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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
~ SUMARIO
^ Tradicao e Progresso
w "Jesús antes do Cristianismo"
<
«r O Islamismo
O
ce
o.
SUMAR 10
Diretor-Rcsponstkvel:
"A Última Tentarlo. . ." 433
Estéváo Bettencourt OSB
Autor e Redator de toda a materia Fala Max Thurian:
publicada neste periódico
O Ecumenismo visto por um
exprotestante 434
Diretor-Administrador:
Em resposta a muitos:
D. Hildebrando P. Marnns OSB
Max Thurian Explica 446
Administracáo e distribuicáo: Ainda o caso Lefebvre:
Edicóes Lumen Christi
"Resistir ao Papa Hoje, como outrora"?. 450 v
Dom Gerardo, 40 - 5" anriiir. S/í>01 Um texto de Joao Paulo 11:
Tel.: (0211291-7122 Tradicao e Progresso 459
Caixa Postal 2666
20001 - Rio de Janeiro - H.i
Como era?
"Jesús Antes do Cristianismo" 462
As Grandes Religioes do Mundo:
O Islamismo 471
■MAAQVESSA/IAJVA"
orUicos £ conoces s a
NO PRÓXIMO NÚMERO:
Assinatura de Janeiro a dezembro
de 1988: Cz$ 2.000,00 318-Novembro-1988
Número avulso: Cz$ 200,00
"A Última Tentacao de Cristo". - A credi-
Pagamento (á escolha)
bilidade dos Evangelhos. - Dissidentes vol-
tam á Unidade da Igreja. - A escravidao no
1. VALE POSTAL a Agéntu Cuntí.il «lif.
Brasil. - O Plagio Religioso julgado em Tri
Correios do Rio de Janeiro
bunal.
2. CHEQUE BANCÁRIO
3. No Banco do Brasil, para crédito fia Con
ta Corren te n?0031. 304 1 em nome do
MosteirodeS.Bentodo Rio de Janeiro, pa-
COM APROVACÁO ECLESIÁSTICA
gável na Agencia da PracaMauá tn°0435)
Ora uma tal justificativa nao leva em conta toda a figura de Jesús apre
sentada pela película: um Jesús inseguro, que nao sabe se matará os romanos
ou pregará a caridade; aos poucos descobre sua identidade e toma conscién-
cía de sua missáo. Quem justifica o filme, também nao leva em conta as suas
passagens possivelmente irónicas, como aqueta, por exemplo, em que Jesús
abre o peito e tira o seu coragao para que os disci'pulos o possam admirar
e seguir. ..
433
"PEROUNTE E RESPONDEREMOS"
Ano XXIX - N? 317 - Outubro de 1988
434
FALA MAX THURIAN: ECUMENISMO
435
4 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
436
FALA MAX THURIAN: ECUMENISMO
M. Th: "Os que assim pensam — diría, de modo superficial — sao aque
les que desejariam solucoes imediatas e nao compreendem que é longo o ca-
minho da unidade. Posso dizer que conheci bem Paulo VI e reconhecoque
fez todo o possi'vel, na sua época, em favor do ecumenismo. Mas Joao Pau
lo II fez e está fazendo mais aínda. No discurso comemorativo dos 25 anos
do Secretariado para a Unidade dos Cristaos (em 1985) ele reafirmou que
o ecumenismo é um aspecto importantíssimo do seu ministerio; num mundo
sempre mais secularizado e sem espiritualidade, disse ele, os cristaos tém que
reencontrar a unidade. É certo que nao a qualquer preco; é preciso elaborar
e aprofundaí o conceito de unidade da Igreja, que nao significa uniformi-
dade, mas pluralidade ou, melhor, pluriformidade. O que conta, é uma uni
dade fundamental — que já existe — sobre algumas realidades: temos em co-
mum a Palavra de Deus, o Credo, o Batismo, a oracSo do 'Pai Nosso'; falta-
nos aínda a possibilidade de celebrarmos juntos a Eucaristía, isto é, de re-
conhecermos reciprocamente os ministerios. Somente quando os cristaos
puderem celebrar juntos a Eucaristía em torno do mesmo altar, estará reali
zada a unidade".
437
6 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
M. Th: "Náfo creio que isto seja tfeito. Um homem, como Calvino, um
reformador, nao o teria aceito, pois ministerio e Eucaristía estao intimamen
te conjugados entre si".
438
FALA MAX THURIAN: ECUMENISMO
R.: "Mas o termo 'magisterio' diz algo também aos ná"o católicos?"
439
8 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
M. Th: "Há dois tipos de cúpula: a dos teólogos, que, após o Concilio,
tém aprofundado a verdade; e a das autoridades responsáveis, que se encon-
tram. A 27 de outubro de 1986, o Papa, que caminhava pelas rúas de Assis
tendo a seus lados o arcebispo de Cantuária e o representante do Patriarca
de Constantinopla, formava urna ¡magem viva do ecumenismo intracristáo.
Com efeito; nao esquecamos que o ecumenismo se desenvolve entre fiéis
batizados; é um fato exclusivamente cristao. Em Assis os cristaos se apre-
sentaram juntos em torno do Papa, nao, porém, ¡solados, mas ao lado de
outras religioes, porque a unidade da Igreja é um ser vico a todos os homens,
crentes e nao crentes".
R.: "Em nivel teológico, que ponto tem sido mais desenvolvido?"
440
FALA MAX THURIAN: ECUMENISMO
M. Th.: "Nao. Eu diría que a única sede na qual isto poderia ocorrer, é
o Conselho Mundial das Igrejas; houve as grandes assembléias de 'Fé e Cons-
tituicao' ñas quais foram discutidos temas de muita importancia. Mas há
urna diferenca em relacao aos católicos, que pude verificar no Sínodo de
1985: no final das assembléias protestantes, pode-se apenas redigir um reía-
torio carente de autoridade, visto que cada Igreja o pode aceitar ou recusar.
Ao contrario, fiquei muito impressionado pelo discurso do Papa, que, no
fim do Sfnodo dos Bispos dedicado ao balanco dos vinte anos após o Conci
lio do Vaticano II, disse que aceitava o texto elaborado pelos padres sinodais
e o publicaría como conclusao do Sínodo, conferindo a tal documento o
peso da autoridade papal."
1 Max Thurian quer dizer: naja unidade, nao, porém, uniformidade. Poderao
conservarse costumes própríos de cada regiSo. (Nota do Tradutorj.
441
_10 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
R.: "Qual o seu modo de pensar sobre a abertura que parece estar
acontecendo nos países comunistas em relacSo aos cristáos?"
R.: "Os seus livros contribuiram para urna evolucSo teológica no ámbi
to da Reforma?"
M. Th: "Posso dizer que o meu pensamento, ao menos como foi ex-
presso no meu livro sobre a Eucaristía, foi bem recebido... Quanto ao mais,
nunca pude — nem o desejo — verificar se e quanto influí sobre os outros.
Posso dizer que sempre fui católico..."
442
FALA MAX THURIAN: ECUMENISMO
R.: "Sao muí tos no ámbito protestante que p«n»a m como o Sr.?"
M. Th: "Mais do que se pensa. O futuro nos mostrará que se vai per-
correndo um grande caminho em demanda da unidade em comunhao com a
Igreja Católica. O Concflio mudou muitas coisas, de modo que, a meu ver,
existem hoje as condicóes para que o paréntese da Reforma possa ser fecha
do; em última análise, o que aconteceu no sáculo XVI derivava-se da exigen
cia de reafirmar a raíz cristológica da Igreja; ora o Vaticano II deu urna res-
posta católica a tal exigencia, apresentando-nos urna Eclesiologia plenamen
te fundada sobre a Cristologia".
2. REFLETINDO...
Max Thurian, que (como ele mesmo diz) sempre foi católico de cora-
pao, faz afirmagóes realistas e sinceras, das quais destacamos os seguintes
pontos:
443
12 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
Max Thurian: "A crise se prende a diversos fatores. Por exemplo, pen
só no progresso das ciencias psicológicas, segundo as quais o diálogo com o
médico substituí o diálogo com o sacerdote. Mas também estou convencido
de que, onde há urna catequese adequada, a exigencia de Confissao se faz
sentir. Nos o observamos em Taizé: os jovens pedem a ocasiao de abrir o seu
íntimo; assim procuramos fazer que na igreja haja sempre dois sacerdotes
dispostos a ouvir a confissao sacramental. Talvez fosse bom juntar o colo
quio pessoal (que outrora se chamava 'direpao espiritual') com o sacramento
da Reconciliacao. Ná*o compreendo, em absoluto, este abandono da Confis
sao, riqueza da Igreja Católica que nem Lutero nem Caivino jamáis recusa-
ram".
444
FALA MAX THURIAN: ECUMEN1SM0 13
(continuacao da p. 449)
"Verás que aqueles que sao mais vizinhos e amigos dos que créem, sao
os que dizem: 'Somos cristaos'. Entre estes, encontram-se sacerdotes e mon-
ges, que sao pessoas que nao se incham de orgulho" (CorSo 5,82).
445
Em resposta a mu ¡tos:
Oesejei que a minha decisáo f icasse reservada a fim de que ninguém so-
fresse pelos comentarios que se fariam a respeito e porque ela faz parte de
urna caminhada que é puramente espiritual, conforme o Evangelho: 'Quan-
do a ti, quando rezares, retira-te e ora ao teu Pai que te escuta no segredo. '
(Mt 6,6)...
446
MAX THURIAN EXPLICA. .. 15
Joao Paulo II revelou-me urna imagem forte do Papa que vigía sobre a
Igreja, proclamando em toda parte a Palavra de Deus com coragem, confian
za e autoridade. A sua personalídade e o seu ministerio convenceram-me da
necessidade de que o Bispo de Roma, sucessor de Pedro, traga o encargo de
guia e arbitro na colegialidade dos Bispos e procure, na obediencia ao Senhor,
as vias da unidade entre as Igrejas particulares e as novas perspectivas de
evangelizacao do mundo. O seu pastoreio universal é necessário á reconsti-
tuicao da unidade visi'vel entre todos os crista'os.
1 Chamase "Igreja dos Padres" a Igreja dos primeiros sáculos, até 604 no
Ocidente (morte de S. Gregorio Magno, Papa) e 749 no Oriente ímorte de
S. Joao Damascenol. Foram sáculos em que viveram os grandes doutores
que, defendendo a reta fé, transmitirán} a Palavra da vida ás geracoes poste
riores. Daf chamaremse "Padresda Igre/'a".
447
16 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
* * X
COMENTARIO
448
MAX THURIAN EXPLICA. .. 17
(continuapao da p. 480)
8. Conclusáo
O Isla resulta de urna amalgama de Judaftmo, Cristianismo e antiga re-
ligiao árabe; serviu a Maomé para unificar a populapao da penmsula árabe
e transmitir a seu povo a tempera forte das conquistas polfticas mediante a
Guerra Santa (quem morre em guerra de conquista, tem assegurada a salva-
cao eterna, segundo o Corao). Conserva trapos das suas origens pré-cristas
(continua na p. 445)
449
Aínda o caso Lefebvre:
se * *
450
REGISTIR AOPAPA? 19
Papa Liberto passou é historia como fautor de heresia, Santo Atanásio foi
canonizado pela Igre/a. E ele está no céu. £ é o que importal"
451
20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
Respondeu o Papa:
Replicou o Imperador:
Disse o Papa:
O Papa: "Tres días nao mudarao a minha decisao. Exila-me para onde
quiseres".
452
REGISTIR AOPAPA? 21
Dois dias depois o Papa foi desterrado para Beréia na Trácia, onde o
bispo ariano Oemófilo ficara encarregado de o vigiar. Em lugar de Libério, o
Imperador instituiu como antipapa em Roma o diácono Félix (355).
1 Cf. Fr. di Capua, II ritmo prosaigo nelle lettere dei Papi. Roma 1937, p. 240.
2 Ver Denzinger-Schónmetzer, Enquirídio... rR 139.
453
£2 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
"Bu nao sou ¿aqueles que dizem que a paz e a liberdade da Igreja pre-
judicam o Imperio ou que a prosperídade deste prejudica a Igreja. Deus, com
efelto, que é autor de um e. de outra, nao os ligou num comum destino ter
restre para que se destruissem mutuamente, mas para que um se fortificasse
com a outra".
454
REGISTIR AOPAPA? 23
a Igreja, os bispados eram sujeitos aos reis e aossenhores feudais. Isto acar-
retou graves males para a Igreja, pois cada senhor feudal tinha interesse em
influir na escolha dos Bispos, a fim de poder contar com vassalos fiéis, con-
dizentes com os interesses do soberano. No comepo do século IX, os nobres
já nao se contentavam com a aprovacao dos candidatos escolhidos pela Igre
ja, mas queriam' eles mesmos designar os prelados, apesar dos protestos de
varios Concilios. E nao somente conseguiam designar os prelados: pratica-
vam também a investidura, isto é, a entrega do báculo e do anel, dizendo ao
prelado: "Accipe Ecclesiam. - Recebe a Igreja, isto é, a diocese ou o bispa-
do". O prelado devia prestar juramento de fidelidade ao soberano e reconhe-
cer-se como seu vassalo; somente depois disto recebia a ordenacao episcopal.
Chamava-se isto "a investidura leiga"; assim eram os senhores feudais que
conferiam aos Bispos o poder de conduzir os fiéis como pastores - o que
nao se podia justificar aos olhos da Igreja.
455
24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
Outra voz, mas fogosa esta, foi a de Godofredo de Amiens, que che-
gou a ser injuriosa ao Papa, considerando-o "nao mais como pastor, mas co
mo profeta corrompido por Satanás" ou "lobo nutrido pelo sangue de suas
ovelhas".
456
REGISTIR AOPAPA? 25
2.2. Reflexoes
Cinco pontos se rao explanados a margem dos fatos que acabam de ser
relatados:
457
26 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1968
458
Tradigáo e Progresso
459
28 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
460
TRADICÁO E PROGRESSO 29
In caritate fraterna
461
Como era?
* * *
462
"JESÚS ANTES DO CRISTIANISMO" 31
"O primeiro objetivo deste livro nao é nem a fé nem a historia. Pode
ser lido, e foi feito para ser lido, sem fé. Nao vamos presumir nem pressupor
nada a respeito de Jesús. O leitor é convidado a olhar com seriedade e nones-
tidade para um homem que viveu na Palestina durante o 1? sáculo, e a ten
ar enxergálo através dos olhos de seus contemporáneos. Estou interessado
em apresentar o homem como ele era antes de se tornar o centro da fé cris
ta.
1. A tese do livro
"A única coisa que Jesús estava decidido a eliminar, era o sofrímento:
os sofrimentos dos pobres e dos oprimidos, os sofrimentos dos doentes, os
sofrimentos que sobreviriam se a catástrofe viesse a acontecer" (p. 164).
463
32 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
"NSo há evidencia suficiente para que possamos saber até que ponto
Jesús previu as circunstancias detalhadas da sua morte. Irlam prender tam-
464
"JESÚS ANTES DO CRISTIANISMO" 33
Para conceber um Jesús tao hesitante quanto ao seu futuro e táo preo
cupado apenas com os ¡nteresses temporais, A. Nolan afirma que nos Evan-
gelhos os dizeres que revelam um Jesús cíente de sua missao transcendental e
de sua identidade de Filho de Deus, nao provém de Jesús mesmo, mas dos
discípulos e evangelistas; estes teriam atribuido ao Mestre sentenpas que o
Mestre nunca proferiu1:
"Já vimos como Jesús era. Se agora quisermos tratá-lo como nosso
Deus, teremos que concluir que nosso Deus nao quer ser servido por nos,
ele quer nos servir; ele nao quer que (he se/'am atribuidos a mais alta hon
raria e o maior status da nossa sociedade. ele quer assumir a posicáo mais
humilde, e nao quer nenhuma honraria nem status; ele nao quer ser temido e
1 A. Nolan, sendo católico, acrescentaria: "Se Jesús nunca disse tais coisas.
Ele ao menos as insinuou, de modo que era auténtica a interpretacao dada
pelos discípulos".
465
34 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
obedecido, mas quer ser reconhecido nos sofrimentos dos pobres e dos fra-
eos; ele nao tem urna suprema indiferenca e desinteresse, mas está irrevoga-
velmente comprometido com a libertacao da humanidade, porque quis se
identificar com todos os homens, num espirito de solidariedade e compai-
xao. Se esta nao for urna imagem verdadeira de Deus, entao Jesús nao é di
vino. Se esta for urna imagem verdadeira de Deus, entao Deus é mais verda-
deiramente humano, mais plenamente humano do que qualquer ser humano.
Ele é aquilo que Schillebeeck chamou de Deus humanissimus, Deus suma-
mente humano" (p. 199).
2. Comentando ...
466
"JESÚS ANTES DO CRISTIANISMO" 35
467
36 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
ros para explicar como um Jesús tSo despojado de seus atributos transcen
deríais podía ter dado origem ao fenómeno cristáo ou a urna historia que
já tem vínte sáculos, dos quais os tres primeiros, até 313, foram de dura per-
seguic3o aos discípulos de Cristo. Percebendo a desproporcao entre o Jesús
assim despojado e o fenómeno que se Ihe seguiu, resolveram abrandar suas
críticas preconcebidas por um racionalismo ferrenho. Ora A. Notan parece
fazer reviver a ultrapassada crítica do sáculo XIX.
"A Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada segundo aquele mes
mo Espirito conforme o qual foi escrita. Por isto, para apreender com exa-
tidSo o sentido dos textos sagrados, deve-se atender ao conteúdo e a unida-
de de toda a Escritura, levadas em conta a Tradicao viva da Igre/a toda e a
analogía da fé" (ConstituicSo Dei Verbum n? 12)
Isto quer dizer que é falha toda e qualquer ¡nterpretacao da Biblia que
ponha de lado a fé ou a mensagem intencionada pelo Espirito Santo, que,
em última análíse, á o autor principal do Livro Sagrado.
468
"JESÚS ANTES DO CRISTIANISMO" 37
469
38 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
5) A ressurreicíío de Jesús nao pode ser (¡da como algo que "nao in-
tegrasse a mensagem do Mestre" (p. 170). Ela é, ao contrario, o ponto culmi
nante da obra de Jesús, que foi a de re-criar o homem deteriorado pelo pe
cado. Deus se fez homem precisamente para resgatar a natureza humana,
fazendo-a passar pela morte (justa sancao devida ao pecado, conforme
Gn 2,17; Rm 6,23), para superar a morte mediante a ressurreicao corporal.
Além disto, a ressurreicao é o selo ou o sinete aposto pelo Pai á obra de Cris
to, autenticando ou demonstrando que Jesús, como homem, fora o autén
tico mensageiro de Deus; daf dizer Sao Paulo: "Se Cristo nao ressuscitou,
vazia é a nossa pregacao, vazia também é a vossa fé... Se Cristo nao ressusci
tou, ilusoria é a vossa fé; aínda estáis nos vossos pecados" (ICor 15,13-17).
* * *
470
As Grandes Religioes do Mundo:
O Islamismo
* * *
471
40 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
1. O fundo decena
2.O Fundador
472
O ISLAMISMO 41
pertencente ao cía setentrional dos Banu Muttlib e á tribo dos Coraítas. Des
de cedo, v¡u-se pobre e órfao de pa¡ e mae, de modo que se p6s a trabalhar
como condutor de caravanas no deserto; assim visitou o Sul da península
arábica (Yemen), a Mesopotamia, a Siria e a Palestina. Em suas viagens, en-
controu muitos israelitas e cristaos, que Ihe deram a ouvir narracoes bíbli
cas, especialmente passagens apócrifas referentes ao Novo Testamento (por
exemplo, o Protoevangelho de Tiago, que trata da Virgem María). Parece,
porém, que Maomé nunca teve um contato mais detido com os Evangelhos
canónicos.
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42 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
3. O CorSo
Escrito em língua árabe simples e clara, o Corao nao pode ser oficial
mente traduzido para outro idioma; por isto todo muculmano nao árabe é
convidado a aprender o árabe a fim de poder recitar o Corao e tomar parte
no culto (visto que em toda parte as orapoes oficiáis muculmanas sao profe
ridas em árabe). Os fiéis mais devotos costumam repetir algumas passagens
privilegiadas como é a Sura I, a Fatiha (de certo modo, o Pai-Nosso mucul-
mano):
474
O ISLAMISMO 43
4. O Credo
475
4f "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
476
O ISLAMISMO 45
6) Embora o Corao afirme que "Deus dirige quem quer ser dirigido"
(74,31), toda a tradicao muculmana exalta tanto a vontade de Deus que dis
to se segué a predestinaclo ou um designio previo de Deus; este predetermi
na o homem para o paraíso ou para o inferno. Diz o Corlo: "Aquele que o
quer, tome a vía que leva ao Senhor; mas vos nao o haveis de querer, se Deus
nao o quiser" (76,29s).
477
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
Existe, pois, urna questio aberta neste particular. Como afirmar simul
táneamente a soberanía absoluta de Deus e a liberdade do homem?
"2) A oracao ritual (salat) há de ser recitada cinco vezes por dia: na au
rora, ao meio-dia, no meio da tarde, ao pdr-do-sol e no comeco da noite.
Exige-se pureza do corpo e das vestes do orante assim como do local de ora-
pao; daí as varias ablucoes {de pés e máos) que costumam os muculmanos
fazer antes de rezar. A oracao consta de fórmulas simples, acompanhadó» de
gestos e prostrapoes. Na sexta-feira ao meio-dia, o rito é mais solene, pois se
realiza na mesquita central do bairro da cidade, após urna homilía, a fim de
testemunhar a unidade da "comunidade mupulmana".
478
O ISLAMISMO 47
"O meu Senhor me ordenou nove coisas: ser sincero na vida particular
e em público, ser moderado na riqueza e na pobreza, justo na cólera e na
satisfacSo, perdoar a quem me oprime, reatar as relacoes com quem as rom
pe comigo, dar a quem me priva de algo, fazer do meu silencio uma medita-
ció, dos meus discursos uma deificacSo, do meu olhar uma considerado
a fim de aprender dos acontecimentos e das coisas que me caem sob os
olhos".
479
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 317/1988
6. A espiritualidade do Isla
(continua na p. 449)
480
EDICOES LUMEN CHRISTI
SAGRADA ESCRITURA:
TEOLOGÍA:
RIQUEZAS DA MENSAGEM CRISTA, Dom Cirilo Folch
Gomes, OSB-. Comentario ao Credo do Povo de Deus, á
luz do Vaticano II. 1981. 2? ed CzS 4.700,00
O MISTERIO DO DEUS VIVO, Pe. Albert Patfoort, OP.,
traducao de Dom Cirilo Folch Gomes, OSB. Tratado de
"Deus Uno e Trino", de orientacáo tomista e de índole
didática. 230 págs CzS 2.200,00
DIÁLOGO ECUMÉNICO. - Temas Controvertidos. Por
Estévao Bettencourt, OSB. 1984. 278 págs CzS 2.500,00
A PALAVRA DO PAPA: A Liturgia das Horas. Texto com
pleto da Instrucfo Geral sobre a Oracao do povo de Deus
105 págs. 1982 Cz$ 700,00
A PALAVRA DO PAPA: Constituicao Sacrosanctum Con-
cilium (Sobre a Sagrada Liturgia) Edicao Bilfngue.
1986. 153 págs Cz$ 1.200,00
ANTROPOLOGÍA E PRAXIS NO PENSAMENTO DE
JOÁO PAULO II. Conferencias do Congresso Interna
cional, Rio de Janeiro, 18 a 22 de outubro de 1984,
280 págs CzS 1.490,00
UM ENCONTRÓ COM DEUS, TEOLOGÍA PARA LEIGOS.
Dom Marcos Barbosa, 2a Edicao. 1985. 92 págs. (José
Olympio Editora) CzS 590,00
NOSSOS AMIGOS, OS SANTOS, em 72 sonetos precedidos
de pequeñas biografías, por Dom Marcos Barbosa. 1985.
167 págs. (J. Olympio Editora) CzS 1.270,00
LIVROS DE PORTUGAL: