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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
Diretor- Responsável:
PECADO E SANTIDADE NA IGREJA 433
A Carta Encíclica
Estévao Bettencourt OSB
Autor e Redator de toda a materia "SENHOR E FONTE DE VIDA" 434
publicada neste periódico
Diz-se:
Oiretor-Ad ministrador
"EM CUBA NAO HÁ TORTURA" 446
D. Hildebrando P. Martins OSB
Relativismo na fé?
Administracao e distribuicao: A ÚNICA IGREJA DE JESÚS CRISTO 458
Edicdes Lumen Christi
Um documento pouco conheddo:
Dom Gerardo, 40 - S? andar, S/501
Tel.r(021) 291-7122 UMA CARTA DA ÁFRICA DO SUL 464
Caixa postal 2666
Queé
20001 - Rio de Janeiro - RJ
A IGREJA CATÓLICA LIBERAL? 468
Discute-se:
Composicao e Impressao:
"Marques Saraiva"
CEMITÉRIOS: JARDINS DE LAZER
Santos Rodrigues. 240
E PESQUISAS CIENTÍFICAS? 475J
Rio de Janeiro
NOTA: O filme THÉRÉSE de Alain
Cavalier 479
E.B.
433
II "
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS
ANO XXVII - n? 293 - Outubro de 1986
Caita Endctka
434
"SENHOR E FONTE DE VIDA"
1. Introducto (n- 1 e 2)
43S
4 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
436
"SENHOR E FONTE DE VIDA"
Os n-s 19-24 nos dio a ver que Cristo é o Grande Centro da histo
ria: a humanidade de Jesús recebeu o Espirito Santo em plenitude; Ele
foi ungido com o Espirito Santo (cf. At 10,38); os Profetas jé haviam pre-
dito o derramamento do Espirito e dos seus dons sobre o Messias (cf. Is
11,2). - Ora Jesús comunicou e comunica o Espirito aos seus discípulos
através dos séculos. Já na noite de Páscoa disse aos Apostólos: "Recebei
o Espirito Santo" (Jo 20,22). - É o Espirito Santo que deve continuar a
missáo do Senhor Jesús na térra. E de fato Ele a prossegue agindo na
Igreja. A propósito o S. Padre cita o Concilio, do Vaticano II:
437
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
438
"SENHOR E FONTE DE VIDA"
na verdade, porque nele nSo há verdade; quando ele mente, fala do que
Ihe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8,44).
439
g "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
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"SENHOR E FONTE DE VIDA"
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10"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
443
]2 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS". 293/1986
b) Na oracdotn? 66-66)
445
Diz-se:
TRES DEPOIMENTOS
446
"EM CUBA NAO HÁ TORTURA" 15
Ooze antígos presos poKcos deram seu testemunho, dos quais alguns,
como Eduardo Capote, ñcararn deMos durante dezessete anos ou até vinte
anos como Abel Neves Morales! Entre eles há tres eclesiásticos: o Pe. Miguel
Ángel Loredo, católico, deudo de abril 1966 a (everelro 1976; o pastor adven
tista Humberto Noble Alexander, debelo de (evereiro 1962 a junto 1984 (22
anos) e o pastor Sergio Bravo, encarcerado tres vezes e condenado em 1966
a dezoito anos de prisáo (libertado em setembro de 1979).
Apesar das ameacas, eu neo podía nem quería abandonar a minha mfe-
séo de cristBo e a pregacBo da palavra do Senhor.
Fui encarcerado pela primeira vez em 1960. Fique! preso durante dez
meses - de marco de 1960 até o comeco de 1961 - sem que me fomeces-
sem alguma expücacBo nem me entregassem á justica; queriam apenas dar
me urna BcSo.
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16 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293H986
Levado para a prisáo da ilha dos Pinhos, conúnuei a pregar, dessa vez
aos prisioneros, as escondidas dos militares. Conseguirá iazer penetrar dan-
destínamene no cárcere urna pequeña Biblia, que eu utilizava ñas pregacOes.
Em outubro de 1961, um guarda invaéu repentinamente o barraco n9 3 em que
eu me encontrava e, como sempre. choveram bastonadas, bakmetadas e gol
pes de cácete. Nessa confusSo de pancadas, os pristoneiros tentaron esqui
varse como possfvel e, por isto, procuraram passarpara o andar inferior. A-
pavorado, eu estava descendo com os outros, quando me lembrei deterdeh
xado a Biblia sobre o teito, tora do esconderijo em que eu costumava guar
dé-la. Sem mais refíetir, subí de novo para salvar a minna Biblia, que era mais
importante para mim do que a própria vida.
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"EM CUBA NAO HÁ TORTURA" «7
Nao respondí ás ameacas. Voltei é minha aldeia. A seguir, fui para Ha-
vana, onde continuei a pregar a Palavra de Deus porque isto eraeéa minha
mssSo. Fui de novo encarcerado. Dessa vez os interrogatorios foram muito
mais brutais. Eles me espancaram desde o primeiro dia. Tiraram-me as mule
tas e minha pema artificial para me obrigar a caminhar dando putos e piruetas.
Colocavam-me em celas totalmente escuras, em que se perdía a nogSo do
tempo e do espago. Os maus tratos sofridos petos ReBgiosos sao talvez os
mais crueis de todos.
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18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
A seguir, fui mergulhado num lago de agua multo fria, com as máos ata
das, e amarrado por urna corda na cintura para que me fízessem mover-me
dentro da agua.
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"EM CUBA NAO HÁ TORTURA" '9
Passei os últimos dez anos sem contato algum com o exterior. Durante
esses anos, participei de varias greves de tome para protestar contra as con-
digfes desumanas do encarceramento. Algumas greves duraram até tnnta e
sete días.
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?2 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
Atualmente, após ter sido obrigado a deixar meu país, resido em Roma
onde taco urna especializacáo em Teología, antes de me mergulhar de novó
ñas tarefas próprias do meu ministerio em quatquer parte do mundo iá que
nao me permitem voltar a rrinha patria.
Sou grato por ter sido convidado a vir a este tribunal. Sou grato por es-
cutarem este testemunho pessoal em nivel táo qualificado. Nao é sempre
possfvel encontrar alguém que escute.
Creio que todo cubano é um testemunho vivo que pode ser apresentado
diante de um tribunal dos Direitos Humanos. Um testemunho que é urna acu-
sacáo. Chamaram a mim, creio, por causa da minha experiencia carcerária de
dez anos. Concretamente, em vista dos maus tratos físicos e das torturas de
toda especie que sofri. Eu quisera. porém, esclarecer o segvinte: nao sou urna
excecáo ás regras do respeUo devido á pessoa humana. Sou, antes um re
presentante banal - e nao predsamente o mais interessante - desses anos
de violencia e de torturas que, convém notar, aínda nao terminaran) em Cuba.
Quero que minhas palavras sejam ouvidas sem a carga emotiva de urna
revanche, de odio e de urna agressSo sofrida. Quero apenas contribuir para
esclarecer a situacáo de Cuba, por vezes apresentada como algo de aceita-
vel. Sinto o dever de protestar, com energía, contra os logros da propaganda
Desejo principalmente colocar-me ao lado dos oprimidos no meu país para
que possam exprimirse por sua própria voz.
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"EM CUBA NAO HÁ TORTURA" 21
ver de (estemunhar. Mais: eslou contente por oferecer este depoiménto talan
do urna linguagem que a Igreja em Cuba jutga imposslvel neste momento por
causa das condicfes dittceis em que ela vive e que ela neo superou. Em co-
munháo também com todos os meus timaos, com os quais eu me encontró
diante de vos.
Processo falsificado
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22 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
Durante os dez anos de prisáo, fui transferido mais de vinte vezes, seja
no interior de um mesmo cárcere, seja para outros estabelecimentos peniten
ciarios; altemavam-se as fases em que era agrupado com outros prisioneiros
e aquetas em que eu era ¡solado e posto em incomunicabilidade. Estávamos
por vezes táo amontoados que, para melhor respirar, tfnhamos que nos es
tender por térra - o que neo podíamos fazer por falta de espago; só tfnhamos
direito a um copo de agua por dia e a uma refeigáo que podía caber ñas pal
mas das máos.
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"EM CUBA NAO HÁ TORTURA" 23
Violencias inumeráveis
Por fim, sofri um acídente, em conseqüéncia do qual tive que ficar com a
perna estendida; o motorista nSo foijulgado. Muitas pessoas, tanto dentre os
clérigos como dentre os leigos, (disseram-me) ¡ulgavam que se tratava de um
acídente provocado. Por efeito deste, tive que me submetera urna cirurgia
e fícar em tonga convalescéncia numa cadeira de rodas, com muletas etc.
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24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
4. A Resoluto do Júri
Além disto, nao é lícito que nos contentemos com esta denuncia sem
déla tirar conseqüéndas. A primeira destas é que Fidel Castro mentiu a opini-
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"EM CUBA NAO HÁ TORTURA" 25
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Relativismo na fé?
1. O problema
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A ÚNICA IGREJA DE JESÚS CRISTO 27
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28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
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A ÚNICA IGREJA DE JESÚS CRISTO 29
3. Documentos complementares
■461
30 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
4. Conclusáo
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A ÚNICA IGREJA DE JESÚS CRISTO
(continuacáo da p. 467)
Tornou-se um chavao alegar o conluio do Cristianismo com as torcas domi
nantes; quem o faz, nao se dá ao cuidado de examinar a historia com objetividade
e em toda a sua amplidao. Precisamente para dissipar preconceitos e equívocos a
respeito, a historiadora medieval Regirte Pernoud tero escrito algumas obras, entre
as quais "0 Mito da Idade Media", analisada em PR 289/1986, pp. 262-273.
O Cristianismo é essencialmente um movimento religioso, de origem e fina-
lidade transcendental e, por isto, n3o equiparável ao Marxismo, que é visceral-
mente materialista e ateu. Sonriente quem desfigura ou esvazia o Cristianismo, o
pode conciliar com o comunismo. A preocupacáo com o irmao e a justica social
no Cristianismo tém fundamento no amor a Deus (fundamento muito mais sólido
e válido do que o odio que inspira a luta de classes); o Marxismo nSo conhece o
amor ao próximo, mas, ao contrario, sacrifica o homem {também o proletario) ao
Estado e á sociedade coletivista. - De resto, a historia atesta que até hoje o Maxis-
mo, ao tomar o poder em qualquer continente, se voltou sempre contra a Religiao
(crista ou nao crista); esta tática é inerente ao comunismo, que nao pode conviver
com o transcendental e os ditames de humanismo que o senso religioso sempre ins
pira.
É lamentável a posicáo pre-conceítuosa, artificial e tSo pouco científica do
autor do livrinho.
Esteváo Bettencourt O.S.B.
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Um documento pouco conheddo:
31 de Afeó de 1986
Visitacáo de María SSma.
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UMA CARTA OA ÁFRICA DO SUL 33
se/a evitado que nosso país seja vltima de uma revolucáo comunista,
talvez aínda este mes. especialmente a 16 de junho! Nos nao temos
outra esperanca que o milagre!
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34 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
"Sejamos claros
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UMA CARTA DA ÁFRICA DO SUL 35
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Queé
1. Origem da ICL
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IGREJA CATÓLICA LIBERAL 37
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leigos católicos nao aceitou tal definicáo, abrindo assim o cisma dos chama
dos "Velhos-Católicos", que tinha á frente o sacerdote I nací o Dollinger. Es
tes se aproximaram dos jansenistas holandeses; elegeram para si um bispo,
José Hubert Reinkens, que foi receber a ordem episcopal na Holanda em
1873. Em 1889, os Velhos-Católicos e os jansenistas assinaram urna Decía-
racao de Principios comum, segundo a qual só reconhecem os Concilios
Ecuménicos celebrados antes de 1054 (ano em que os bizantinos se separa-
ram de Roma).
Examinemos agora
2. A Doutrina da ICL
470
IGREJA CATÓLICA LIBERAL 39
"Oremos que Deus é Amor, Poder, Verdade e Luz. Que urna justica
peiietta regula o mundo. Que os seus filhos um día chegarao aos seus pés,
por muito que se tenham transviado. Sustentamos a paternidade de Deus e a
fratemidade humana. Sabemos que tanto melhor serviremos a Deus quanto
melhor servirmos ao homem nosso irmao. Por isso, a sua béncao repousa so
bre nos, ( i) bem como a sua paz para sempre. Amém".
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40 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
Assim, desta maneira, deste nosso Ritual humano flui urna continua
corrente até Ácima, que se une com Aquele Grandioso e Poderosissimo Fo-
go Criador, que é a manifestacao de Deus em Seu Universo.
Por outro lado, como o Ritual executado aquí na térra está harmoni
zado com o Grande Ritual de Cima, é capaz de transmitir algo das Divinas
Forcas Criativas ao Mundo circundante, tendo como centro o lugar onde é
realizado, ao mesmo tempo que beneficia todos aqueles que receberam a
Honra e Privilegio de participar de tSo Magna e Maravilhosa Obra" (\Uf).
472
IGREJA CATÓLICA LIBERAL
3. A sucessSo apostólica
A propósito observamos:
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42 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
chegaram até nos a partir de Pedro, Tiago, Joao...; com efeito, a sucessío
apostólica nao é um fluido que passa de um Bispo para outro pela imposicáo
das míos. Além da validade das ordenacóes através dos séculos, a sucessao
apostólica requer comunhao de fé e de tarefas com os demais Bispos ou com
toda a Igreja; principalmente se exige comunhSo com o centro de referencias
de toda a Igreja, que é Pedro e seus sucessores.
Eis o qué podemos dizer sobre a Igreja Católica Liberal. Seria desejável
que nao utilizasse o apelativo "Igreja Católica..." para se autodesignar, vis
to que esta expressáo já é consagrada pelo uso de vinte séculos para designar
a única Igreja de Cristo fundada sobre a Rocha, que é Pedro. A existencia
dessa nova corrente religiosa entre nos evidencia, mais urna vez, a enorme
necessidade de que os discípulos de Cristo se aprofundem na mensagem do
Evangelho e possam "dar razao da sua esperanca a todos aqueles que a pe-
dem"(1Pd3,15).
474
D¡scute-se:
Pesquisas Científicas
Em tíntese: O projeto do Deputado Freitas Nobre, que tem em vista
transformar os cemitérios em áreas de lazer e pesquisas científicas, fere nao
somonte a consciéncia crista, mas também valores fundamentáis do ser hu
mano como tal. Em última instancia, equivale a reduzir o cadáver á condicSo
de adubo para árvores frutíferas e decorativas; além disto, descaracteriza os
cemitérios, que nio sao necessariamente lugares de tristeza, mas sim lugares
de recolhimento, meditacao, salutar e oracio. A reflexio sobre a morte, Ion-
ge de corresponder a masoquismo ou pessimismo, é extremamente útil a to
do homem, pois se diz com razio que a morte é a única certeza que o ho
mem tem desde que nasce. Tal reflexio deve ser instituida por quem tem
saúde e lucidez de mente, e nao hi de comecar quando a doenca grave difi
culta o pleno funcionamento do ratíotlnio e dos afetos.
Que dizer?
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seria trocada pela de um lugar de utilidade pública, aproveitado para fins so-
ciáis e científicos; a tétrica imagem da morte assim se dissiparia, um pouco
ou muito, na mente do público.
2. Todavía nao seria lícito esquecer graves inconvenientes que tal projeto
acarretaria para a sociedade:
Durante muito tempo, até 1964, a Igreja se opós á cremaclo dos cadá
veres porque esta era propugnada por pensadores nao cristSos com a inten-
cao de menosprezar o corpo humano; os materialistasqueriam, mediante esse
processo, dizer que o homem é mera materia, de modo que, quando deixa
de viver e ser útil, merece ser queimado, como um detrito imprestável; cf.
PR 215/1977, pp. 468-478. Em 1964 foi suspensa a proibicao de incinerar
os cadáveres no Direito da Igreja, porque em nossos dias se vé que tal proce-
dimento nao está necessariamente ligado a urna filosofía anticrista; pode ser
sugerido por razoes de higiene, de urbanismo, de economía. .. compatíveis
com a mensagem do Evangelho.
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CEMITÉR1OS: JARDINS DE LAZER 45
2Em linguagem crista, diz-se com Sao Paulo que o corpo é o templo do Es
pirito Santo (cf. ICor 6,19).
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46 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
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NOTA
Qual é a chave desse filme sedutor que corría o risco de ser insípido?
Alain Cavalier mesmo responde: As Carmelitas dedicam seu amor a um ho-
mem que nao deixou de repetir como em refrió: 'Eu sou a Vida. Eu sou a
Vida. Eu sou a Vida'.' Tal homem as encanta e, por vetes, as abandona. Ca-
bem-lhejunto a elas todos os papéis: o de esposo, o de pai, o de filho...
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48 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 293/1986
'Quem dizem os hornens que eu sou?' perguntava o Cristo aos seus dis
cípulos. Hoje aínda nos, que fazemos profissSo de fé no Cristo, somos assim
interpelados.
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d
• V ■ -¡
480
O MOSTEIRO DE SAO BÉNTO