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Mª Iracilda G. C. Bonifácio; Paula R. M. L. Silva; Claudenice N. Santos

Rio Branco Acre


2007
S o n h o s em B V A 3

Copyrigth © 2007 - @ BONIFÁCIO, Maria Iracilda G. C. (Org.)

Editoração Eletrônica/Capa LIMA, Reginâmio B.


Desenhos Originais: Alunos da Escola Berta Vieira de Andrade
Imagens para a Capa Gabriel Henrique, Allys Beatriz, Emanuele, Ester, Paulo Kelven, Stive
Keiton, Caroline, João Marcos, Taylinne, Irenilza, Janaina.
Idéia Original/Produção/Execução BONIFÁCIO, Maria Iracilda G. C.
Coord. da Escola Berta Vieira de Andrade Maria de Nazaré Arruda / Mary Anny N. de Souza /
Nágila Cristina A. Silva
Direção da Escola Berta Vieira de Andrade Francisco Roberto Simão de Oliveira
Textos e Ilustrações dos Alunos das 5ª e 6ª séries 2007

É permitida a reprodução total ou parcial desta obra,


desde que citada a fonte.
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Mª Iracilda G. C. Bonifácio; Paula R. M. L. Silva; Claudenice N. Santos
Apresentação
A escola cumpre papel fundamental na transformação da sociedade. No entanto, para que isso
ocorra efetivamente, é preciso que haja uma aprendizagem vivenciada a cada momento, não apenas no
contexto das atividades escolares, mas também no contínuo convívio com os membros da sociedade. A
escola não pode desempenhar com sucesso sua missão de educar na/para a cidadania, em um
compromisso de responsabilidade mútua na formação das crianças e dos jovens, se estiver apartada da
comunidade e da realidade em que vivem os alunos. Ela precisa do apoio e colaboração das pessoas que
estão a sua volta para poder proporcionar formação de qualidade a seus alunos.
Pensando nisso, desenvolvemos o Projeto de Leitura Sonhos em B.V.A., tendo como foco a
concretização de um importante objetivo educativo da escola: formar cidadãos competentes e habilitados
para manifestar suas concepções através da cultura escrita. Buscamos incentivar os alunos a serem
verdadeiros usuários da leitura, capazes de se beneficiar do acesso a qualquer tipo de texto e de expressar-
se por escrito.
O Projeto de Leitura e Produção Textual foi desenvolvido durante o primeiro semestre de 2007,
como parte das atividades pedagógicas relacionadas à disciplina Língua Portuguesa. O produto final deste
Projeto foi o livro Sonhos em BVA, que traz uma coletânea dos textos produzidos pelos alunos das
Quintas e Sextas séries do Ensino Fundamental.
Colocar disponível para professores e alunos o material produzido pelos próprios educandos é
uma oportunidade ímpar, pois com isso, não apenas estaremos incentivando a produção textual de autores
da terra, mas dando um passo importantíssimo no âmbito educacional em nosso Estado. Poder ter à
disposição um material didático que fale das esperanças de nossas crianças, jovens e adolescentes, de
fatos típicos da realidade local sempre foi uma preocupação do corpo docente estadual. Pretendemos dar
este passo inicial em busca de um diálogo mais estreito com as coisas de nossa terra.
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Com a oportunidade que nos cai à mão, de levar à comunidade escolar acreana uma coletânea de
textos nos quais podemos identificar não apenas cenários, linguagens e personagens, mas também sonhos
e esperanças comuns, buscamos contribuir com a educação em nosso Estado e com a formação consciente
de nossos alunos diante da vida social contemporânea.
Poder participar dessas práticas de leitura do mundo, a partir da ponte oralidade-escrita, é um
importante fator de inclusão social.
Procuramos desenvolver nos alunos o interesse em ler e ouvir histórias, manifestando sentimentos,
experiências, idéias e opiniões em situações de leitura compartilhada e/ou recorrendo à biblioteca da
classe, da escola ou do bairro.
O resultado não poderia ser outro: textos fantásticos que trazem um pouco da contribuição de
“nossos novos autores” para a sociedade acreana. Eles não são apenas meninos e meninas “brincando de
escrever”, são pessoas que realmente têm algo a oferecer, suas histórias trazem a marca do sonho e da
esperança de um mundo melhor. Por isso, vale a pena investir nestes novos talentos, acreditar que mais
que a produção de um livro, eles nos trazem uma lição de vida.
Sonhos em B.V.A., diante da carência de produção escrita que aborde a realidade local, traz
vivências e sonhos com os quais os alunos e professores de nossa rede de ensino, pública ou particular,
podem se identificar e se inspirar para novas produções.

MsC. Maria Iracilda G. C. Bonifácio Professora de Português


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Dois macacos e um leão

Era uma vez dois macacos que se


chamavam Mico e Jubá. Mico era um macaco
muito alegre e feliz, mas, Jubá era muito mal
humorado. Na mesma floresta em que moravam
os dois macacos, morava também o leão Ares.
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Jubá era um macaco carnívoro. Ele


sempre pegava as caças do leão. Até que um dia, o
leão caçou uma presa grande e deixou-a em seu
território, que era perto da árvore em que os
macacos moravam. O leão, em um terrível
desleixo, deixou a caça perto da árvore e foi tomar
água no rio.
O Jubá já estava de olho na comida do
leão. Quando o Mico viu que seu amigo
pretendia roubar a caça do leão, disse:
__ Jubá, não faça isso, porque o leão
pode lhe pegar!!!
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Nesse instante, o leão já estava voltando para


pegar sua comida... Viu o Jubá indo pegar seu
alimento e correu... pulou em cima do macaco.
Jubá gritou:
__ Ááááá´!
Seu amigo Mico ouviu e foi ajudá-lo:
__ Leão, solte o Jubá!
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O leão soltou-o e falou:


__ Mas, mande ele não voltar a pegar meu alimento.
O Mico respondeu:

__ Está bem, mas como nós moramos muito perto um


do outro, podemos ser amigos.
O Leão respondeu:
__ Sim.
E a partir daquele dia, Ares, que era o Leão, passou a
dividir o seu alimento com os macacos.
E assim, viveram felizes para sempre.

Gabriel Figueiredo, César Lima,


Victor Cardoso, Wilkey Silva
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A Menina e a Noite
Era uma vez uma menina que
gostava de passear à noite.

A menina descobriu que tinha


algo de diferente, e ela cumprimentou
a noite.
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A noite disse para a menina:


__ Case-se comigo, que eu faço de você a
rainha da noite.
Como gostava de passear à noite, a
menina resolveu casar-se com o anoitecer.
E, então, a menina foi com a noite para
bem longe...
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Passado algum tempo, a menina começou, então, a ser escrava da noite.


Obrigada a ficar permanentemente longe da terra, não tinha coragem
de dizer à noite que queria ser
livre novamente e voltar para
sua casa.
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Então, o dia ficou sabendo de tudo e


ficou furioso...
Ele pediu a mão da menina
em casamento e ela aceitou.
A menina, então, não
era mais triste, nem escrava,
foi libertada pelo dia...
Eles se casaram e foram
felizes para sempre...

Larissa Santos
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O Raiozinho de Sol
Era uma vez um Raiozinho de Sol...
Ele era muito curioso, queria
conhecer as flores... E, para isso, resolveu
desgrudar de seu pai, o Sol.

Raiozinho de Sol foi para a floresta...


Passou o dia inteiro brincando com as flores, cuidando
das plantas para que elas crescessem mais e ficassem bem bonitas.
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Mas, a tarde foi
chegando, era hora de seu
pai Sol se despedir para que
a Lua trouxesse o descanso
para os homens e aos
animais que viviam na
floresta.
Quando ia anoitecendo, porém,
Raiozinho de Sol resolveu ficar um
pouco mais na floresta.
E, então, estava formada a confusão... Em vez de todos
descansarem, a Lua não chegou, pois nosso amiguinho não
quis se retirar com seu pai.

O senhor Sol ficou muito preocupado, procurando Raiozinho


por todos os lugares.
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Como a noite ficou iluminada com o Senhor Sol


e com o Raiozinho, que brincava na floresta, as pessoas e os animais continuaram
trabalhando, pensando que ainda era dia.
A noite ensolarada passou e de manhã, o Sol, o Raiozinho,
as pessoas e os animais estavam muito cansados.
Foi um dia sem fim...

Nenhum bichinho conseguiu dormir...


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Muito cansado, Raiozinho conseguiu encontrar novamente seu pai, que


lhe deu uma bronca por ter sumido por tanto tempo.
Disse o Senhor Sol:
__ Raiozinho, onde você esteve todo esse tempo? Agora estão
todos cansados... Para se desculpar com todos, peça desculpas pelos
problemas que causou e chame a senhora Lua para trazer
o descanso que todos merecem.
A senhora Lua
chegou e finalmente,
depois daquele dia quase
interminável, todos
puderam descansar.
Inclusive Raiozinho e
seu pai.

Raiozinho pediu desculpas a todos e disse que não ia mais passear sem a
permissão de seu pai e também pensaria em tudo o que fosse fazer dali para frente
para não atrapalhar a vida das
pessoas e dos bichos.
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Inês Barreto

Perdidos na Floresta
Um grupo de jovens viajava de carro pela estrada: Peter, Roberto, Vanessa e
Vanda. Estava tudo tranqüilo, quando de repente, chegaram em um trecho da
estrada que estava bloqueado. Peter, que dirigia o carro, resolveu ir por um atalho...
Mas, ele não viu a Placa em que estava escrito:
Perigo. Não ultrapasse . E continuaram.
Então, prosseguiram viajando. Tudo estava
calmo na estrada. Quando, de repente, o pneu furou. Eles foram
obrigados a descer do carro e encarar a mata em busca de algum
morador do local que pudesse ajudá-los.
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Após andarem alguns metros mata adentro, encontraram uma


casa. Mas, não sabiam o que esperava por eles...
Peter foi o primeiro a entrar, e os outros em seguida. Naquele instante,
surgiu o barulho de um carro... Para improvisar, se esconderam.
O barulho estava chegando cada vez mais perto, mais perto e mais perto...

A porta se abriu e então os jovens viram algo extraordinário:


dois monstros incríveis. Os jovens, desesperados, fugiram pela mata e os
monstros foram pela estrada, pois achavam que eles iam procurar voltar pelo
lugar de onde tinham vindo.

Enquanto corriam, Roberto caiu e se machucou.


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Dentro da mata, então, eles acharam uma torre de comando,


subiram até lá e descobriram que o velho rádio ainda estava funcionando.

Fizeram contato com a Polícia e


pediram ajuda. Os policiais foram
socorrê-los depressa. Mas, não sabiam
a localização exata de onde estavam.
Enquanto isso, na floresta, os
quatro amigos começaram a ouvir
passos na escada da torre de
comando. Alguém se aproximava...
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De repente alguém abre a porta da sala do rádio:


__ Surpresa!
Eram Carlos e André, outros dois amigos da turma que
tinham chegado antes, pela estrada, para pregar uma
peça em Peter, Roberto, Vanessa e Vanda.
Aliviados, os quatro amigos viram
que não tinha monstro nenhum, era
apenas uma fantasia que os garotos
estavam vestindo...
__ Isso não vai ficar
assim... disse Vanessa.
__ É, vocês quase nos matam, do coração! completou Vanda.
Justo neste momento a Polícia chega e vê que tudo não passava de
uma brincadeira de amigos. Cuidaram dos ferimentos de Roberto e
ainda conseguiram carona com os policiais para irem até a cidade mais
próxima consertar o carro.
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Mateus Sampaio Soares

O pirata do dedo mindinho


Há muitos anos, em uma
terra distante, existia um
pirata que era amigo das
pessoas. Ele era muito legal,
mas não era de grande
estatura. Ele era tão pequeno
que sua altura era do tamanho
de um dedo mindinho.

Seu nome era Tojal. Ele viajava o mundo inteiro


em busca de seu tesouro encantado. Certo dia, ele teve
uma pista de onde estava seu tesouro e entrou num castelo
que parecia mal assombrado.
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Ele procurou muito por seu tesouro, sonhando


encontrá-lo dentro de seu pequeno barco. Tojal olhou,
olhou, olhou... Procurou por todo o castelo...
Quando percebeu, em cima da mesa, dentro de uma garrafa
havia um navio. Mas, aquela embarcação lhe parecia meio familiar,
ele jurava que aquele era seu navio, do tamanho de uma mão.

Ele subiu no navio e falou:


__ A bordo, marujo! mas
não tinha ninguém.

Ele procurou dentro do navio, mas


não achou ninguém. Não tinha marujo
nenhum. Então, ele começou a sonhar
com suas viagens pelo mar.
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Ele lembrou dos amigos e das aventuras


que passaram juntos... Lembrou dos dias de sol e
das tempestades...

Lembrou até do baú com tesouro que tinha


guardado abaixo do convés...

__É isso! ... o tesouro... é lá que ele está!!!


Tojal correu depressa,
desceu as escadas e achou
um baú cheio de tesouro.
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O pirata, feliz da vida, exclamou:


__ Estou rico! Estou rico!
E Tojal vendeu todo o seu
ouro e passou a ajudar as pessoas
com o dinheiro que ganhou.

Railson Torjal
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A casa assombrada
Certa manhã, umas crianças que se
chamavam Cecília, Felipe e João estavam passando
por um terreno abandonado. Lá dentro havia uma
casa abandonada e velha.

Então, as crianças decidiram que iriam


visitar aquela casa, que diziam que era
assombrada. Cecília resolveu finalmente ir à
casa de Felipe e à casa de João e eles foram
juntos ao terreno.
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Os três gostavam de aventuras e


se diziam muito corajosos.

Quando entraram no terreno, tiveram um grande


susto, porque o portão do quintal se fechou sozinho.
Então, já não estavam com tanta coragem... com
muito cuidado, andaram e chegaram à frente da casa
assombrada.
Cecília disse: __ Vamos entrar?
E todos concordaram.
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Quando entraram na
casa, porém, tiveram uma
surpresa:
A porta também tinha se
fechado sozinha. Eles ficaram
assustados e até subiram uma
escada que ia dar direto em
um quarto.

Ao abrir a porta com muito cuidado.


Viram algo que os deixou morrendo de medo...
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Eles viram uma família de fantasmas


que morava lá há muito tempo.

Mas, eles não eram malvados, só estavam protegendo


a família deles das pessoas que queriam lhes fazer mal.

O Jorge, um dos fantasminhas, contou


às três crianças o que tinha acontecido e por
que eles tinham ido morar naquela casa.
Os garotos ficaram amigos do Jorge e
nunca mais as pessoas comentaram que aquela
casa era mal assombrada.
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Camila Azevedo

A fada Naiara
Aconteceu nos tempos antigos, quando ainda
existiam reis e rainhas... Num belo dia, no Campo das
Fadas, uma fadinha que se chamava Naiara
estava voando pelo bosque onde todas as
fadas brincavam.
Mas, havia um lugar nesse bosque que ninguém
gostava. Nesse lugar, as fadas não andavam porque lá havia
uma fada malvada, que morava com vários fungos do mal.
Ela tinha muita inveja da fada Naiara, porque era a fada
mais bonita do bosque. A fada malvada, então, armou um plano
para seqüestrar a fada Naiara e lançar um feitiço para capturar a
beleza da fadinha. E assim foi...
Um dia, Naiara estava passeando pelo bosque com suas
amigas fadinhas, quando de repente ouviu um barulho. Eram os
fungos, eles a pegaram e levaram-na para a fada malvada.
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A fada malvada fez um feitiço e pegou toda a beleza de Naiara,


ela pensou que a partir de então ninguém mais poderia derrotá-la.

A fada Naiara ficou horrível, feia e sem seus poderes. E a Bruxa,


como não ia mais precisar da fadinha, mandou soltá-la bem longe dali.
Naiara ficou desesperada e pensou:
__ E agora? Só o beijo do príncipe mais belo
do bosque poderá quebrar todo o encanto...
Quando Naiara chegou de volta ao
bosque, todas as fadas começaram a voar e
saíram gritando pensando ser ela a fada malvada.
Mas Naiara tratou de acalmá-las e explicar tudo
o que havia ocorrido. Elas conversaram
bastante e resolveram ir em busca do príncipe
encantado que morava ali perto e era afim da
Naiara, para que ele pudesse beijá-la e
quebrar o encanto.
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As fadinhas foram buscar ajuda do príncipe e


deram sorte, pois o encontraram a caminho do bosque
das fadas. Ao ver as fadinhas espantadas, ele perguntou
o que estava havendo. E as fadinhas contaram tudo.
Então, ele aceitou dar um beijo em Naiara.

No momento do beijo quebrou-se o feitiço e ainda


deram uma lição na bruxa. Ela ficou mais horrível do que
nunca, e não entendeu o que havia acontecido, porque
pensava que o encanto não poderia ser quebrado.

Então, os fungos falaram:


__ É a força do amor, vossa malvadeza.
E a bruxa disse:
__Calem a boca, seus bobões!
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Ela tentou jogar um raio nos fungos, mas seus
poderes haviam acabado. Ela nunca mais poderia fazer mal algum. Com o fim
dos poderes da fada malvada, os fungos resolveram ir para o lado do bem.
Já que não havia mais problema, as fadas não
tinham mais o que temer. Então, ficou tudo bem. Deram
uma grande festa no bosque. Todos compareceram.

Durante a festa, o príncipe resolveu se declarar para Naiara.


Naiara também disse que gostava muito dele. O príncipe anunciou
o seu namoro com a fadinha...
Passado algum tempo, eles resolveram se casar. Foi o
casamento mais bonito de todo o bosque. Depois de muita
luta e esforço ficaram muito contentes. Passaram sua lua-
de-mel no lugar mais bonito do bosque.

E assim, foram felizes para sempre.

Alexandra Sousa
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Amor de mãe
__ Olá, mamãe! diz Mickael colocando a mochila
sobre a mesa. Sua mãe pensa que ele está chegando da escola.
__ Olá meu filho! Como foi na escola?
__ Ótimo! Tirei um 10 maravilhoso!
__ Que legal! Continue assim!
A mãe de Mickael não sabe que ele
foi reprovado com 1,5 em Artes e nem imagina que
o Policial da Família está a caminho de sua
casa.

__ Toc, toc...
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__ O quê? Posso lhe oferecer alguma


informação, senhor Policial?! exclama
alegre a senhora Silvana, mãe de Mickael.
__ Senhora, estou aqui para
conversar com a senhora sobre o
seu filho. Os pais são parceiros da
escola e o Mickael tem realmente nos
preocupado... A senhora pode,
por favor, chamar o Mickael
para que possamos conversar os
três juntos?
Quando o menino,
envergonhado, chega na sala,
o policial continua:
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__ Dona Silvana, seu filho tentou pular o muro da escola e
agrediu a Coordenadora que tentava aconselhá-lo. Além disso, tem tido dificuldades
em Artes, ele tirou 1,5 na prova. Já tentamos várias vezes conversar a respeito.
A mãe desmaia antes de o Policial terminar... Mickael, desesperado, corre
para socorrê-la, pensando que sua mãe estava morrendo.
Chorando faz-lhe um juramento: __ Amada mãe, não morra, por favor!
Eu te amo! Prometo que não vou mais mentir. Acorde! Buááá´! Buááá´!
O policial, imediatamente, chama a ambulância...
Depois de nove horas, a mãe acorda, decepcionada com o filho
que pensava ser o melhor do mundo. Mickael afirma que só queria
ser notado e respeitado e ouve do policial que para que isso ocorra
é preciso notar e respeitar as outras pessoas também.

Mickael,
Chorando arrependido,
pede perdão ao Policial
pelas vezes que havia agido mal
com ele. E ambos fazem as pazes...
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O policial lhe disse para pedir
desculpas as pessoas que ofendeu e agir respeitando a todos.

No dia seguinte, Mickael, a mãe e o amigo Policial foram à escola. Michael se


retratou com todos os colegas com quem havia brigado, também com o professor e
com a Coordenadora. Pediu, até, uma segunda chance para fazer os trabalhos e
recuperar a nota.
Todos aceitaram as desculpas de Meckael e ficaram muito felizes
porque finalmente ele estava entendendo o valor de respeitar o próximo.

Desde então, Mickael virou um


aluno nota 10 de verdade.
Passou a fazer parte da fanfarra
da escola e sempre fazia
apresentações com seus amigos.
O tempo passou, Mickael cresceu e se tornou um
médico excelente. Ele escolheu essa profissão
porque foi assim que salvaram sua mãe.
Joquebede Santos
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Já disse o poeta: Sonhar é preciso. Os alunos da Escola Berta Vieira de Andrade sabem
bem o que é isso. Neste livro, produzido em dois volumes, percebemos a importância dos
sonhos para garotos e garotas da 5ª e da 6ª séries que acreditam em um mundo melhor.
Este trabalho é uma pequena, mas consistente amostra do potencial desses alunos
fascinantes. Parabéns alunos. Sucesso!!!
Dr. Reginâmio Bonifácio de Lima
Professor e Escritor

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