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Uma história com sabor a chocolate

Era Natal, e eu andava a passear pelas ruas de Londres, cheias de neve. Quando viro uma
esquina chega-me ao nariz um doce cheiro a chocolate, olho para o lado e vejo uma loja de
chocolates. Uma loja com uma montra muito chamativa. Tinha a um canto uma pequena aldeia de
chocolate, mais para o lado um pasto com ovelhas com lã de enfeites, no centro uma cascata de
caramelo, lá ao cimo uma cadeia montanhosa de suspiros, mas disto tudo o que mais me chamava
à atenção era o caminho de tabletes que ia dar a uma floresta de rebuçados. No fim de apreciar
isto tudo, decido entrar na loja. Lá dentro cheirava a uma mistura de todos aqueles aromas dos
doces, mas também parecia que a mobília era feita de doces, as cadeiras eram de veludo
castanho a imitar chocolate, as mesas pareciam chupa-chupas e o balcão era uma perfeita
imitação de uma tablete de chocolate. Dirigi-me ao balcão e vi que estavam em exposição vários
tipos de doces, bolos e gomas. Quando pedi, o empregado disse-me:

-Sabe, ontem houve alguém que entrou aqui, mesmo depois do banco aí da frente ser roubado,
mas não roubou nada.

-Pode ter sido só para comer qualquer coisa disse-lhe eu a brincar - bem, pode pôr mais um
suspiro?

-Claro. Sabe, este mês é uma das primeiras pessoas a entrar aqui.

-Bem, deixe estar que se os seus doces forem tão bons quanto parecem eu volto mais vezes.

Fui para a minha mesa, mas fiquei a pensar no assunto do assalto. Ali em frente tinha ouvido de
manhã que o ladrão fora apanhado, mas não as jóias que este tinha roubado. Enquanto pensava
nisso, ia comendo os meus doces, e de repente mordo qualquer coisa dura. Tiro-a da boca e vejo
que é um rubi, mas não podia ser, por isso pensei que fosse um brinde. Comi outro e vi uma safira,
depois ainda mais um e encontro um diamante. Então pensei:

- Vou levar isto ali à ourivesaria "O Banco" para as verem.

Pensei e fiz. Saí da pequena lojinha e atravessei a rua. O que me disse o ourives fez com que eu
telefonasse à polícia e pouco depois estava tudo descoberto. As jóias que o ladrão tinha roubado
foram atiradas para a massa dos doces quando o ladrão entrou na lojinha para se esconder. E
como eu era a primeira cliente desde o assalto, calharam-me os doces com as jóias lá dentro. No
dia seguinte apareceu na primeira página do jornal a notícia dessa história com o cabeçalho
"Roubo Achocolatado". Depois disso, quando fui aquela loja tive que ir para a fila que dava uma
volta ao quarteirão. Agora sempre que quero oferecer um bom presente de Natal vou lá.

Bem é a isto que eu chamo uma história com sabor a chocolate.

Muitos chocolatinhos e adeus!

Inês Bebiano

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