Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LIME
• * •
NO PRÓXIMO NÚMERO :
EDITORA LAUDES S. A.
REDACAO DE PR ADMINISTRACAO
Caixa Postal 2.666 Rna Sao Rafael, 38, ZC-09
9nnnn-, zco° 20000 Rio de Janeiro (GB)
20.000 Rio de Janeiro (GB) Tete.: 268-9981 e 268-2796
— 321 —
de múltiplas tendencias e valores que háo de ser reduzidos a
unidade de urna sinfonía ou harmonía mediante renuncia e
autodisciplina. Cada cristáo tem que se tornar urna palavra
viva, composta de muitas letras, muitas sílabas, acentos secun
darios e um acento principal..., tudo isso convergindo para
urna só grande sinfonía que diga «CRISTO». É somente assim
— configurándole a Cristo — que o cristáo se realiza como
personalidade. Na verdade, Cristo é o Primogénito ao qual o
Pai quis fóssemos todos conformes (cf. Rom 8,29). O ideal de
um cristáo é viver em beleza ou harmonia, dando a cada valor
do seu ser a justa expansáo, segundo a medida adequada, e
rejeitando dura e austeramente qualquer incoeréncia ou desafi-
nacáo. Alias, o comentarista C. A., pouco antes do trecho atrás
citado, elogiava a «autodisciplina férrea» á qual tiveram de se
submeter os jogadores holandeses para constiturem a equipe
harmoniosa que surpreendeu o mundo.1
— O cristáo, porém, reconhece que ele nao luta nem vence
a sos. Está integrado numa comunidade oa num Gorpo que é
a Igreja, de tal modo que é somente nesse corpo que ele obtém
a vitória. O éxito dele e o do conjunto sao inseparáveis um do
outro. É a consciéncia desta verdade que excita no cristáo a
capacidade de se dar aos irmáos na Igreja, procurando traba-
lhar com eles em atitude de comunháo e de renuncia a si e
humildade. «Carregai os fardos uns dos outros, e assim cumpri-
reis a lei de Cristo», diz o Apostólo (Gal 6,2; cf. 5,13). É esse
«saber carregar os fardos alheios com paciencia e humildade
(muitas vezes, heroicas)» que faz de muitos um só povo em
marcha^ sob o primado de Cristo Cabega. É essa articulagáo, em
que cada qual se esquece de si para beneficiar o conjunto, que
pode garantir (humanamente falando) o éxito da missáo da
S. Igreja.
Se em todos os tempos estas verdades foram válidas, pode
mos dizer que em nossos dias sao mais prementes, visto que
mais complexa e desafiadora do que nunca é a tarefa da
Igreja,... visto também que o próprio Deus parece falar aos
seus fiéis de novo modo, através desse sinal dos tempos que é o
atletismo contemporáneo configurado na disputa da Copa do
Mundo-74.
Trabalharemos, pois, em harmonia, em graga e beleza, na
unidade que resulta da multiplicidade,... em nossas comuni
dades eclesiais, profissionais e sociais. E quicá — poderemos
ser a surpresa do mundo, dos anjos e dos homens, aos quais nos,
cristáos, fomos dados em espetáculo! Cf. 1 Cor 4,9.
E. B.
— 322 —
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
*;". ' . Ano XV — N» 176 — Agosto de 1974
milagros e "milagres":
como identifícalos?
Em aíntese: O milagro, na teología e na apologética católicas, nfio
é stmplesmente um felto que derrogue ás lels da natureza, suscitando adml-
racSaesurpresa nos.seus observadores, mas ó, antes do mals, um slnal ou
unía palavra "plástica" de Deus aos homens. Em conseqüencla, entenda-se
por "mílagre" um aconteclménto real, que seja Inexpllcével aos olhos da
ciencia contemporánea e que ocorra em autentico contexto religioso como
resposta de Deus a esse contexto.
•v.
•v.
Ao contrario, o autentico milagro se realiza em contexto de prece
humilde,-fé autentica, e da frutos de conversSo á verdade, repudio do pe
cado, concordia e carldade entre os homens. — Caso seja a cura da alguma
molestia orgánica devidamente diagnosticada, requer-se que seja Instan-
tanea^ou quaso Instantánea.
— 323 —
4 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS> 176/1974
1. Que é milagre?
— 324 —
MILAGRES E <MILAGRES> 5
— 325 —
6 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
. a) um fato real,
— 326—
MILAGRES E «MILAGRES»
Em resposta, dir-se-á :
— 327 —
8 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS* 176/1974
— 328 —
MILAGRES B «MILAGRES»
— 329 —
10 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
— 330 —
MILAGRES E «MUAGRES» 11
— 331 —
12 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
— 332 —
MILAGRES E <MILAGRES> 13
— 333 —
14 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
— 334 —
MILAGRES E «MILAGRES» 15
— 335 —
16 <PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
Bibliografía:
— 336 —
MILAGRES E «MILAGRES> 17
um congresso de filosofía
Os ROS603 últimos fascículos tñm terminado com breve crónica de
vlagem a Israel. Desta vez, porém, Interromperemos a selle das nar.ac.6e3
cronísticas para poder dar lugar as impressSes de um cerlame grandioso.
Em setembro voltaremos mentalmente a Térra Sania.
(Continua na 3? Capa)
— 337 —
Aos olhos da ciencia:
1. Indeterminismo da natureza
— 338 —
PODE HAVER MILAGRES ? 19
— 339 —
20 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
— 340 —
PODE HAVER MILAGRES ? 21
2. Sugestáo
— 341 —
22 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS> 176/1974
— 342 —
PODE HAVER MILAGRES ? 23
3. O «absurdo» de Deus
"Deus nada pode fazer sem motivo. Ora que motivo podía levé-lo a
desfigurar, aínda que por curto prazo, a sua própria obra?... Por que
Deus faria um mllagre? Para cumprlr um certo designio sobre determinado
vívente? Efe diría, pois: NSo conseguí, peta fabrlcacfio do universo, por
meus decretos divinos, por minhas leis eternas, realizar um certo projeto;
quero trocar minhas Idólas eternas, minhas leis Imutáveis, a flm de tentar
executar o que n9o pude obter por meló das que estfio em vigor. Ora tal
atitude serla urna conflssSo da fraqueza, e nfio do poder, de Deus. Eviden
temente em Deus terfamos que admitir a mals Inconcebivel contradicfio"
<cf. "Dictlonnalre Phllosophlque", verbete "Miracle").
— 343 —
24 «PgRGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
— 344 —
PODE HAVER MILAGRES ? 25
— 345 —
26 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
".. .tocar urna pessoa ou um objeto sagrado, tornava-so r*u parante a Dtvin-"
_ 346 —
Cristianismo recente:
reavivamentos pentecostais
O prlmeiro teve orlgem em 1901 nos Estados Unidos por obra de pas
tores batistas e metodistas, que desejavam vlver a experiencia de Ponte»
costes ou dos dons do Espirito Santo com especial profundldade. Aos pou-
cos (oram constituindo comunidades Independentes das suas "Igrejas", que
se espalharam rápidamente por diversos países; dal se origlnou o que se
chama "pentecostallsmo clásslco". Este se cornpoe, hoje em dia, da Fede-
racfio das Assembléias de Oeus e de outros grupos menores. Abracam os
artlgos da fé protestante, acrescldos da crenca no "batismo no Espirito
Santo" ou "Pentecostés pessoal", o qual é asslnalado pelo dom das llnguas.
— 347 —
28 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
1. Pentecostalismo clássico
— 348 —
REAVIVAMENTOS PENTECOSTAIS 29
— 349 —
30 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
— 350 —
REAVIVAMENTOS PENTECOSTAIS 31
— 351 —
32 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
2. O Neo-pentecostalismo
— 352 —
REAVIVAMENTOS PENTECOSTAIS 33
— 353 —
Quem sao ? E que fazem ?
os carismátkos na igreja
— 354 —
CARISMATICOS NA IGREJA 35
— 355 —
36 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
1. Surto do Movimento
— 356 —
CARISMÁTICOS NA IGREJA 37
— 357 _
38 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
2.2. Aprofimdamento da fé
_ 358 —
CARISMATIOOS. NA IGREJA 39
2.3. ConversSo
— ■359—
40 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS> 176/1974
— 360 —
CARISMATIOOS NA IGREJA 41
— 361 —
42 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 176/1974
— 362 —
CARISMATICOS NA IGREJA
... Cremos diante de Deus que se trata de uma graca de escol para
a Igreja pos-concillar. Mas, para que essa graca seja fecunda e duradoura,
é preciso que ela se possa desenvolver desde o Inicio em plena harmonía
com a Igreja institucional" (texto traduzldo de "La Documentatlon Catho-
llque", n<? 1636, 15/VII/1973, pp. 688s).
— 363 —
44 «PERGUNTE E RESP0NDEREMOS> 176/1974
4. ConclusSo
— 364 —
No Brasil, o movimento tem sido marcado por sobriedade
de atitudes exteriores e procura de profundidade; entre nos
nao se tém verificado, em ambientes católicos pentecostais, os
fenómenos que poderiam langar descrédito sobre tais ambien
tes. Eis por que parece nao haver motivo para impugnar a
Renovagáo Carismática; antes, ela se torna ocasiáo para que
os fiéis agradecam ao Senhor os seus dons e os procurem des
frutar com fervor, tendo em mira a sua santificacáo pessoal,
a de seus irmáos e a do mundo inteiro.
Bibliografía:
Kevin e Dorothy Ranaghan, "Católicos Pentecostais". Plndamonhan-
gaba 1972.
H. Rahm-M. Lamego, "Seréis batizados no Espirito". SSo Paulo 1972.
A Barruffi, "II rinnovamento carismatlco nella Chiesa Cattollca", em
"La Clvlltá Cattolica" 2971, 6/IV/1974, pp. 22-36.
Fr. Sulllvan, "The Pentecostal Movement", em "Gregorlanum" 53/2,
1972, pp. 237-265.
J. Gouvernalre, "Les 'charlsmatiques'", em "Études", Janeiro 1974,
pp. 123-140.
A. Woodrow, "Le renouveau charlsmatlque: une nouvelle Pentecóte?",
em "Informatlons Cathoüques Internatlonales", n? 448, 15/1/74, pp. 13-20.
AA. W., "Le renouveau charlsmatlque", em "La VIe Spirituelle" n? 56,
jan.-fev. 1974, pp. 4-149.
J. Ford, "Spontaneous Prayer Meetings", em "Slsters Today" tfi 41
(1970) pp. 342-347.
D. Paulo Evaristo Arns, "RenovacSo carismática e vida crista", em
"O Sao Paulo", 1-7 junho 1974, p. 7.
Esteváo Bettencourt O. S. B.
UM CONGRES&O DE FILOSOFÍA
(ContlnuacSo da pág. 337)
temas : Filosofía da Educaclo, Filosofía jurídlco-soclal, Rlosofia da llngua-
- gem, Metafísica e Filosofía da Rellgiio, Filosofía das Ciencias e da Técnica.
A larde, das 14 h 30 mln ás 18 h 30 min, reallzavam-se sessfies plenárlas,
que abordavam os segulntes argumentos: Filosofía Brasllelra, Filosofía La
tino-Americana e Mundial, Pesquisa Filosófica e Ensino da Filosofía, Filo
sofía e Ciencias; além do que, fez-se a comemoracSo do 79 centenario da
morte de S. Tomaz de Aqulno e S. Boa Ventura e do 250? aniversario do
nascimenlo de Emmanuel Rantm; fol outrossim homenageada a memoria do
Ilustre Prof. Padre Maurillo Teixeira-Leite Penido, petropoinano de nasel-
mentó e pensador de fama Internacional.
Nlo poderíamos deixar de destacar aínda a digna figura de Constanlin
Virgll Gheorghiu, sacerdote ortodoxo rumeno, que obteve o Premio Real de
Poesía da Rumania em 1940 e, entre outras notáveis obras, escreveu "A 25?
Hora", romance que retrata de perto os tremendos episodios provocados
pela guerra de 1939-1945. A noite eram proferidas Conferencias Ilustrativas
por eminentes personalidades do Congresso.
As diversas ¿eses apresenladas tía Semana, em última anállse, real-
cavam a Importancia da Filosofía em todos os. tempps ■ e,, particularmente,
em nossós días. Verdade é que os cursos de Fllosoda (dita "pura Filosofía")
nao contam mullos alunps ná Faculdade¡ pols a Filosofía nao proporciona
grande escala de erríprégos com carrelra é promocóes á vista; ao contrarió,
a Filosofía parece luxo Improdulivo, marglftalizada pela clvilizacSo da ciencia
a da técnica. Infelizmente, poréml... Essa marglnalizacáo da Filosofía
causa, em grande parte o vazio, a perplexldade e a angustia do homem
contemporáneo.
Com efello. Todo homem tem, aínda que só Implícitamente (por vezes),
urna filosofía de vida. Para mullos e multos, essa filosofía ou sabedoria 6
a da fé (aceltam Deus, sua Palavra e o seu convite para participar da fell-
cldade do próprlo Deus). Para outros, é o materialismo, o positivismo, o
marxismo, o hedonismo (a filosofía do prazer e do gozo libertinos)... Todo
homem precisa dé pontos cardeáis (N, S, L, O) para se orientar na vida e ;
estabelecer a sua escala de valores. Nao há quem nSo conceba 'as pergun-
tas: Quemsou? Donde venho?. Para onde vou? Qual o sentido da vida?...
da morte? Haverá um Além? Por que soirer? Por que trabalhar? Por que
amar? Por que procriar? — Só n3o traz tais IndagácSes quem tem perso-
nalidade anormal ou deformada. Pois bem; é a Filosofía qué responde a
essas.interrogacdes.fundamentáis, Incitando o homem a parar e reflellr. a
ouvtr e aprender com a razáo. /3 . : .- '
Talvez, porém, diga alguém: "para .urn cristao a Filosofía racional
nao é nécessária; bástam aféea ádéaSó do córacSo á Palavra de Deus"!
N3o pensemos assim; a fé precisa de um fundamento racional. Ténho
que saber'por que creto,... por que crelo nésta proposlcáo é riáo na-
■ quela,..: quais as relacdes da fé com as rhtnhas categorías de peñsámenlo
lógico e com as. asplracdes fundamentáis comuna a mim e a todos os
homens... Se somos'seres inteligentes, a nossá Inteligencia nSo pode, del-
xar de se aplicar a construcao da nossa filosofía de vida, alndá qué' ésta,
em suprema. Instancia, seja g'uiatía pela fó. A fé, sem embasamento racional
ou filosófico, arrlsca-se a ceder ao sentimentalismo vazlo ou a imaginacSo
exuberante, .tornando-se crendlce ou superstlgáo ou aínda mística cega e
seni bússólá. Na verdade, a fé nlo é um senlimento meramente subjetivo;
mas ela adere a verdades objetivas que todos os homens,' mediante o uso
da Inteligencia,: podem penétrate Ilustrar. Ve]a-se, alias, o que fol dito a
p. 336 deste fascículo. .
Imaginemos urna estrada reta. Enquanto o viajante por ela camlnha,
ele a domina, tendo um horizonte claro. Digamos, porém, que no fim da
reta da estrada, o vlajor perceba urna slnuosldade: a-estrada se curva e
segué outro rumo... Embora o viandante nao possa dlzer como continua
a estrada depois da sinuosidade (rJois ela Já escapa e transcendé ao seu
horizonte), tal homem.sabe que a estrada nao termina quando a sua visáo
termina; percebe que ela continua, embora ele nao a veja ulteriormente...
Esta Imágem ilustra o papel da razáo frente ás verdades da fé. A razáo
é a estrada reta que nos dé o conheclmento das verdades filosóficas ou
nalurals. Mas a própria razáo, bem conduzida, nos diz que a Verdade con-
tlnua'para além do nosso horizonte racional; a Verdade é malor do que a
nossa capacidade racional. Assim a própria razdo nos assegura que Deus
existe numa vida Inefável e que Ele nos pode ter talado por Cristo, pelo
Evangelho e pela Santa Igreja. Daí a necessldade imperiosa de que tam-
bém os crlstaos cultivem a filosofía; esta os ajudará a ter urna fé mais
fundamentada e convicta. -
A próxima (III) Semana Internacional de Filosofía fol marcada para
julho de 1976 em Salvador (BA). Desde já, fazemos votos para que se
mantenha á altura das duas anteriores, de modo a incentivar mol 5 e mais
a nossa consdéncia de que somos um povo a caminho da plenitude da Luz) ,