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C OL GIO V IN C IU S D E M OR A ES

N OME SRIE PROF. N CURSO DATA _____/_____ / 2010


q u a l i t a t i vo N OTA

Viver no di Definitivo, como tudo o que simples. Nossa dor no advm das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e no se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente no sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa to bacana, que gerou em ns um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razovel, um tempo feliz. Sofremos por qu? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projees irrealizadas, por todas as cidades que gostaramos de ter conhecido ao lado do nosso amor e no conhecemos, por todos os filhos que gostaramos de ter tido juntos e no tivemos, por todos os shows e silncios que gostaramos de ter compartilhado, e no compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos no porque nosso trabalho desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos no porque nossa me impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angstias e se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos no porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos no porque envelhecemos, mas porque o futuro est sendo confiscado de ns, impedindo assim que mil aventuras nos aconteam, todas as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que no foi vivido? A resposta simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me conveno de que o disperdcio da vida est no amor que no damos, nas foras que no usamos, na prudncia egosta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos tambm a felicidade. A dor inevitvel. O sofrimento opcional. Carlos Drummond de Andrade O texto de

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