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RELATORIO
............
8:668
8: õU0
1:$70
4:OOO
li i 6
srru~~Ão I
i
DISTRICTOS / R.' 3 E ClBECIS
I
Vianna do Castello. .....
/ Villa Real.. ..........
Nortc I Braganca
Braga
Porto
.............
................
................
( Coimbra ..............
'entro
'( Castello Branco.. ......
~ e i r i a ...............
.
Santarem .............
? Lisboa .............,.
[ Portalegrc ............
Evora. ...............
Beja .................
f Faro ................
Ilhas doa
Angra.. ..............
................
Ponta Delgada. ........
Deste qutdro uC-se que a8 ilhas da Madeira c Porto
Saneto tem para a sua popuiago um nunioro do cabeças de
gah borino superior ao que se encontra na maioria doe dis-
trictos do Continente.
No entanto se compararmos agora r massa de carne re-
presentada pelas cifras respectivas a cada uma daquellas cir-
cumscrip~ões,teremos logar de observar que a superioridade
notada e apenas apparente pela desigualdade de volumes das
differentes raças destas diversas regiões. Por observações con-
signadas pelo sr. Lima, professor do Instituto Agricola, sobre
- -
as rasas do Barroso (districto de Braga c do Porto), sa-
be-se que o termo medio de peso vivo para cada animal 6 de
1533 kilogramnias. Todavia este numero referindo-se r uma
raça de notarel aptidão para a cagxda, cumpre.não ser to-
mado para significar a média em relafio aos individuos desta
especie de todo o continente. Parece-me, porém, que, se ex-
ceptuarnios as peqiienas raças do Algarvc, se pbde dizer coni
algum fundamento que aqirellrt cifra nunca baixari de 300
kilogramrnas para as denxiis do Reino.
Nesta illta, pelo que podemos deduzir dos mappas do
consumo da carne de sacca nos trilhos do Districto, e do
numero de rezes abattidap nos differeates matadouros, jui-
gamos que o peso vivo de cada cabeça andará por 238 kíb-
grdmmas, o que confirma sob&jamentc a proposiç8o que avan-
gamos.
Não merece citar-se o Iimitádiusitno comnercio de ex-
portacá0 de carne salgada que se faz eoni o Reino : parece
que anteriormente elle fdra rrais extenso, mas yite u prepa-
ração não agradara e viera ciii breve rcduzil-o.
No paiz, o consumo da cariic! ii:njta-se es?!*c~t,in~cnte aos
ioùividuo~de ~ e i o nao
s rn~dirfrr~s, coiiqtsctlc) (!i. i>;jt1:uri ç
-- *
Mappa ckmonstrato'uo da carrze de aaeca ~ o ~ r n fios
i d tnlbos
~ do I
I
Districlo do Funchal, +tos annoc de 1856 a 1869. !
I i
I
REZES GRANDES VITELLXS
T07AL ? MEDIA
kilogrammas kilogramrnas i
I
1855 588:964
1866 632:377,159
1867 605:733,120 569:7CSfi
1858 5341:504,384 4:969,590
1869 497:5?18,176 5:405,1%4
- - - i i . - - - - - -
?2.816:966.832 32:780,800
De outro documento que damos igualmente em seguida re-sc que d na ali-
mentaç8o do Concelho do Funehal, que pela maior parte se consome aquello
quantidade de carne, sendo o consumo do resto da populacáo do Dis:ricto re-
prcsentadopor um sexto apenas daquella cifra, s montando a raça0 alimentar der-
'-criero rio referido Concelho a 16 kilogrammas para cada Iiahitante.
r - * - --
-- . -- --
'\
I ;Vqpa darnowtratioo da carne de oiacca conaumáda nos talhos do Concelho do Funchal nqs
annos de 1865 a 18b9,
/
t
1855 / 161:467,ü81
1866 526:579,&88
1867 503:992,?76 9.369:3b0,688 173.870
1868 443:990,080
1859 614:3.88,480 ,
-
- - - - 3 C i - ----i-
I 2.347:377,408 81 " 9 7 3 , 2 4 8
- - f - .
Vamos agora ver tambem como responde aquella quantidade de gado ás necessidades agrieolas do IJistriçto.
A producção animal 6 não só uma parte importantissima da alimentapão dos povos, mas tambeai e prinri-
rrlni~ntea garantia da fertilidade do rolo como elemento indispensavel para a alimenta* vegetal. Como tal
fatia drv9 manter sempn, certa relação com a população, W melhor dizendo com a supebcie destioada a ali-
nccitayiio do honiem. Sabemos que 6 de pai% 1 bectwes a relqão do gado bovipo pam a s u ~ r $ c i a
~ f . ; :&iai; ilhac, de que se m p õ e o uisttictg,
Xo coiltincate do Reino eltà quota pecuarití e cic :i,7!1,
Pela mesma superficie possue a Fransa 20 tal)c!ri. a irlíiiiilii
A '2,758
-
conta 25, a Eucocia 12 e a 1ngla:erra 33.
--i y i i ~ r i ù $ ~ @ e --C-.--_.
"ta tres9ùoi paires q"': é i c a 1 ~ ~ 0 -
de citar não E porém real, ja porqoe na maioiin dos c;!-{,;. i
ccreatso bovina se faz no distrirto indcpendentemenic dii ciiI-
tura, ja porquc as qualidades desta raça n5o podcm conipetii'
com as qae sa 'riam xaquellu partc da K t i r i ~ p a . -eeiiiid~iid-;
poi- iirna abundante producsho forragino~a.
Como em tl.dos os paizes ondc se conscrla ;:iiidii a;;;iii:i
resto do pcriiirioso systema dos baldios. a cifra q u e cpiesrii-
tauios 4 forniada na maior partc por gados quc st: : r ~ n reai
plena liherdade naquclles magrissimas pgstos, por ccnia tic
iodividuos alheios a ~gricultura,ficando condernnadf\ ao desa-
proveiiamcnto uma grande quantidade de adubo, o consrit«-
indo assim esta crea$!o uma iadustria inteiramente indepn-
dkn te da producção agricola .
Neste lamentaire1 systema perde-se uma porção ronside-
ravel de fertilisantes que deviam reverter em favor das &r-
ras enltiyadas, sacrifica-se ao desperdicio uma superfitie que
a Irboriosidade e a intelligeneia podiam tornar contribuinte,
e promove-se o abastardamento e a degeneração das rayas
pelo abandono e insufficieste alimentação em que vivem.
A tabella seguinte mostra qual e a siiperficie destes ter-
*
renos nr ilha da Madeiis, assim como extenslio otcup;ida
pelas auas piincipaes culturas.
Tuliella compuratiou d a r upcrficira occupadar pelos baldias
e pelas crlturns mais importantes do Ilha da iaTa-
deirn e relacão para a sua superficie total.
1
BELAÇÃO PARA
CULTURAS XãCTABE 3 TOTAL A SUPERPICIE
TOTAL
1
Baldios e terras 1
I situadas a mais) I I
de 900 metros
acinia do aivel
do mar. ...... t9:148
\
Cereaes de pra-
gana ......... 4:619
Yinha....... $:boa
Canea d'asrucar
.......
Milho.
Batata, semilha,
inlianie, legumes,
hervagens, ete. . 10: 389
'PI{O~UC-'
PERIODO
$h0 AN- MAXIMA PIXIMA MEDIA
LOCALIDADES NUBL D A LACTA-
Ribeira da Janol-
laatéaosCanhas.3:740 10,254 9,93 6,57 3 1)
Saa'Anna . . . , . 1 :t 60 7 1 6 );
Como I~cmé de suppor cm alguiiias siluaçúec ertremam-
se ellas mais que em outras nesta producção, o que se: vê
das i~iformaçóesque acabgmos dc apresentar.
E na penultima localidade, Ri beira da Janella ate aos
Ganhas, que esta rapa apresenta maior producçáo de leite.
Não vai com a regra geral esta circunistancia, porque é nas
situacões ao Norte e principalmente quando proxituas ao
mar, qiie a secreção do leite encontra condip3es mais favo-
raveis.
Com eucito nos logares semelhantemente dispostos a maior
hurnidade da atmosphcra entretem um meio ernoliente qae di-
minuindo a evaporação pela pelle e sollicitando os pulmões
corn menor actividade promove menos perdas no s a o g t e
conseguintemente ba bilita os animaes que partlciparn destas
vantagens a uma producção mais abundante. Tambem a cons-
tancia da temperatura entretida pela visinhança do mar e a
qualidade das hervagens não são alheias a estas circiimstancias.
É observação de todos os cultivadores a quem pedimos
iaformapões que o trabalho diminue a secreção do leite. So-
bre isto a experiencia pronunciau-se bem claramente. Segun-
do o Conde de Gasparin, está demonstrado que o trabalho
de quatro a cinco horas por dia imporia a perda de um quar-
to da producção de leite. Parece, porém, que a interrupção.
do trabalho, auxiliada por uma boa alimentaçiio de trevos,
lusernas, &c., &c., restitue completamente á primi tira aqnel-
la secreção. O Barão de Cr«d é mesmo de opinião que o
trabalho leve e methodieo de algomas Iioras, quando secun-
dado por um farto e escoltiido rcgimen alimenticio, não póde
prejudicar aquella secre$Ro, e è antes um elemento poderoso
a utilisar na hygiene destes animaes. Tambem pelo lado eeo-
nomico, o aprovcitaiilrnio das raras icitcirns para o traballic>
58 8 j ~ t an i n p ~ l ~ t m ~ ar ~certas
situaçóes em que 1i ~ ~ r o ~ r i e -
tt
sc, acha muito dividida e em peiiiieria cultiirti c cspeci-
alrne~ite50 o leite náo tem grande \alar. Como ri,anrt:lgiit!i-
ras sâo inferiorc.j á s vaccas dn Hretnnii3 c ris bons de Jrtrscf
e Guernesey, que yroduzcin iiin biln-rnmm? dc c:nn:ciga da
I 6 litros de Icite. Com cfTcito $30 necc~sarios para obter
aquella quantidade, de 40 a 32 litros dc 1 t . i : ~ da rara dd
Madeira. Mas é tambem verdade qtii: a rq,i IJclvctic~de
Sçliwitz dá apenas 1 kilogramnia dc 'L3 liiros dc Icite.
A rrianteiga é geralii~cntc,ma! confeccionada. Como esta
iodustria B cxcrcid,i princip:~lniente por indir idiios nlenos .il~is-
tùdos, que poasucin apcrlaç uma oti claai; s;!rc35, O Irl!e te111
de ser dcrilorniln a!<> sc pcrfiizcr a rliiun:idad(: (ia nntu iiidis-
pensarel para sc obter a roagula~5odos prii~cipiosbut~rosos,
demora que é muito prcjudii*ial. A assoiias50 destes pe(lui:-
ws industriaes c a fabriça$o da manteiga eni commuin c1 i-
faria este inconvenicntc. Mcrec*c brim i m itnr-se o qtie a ~ c -
melbante respeito se passa na Suissa. Tanibcrn não preside ii
confwção daquellc gcncro o des~jado aceio. Estas causas,
além da ignorancia quasi geral do nicthodo de salgar, tornam
a sna conservação muito precsria.
Em quanto á engorda, a raya insulana, supposto não ser
de uma conformacão irreprchcnsivel, apresenta muitos signaes
que por uma boa escolha de reproductores fora faríl fixar e
desenvolver. Effectivamente observâmos algiins individuos de
pescoço curto, cabeça pequena, de rins desenvolvidos c bem
formados d e alcaira, ainda qiic pela maior parte bastos de
esqueleto e demasiado pernaltcirns. Dizem-nos de mediana
precocidade. Pouco podemos 116s concluir das informa~õe
que á este respeito nos forneceram, tal (! a variedade d
factos e opioióes que nrllar se consigaam. Parece que a er-
gorda atura eiti algumas 1ocaliJades de 8 a 10 mezea, em
outras apenas 3, não estando em proporção o peso adquirido.
Tambeni uns sujeitam os animaes ja velhos c cançados a este
regimen, outros entregam-nos logo que tem completado o seu
crescimento. Do que supponios muito irregular o regimen da
ceva e milito variavel o estado de carnes em que os animaea
são levados ao mcrcado.
Como se v6 do mappa seguinte, foram abattidas nos
annoi dc 1851 a 1859 nos matadouros do Fnnchal 23:656
rezes grandes : a carne destes animaes vendida nos talhos foi
de 2.81 6:996,833 kilogrammas. Concedendo que ficasse por
vender iima pequena porção d'aquella quantidade, temos. que
o rendimento em carne limpa para cada animal será POUCO
superior a 1 2 4 kilogrammas, o que bem mostra o estado im-
perfeito de cera em que aquelles animaes foram offerecidoi
ao consunio.
A N NOS
1855
VACCAS
Numero
E BOIS
11:118
I PESO EX EILOGRAlí-
IAS
tS48:96d
MEDIA DO RENDI-
MENTO POB CABEÇA
i
1856
1857
1858
tí:$iiiO
5:168
4:%07 I
6323377,152
605:733,120
533:50L,384
1i 134 kilog.
as l i i ~ i i t i *do
d e n l iiis, tis~igriiin~-lhc ~ sclii desenvolviirlento e
traynr:i-!!~c a i i \~i~l'ia!!ilid;id< (!c) S P ~ Imotio dc ser.
Os a i ~ i i i , í i ts d ~ t arnyn, sobrios, duros, P ~ ~ O ~ Oe~for-
SOJ,
ia, pnilian) por intcIIigentes empa-
gados c d c singular artl,%n(
incalfior ;ilin~rntnyãoadquirir maior cstatu-
reItiariit.rit~,sr iiiiia
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p @ E w $ 2 - g 0 ,522 1
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O prt*>t8nfci'iiiiiiitíi cixll.nliitlo t1;is cstatistic.ao oflic iucbs,
mostia tliiiil t rii 0 liiiii;tli'o dt: c ;il)cm!as i/c g;i(lo Iitliigvro t~xis-
e o S . I o 1 1 e ir1cJi1 a i g ~ l i l l l ~ l t ~a~ i t , t ~
quan~icintlu clr lilii /:',r t-1:c pi-Iiliiziila no niesitlt, anil,,, assim
como a niedia da prodiiccão por c abcya itm c*nd;l Cf,rlc~c liio.
Alguns pcquencs rebanhos dc raças estranp~~iras m~ri-
ilos, s o ~ i / hrlooi~2 c de outras ~)rc)cctlrn.ias faz.111 ;ituIlar
suor d,, homcni scrin i n f t a í uiirl i, tbiri clli<: :;a air.v:,r~sfiiais sif-
vcstr.bs niin .a c~hcgariaii) a ad,ltiil ii* o dest.il\ o1v:iiii:nto de
acanlia4ns arbustos, eilas o!krecciri o i~riittameio de kxyloc
rar acltic~flestcrretios.
Crznas que no Di~trilbh,rlo Punrhal, s6 nitiito e a r q b
nafmentc, se dafio estas vir\.uiii!tilii: ias; raros scarrio os pon-
C ~ otlde
S afio p ~ ~ r dar-se
n i n.; c~~rz~fercts plantas qitc arrastam
com as sit~aqõçfsi l ~ i iaridiis
i~ e clrii: \lcbstiiidn as crista das
montanhas, abriga111 tla sua vcgc.tacáo os vallcs contra a im-
petuositfatlc das cnrrcntrs, consolii1~11n com OS S I I ~ Sraizes a
casca exterior (10 solo, mantem a frescura do clima e pnn-
tem a p:~rpi~tiliclàde das agrias.
A cxistcn-ia das antigas mattas c a í'tlta de combusti-
vel que d'ahi sc deriva, a tiltibração do clima, o entraqueci-
meato das nascentes, &o outras tantas razões *e tofnartt
Oiornrntosa n ai borrsasão (:as ia~,ntanIiasda \l,idcjrá, a scvc.
J'll t ' í I ~ % t *.il$i10
f dils niittiiis ii~llfilca e Uiilii (]t.svelaija protec-
cão Ai; plantatótls nas[ I iittls.
E nssiiii qi,~! julgaiii~is a njins4x~nt;i-âo<]as enbi.ns nas
moriianlias. ciii pivnii liheidadr, incoiiiliati\ I t.om 0 progresso
da agrii.ult~iraiiiutli~ircnse : fiic-il tios f6i.a iiiohLrar mais
. ~ os
OU mciios intlirtmitaiiicritc cste faleto fi:re t. j , r i . j ~ , i i ~toilos
ramos da protlu +cãoagricmola. I< tclja-se 4ur O IitInlerO de C8-
beças deste gado no Uis~ritto anda por 8 1 :8 J O.
Q rclndiiiic*iito das (.abras quca vittbni sinlillhantempnte 6
reniunerador qicantlo Ij:l?tai~i tini ttbi.ri.iios inii ir.;iiiiiBnttb iliipro-
prics ao oiitn~gra~igvio; niii.; cÓ niaini. I)*~rqu,Sa preduccso
do I;itc é dimiriatcl. o cistriiriiih n,i:, st: nijii,\ci:;i c cori!ra a
sua c.arntl ritnge o piilntlar iiiiiis gso*srirn.
Mas n3o lia a r111 n:)r rirc*c~ssiti;iti,! a< ditisnr pastar
(111
EXPOSIÇkO DE GADOS
DESPEZ.4 RECEITA
ESPECIES POLHOSAS
-
LOURO Laurus Canari ensis-Webb.- Vai como os
seus congeneres ate a altura de 1:830m, e a s.ia madeira,
com quanto não seja tão estimada como a das arvores preee-
dentes, tem igualmente applicoções uteis. É pouco densa,
de c6r clara, e de fraca resistencia. O louro 6 tambem in-
digena.
ses ; prodiiz madeira de bastante estimaytío.
-
UESE couuuu - Erica scopnria Lhn.- Vive iias
niesmas condiçùcs da sua congenere. fi desta eçpecie a maior
parte do combustirel qiie se consome no Districto. E indige-
na como a preccdentc.
SEI\O- Suli.i: c n ~ i ( o ~ i c ~ -
t s i (o).-
i Iudigeua, madei-
rn ligeiranicntc atiiarellada, niaciri c dc facil traballio, e em-
pregada principalmente cin enibiitidoç c outras obras dc
uiarcenaria.
SIBCGFEIEO -
S C I ~ ~ ~ I I C~)~~lde~~e~~si~-Lowc.-Pcquenr?
~IS
a1.\ore indigciia, mais importante pela produecilo das no-
~ C Sq i i e tcm npplica~50 frerjucntr ria iilcdecinl;, c pelo
fructo que hoje se esta empregando em gr. escala na
cbragem dos vinhos, do que pela sua n ~ a dira cujos uoos
sso limitados.
E c c . i ~~rcs-Est~i
r ainda muito pouco espalhadd no Dis-
t rirto csta i~nportnntc cspeeie da Aiistralia. Encontram-s e
apenas enl algumas quintas, c lias prayas da cidade do
Funchal , cscmplares das especies (E'ucalptus robusta ?)
c (resini/'era ?) Estas arvores cliegam a adquirir uma altura
de mais de 50m, e a sua madeira é imcomparavel de f o i y
c de elasticidade.
E no sul da Australia que ellas occupnm uma mais ex-
tensa rcgiào. O terreno eni que rivem e geralmente pobre.
Parece-nie que a propagacão desta bella csscncia seria fa-
cii na >ladeira, e vantajosissiriia.
Estas arvores SZO conhecidas na illia pelo nome d e vi-
rihatico do Brazil.
A madeira que eu tive logar de examinar era de uma
cGr avcrmclhada, muito similhante á do viahaticú,
N o ~ v ~ r n ~ - h g l a n regia.-
s Linn.-lfuito commum no
norte da ilha. Execllentc madeira para marcenaria que es-
t i actualmente tendo muita extracçilo. É tambem optimo
combustivel.
S U U . A G R E - ~coriaria-Linn,-Arbusto
~~UG muito abun-
dante na Madeira, cujas folhas se empregam no cortume
dos couros. Exportava-se antigamente unia grande quan-
tiiladc deste producto, mas hoje esta inteiramente parado
este comnicrcio.
Ka illin lia 6 1 oficinas de cortumes que consomep
annualmeiite 639 hectolitros de sumagre. (Est.' da com-
missão de pesos c medidas.)
PLATANO-Platctntrs 0rientalis.-Linn. -Encontra-se
muito frequentemente na ilha com especialidade em quin-
tas, jardins, alamedas c praças publicas. Chega a uni
grande desenvolvimento em pouco tempo. É de facil propa-
ga~ãoe fornece excellente madlira.
~ Y # Q M O RB~ - A S T A R D O - ~ ~ ~ asederac.?.
~~~ -@ta
arv or c
que se encontra com freqoencia nas quintas e janiias to-
ma na ilha proporgões muito superiores i s q u ~gtralmvnte
osteata na Europcr.
TULIPEIRO
DE V r n ~ r ~ ~ ~ - ~ i r z o d e r ntulipifern.
dron -1 inn.
-Ha nas immediagões do Funchal magnificos exemplares Li esta
especie da America septemtrional. E uma bella arvore de
30 a 4P d'altura com uni dianietro proporcionado, que f i ~ r -
nem madeira muito approveitavel nu marcenaria. ma-
deira meia, toma um excellentc polido, c tem pouco r i i i i : ~
ou gaea9a a cor da do iimcreiro.
F I ~ E I PnEA Gon- Ficus tenjatriina.-linn .- fi ii:ii:
ph@nicsa.-linn.-Arbusta
ZIMBREI~O-Ju~tiperus indi-.
gcna que produz eacellentc madeira milito similhantc ;;
cio cedro.
- -
Lnatço Pinits kízirig. - Linn. Esta especie é rara
ao Districto, assim como o Rnus abies, que tan~bem se cri-
contra; - sáo arvorcs importantes pelo valor e qualidade dos
seus productos, c pela sua rusticidade, chamadas nat~irnlmen-
te a ocriipar os logarvs das serranias, em que outrzs csscn-
cias não pode111 desenvolver-se.
Pr~uc~- -
n o P i n z r s . Linil. Encontram-se na ilha 1.n-
rias especicç de pinheiros, pertencendo ao Pinzis maritimn e
~.ilvestrisprincipalmente, as plantac6es qiii: formam os gran-
des macissos dcste arvoredo na Madeira.
Da primeira especie envioii em 1862 o Governo de Sua
Magcstade para este Districto 80 moios de semente, que foi
distribitida por preço muito commodo aos differentcs culii-
vadores, c de que ha ja hoje csperanfosns sementeiras.
\'eiii-se ,jtiin~hciii, posto qiie mais raramente, o Piittrs
,V.robrrs c ~ # e n s i s . (* )
.----- e----- -.
( IDADE PARA O 1
SEU MAIOR AP- SEU MAIOR AI'-(
ESPECIES ESPCGTES
PROYEITA-
BIESTO
Sobreiro ......
Freixo ....... .....
Platano ....... Accacia. ...... I
(*) A duracào das cepas foi extraliida de um cxccllen-
&c livro do Sr. Dr. Breuil. Para as arvores marcadas com um
Os produrtos flarestacs crescem com a idade dos ar-
I aredos quc os produsem nuiiia progressão que se aproni-
nta dos q~iadradosdos numcros naturacs.
Conclue-se desta lei, que 6 no approveitamento a longo
prriso que se ùcvc rollicr urn producto absoluto mais avul-
tar]~.
Contestam porem niuitos silvicultores os lucros cffecti-
vos das florestas siniilhantenientc exploradas, e asseguram
que a vegetaçáo niais opiilcnta, não poderia nunca se-
guír a marcha do crcscinicnto do capital pela progressiva
n~ultiylicaçãodos juros.
Destas consiàera~ões ja facilmente se deduz que esta
forma de approseiiamento mal sc comprar com o espirilo de
empresas particulares que n5o se abalançam ao cu9loso adi-
antamento dc capitaes de recmbnlso tão demorado.
Tombem pelos conlicciniciitos scientificos pouco vulga-
res, que, em geral, exige a exploração deste ramo de in-
ùustria, c pelas prescrip~õeç a que a conveniencia publica
tem neressarianiente de sujeitar os que a practicam, a
propriedade florestal convem pouco a proprietarios nvidos de
realisar lucros em periodos menos remotos.
Ao influencias que atribuimos as florestas refferem-se
principalmente aos arvoredos explorados a longos prasos;
são estes, quando reunidos em grandes massas, que deter-
niinarn a regularidaae das chuvas, que espalham sobre os io-
garcs circumvisinbos os benclirios salutareç que descreve-.
MOS.
exactas.
Por outro lado a dificuldade do transporte de grandes
peças de madeira, do interior das montanhas paraos portos da
ilha, havia de contribuir para que as maties particiilares
fossem exclusivamente exploradas em talhadios de cortes
frequentes, que vão sucessivarnente enfraquecendo as cepas,
reduzindo-as a um desaparecimento precoz, e raleando pou-
co ia p a m a vegetação.
h UIU paiz onde a eaistencia das florestas é especi-
~ImePlorequerida debaixo do ponto de vista das influencias
que tsie activa potencia exerce na meteoorole~ia,vb-se pois
que a administração e grangeio do solo florestal devem ser
urna atribuição do Estado.
É esta hoje uma opinião muito geralmente seguida en-
tre os economistas, e aconselhada pelos que teem tractado
mais profundamente este assurnpto.
Seja-nos licito transportar para aqui algumas palavras
de uma interessante memoria que tivemos logar de estudar.
((Seria pra desejar que fosse o estado o possuidor (dete?&-
tear) de bdas as florestas cuja conservação tivesse sido jul-
gada necessaria debaixo do ponto de vista do clima, da
salubridade, do regimen das aguas, OU de abrigo pa-
ra o terreno, porque os servicos que ellãs prestaui .nestas
circumstancias interessam á sociedade toda, e não unicamente
aos proprietarios,- e demais não é justo exigir do um indi-
viduo no interesse geral, a conservacão de um terrcno em
estado de floresta, se elle entende de maior conveniencia su-
jcital-o a qualquer outra cultura.
A propriedade florestal não encontra alem disso ga-
:antiás de conservação nas mãos dos particulares cuja ne-
clessidadc iiiimediata de goso não se concilia de fórma algunla
- o n o tempo que exigem os productos lenhosos, para adqui-
rirem qualidades vendaveis.
Na Madeira 6 urgente submctter a um regimcn espe-
cial a zona arborisavet, e a ideia qiie apresentamos é tanto
iiiais piausivel, quando que, sendo certo ser esta faxa pro-
priedade de municipios que não tirain della rendimento al-
gum, ou de particulares pouco firmes na sua posse, c collo-
cados nas mesmas condicõcs das Camaras, a sua execução se
torna muito mais facil.
Com effeito uma grande parte destes terrenos de que
diversos indivjduos se dizem proprictarias, foram dados de
sr.~mariupelos antigos donatarios aos possuidores dos predios
aqacentes com a cocdi$ío expressa de os tornarem mansos e
caroaveis a cultura no espaço de cinco annos,
Ora esta circumstancia não se tendo prehenchido, pare-
co que assiste ao governo o direito de rcvindicar aquellas
propriedades, mas para não difficiiltar, com litigios a realisa-
cão deste importante projecto, coiiio tambem para não chocar
interesses constituidos desde muito, melhor seria adquirir es-
ses terrenos expropriando-os a titulo de utilidade priblica,
operação que se tornara facil pelo modico valor que clles re-
ptesentam, e que anda em termo medio por 6000 rbis
o hectare.
Resta ainda a considerar uma outra ordem de in-
teresses respeitaveis pela sua importancia, e que, a não
serem devidamente attendidos, ocrasionarão transtornos grm-
des á agricultura do paiz.
Fallamos dos gados que se criam na serra: clles cons-
tifilem uma das grandes riquesas da Ilha, c como taes
dc~ciiitomar-se na mais séria consideração. Julgamos pois
qiie seria conveniente distribuir os trabalhos por iim nu-
niero determinado de annos, procedendo t i arhorisagiio do
uma parte da serra cm cada um dos referidos yeriodos,
de fórma que, quando os gados fbsseni obrigados a eva-
cuar a ultima estaçâo, podcssern entrar na priineira sem
perigo do arvoredo.
Calculou-se que a soperficie a arborisar, mede aproxima-
damente 29: 498 hectares. Dcdusindo os leitos de ribeiras, ro-
chas inacccssiveis e terrenos não approveitaveis, fica esta
cifra rcdusida a 20:000 hectares, dos quacs é ainda nc-
cessario diminuir algunias terras rcalcngas. O pcrimetro
desta siiperficic vai pouco mais ou menos pela linha das
tres grandes levadas, Rahacal, Fdjiia dos Vinhaticos, c Juo,
cal e Furado, e aproxirnadaiuente a uma altura de 900
metros acima do nivel do mar.
Neste terreno lia urna parto ja povoada d e arvoredo ,
outra que só pode vestir-se por meio de sementeiras artifi-
ciaes c plantações, e algum que s e arborisa por si mesmo,
sempre que esteja defendido dos gados. O que se acaba nes-
tas condições fica pela maior parte situado ao norte da
ilha; póde a sua superficie, com a parte ja povoada, cal-
cular-se cm 10:000 hectares.
Por estes dados 6 facil fazer-se com certa approxí-
niaçso o orpmento do capital que o governo teria de dis-
pender para l e ~ a ra cabo este importante melhoramento.
Com etreito tiiihamos para a compra de 4?10:000 Iiecta?
res de terra ao preço dc 6:000 rs ao hectare. 120:0004$000
Pelas despesas de arborisação de 10: 000
hectares a 10: 000 rs. o hectare. . . .. . .
, . 100:000&000
------
Total 220:000$000
Ora, planeando a arborisa~ão total das montanhas da
Madeira para um periodo de quinze anoos, fazendo a acqui-
sição do tcrrcno em lotes correspondentes a cxben@o an-
nua1 dos tral)aiiios, teriamos para cada aano sima tlelspesa
de 14:6GC)$000
Collocar ri5 florestas c as levadas debaixo de uma ad-
ii~inisti'aqãoconirritini, tornar siiiiilltanca a poliiaia das aguas c
das ~ l ~ t t t a spart'~'Illll-tl)e
, prnsarncntos approveitaveis para a
econoi~iia e ~.oiivt~iiit~nti- explorapio destas diias interessantes
riquezai.
O Govtlrtin Fratit~cztern prcscBnya das vicissitudes por-
que estava pa-sciiido uma griindi! parte dos terrenos situa-
dos nas abas das serras, apresentou ao corpo Icgislativo um
projecto de lei para rearborisaciío das tnontanh;is, que foi
approrado na ee5são de 1 8 de jullio dt: 1800. Para obra
de tanta magnitudc tractou o goierno de aproveitar os es-
forces de todos, dandr, cairipo li iniciativa dos parliculares,
promovendo-a cSoni siihvcn~6cs, i: aniii~ando-acom uma pro-
tectora intervpnc;?o. Nào julgdinos [[rio oiiiro tanto sc pos-
sa fazer na Jiodcira, onde os nliiriicipios adorineceni numa
Icthal desaniinacào, c os particiilares adoecem de urna
apathia nào njrnos prejudicial.
Indicamos grosseiramente o meio que entendeluos se
ófferece mais facil e desembaraçado; o estudo mais deti-
do da queâfiío e das suas relacões, fortificado no conhe-
cimento profundo da localidade, indicara as condições de
applica$ío da ideia que apresentamos.
Dittaemmoira . . . . 7 »e7EiOcidias
Em oittro tempo foi a esportafRo da laranja muito maior :
a j molestias que te111 atac.ada rillinianiente a laranjeira
c a maior parte das ws corigencres reduziram de muito a
1 iiittiira, seni que teiilin hn\ ido a coni'enicnte eoastan-
ANNOS I HECTOLITROS
1 8 3 0 . . 21:250 ))
1 8 3 1 . . 21:381 n
1 8 3 2 , . 27:667 1)
1 8 3 3 . . 33:ti53 ))
1 8 3 8 . . 3G:659
1 8 3 5 . . 29:868 v
1 8 3 6 . . 30:5?6 ))
1837..31:388 u
1838.. 37:976 1)
2888,. 3 4 ~ 9 4 8 3
1847
TRIGO
IllrrnLITlOs
20.774,7
1 j IllLilO
o , 1 HEDIA
CENTEIO
(IIECTtILIIIIII / / CKVADA
IIIIYLIIIIIs
61.1 67.3
1
1848 10.1 74,1 3.81 3,á
1819 26.633,s al.~eg,h 1. 2.670,O 4.86131
1
i850 ã3.361,h 1 4.fi6.8
I 1851 26 503,6 1.432.5 2.844 13.718,$
-e--- ----- -A--- -----
107.667,3 4.434,1 14.353,1 58.116,&
O mappa quc ahi deiximus mostra a prodticcão de cereaes aonos d e 1847 a 1851, assim a
média que resulta da cifra total, para cada um destes aanos.
Vezse que a colheita do millio era sobretudo escacissima.
Foi no anno de 1859 que o oidiua se manifestou ber clmmeirce. Euao fÔra a seguiute e prodneç&o
destas sementes :
Trigo ............ 91:862hectolitros.
Milho ........... %:i05
Centeio ......,... 8:380 R
I
I
I
w
i
Annos
1853
I Hectolitros
e .í ,ao
Media Augmento
por '10
185l 28.9ti0,8
1 1805 29.1 85,7 28,398 31,9
i 18S6 04.330.9
1 1857 34.663.5
MILHO
--
Annos Hectolitros Media Augmento
1853 5.447,9
18 5.4 4.304,9
1853 11.917 , 4 5.377.6 ti06
1856 ti.983,9
1857 6,236,1
------c
26.887,s
I CE STEIO i
-1
MILLIQ
i
1858 9.1 0 4 , 4
1899 8.498,3
181iO 4.784,d 7.342,1 36,5
1861 7.263,3 I
1862 7,163,3
---A---
~-- -
36.710,fi -. --- -f
r
i CENTEIO
i
- - . I
I I
CEVADA I
AI
46.191.6 t
IYPORTANCIA DO IY-
POSTO SQBRE CEREAES
VIWBO EXPORTADO ESTRARGEIROS EM
HECTOLiTROS CORFORMIDADE DA CAR-
TA DE LEI DE % DE
AGOGTO DE 1839
I Reducção a meio I 1 I
( direito do consumo
I I i
por carta de lei de
S7 dc m i o de 1843 I
De julho de 1843
239:383,40 155:l512,289
a junho de 185%
-
Falhou a produe-. I 1
i1 ção das vinhas.
Dr julhodo 185%
a juolio de 1861
8:473,14
I
1
98:272,068
De 1854 a 1860 foi a importação como se vb do map-
pa presente.
GERE AES
I PARIS IIAS
I
Totalgeral. . .110:&70 a
Calculando para a reproduct$o uma
quantidade de . 9:õ77 n
---v
CULTURAS DIVERSAS
1lxIiic.o . . . . . . . 4.07li:Bit );
Sant'bnna . . . . . . GGO:960 )?
Total. . . . 14.688:043 »
Estes 14.655:0 13 kilogrammas de canna andam para
i~roduzir8k.018,98 Iieclolitros de gampa, que representam
um capital de 17:;: 039&i;'i0 reis. Calcula-se que ca'ds 18,8
litros produzcin, tcrnia rnctlio, 2,7l l kilogrammas de assuear,
dc fórma qitc a scr aqirclla ~ransforniada inteiran~ente neste
prcdi:çto, scriq cela prcc?iics50 Cc 3.377::311 ki!ogramnias, e
subiria o geii valor s 31 6:781 &:i330 ~ - c j r .
A euItura de csnn.1 i! ;;er'aliiicnlc pr.nc.ti:~ida conl imper-
feiçiío : sobre este ponto e por ordenl do chefe supcri
Districto, redigimos um succinto relatorio com o fim d
caminhar OS cultivadbrcs a ' practieas kiais racionaes,
o entendermos opporttino a cste objecto, o damos junc
--.I-
( ~ Ill.""
j e Eu."'" Srir.-- iJ:rn ~atist'azer as ordens de
V. E procedi ao rmmc dc : i I p n.;s f!~ntar<iesde can-
na ds assucar dos arrcdorcs dto: :. *-.c sdc. t. colhi as se-
tes observaç6es que irr! +- ' .' ~ ! ~ l n ~ tát econsi-
r
rlcracão de V. Ex."
A cultura d a canm 61' r . > r t í t ar C na actualidade uma das
mais importantes da Madeira, occupa proximamente uma su-
perfirio de 357 licitares e o seu pmdiirto brlilo annual
CAFPEEIRO.-Ocaffeeiro 4 uma planta delicada, e exige
condiçbes taes do abrigo que a sua cultara é muito limitada.
c 0s seri-. prr;:fti: to3 it. ' I ~ P iL.; ' ., :,iirirl;;iir~*s,r ivnli:-i;nt em-
qoalidades com o tal% iie ...! < i r, 3! T!id
Parece qtícú se:^ rre. i i i : t l i ~ i o c at;[~i 1iii.i.- qne
le Imperio.
A facilidade de crear por n:eio dc allrigos d'outnsp l a e
tan, expori~õesiavaraseis ao r l ~ ~ . i i \ c ,i ml .i t ; ! r i do call'eeiro, o
alto preto tio seu producto e ; I ; :e <lu" @
errt todo .O littoral da ilha, c até mesmo numa altura tIc 150"
acima do nivel do mar, todavia as chuvas frcqucntes e
niuitas vezes torrenriacs que siiccedcm neste clima, dcslicin
as foll.ias, da serncntc, oii arrastm rncsrno o iiisecto. ja crca-
do. É assim que foi sendo suceessirnrnente abandonado cstc
ramo dc cultura quc tinha ainda a Iiictar com o prcro
a que baixou de repente a cochonilha com a introdricg.iio
dc novas, e muitas, economicas substancias tinctrireacs na iii-
dustria.
Se, porém, a producçiio da cochonilha e a cultura do
Naplil náo podem pelas circumstancias apontadas convir a este
paiz, muito deve todavia interessar a cultura das niiniemsosss
variedades de opuntzas, ris quaes produzeni um friicto sabo-
roso, que, como diz Cnsparin, 6 para muitas situagões o
mesmo quc a bananeira para os pnizcs eqiiinociaes e a arvo-
re do pão para as illias do Oceario Pacilico.
A conserva dos seus fructoa 6 igualmente irnporlaiite, o
della consta em grande parte o rcgimeii alimenticio da popu-
laçáo da Sicilia. Tanibcrn em Argel se faz uso das folhas na
a&n@ntafão das vaccas c porco;.
92 1 90,3 30 1 20,9
c proíicuidadc que
as entrar no caninlio de ndiantaniento
em inãos menos descuriosas Ihes estava natiiratmo~tc ga-
rantido. O governo acaba de enviar para cstc diatricto
uma porçiio du semente dos Algodoeiros ditos viilgarmente
-Algodiso Eyypeiano-Seu Islnad e Up Lnnd-para que
os particulares possam intentar alguns ensaios sobre a sua
cultura e julgar da conveaiencia da introdiic~áo dcsta planta
na Madeira.
Pnra facilitar estes ensaios coordenâmos dos melhores
awtorcs as s e g u i ~ t e sirrlicagúes que podem servir d e guia
aos que quizerem entregar-se & referidas experiencias.
Escolha do fewsno.-0 Algodoeiro. planta originaria
dw paizes quenlcs, tem a concorrer nesta illta coiii os sul-
turaç lucrativas que vivem na zona mais rica do territorio
madeireuse, na região da bananeira, faxn litoral que se es-
tende apenas 910." acioia do nivel do mar. Com effeito o
Algodoeiro coineca a vegetar a uma tenipentura de 19.6 c
exige para o soir total desenvolvimento uma caloracão 4 3 t i O . O
Quer-se em terrenos fundaveis c soltos para que a sua raiz
apumada n5o encontre em barricos 30 seu niitiiral cresci-
mento. Conscm-llie uma certa fsesciirri, c nppraz-sc niliito
visivelmente nas visinlianças do mar, cuja athmosplicra fa;
vorece com especialidade o q a crescimento. Vão-llic per-
feitamente os terrenos ruIcanices de mediocre fertilidade por
qiie d i g a m :b luxo de vegebçgo, para o qual esta plan-
ta tem *maGndentia natural tom qrie illude por vezes o~
rrittivadores iaexperientes. As tcrras niuito pedregosas não
deixam alottgctr convenicntemeatc o espigZo e dão logar ao
deseni.olsímenlo d e pcqtienas raizcs lateraes que distraheir
a vegetacão da p!arita dos orgãos prineipacs e compromct-
tcrn o seu futuro.
Prepclracdi, clo terrctto.--Escolliido o terreno con~ as
condicõcs indicadas, procede-se á siia niobilisacão e linipesa
por meio de cavas ou lavores profundos, conforme as circums-
iaacias o permittirern, notando sempre que o 'deseovotvirnen-
to e producção da planta é afora outras influencias na ra-
záo directa da profuadidadc a que aitinptrn as siias raizes.
p r c p de 260 rr. o kilograniiiia. i*)
O t,ibocù cncuutra-se crescendo exponiantamc lite crii
---
A extrnrção cuidadosa de todos os gerniens que possarri dc
futuro determinar o nascimento dc hervas ruins, e indis-
yensalrl para qiic pelo correr da cultura as mondas, ssclias e
outros aninnlios não tenham de repetir-se coni tanta f r c í l u ~ n -
ria. K a s terras menos curtidas da cultura C mesmo conve-
niente que a preparacão do terreno se f'a por meio dt: ~ I I U
alqutire tompleto de ires a quatro lavores, develido pra-
cticar-se iim em as primeiras aguas do outono, proct.dezl-
do no segundo em janeiro, e finalmente appiicatidi, o ul-
timo, ncs principios da primarera. As terras que ria ilha
podem comportar a cultura do Algodoeiro, andaiii pela
maior parte, táo amanhadas, que so muito raramciite exi-
girão um processo de preparac;ão tão demorado. O Algcdc-
eiro aoffre com mais facilidade a falta de estrumes, que
qualquer outra planta. A constituiciío do terreno. as ccndi-
çóes e naturesa dns culturas anteriores, são as bases a tcr
em attenção para calcular a distribuição dos adubos, atten-
Ùendo sempre a que as terras muito ricas communicam a
esta lanta um ltixo de folhagem inconveniente.
fndepelidemiemenic d i s considerações que subordinam
a escolha das adubos 6 naturesa do terreno e que por se-
rem regras geraes deixlmos de.mencionar, e tendo a n t e s
em conta o8 que mais directamente farorecem o crescimen-
to do Algodoeiro, recomeadaremos conforme o que vemos
cscripto, os estrumes ligeiros puIvurulentos taes cQmo os cha-
niados conapostos o lodo das levadas c tanques etc.
Stntenleira-epocha e maneira de a practicar.-A cpc-
clis da sementeira varia cQm os differentes climas: na Europa
o receio das geado~ impede de lançar a semente á ter-
r3 antes de maio, e a colheita neste caso tem logar em ou-
tubro ou novembro, perdendo-se muitas vezes uma g r a n d e
parte da producção, com as chuvas que sobrevhm frequen-
temente nestes niezes. Na Madeira onde a benignidade do
jnverno perrnilte que n sementeira seja mais temporaã, n ã ~
. deveria perder-se esta boa circumsiancia, e importa m u i f ~
(*) Estatistifa da Repartisão dei~esose Medidas.
muitos Iogares da illir.
A cultura desta planta tona eu, todos os paizes onde as
8 alli a seguinte :
Inverno............. i!&,&
Primavera........... 17,9
Esfio............... 93,6
Outot~o ............. %1,4
Na Madeira póde computar-se, segundo um exaeihM
f i iro do sr. Dr. Bnrral, nos numeros que se segaem :
Invcrno. ............ 37 , l
Primavera ........... 38
Estio ............... P1,6
Outono.. ............ 21.9
A qualidade do tabaco é produeto da doig factores: a-
lar e assiduidade de amanhos. Na Madeira a eona de
terreno prciprio para esta cultura d o póde ser muito extensa.
Ao menos da .produ@ío de tabaco fino s6 é susceptitel
o litoral da ilba.
'Poder4 esta cultura .entrar em eoncorrencia com a can-
na de assucar e com a vinha? Não possuo dados bastantes
para responder a esta questão.
@&..Om -
Segundo o Sr. Bernardinos de Barros a s terqeraturas
medias naais elevada destas regiões, são inteiramente com-
p~areisas *deLisboa, Açores, ou Madeira, e descem at6 9
nrpiores alturas das montanhas onde as cinchonas
ainda-vegetam. Rfas as variqões da temperatura são muito
diyeysas das nossas regibes, não 3ifferindo as medias mensaes
umas das outras de mais de um a dois graus nps proximi-
lades 40 Egsador e pouco podendo a* ma variiçáo exceder
§-%O ~ a a sdtimos eonfios austraes da vegetação da qoina.~
A'r.Plm.a Granada, em Santa Fé de Bogotá, solar d e -
uma abundante producção de quiea vermelha, a uma altur*
de 2 : 6 8 I m sobre o mar, são as seguintes as temperaturas
wdias das differentes estaqões :
Igverno. ............ 16,l-
Primavera ........... 15,3 .
Estio ............... 1tj,3
Outono .......,..... 14,5
Media aanual.. ....... l5,O
k quantidade de chuva que cahe an~ualrnen@nesta. I&
calidade anda por 1:00 4 millimetros, segundg as obqervaçqes
d e Humbololt.,
Para o assumpto de que tractimos importava.ma$ o c*.
nhecimcnto da distribuição das chuvas pelos dias das diffe-.
rentes esta@es do anpo ; mas não pudem~shaver esta indi-
sação. É certo que aMm da quantidade de chuva que des;
crevemos, disfructa esta parte, como geralmente toda a região
ande crescem as cinchonas, de orvalhos frequentes que tem
banhada, em uma perpetua humidadc, a vegetação que cobre
o solo daquelias localidades.
« Camadas de nuvens formam-se e dissolvem-se m u i b
vezes no BBPBÇQ d8 uma bom, jogo rapido da a tmosphera
que earaetmisa em.geral~os platóç e os paramos dos An-
des. n (Hi~mboldt).
Ha alli, como no nosso clima, uma estação secca, P,
uma estação humida, e ao que parece chuvas superiores &
que caheru neste Districto.
aolianda e*pela
As quinas teem sido introduzidas ,pela%.
Inglaterra nas suas colonias.
O Sr. Bernardino de Barros descreve, meudamente na
sua memoria as diligencids e sacrificios que aquelles paizes
tivereram de fazer para importarem estes preciosos vcgetaes
para as suas possessões ulttamarinas. Foram muitos os arares
deste tentativa e só a perseverança daquelles governos, . a
dedicação e intelligencia dos seus agentes, conseguiram te-
var a cabo tão importante eommettimento. Hoje póde di-
zer-se estabelecida a cultura da quina'em Java e ao que pa-
rece em Ceylão.
Direi resumidamente, e extrahindo da memoria do a-
genheiro que citamos acin~a, as condições da regitio em
qua os holandezes fizeram os s:us ensaios com tão prospc-
sos resultados.
A cultura da quina foi a principio estabelecida na co-
Ionia holandeza em tertenos de 1320." de elevação, na re-
giHo do cafeeiro e anteriormente occupados por grandes flo-
restas de liquidambar hltigiann, e outras especies tropicaes.
Como porem os resultados não fossem satisfatorios fi-
zeram-se importantes e felizes transplantaçíies e organisarani-
se novos viveiros em maiores alturas e com amanhos mais
circunotanciados.
A região escolhida para estas novas tentativas é habi-
tada por grandes arvores especialmente dos generos quwnrs
e Podocarpus e eleva-se a uma altura de 100." sobre o ai-
vel do mar. Aqui osucesso foi completo: as plantas infesadas e
de vagaroso. crescimento dos antigos viveiros, começaram a
mhr e d desenvolver-se vigorosamente s ao findar o anno
da 1866 achava-se a cultura da quina ao dizer do sr. Beic
dsrdino' dd Barros btal)elecidaOemlarga e brilhante escala
India. Holandesa.
O clima desta eolonia 6 computado segundo o mesmo
fuctor peQs seguintes obseryações feitas a 11ò3." sobre' o
mar.
Temperatura média. Dias de chuva
Ilezem bro
Janeiro. .. 19,79, 59
Fevereiro
I
Narco
Abril .... 31O., 1E 66
Maio
I
Janho
Julho .... 39,3&.
Agosto
Setembro
Outubro.. .
Novembro )
Variação mensal maxima.............. 1°,39
........ 2 8",3
Maxima temperatura observada.
Ninima ........................... 7",8
Variação niasima ................... 10°,S
Maximo numero de dias de chuva por mez. 27
Minimo.. ......................... 7
O Sr. Bemardino de Barros julga. qye a tempergtura m4-
dia .da região onde em Java se acha' installada a cultura da
guina deve. andar de 15." parn menos.
Do que levamos ditto, deduzimos as conclus0cs seguin-
tes, qiie nos serviram de termo comparativo ao que se passa
neste Districto :
i.."- Q u e as montanhas de grmde elevaçzo devem ser
consideradas como um$ das condigões indispensaveis para a
faeil accommoda~áodas differcntes espeeies do genero cin-
chonae
$4."- Que as quinas se encontram associadas a formas
de vegetação variadas, desde os bambôos, fetos arborescen-
tes, caffeeiro, e cacoeiro, ate as especies europeas, carvalhas,
pinheiros salgueiros, etc.
3."- Que as temperaturas medias mais elevadas da re-
giéo da quina são comparaveis ás do nosso paiz, e devem
andar por 94." a 95.' sendo poróm caraeleristico daquelle clima
muito pouco avultadas ~ariaçõesde temperatura (1." a 2."
mas proximidades do Equador; 62-7." nos ultimos confins
austraes da vegetação da quina.
4."- Que o paiz habitado, por aquelles vegetaes disfru-
cta uma estação humida, e uma cstaflo secca, com grande
frequeineia de orvalhos, abuodancia do chuvas, muitos neva-
eiros e grande humidade.
Posto isto entremos agora no exame das circumrtancias
que concorrem nesta ilha c que nos determinaram a indicar a
probabilidade de successo, da introducção das plantas da quina.
A Madeira 6 constituida por uma cordilheira de monta-
nhas que se estende de Leste ao-Oeste em tabo o compri-
mento da ilha, offerecendo elevações considenveis de %816.1,
mas correndo em geral a uma altura media de I%OO."'De
variado relevo, estas moetanhas apresentam aceidentes Ire-
quentes, e geralmente declives rapidos, determinando esta iiI-
tima disp~sigãosensiveis i alteraçées;+de clima por pequem
differengas' de ni~el:
Em ordem a estas cireumstaneias dispõem-se os ~ e j e t m s
em regiões que vão succedendo-se pelas' diversas alturas das
montanhas em facbas ou zonas, que segundo o Revd." Padre
Lowe, naturalista distincto a quem este paiz deve importan-
tes trabalhos seieotiíicos, se podem reduzir a quatro bem za-
racteriieadas.
A 11riili~ir3que O iliustre botanieo earacterisou em a
riisirncis do Cacto Cda bananeira, é a faeha litoral que
sai ti3 costa até a altura da 210." 8 a região que podemos
denominar maritima ou quente e que se distingue pelu
plantas seguintes: bananeira, palmeira, canna de assuear, Ar-
F~W-root(niaraiita nruadinacea) Anona (anona squamosa) Gc-
aialia, (Psidiuni pomiferum) Bamboo, Alfarrobeira, Coraleira,
(Erythrinn) Puinscttia, Euphorbia. etc.
9."- Qnc deiiominoii temperada c de que são caractc-
risticos a vinha c o castanlieiro; distinguem-se nesta regiáo as
plantas que se seguem. Vinha, Cereaes, Carvalho, Castaohei-
TO, Larangeira, Romeira, Figueira, Amendoeira$ diflerentes
Fuchsias, Acacias da Ausirnlia, Eucalyptos, etc.
Esta regifio estende-se de 150 a 750" sobre o nivel
do mar.
3.'-Regiiio do Loureiro e da Urze - Montanhas in-
cultas onde sc encontram os restos das antigas florestas
da Ilha, que podemos denominar região florestal, onde alem
das ùiflcrcntcs Erica~ se cncontrani as diversas Iaurineas
indigenas ds Madeira, e a maior parte das suas essencias
florestaes corno o Clethra arborea, Picconia excelsa, Heber-
denia excelsa etc.
Esta zona abrange os terrenos da Ilha desde os li-
mites supciiores da rcgiào antecedente até ma altura de
1650."
$."-Finalmente a9 sumidades das montanhas, os es-
carpados Yestidos pela urse (Erica cinereo) c por algumas
gramineas constitaem a ultima zona cujo limite superior anda
pouro maís ou n~enospela altura de 1800.'
A3 temperaturas medias do Funchal aeliam-se devidamen-
te determinadas pelas repetidas observasóes que alguns es-
tmgeiros tem feito nesta ilha em diversas epochas. O sr. dr.
Barral colligiu na sua obra, Nolicia robre o clima do Fun-
chal, os trabalhos dos differentes observadores e deduzi0 os
seguintes resultados, que se podem tornar como a os pressão
mais exacta desta parte da meteorologia na ilha da Madeira.
Segundo este distincto escriptor as temperaturas medias
das dificrentcs estações no Fu~chal~, são as qucr se seguem: