Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LIME
h-
^ Livros em Estante
_j
O
oc .
a. ■ .
'retor-Responsável: SUMARIO
Estéváo Bettencourt OSB
Autor e Redator de toda a materia
"NEC LAUDIBUS NEC TIMORE" 193
A "escola paralela":
publicada neste periódico
OS ME I OS DE COMÚN I CACAO
retor-Administrador: SOCIAL: INFLUENCIA E RESPON
SABILIDADES ... 194
D. Hildebrando P. Martins OSB Urna tentativa de
"SINTESE DE RELIGIÁO CRISTA" . . 207
Jministracáo e distribuidlo: Ecos de um livro candente -
Edicóes Lumen Christi "O ESPI'RITO E 0 FEMININO A
Dom Gerardo, 40 - 5" andar, S/501 MARIOLOGIA DE L. BOFF" ....... 214
Tel.: (021) 291-7122 Um livro polémico-
Caixa Postal 2666 "PORQUEDEIXAMOSA
20001 - Rio de Janeiro-RJ BATINA" 228
Fatos históricos?
"BÉNCÁOS PAPÁIS PRODUZEM
MALDigOES"? 232
Urna alerta pastoral:
"MARQUES-SARAJVA" A RESTAURACÁO DO DOMINGO
aUfcos c cenotes s.a. CRISTAO 236
lili.: <021)27>«4M - 271-9447
LIVROS EM ESTANTE 238
3INATURA:Cz$ 1.000,00
NO PRÓXIMO NÚMERO
mero avulso: Cz$ 100,00
313-junho-1988
amento (áescolha):
Sim. O auténtico servidor é aquele que nao procura satisfazer aos seus
interesses particulares, mas leva em conta a verdade como tal e o bem co-
mum, aos quais deseja atender á custa do sacrificio de si mesmo, se necessá-
rio. Pratica incondicional mente o cumprimento dos deveres, sabendo que
nisto existe urna nobreza que nenhuma lisonja alcanpa e nenhuma censura
extingue. Há na fidelidade firme um discurso mais persuasivo do que belas
palavras vazias.
Aqueles que nao tém fé, de¡xam-se impressionar por tal testemunho,
pois véem que ainda existe o HOMEM-PALAVRA em nossos dias, aquele
que nao se degrada por causa de situapdes passageiras. Quanto aos que tém
fé, percebem no HOMEM-PALAVRA o reflexo do Cristo Jesús. Os amigos
doutores da Igreja sempre exaltaram a figura do cristao, e especialmente a
do pastor, intrépido. Assim, por exemplo, escreve S. Gregorio Magno (1604):
"Nao diga o pastor o que deve calar, nem cale o que deve dfzer. Pois,
da mesma form.i que urna palavra inconsiderada arrasta ao erro, o silencio
inoportuno deixa no erro aqueles a quem poderia instruir. Muitas veres pas
tores imprudentes, temendo perderás boas grecas dos homens, tém medo de
falar abertamente: e. segundo a palavra da Verdade, absolutamente nao
guardam o rebanho com solicitude de pastor, mas, por se esconderem no si
tando, agem como mercenarios que fogem do lobo. — O Senhor, pelo Pro-
feta, repreende estes tais, dizendo: 'Caes mudos que nao conseguem ladrar'
(is56,10)"iRegra Pastoral2,4J.
Felizes aqueles que vivem em tempos como os nossos, tempos nos
quais cada um é chamado a tomar posicao clara: por Cristo ou contra Cris
to. Sao tempos em que ninguém se pode deixar ficar amorfo ou mediocre
sem ser tragado pelas ondas dos "modismos"! "Nem pelos louvoures, nem
pelo temor", mas pelo amor heroico a Cristo, á S. Igreja e á Verdade.. .
Tal é o programa de vida do genuino cristao.
193
"PEROUNTE E RESPONDEREMOS"
Ano XXIX - N? 312 - Maio.de 1988
A "Escola paralela":
Os meios de Comunicado
Social: Influencia
e Responsabilidades...
Ora tao vasta influencia dos meios de comunicacao social tem inci
dencias éticas. Requer-se honestidade e objetividade, assim como respeitoá
liberdade alheia, da parte dos comunicadores; da parte dos usuarios, deseja-
se senso crítico, capaz de discernir distorcoes ou desvíos. Aos genitores no
lar, aos educadores na escola, aos catequistas e sacerdotes na Igreja toca o
dever de formar a consciéncia crítica dos pequeños, dos jovens e dos adul
tos, a fim de que saibam desvencilhar-se dos perigos de manipulacao ao usa-
rem os meios de comunicacao social; estes, alias, considerados em si, sao pre
ciosa conquista da técnica humana. Ao Estado toca, outrossim, estabelecer
normas referentes ás comunicacoes sociais, a fim de garantir o uso constru-
tivo dos mesmos e defender de agressoes sorrateiras os seus usuarios.
194
MEIOS DE COMUNICACÁO SOCIAL
' Ed. Cidade Nova, Rúa Ce/. Paulino Carlos 29,04006 Sao Paulo fSP), 110
x 185mm,92pp.
195
"PER6UNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
196
MEIOS DE COMUNICACÁO SOCIAL
197
6 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
2.3. O Consumijmo
1 "Vía de regra, as pessoas aceitam com facilidade aquilo que está de acor-
do com suas opinioes e interesses. O receptor costuma limitar a sua expe
riencia aos objetos e conteúdos que se harmonizam com as suas preferen
cias. ..
F/ca impresso e se memoriza melhor aquilo com que a gente concorda
mentalmente, é esquecido com facilidade aquilo que nSo se coaduna com as
próprias idéias do receptor. Existem mecanismos que favorecem ou tornam
mais difícil a transmissao de urna mensagem e fatores de potenciamento ca-
pazes de incrementar, a sua eficacia na pessoa que recebe a comunicacao"
(pp. 50s).
198
MEIOS DE COMUNICACÁO SOCIAL
outras perguntas como estas já tém sua resposta dada pela propaganda na
sociedade de consumo" (p. 23).
199
8 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
200
MEIOS DE COMUNICACAO SOCIAL 9
Estes fatos mostram como é vulnerável a pessoa humana; ela pode ser
sorrateiramente invadida e violentada sem que o saiba e, por ¡sto, sem que
201
10 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
Por sua vez, a imprensa escrita tem criado seus grandes "imperios". O
Japao, por exemplo, é o país que possui as maiores tiragens de jornal no
mundo; o recordista é o Asahi Shimbum, com 6.650.000 exemplares em edi-
cáo matutina, e 4.250.000 na edicao vespertina; o segundo é o Yominuri
Shimbum, com 6.550.000 exemplares diarios; o terceiro, o Mainichi Shim
bum. Em patamares semelhantes, encontram-se as grandes organizares jor
nal ís ticas norte-americanas. - A empresa do Asahi Shimbum emprega cerca
de 100.000 funcionarios, enquanto o Washington Post aproximadamente
60.000.
202
MEIOS DE COMUNICAjCÁO SOCIAL
3. E a Ética?
Como fo¡ observado atrás, a poderosa influencia dos MCS tem inci
dencias sobre a ética. Pergunta-se: até que ponto urna organizacao (Partido
político. Estado, empresa económica ou comercial...) tem o direito de ma
nipular um meio de comunicacao social para influenciar os usuarios, sem
que estes o saibam ou queiram?
1) Nao seria justo condenar os MCS como tais, pois representam valio
sa conquista da humanidade, que pode servir ao bem-estar dos individuos e
das sociedades, amenizando desgrapas e promovendo valores. Tratase de ie-
cursos que, bem aplicados, podem beneficiar grandemente a pessoa humana.
Todavía...
Esta alerta há de ser praticada ñas familias e ñas escolas; a pais e mes-
tres cabe especial incumbencia neste particular, visto que crianpas, adoles
centes e jovens sao mais sugestionáveis ou menos experientes da complexa
realidade dos MCS.
203
12 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
Tal gesto, da parte dos usuarios, é muito mais eficaz do que comenta
rios entre pessoas escandalizadas, mas inertes ou inoperosas no caso.
■ Erh suma, é preciso que todo usuario dos MCS saiba que ele corre o
risco, de ser dominado, teleguiado ou mesmo violentado, sem o perceber,
por tais meios; utilize-os, portanto, mas eliminando toda tendencia á passi-
vidade e subserviéncia.
204
MEIOS DE COMUNICACÁO SOCIAL
205
14 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
NSo é fácil escrever sobre a SS. Trindade, tida por vezes como enigma
que nSo interessa á vida do cristSo. Muitos fiéis tSm urna espiritualidade
pouco familiarizada com o misterio da SS. Trindade. Ora o Pe. Bruno Forte,
Professor de Teología na Italia Meridional, nos apresen ta a SS. Trindade co
mo a Biblia a revela, ou seja, em estilo muito vivendai; a Páscoa de Jesús é o
grande momento em que a Trindade se manifesta e comunica aos homens.
Além disto, aborda o aspecto escolástico e as espeeulaedes de teólogos e
pensadores diversos sobre a SS. Trindade, de modo a oferecer urna sintese
muito fiel e valiosa da teología concernente ao misterio de Deus. - 0 livro
servirá tanto para os Seminarios e Cursos de Teología quanto para os leito
res interessados em alimentar a sua vida espiritual.
206
Uma tentativa de
OS PONTOS DUVIDOSOS
1. CristSo-católico
207
16 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
2. Omissoes
208
"Sl'NTESE DE RELIGIÁO CRISTA" 17
3. Antropología
1 É verdade que Sio Joao fala repetidamente de "vida eterna" (cf. Jo 4,14;
6, 40.51,58; 10, 28; 12,25; 17, 2s...). Todavía o seu modo de exprimirse
nao pretende ser rigorosamente filosófico; tem em vista apenas acentuar a
imortalidade da alma humana.
209
18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
O ser humano que deixa o tempo, passa a ser regido pelo evo, que é sucessao
de atos de conhecimento e vontade, ¡ndependentes da moldura de dia e noi-
te; cf. PR 260/1982, pp. 42-44.
4. O Sacramento da Penitencia
5. Divorcio
210
"Sl'NTESE DE RELIGIÁO CRISTA" 19
nao é bastante claro; teria sido necessário expor os sentidos que a palavra
grega pornáia pode ter, em vez de conceder, como faz Dattler, urna brecha
para o divorcio em caso de adulterio. - A palavra pornéia corresponde pro-
vavelmente ao aramaico zenut, prostituicao ou uniao ilegítima, como se en-
contra nos escritos rabi'nicos; designava toda uniao tornada incestuosa em
virtude de um grau de parentesco proibido pela Lei de Moisés (cf. Lv 18,6-
20).' Tais unioes, contraídas legalmente pelos pagaos ou toleradas pelos
judeus no caso de prosélitos, devem ter criado dificuldades nos ambientes
judaico-cristaos, quando tais pessoas se convertiam. Por isto Sao Mateus in
sinúa em 5,31 e 19,9 a necessidade de se romperem essas un¡6es irregulares,
que nao eram sen So falsos casamentos. - Ver a propósito a nota da Biblia
de Jerusalém ao texto de Mt 19,9.
Dattler julga que a descida á mansáo dos mortos nada mais é do que o
sepultamento de Jesús (cf. pp. 32s). Em conseqüéncia, o Símbolo dos Apos
tólos professaria duas vezes consecutivas que Jesús foi sepultado: "Foi cru
cificado, morto e sepultado, desceu á mansáo dos mortos, ressuscitou ao
terceiro día".
211
20 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
CONCLUSÁO
'Mas, sem a Tradicao, nao saber íamos quem é que ali falava, nem o que
é que pregava, e a alegria que fluí de seu modo de falar desaparecería no
212
"SINTESE DE RELIGIÁO CRISTA" 21
mesmo instante'1.
O processo que sofre urna catequese que se quer basear apenas no es-
tudo das fontes literarias é descrito também - numa perspectiva totalmen
te diferente-na Geschichte der Leben-JesuForschung de Albert Schweitzen
213
Ecos de um livro candante:
Em síntese: O teólogo belga Pe. J.M. Hennaux S.J. escreveu urna re-
censao do livro de Leonardo Boff sobre a "Ave-María" (publicado em tra-
ducao francesa). Observa que o teólogo franciscano propde a uniao hipostá-
tica do Espirito Santo com María, á semelhanca do que aconteceu entre o
Verbo de Deus e a humanidade de Jesús; María sería a encarnacao do Espi
rito Santo, como Jesús foi a do Filho de Deus. Ora este paralelismo tem con-
seqüéncias graves para toda a teología trinitaria. Com efeito; Sao Paulo afir
ma que o Pai é o Principio de quem tudo provém. 0 Filho é Aquele por
quem tudo nos provém do Pai; e o Espirito Santo é aquele em quem vive
mos a vida do Pai e do Filho (cf. I Cor 8,6; Rm 11, 36; Ef 1,3-14; 3.20s;
2Cor 13,13). Com outras palavras: o Filho procede do Pai; o Espirito Santo
procede do Pai e do Filho ou pelo Filho (cf. Jo 14,16s.24.26; 15,26; 16,7).
Dai nSo se poder dizer que o Espirito é a Mié Divina de Cristo ou que o Es
pirito se encarna em María.
214
"O ESPfRITO E O FEMININO" 23
I. O TEXTO*
215
24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
luz de Le 1,35 {'0 Espirito Santo descera sobre ti') e do misterio da Imacu
lada Conceicáo, é preciso dizer que o que define María e faz sua identidade e
seu nome próprio, é o fato de ser 'o templo do Espirito' (p. 36); ela foi
constituida 'templo do Espirito, tabernáculo escatológico e santuario defi
nitivo, táo real e radicalmente que ela se viu um dia a ele unida de modo in-
comparável' (p. 13).
216
"O ESPI'RITO E O FEMININO"
217
26 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
'A Virgem foi visitada pelo Espirito Santo de maneira táo profunda
e pessoal que isto implica urna real elevacao a altura divina' (pp. 65. 35.
36.69...)' 'Devemos dizer que a pessoa de Maria, assim como as diversas
funcoes ligadas á sua realidade de muiher, se tornam divinas' (p. 68); Maria
'foi criada no Espirito de modo que ela possui com Ele urna eterna conatu-
ralidade' (p. 75); predestinada desde toda a eternidade a ser um só Templo
com o Espirito, 'Maria é nao somente o templo de Deus, mas o Deus do
Templo' (p. 75). Esta parece ser a fórmula consumada para exprimir o mis
terio de Maria, eternamente 'contemplada'. Tal fórmula nao leva em conta a
diferenca ontológica abismal que existe entre Deus e a criatura, diferenca
nao supressa pela divinizagáo, e que o Concilio do Latráo IV (1215) expri
mía nos termos seguintes: 'Entre o Criador e a criatura nao se pode estabe-
lecer urna semelhanca tao grande que ela nao implique urna dissemelhanpa
maior ainda'. Leonardo Boff reflete sobre o plano da causalidade exemplar
de Deus com relagao á criatura (homem, muiher, masculino, feminino), mas
nao leva em conta suficiente o plano da causalidade eficiente58.
3. A natureza e a graca
218
"O ESPIRITO E O FEMININO" 27
219
28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
Notemos que esta verdade nao era estranha a certos Padres da Igreja,
que afirmaram que María foi máe mais pela fé do que por seu corpo, fé que
Ihe provinha da sua divinízacao7. L. Boff cita esta conceppao patrística
(p. 61), quando fala da 'peregrinapáo de fé' de María, e nao quando tenta ex
plicar sua maternidade divina. Segundo L. Boff, a funcao materna, a própria
maternídade é divinizada (ver principalmente p. 68: María, 'com todas as
suas capacidades maternais, é assumida por Deus Espirito Santo. Este trans
forma a sua maternidade em maternidade divina'; e p. 74$: quando o autor
diz que o Espirito assume a carne de Maria, ele quer dizer, a quanto parece,
que Ele assume a funcao materna de Maria para divinizá-la). Encontramos
aqui de novo o que diziamos atrás: a divinizacao do feminíno como tal. Por
tan to, segundo L. Boff, nao é somente em funpao da sua fé, da sua esperan-
pa e da sua caridade teológica que Maria colabora para a Encarnacao do Fi
lho de Deus, mas também em funpao de urna eleva gao e divinizapao do seu
7 Esta idéia está presente em Lumen Gentium (c. VIII): 'A Virgem María...
por ocasiSo da AnunciacSo do An/o recebeu o Verbo de Deus tanto no seu
coraqao como no seu corpo' (53); 'aprouve ao Pai das Misericordias que a
Encarnacao fosse precedida por urna aceitacao da parte dessa Mae predesti
nada' (56); 'concebendo o Cristo,... ela prestou á obra do Salvador urna
cooperacao absolutamente sem igual mediante a sua obediencia, a sua fé, a
sua esperance, o seu ardente amor' (61). Sob a acao do Espirito, Maria con-
cebeu espiritualmente o seu Filho antes de O conceber cama/mente. Ou me-
Ihor: ela só exerceu a sua atividade corporal de conceber no interior da sua
concepcao espiritual, isto é, a partir da fé pela qual ela meditava, aderindo,
com todo o seu ser, á revelado do Filho de Deus que Ihe fora feita. Daía
importancia da 'mensagem' que Ihe foi dirigida, no relato da AnunciacSo.
Esta fé é evidentemente inseparável da sua esperanca e da sua caridade.
Maria concebe o Verbo com toda a sua alma, antes de O conceber corpo-
raímente. Boff nao tem idéia exata das relacoes da alma e do corpo.
220
"O ESPI RITO E O FEMININO" 29
9 O ato pelo qual o Verbo assume a sua humanidade, contém o ato pelo
quat Ele a cria.
221
30 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
de Maria. L. Boff nao conseguiu evitar esta confusáo, ao que nos parece.
Quando dizemos no Credo: concebido do Espirito Santo, o ds nao designa a
causa material, mas sim a causa eficiente. É preciso consideremos a acáo do
Espirito Santo como urna agio espiritual, e nao como urna intervencáo psico-
f ísica. Outro sinal da confuslo feita por L. Boff está em que, para ele, o Es
pirito é 'a mae divina do homem Jesús' (p. 750. Voltaremos a isto.
222
"O ESPIRITO E O FEMININO" 31
niza a maternidade de sua mae' (p. 68). Na verdade, estas duas razoes sao
apenas urna, é importante nao quebrar a sua unidade. L. Boff a rompe, quan-
do afirma, por exemplo: 'a santidade de María nao se apresenta como sim
ples reflexo da fonte de santidade que seria Jesús. María nao é a personifica-
cao de um 'misterio da lúa' (mysterium Lunae), que recebe a sua luz de um
'misterio do sol' (mysterium Solis). A sua santidade é original, pois é a santi
dade do Espirito' (p. 60). Mais precisamente, o Espirito tem a sua origem no
Filho. ..
223
32 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
224
"O ESPIRITO E O FEMININO" 33
225
34 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
7. Para concluir
17 Ver M.-J. Scheeben, Les Myítéres..., citado na nota 11. p. 198: 'Esta
idéia transfigurada e sobrenatural da mulher 6 menos urna imagem visfvel e
independente que nos faz conhecer a terceira Pessoa Divina, do que um re-
f/exo ¡nvisfvel da esséncia do Espirito Santo, reflexo que só pode ser eom~
preendido por essa esséncia mesma'.
226
"O ESPI'RITO E O FEMININO" 35
Todos estes misterios slo teológicamente dif icéis. L. Boff teve o méri
to de tentar penetrá-los. Ao preco de alguns erros, parece-nos. Esperamos
que ele possa repensar sua intuicáo e apresentá-la de maneira satisfatória. O
seu ensaio mostra, em todo caso, que o teólogo brasileiro nao menospreza as
sendas do pensamento contemplativo e espiritual.
Jean-Marie Hennaux S. J.
B. 1040 Bruxelles - Avenue Boileau 2"
227
Um livro polémico:
1. Fidelidade histórica?
Os casos de padres e freirás aduzidos por Syr Martins mereceriam inves-
tigacáo para se apurar o grau de historicidade dos mesmos. Com efeito;
atualmente a literatura protestante no Brasil mais de urna vez tem apelado
para mentiras, distorcoes, meias-verdades...; a paixao e a hostilidade sao tío
fortes que obcecam a razao. Os protestantes nao estudam o Catolicismo,
228
"POR QUE DilXAMOS..." 37
Quando trata da Eucaristía, nao cita urna vez os textos em que Jesús
diz que o pao é seu corpo e o vinho é seu sangue (cf. Mt 26,26-28; Me 14,
22-25; Le 22,19; 1 Cor 11, 23-25.
229
38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
no) ou por John Smyth (batista), ou por John Wesley (metodista) ou por
Joseph Smith (mórmon) ou por William Miller (adventista) ou por Charles
Parham (pentecostal)...
230
"POR QUE DEIXAMOS..." 39
O sacerdote católico fiel á sua vocacao tem motivos para ser ¡mensa
mente feliz, visto que trata diariamente a S. Eucaristía e conhece a devocfo
filial a Maria SS. Tal felicidade leva a mais serenidade e menos agressividade
do que a felicidade de S. M.
Estas poucas reflexoes relativizam o significado do livro de Syr Mar-
tins, a quem se pode sugerir que estude melhor antes de escrever polémica
mente.
231
Fatos históricos:
232
"BÉNCÁOS PAPÁIS..." 41
REFLETINDO...
Impdem-se algumas ponderacóes a respeito do texto transcrito:
233
42 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
Como se vé, o texto nao quer dizer que "béncaos concedidas por pes-
soas i'mpias se transformam em maldicoes" para as pessoas "abenpoadas";
isto seria ¡nfquo da parte do Senhor Deus, pois quem recebe de boa fé urna
béncao, nao deve pagar pelas culpas de quem "abencoa". 0 que o texto
bíblico quer dizer, é que os favores prometidos pela Lei de Moisés aos levitas
se transformarao em desgrapas ou maldicóes para esses mesmos levitas por
causa do indigno comportamento destes: em vez de gozarem de prosperida-
de material, serao entregues aos seus adversarios.
234
"BÉNCAO PAPÁIS. .." 43
outro nao quer dizer que haja causalidade do primeiro em re laclo ao según-
do; por exemplo, se o telefone toca numa casa e, logo a seguir, o pai de fa
milia volta do trabalho, pode-se dizer que houve um "depois de...", nao,
porém, um "por causa de...". Conseqüentemente o fato de alguém ter rece-
bido a béncáo papal e, pouco depois, haver sofrido urna desgrapa física nao
quer dizer que a béncao tenha sido a causa da infelicidade; seria falso silogis
mo aquele que assim concluisse (a conclusao excedería as premissas). - Ade
máis, como dito, seria injusto da parte de Deus fazer que a pessoa "abencoa-
da" sofresse o castigo devido a quem abenpoa; nem o Profeta Malaquias quer
insinuar isto, como vimos atrás.
235
Urna Alerta Pastoral:
A Restaurado
do Domingo Cristao
Nesta situacao precisamos de ref letir. Os cristáos, por certo, mas tam
bém todos os homens de boa vontade, os grupos sociais, os homens políti
cos, devem perguntar a si mesmos: que valor tem para nos o domingo e co-
1 A traducáo francesa do original alemao foi publicada por S.N. O.P., órgao
noticioso filiado ao episcopado francés, n° 702 (24/02/88), pp. 7 e 8. - Foi
dessafonte que fizemos a traducáo portuguesa.
236
O DOMINGO CRISTÁO 45
237
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
§ 2?. Por falta de ministro sagrado ou por outra grave causa, se a par
ticipacao na celebracáo eucan'stica se tornar impossivel, recomenda-se viva
mente que os fiéis participem da liturgia da Palavra, se a houver, na igreja pa-
roquial ou em outro lugar sagrado, celebrada de acordó com as prescricóes
do Bispo diocesano; ou entao se dediquem á oracao por tempo conveniente,
pessoalmente ou em familia, ou em grupos de fami'lias de acordó com a
oportunidade".
Livros em Estante
A Biblia do Povo, em 4 volumes, correspondentes aos Quatro Evange-
Ihos, traduzida e comentada por Freí Paulo Avelino de Assis. — Edicao do
Centro Bíblico Católico, Rúa Itaqui 146 (Canindé), Sao Paulo (SP), total
de 840 pp., 140x2 lOmm.
238
LIVROS EM ESTANTE
239
48 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 312/1988
* **
Círculo de Leitura
0 CristSo é.alguém que procura ver e agir como Cristo. Ora,
para saber o que Cristo ensinou e fez, o CIRCULO DE LEITURA
Ihe oferece uma oportunidade:
240
LIVROS EM LI'NGUA ESPANHOLA
EM REIMPRESSAO: 4? edipao
Vocé, leitor, já fez algum estudo sobre a Liturgia? Este livro servirá de
roteiro, para sua iniciacao.
GRANDE ENCONTRÓ
Como complemento para aplicacao prática poder-se-á organizar urna
"SEMANA DA MISSA" e outra "SEMANA DOS SACRAMENTOS", já
elaboradas e realizadas em paróquias, colegios, seminarios, noviciados, em
varias oportunidades, com proveito dos participantes.
É o conteúdo do livro "GRANDE ENCONTRÓ", por D. Hildebrando
P. Martins, da Comissao Arquidiocesana de Pastoral Litúrgica do Rio de Ja
neiro.
Cada catequese consta de urna breve leitura bíblica, referente aotema
a ser desenvolvido, urna sintese da doutrina teológica, urna apresen tacao au
diovisual representada ao vivo, e finalmente ¡ndicacoes práticas para a reno-
vacáo litúrgica do grupo. 108 págs c*$ 300,00
2. O ANO LITÚRGICO