, 35; SI 55, 16 etc.). Aqueles que habitam nele sSo cha
mados refaim. Essa palavra hebraica na*o possui singular: isso parece indi
car que nao se prestava atencáo á sua vida individual. Ná*o louvam a Deus
e estío separados dele. Todos, como urna massa anónima, tém a mesma
sorte. Nesse sentido a persistencia depois da morte que se Ihes atribuí,
nao inclui ainda a idéia de retribuicao.
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A MORTE E O ALÉM
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8 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
Depois desses, até quase aos nossos tempos, nao houve praticamente
nenhuma excecao sobre esse tema. Martinho Lutero nao constituí urna ex
cecao, urna vez que admite a dupla fase escatológica. Segundo ele, a morte
é "a separacao da alma e do corpo"; ele afirma que as almassobrevivem en
tre a morte e a ressurreicao final, embora tenha expresso dúvidas sobre o
modo de conceber o estado em que as almas se acham entre a morte e a
ressurreipao: algumas vezes admite que possivelmente no céu os santos re-
zem por nos; outras vezes, ao invés, pensou que almas se acham em um
estado de sonó. Nao negou jamáis, por isso mesmo, o estado intermedio;
apenas o interpretou de modo diverso da fé católica.46 A ortodoxia lutera
na conservou a dupla fase, abandonando a idéia do sonó das almas.
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AMORTEEOALÉM
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JO "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
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AMORTEEOALÉM 1t
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6. A Morte Crista
É também natural que o cristao sofra por causa das pessoas que ama.
"Jesús pós-se a chorar" (Jo 11,35) pelo seu amigo Lázaro, que estava mor-
to. Também nos podemos e devemos chorar os nossos amigos mortos.
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A MORTE E O ALÉM 13
Também a dor e a doenca, que sao um inicio da morte, devem ser as-
sumidas pelos cristaos de modo novo. Já em si mesmas sao suportadas com
mal-estar, mas ainda mais enquanto sinais do progredir da dissolucao do
corpo. Entao, com a aceitacá"o da dor e da doenca, permitidas por Deus,
tornamo-nos participantes da Paixao de Cristo, e, oferecendo-as, nos uni
mos ao ato com o qual o Senhor ofereceu a própria vidaao Pai para a salvacao
do mundo. Cada um de nos deve afirmar como Paulo ¡"Completo na minha
carne o que falta aos sofrimentos de Cristo, a favor do seu corpo, que é
a Igreja" (Cl 1,24). Por meio da associacao á Paixao do Senhor, somos
conduzidos a possuir a gloria de Cristo ressuscitado: "levando sempre e
por toda a parte em nosso corpo os sofrimentos de morte de Jesús, a fim
de que a vida mesma de Jesús seja manifestada em nosso corpo" (2Cor
4, 10). v-
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14 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
78 CIC 1176,3.
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AMORTEEOALÉM ' 15
Nao faltam, hoje, seitas que rejeitam a invocacáo dos Santos, como é
praticada pelos católicos, baseando-se na proibicao bíblica: desse modo
nao a distinguem da evocacao dos espiritos. De nossa parte, ao exortarmos
os fiéis a invocar os Santos, devemos ensiná-los a invocá-los de modo a nao
oferecer ás seitas ocasiao para tal confusao.
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"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
Por isso somos incitados á purificacao. Até aquele que se lavou, deve
liberar-se do pó dos pés (cf. Jo 13, 10). Para aqueles que nao se purifica-
ram suficientemente sobre a térra com a penitencia, a Igreja eré que existe
um estado de purificacSo depois da morte, ou seja, urna purificacao prece
dente á visao de Deus. Visto tal purificacao acontecer depois da morte e
antes da ressurreicao final, esse estado pertence ao estado escato lógico in
termedio; mais aínda, a existencia desse estado mostra a existencia de urna
escatologia intermedia.
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20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993 __
Cristo e de Deus" (Ef 5,5). A condenacSo eterna tem a sua origem na livre
recusa, até ao fim, do Amor e da Piedade de Deus. A I groja eré que esse es
tado consiste na privacao da visao de Deus e na repercussao eterna dessa
pena em todo o próprio ser. Essa doutrina de fé mostra tanto a importan
cia da capacidade humana de recusar Deus livremente como a gravidade
dessa livre recusa. Enquanto o cristao permanece nesta vida, sabe que está
colocado sob o juízo futuro de Cristo: "Devemos todos, portante, compa
recer diante do tribunal de Cristo, para que cada um reencontré o que ti-
ver feito enquanto estava no corpo, tanto de bem como de mal" (2Cor5,
10). Sonriente diante de Cristo e por meio da luz por ele comunicada tor-
nar-se-á inteligível o misterio de iniqüidade que existe nos pecados que
cometemos. Por meio do pecado grave o homem, no seu modo de agir,
chega a considerar Deus como inimigo da própria criatura e, antes de tudo,
como inimigo do homem, como fonte de perigo e de ameaca para o ho
mem.
Já que o curso de nossa vida terrena é único (Hb 9,27) e já que nele
nos sao oferecidas gratuitamente a amizade e a adocao divinas com o peri
go de perdé-las mediante o pecado, revela-se, claramente, a seriedade desta
vida; de fato, as decisoes que nela se tomam, tém conseqüéncias eternas. O
Senhor pos diante de nos "o caminho da vida e o caminho da morte" (Jr
21,8). Embora nos convide, por meio da graca preveniente e adjuvante,
para o caminho da vida, podemos escolher um dos dois. Depois da escolha,
Deus respeita seriamente a nossa liberdade, todavía sem cessar, aqui na tér
ra, de oferecer a sua graca salvífica também aqueles que estao separados
dele. Na realidade é necessário dizer que Deus respeita aquilo que qu¡se
rnos fazer livremente de nos mesmos, tanto aceitando a graca como a re
cusando. Nesse sentido, compreende-se que tanto a salvacao como a con-
denacao comecam aqui na térra, na medida em que o homem, com suas
decisSes moráis, livremente se abre ou se fecha para Deus. De outra
parte, torna-se claramente manifesta a grandeza da liberdade humana e da
responsabilidade que se deriva déla.
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A MORTE E O ALÉM 21
de" (1Tm 2,4). A Igreja sempre acreditou que essa vontade universal salví-
fica de Deus tem, de fato, urna grande eficacia. Jamáis a Igreja ratificou a
condénselo de alguma pessoa em concreto. Mas, sendo o inferno urna ver-
dadeira possibilidade real para cada homem, nao é lícito — se bem que no-
je o esquecam muitas vezes na pregacao durante as exequias — pressupor
urna especie de automatismo da salvacao. Por isso, em relacao a essa dou-
trina, é absolutamente necessário fazermos nossas as palavrasde Paulo: "O'
abismo da riqueza, da sabedoria e da ciencia de Deus! Quá*o insondáveis
sao os seus decretos e incompreensíveis os seus caminhos!" (Rm 11,33).
(continua na 3a capa)
405
Um livro crítico:
"UMJUDEU ORIGINAL.
REPENSANDO O JESÚS HISTÓRICO
* * *
406
"UM JUDEU ORIGINAL. REPENSANDO JESÚS..." 23
O autor baseia sua obra sobre a distingao entre o Jesús real e o Jesús
da historia. 0 Jesús real seria aquele que de fato viveu como viveu na Pa
lestina do inicio da nossa era. John Meier julga que este é inatingível, pois
os documentos que a ele se referem em nossos dias (os Evangelhos) terao
sido acrescidos de concepcSes da Igreja nascente, que ornamentaram a fi
gura real de Jesús. Conseqüentemente, diz Meier, só temos o Jesús históri
co ou aquele que o Novo Testamento nos dá a conhecer: seria o Jesús
construido pela fé dos antigos cristaos na base da imagem do Jesús que
Ihes foi apregoada.
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24 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
á p. 178 do livro de Meier: para dizer que o apelativo Abba (meu Pai que
rido) saiu dos labios de Jesús, o autor diz que procede do Jesús histórico.
2. OS CRITERIOS DE AUTENTICIDADE
Eis a tabela proposta por Meier, segundo a nomenclatura por ele ado
tada:
b) Jesús parece ignorar o dia e a hora do juízo final; ver Me 13, 32;
Mt 24, 36. "É bastante improvável que a Igreja se tivesse dado ao trabalho
de inventar uma frase que enfatizava a ignorancia do seu Senhor ressuscita-
do"(p. 171)';
1 Na verdade, Jesús nao ¡gnorava a data do fuízo final, pois isto deporta
contra a sua qualidade de Deus Filho e Messias. Todavía nSo estava no ám
bito de sua missio de Messias e Mestre revelar aos homens tal data.
408
"UM JUDEU ORIGINAL. REPENSANDO JESÚS..." 2£
2) Criterio da descontinuidade
4) O criterio da coeréncia
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26 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
Este criterio leva em conta o fato de que Jesús sofreu um fim violen
to ñas míos de autoridades judias e romanas. Conseqüentemente afirma
serem auténticos todos os ditos e feitos de Jesús que expliquem por que
foi Ele condenado á morte como "Reí dos Judeus". Jesús devia perturbar
e incomodar (sadiamente) os maioraisda térra; por conseguinte, sao histó
ricos todos os dizeres de Jesús que tenham suscitado o mal-estar e a repre
salia das autoridades. "Um Jesús cujos atos e palavras nao tivessem provo
cado antagonismo entre as pessoas, especialmente os poderosos, nao é o
Jesús histórico" (p. 180).
John Meier julga que este criterio só pode ser válido se for corrobora
do por outros criterios, já que cristaos de li'ngua aramaica podem ter for
jado sentencas que eles atribuiram a Jesús, quando nao eram se nao a ex-
pressao do pensamento das comunidades nascentes.
2) O criterio da ambientacao
410
"UM JUDEU ORIGINAL. REPENSANDO JESÚS..." 27
Este criterio afirma que se deve dar crédito aos relatos dos Evange
lhos até haver provas de que sao global ou parcialmente falsos... Nao toca
aos adeptos da veracidade provar a fidelidade histórica dos Evangelhos,
mas compete aos que a negam, aduzir provas em contrario. "Este criterio
pode cortar o nó górdio nos casos em que os argumentos sao extremamen
te equilibrados e onde o resultado final .parece ser a dúvida permanente"
(p. 185).
É de notar que John Meier cita ainda outro criterio que ele mesmo
nao valoriza. É proposto por estudiosos católicos como Rene Latourellee
Lambiasi: é o criterio da explicacáfo necessária. Afirma que o fato históri
co "Jesús Cristo e suas conseqüéncias através dos sáculos" nao se explica
se nao se admite em Jesús uma grandeza de personal idade, manifestada em
palavras e acoes marcantes ou mesmo extraordinarias; em conseqüéncia, o
que os Evangelhos narram de belo e impressionante a respe ito de Jesús,
nao deve ser descartado fácilmente; caso seja eliminado, a figura de Jesús
se torna tao pobre e limitada que nao se explica a projecao de sua obra
através dos sáculos. Parece, pois, que a própria filosofía concorre para exi
gir uma "razao suficiente" para o fenómeno "Jesús Cristo e o Cristianis
mo".
John Meier julga que tal criterio á válido para valorizar a vida de Je
sús em sua globalidade, n§o, porém, as suas apees ou as suas palavras em
particular. Ao que se pode observar que a globalidade da vida de Jesús
consta de fatos e dizeres singulares; quem solapa estes, solapa a figura de
Jesús e torna inexplicável o fenómeno "Cristianismo".
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3. OS RESULTADOS DO EXAMECRITICO
412
"UM JUDEU ORIGINAL. REPENSANDO JESÚS..." 29
tese clara e definida, mas um cipoal de sentengas que, em varios casos, pa-
recem anular-se mutuamente.
1 A p. 346, Meier diz sem mais que Jesús nasceu em Nazaré. £, porém,
curioso o fato de que nao se refere á arqueología, que aponía o lugar do
nascimento em Belém.
Ap.40J temos de novo a incerta noticia:
"Jesús de Nazaré nasceu — mais provavelmente em Nazaré, e nSo em
Belém — por volta de 7 ou 6 a.C, alguns anos antes da morte do Reí Hero
des, o Grande (4 a.C.)"
413
30 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
tas e da mais antiga Tradicao. O autor John Meier cita á p.245, nota 81,
o tato seguinte:
Le 2,41-52: Jesús, aos doze anos, parece ser o filho único da sua fa
milia. Se teve irmaos após os doze anos, estes eram doze ou treze anos
mais jovens; nunca teriam exercido a autoridade arrogante sobre Jesús que
os "irmlos" querem exercer em
Jo 7,2-8: numa familia judaica, o i rmao mais velho (doze anos mais
i/elho) era seriamente respeitado!
414
"UM JUDEU ORIGINAL. REPENSANDO JESÚS..."
De novo o autor fica "na coluna do me ¡o". Ver ainda p. 358 a nota
45, onde Meier observa:
"É bem verdade que alguns dos atritos entre Mt 1-2 e Le 1-2 pode-
riam ser harmonizados com um pouco de habilidade: em Mateus apenas
José recebe do anjo o anuncio da concepcao virginal de Jesús; em Lucas,
naturalmente, é María que ouve a revelacao. No fundo, nenhum dos rela
tos contradiz o outro, e os dois poderiam ser combinados — como de fato
foram em descricoes cristas posteriores" (p. 21 1).
A leitura atenta da obra de Meier bem manifesta como tal autor e ou-
tros críticos lidam com preconceitos... e preconceitos muito frágeis. Com
efeito; pelo fato de que em Mateus é José quem recebe o anuncio da con-
ceicao virginal de Jesús, nao seria possível que Maria tambérn receba tal
anuncio? Nao seria mesmo normal e necessário que tanto José como Ma
ria fossem a respeito informados?
415
32 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
Pode-se dizer que o autor nao precisava de gastar tanto papel e apli
car tanto tempo ao estudo de urna questao para a qual a resposta negativa
parece evidente desde o inicio. Quem jamáis soube alguma coisa sobre "a
esposa e os filhos de Jesús"? Quais os seus hipotéticos nomes?
416
"UM JUDEU ORIGINAL. REPENSANDO JESÚS..." 33
"No final temos que concluir que asprovas esparsas existentes sobre
os anos 'intermediarios' de Jesús apontam numa direcao: Jesús passou
aqueles anos quase tota/mente como cidadao de Nazaré da Galiléia, exer-
cendo o oficio de marceneiro. Experiencias especiáis no campo da educa-
cao ou um emprego que o afastasse por um longo periodo de Nazaré de-
vem continuar sendo meras hipó teses, sem base no texto do Novo Testa
mento".
"É provável que ele usasse um pouco de grego para fíns profissionais
ou para se comunicar com os gentíos, incluindo-se neste caso o diálogo
com Pilatos durante o seu julgamento. No entanto, nem sua ocupacao
como carpinteiro em Nazaré, nem sua /ornada pela Galiléia, restrita a cida-
des e afdeias profundamente judaicas, exigiriam fluencia e uso regular do
grego. Assim nao há motivos para se pensar que Jesús normalmente trans
mitía em grego seus ensinamentos ás multiddes que se reuniam em torno
dele" (p. 265).
A p. 266 lé-se:
"Numa regiao quadríli'ngüe, Jesús pode até ter sido um judeu trilin
güe, mais provavelmente nao seria um mestre trilingüe".
417
34 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
4. CONCLUSAO
4.1. Existencialismo
Esta tese tem sido repetidamente refutada por autores cristaos. Mos-
tram que
At 2,32: "A este Jesús Deus ressuscitou, e disto nos todos somos tes
temunhas".
418
"UM JUDEU ORIGINAL. REPENSANDO JESÚS..." 35
Sao Paulo tinha tanta consciéncia disto que ese revi a em Gl 1,8s:
"Se alguém — ainda que nos mesmos ou um anjo do céu — vos anun
ciar um evange/ho diferente do que vos anunciamos, se/a anatema'. Como
já vo-lo dissemos, volto a dizé-lo agora: se alguém vos anunciar um evan
ge/ho diferente do que recebestes, se/a anatema'."
0 que nao corresponde á historia, foi pela Igreja relegado para a lite
ratura apócrifa, da qual há muitos "Evangelhos e Epístolas".
"Se o seu intento ou a sua obra provém dos homens, destnjir-se-á por
si mesma; se vem de Deus, porém, nSo os podereis destruir" (A 15,38s).
419
36 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
Eis por que julgamos que o livro de Meier, lido por leitores despre
parados, pode lancar confusio, visto que geralmente concluí em "nem
pro nem contra...", quando poderia e deveria manifestar ao leitor outros
enfoques mais positivos e construtivos, como sao os que a Palavra viva da
Tradicao aponta com lucidez, oferecendo o auténtico entendimento dos
Evangelhos.
420
Textos bíblicos em aprofundamento:
CASTIGO ATÉ A
TERCEIRA E QUARTA GERAQÁO?
421
38 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
2. A RESPONSABILIDADE PESSOAL
"A palavra do Senhor me foi dirigida nestes termos: Que vem a ser
°ste proverbio que vos usáis na térra de Israel: 'Os país comeram uvas ver
des e os dentes dos filhos ficaram embotados'?
Por minha vida, oráculo do Senhor, nSo repetiréis jamáis este prover
bio em Israel... Aquele que pecar, esse morrerá... Mas, se o impío se con-
'erter de todos os pecados que cometeu e passar a guardar os meus estatu-
os e a praticar o direito e a fustica, certamente vivera; ele nao morrerá.
Venhum dos crimes que praticou, será lembrado. Vivera como resultado
la justica que passou a praticar" (Ez 18,1-4.21s).
"Nesses dias já nao se dirá: 'Os país comeram uvas verdes, e os dentes
'os filhos ficaram embotados'. Mas cada um morrerá por sua própria falta.
~odo homem que tenha comido uvas verdes, terá seus dentes embotados".
422
CASTIGO ATÉ A TERCEIRA E QUARTA GERAQÁO? 39
"A salvagao de um homem ou a sua perda nao depende dos seus ante-
passados, nem dos seus próximos nem sequer do seu próprio passado. Só
as disposigoes atuais do cora$So entram em linha de conta diante de
lahweh" (nota úaEz 14,12).
3. E O PECADO ORIGINAL?
423
40 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993 ._
424
CASTIGO ATÉ A TERCEIRA E QUARTA GERAQÁO? 41
4. CONCLUSÁO
* * *
Atenciosamente
* * *
425
Traducao do Novo Mundo:
A BIBLIA DAS
TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
* • *
1. OS VERSÍCULOS DISTORCIDOS
426
A Bl'BLIA DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ 43
"O primeiro an/o feito por Deus foi muito especial. Foi o prímeiro
Filho de Deus, e ele trabalhou depois com o Pai. Ajudou a Deus a fazer
todas as OUTRAS COISAS, o sol, a lúa, asestrelas e também nossa térra".
427
44 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
"Tudo foi feito por ele (o Logos) e sem ele nada foi feito do que foi
feito".
A TNM propoe:
1.3. Mateus4,1-3
"Jesús foi entáo conduzido pelo espirito ao ermo, para ser tentado
pelo Diabo... Veio também o Tentador e disse-lhe: 'Se tu és filho de Deus,
dize a estas pedras que se transformen! em paes".
428
A BI'BLIA DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ 45
Visto que este texto, bem traduzido como está, professa a Divindade
de Jesús Cristo, as TJs acrescentam-lhe uma partícula que dissipa a afirma-
cao:
Assim o "grande Deus" nao é Jesús Cristo. O texto das TJs professa
haver o Grande Deus (Jeová) e o Salvador Jesús Cristo. Tal distincao des-
toa de quanto se lé em outros textos da TNM, que se referem á manifesta-
cao de Nosso Senhor Jesús Cristo. Assim:
1Tm 6,4 (TNM): "Para que observes o mandamento dum modo ima
culado e irrepreensível, até a manifestacao de Nosso Senhor Jesús Cristo".
2Ts 2,8 (TNM): "Entao, deveras, será revelado aquele que é contra a
lei, a quem o Senhor Jesús Cristo eliminará com o espirito de sua boca e
reduzirá a nada pela manifestacao de sua presenca".
Mais uma vez Deus e Jesús Cristo sao considerados como personagens
distintos um do outro.
429
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1893
1.6. Hebreus1,6
430
ABI'BUADASTESTEMUNHASDEJEOVÁ 47
Em 1977 tal versao foi trocada pela atual, onde se lé "prestem ho-
menagem".
As TJs nao usam a palavra Cruz, pois Ihes lembra um símbolo que
eles térn como pagao. Por isto, sempre que staurós ocorre no texto grego,
em vez de verter, como classicamente se faz, por cruz, usam o vocábulo
estaca. Para tanto alegam que o termo staurós originariamente designava
um poste ou urna estaca reta ou um pedaco de ripa em que algo podia ser
pendurado. Todavía nao levam em conta que já antesde Cristo essa estaca era
acrescida de urna trave horizontal, donde pendiam os supl¡ciados; os roma-
"nos fizerarn chegar á Palestina nos tempos de Alexandre Janeu (67 a.C),
rei de Judá, impregnado de cultura helenística, o uso de cruz como ins
trumento de condenacao.
Realmente é preciso ser muito avesso aos usos cristaos para sustentar
tal e tais outras traducoes.
3. CONCLUINDO...
431
48 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 376/1993
blia sem referencia á Tradicáo oral, comparando texto com texto — o que
dá margem a arbitrariedades, como tém sucedido nos decenios da existen
cia das TJs. é de crer que novas alteracSes na Biblia e na mensagem das
TJs ocorram. O fato é que tal denominacao já nao é crista, pois nega a SS.
Trindade e a Divindade de Jesús Cristo. Alias, as denominacSes protestan
tes recentes, cedendo cada vez mais ao subjetivismo, se perdem em teorías
esdrúxulas, sempre mais distantes das fontes do Cristianismo, por mais
que Ihes queiram ser fiéis. A Biblia, desarraigada da Palavra oral, que a ber-
cou e acompanha, pode ser distorcida em varias direcoes, sem que os leito-
res tenham criterios para julgar tais aberracoes. O recurso á Tradicáo oral
ilumina auténticamente o sentido das Escrituras Sagradas.
ASSOCIAQÁO DE
TELESPECTADORES E RADIOUVINTES
O Or. José Carlos Grapa Wagner é advogado tributarista de Sao Pau
lo, Homem de Visao de 1986, que vem militando últimamente em prol da
Ética nos meios de común ¡cacao social. Obteve o cancelamento de progra
mas pornográficos ou violentos, como sao os filmes "A Última Tentacao
de Cristo" na TV Bandeirantes, "Calígula" na redeOM e "Adoradores do
Diabo" na rede Globo. A respeito do primeiro destes filmes declarou: "So
se faz ficcao com personagens ficticios".
432
(continuagao da p. 405):
sufragios pela salvagao de seus morios, para que, pela comunhao exis
tente entre os membros de Cristo, o que para uns serve de sufragio, a
outros sirva de consolo e esperanza.
Da metma obra. 41bum com 110 pags. 130 x 23) sorrmnte sobro a IGREJA OE SAO
BENTO, emS volume* separadornas Ifnguas ponuguesa.\espanhola, francesa, inglesa
ealemS.