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Se parece que, inicialmente, Aristteles se inscreve numa certa continuidade do pensamento platnico, pelo emprego de frmulas quase sempre muito prximas, na realidade ele se afasta de Plato e cria seu prprio sistema filosfico, fundamentalmente oposto ao de seu mestre. Em Aristteles podemos perceber uma preocupao mais aguda com o problema da justia, mormente nas relaes humanas, que organizam a cidade. Em seu livro "tica a Nicmaco", que sobre a moral, v-se Aristteles definir o fim da atividade jurdica e fundar uma doutrina do direito, partindo do conceito de "virtude de justia" e de seu contrrio, a injustia. Com efeito, na noo de justia, Aristteles faz uma distino entre a noo geral e moral de justia, que todo homem possui ou deve possuir em si mesmo, e o que ele nomeia a justia particular, que consiste em atribuir a cada um o que lhe cabe, o que lhe de direito. Esta justia no se interessa pela relao do homem com sua prpria conscincia, o que objeto da moral, mas pela relao dos homens entre si ou com os bens que possuem e trocam, em funo de uma regra de justa medida. Desta forma, o direito distingue-se nitidamente da moral, como o exprime a frmula que ope "ser justo" e "realizar o justo", isto , o que provm da conscincia e o que regula e organiza as relaes. O direito deve ser inferido da ordem prevista pela natureza e que exprime o justo. Pode-se portanto falar de direito natural? Estima-se que possvel encontrar em Aristteles os elementos constitutivos e um ordenamento de tal espcie, ainda que no se caracterize uma verdadeira teoria do direito natural.