Sei sulla pagina 1di 1

Fundação D.

Pedro IV tem de alienar casas


césar santos

Câmara defende denúncia do contrato entre o Estado e a Fundação

Fátima Mariano

A Fundação D. Pedro IV vai ser obrigada a realizar obras de conservação e de reabilitação do edificado dos
bairros dos Lóios e das Amendoeiras, em Marvila, Lisboa, e a alienar as casas deste último bairro aos moradores
que o pretenderem fazê-lo "com base em valores a definir".

Este são dois dos pontos que constam de um documento que o secretário de Estado do Ordenamento do
Território e das Cidades entregou, ontem, "sem margem negocial", à Fundação D. Pedro IV e do qual deu conta
aos moradores, ao presidente da Junta de Freguesia de Marvila, ao vereador da Habitação na Câmara de
Lisboa, Lipari Pinto, e aos representantes de cada força política com assento na Assembleia Municipal de Lisboa
numa reunião que se realizou durante a tarde.

Os moradores dos Lóios sentem-se injustiçados . "Achamos que deveríamos ter uma terceira oportunidade para
adquirir as nossas casas", disse, ao JN, João Santos, da Comissão de Inquilinos do IGAPHE no Bairro dos
Lóios, acrescentando que "não é boa solução o património continuar na posse da Fundação".

Quanto aos moradores das Amendoeiras, consideram que conseguiram uma "meia vitória". "Vamos ter
oportunidade de adquirir as nossas casas, mas ainda não sabemos em que condições", afirmou Carlos
Palminha, da associação de moradores.

O mesmo documento determina que o Instituto Nacional da Habitação (INH) e o Laboratório Nacional de
Engenharia Civil (LNEC) têm três meses para avaliar "o estado de conservação dos fogos para definição de
rendas apoiadas".

Vasco Canto Moniz, presidente da Fundação, diz-se disposto a aceitar estas decisões, tanto mais que o
secretário de Estado "se mostrou disponível para rever a lei sobre o preço da venda de habitações". No entanto,
avança com uma outra proposta, entregue anteontem à Câmara de Lisboa, como o JN noticiou a Fundação
disponibiliza-se para construir duas mil habitações em terrenos cedidos pela autarquia, com o dinheiro resultante
da venda das casas das Amendoeiras e das verbas dam candidatura feira ao programa ProHabita.

"As casas seriam posteriormente vendidas a custos controlados a funcionários municipais, a jovens e às pessoas
que estão na Câmara em lista de espera",explicou ao JN Canto Moniz.

A autarquia, porém, defende a denúncia do protocolo que existe entre o IGAPHE e a Fundação e que as
"associações de moradores assumam o encargo, num prazo de quatro anos, da requalificação" dos mesmos.

Potrebbero piacerti anche