A Menina Bonita
By Don Canaan and Shawn Graves
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About this ebook
Laura Bedrosian, 13 anos, é rapatada e o seu pai, Armen, paga o resgate, no entanto, exige recompensa. Nos vinte anos seguintes, ela paga a dívida permitindo que o seu pai tenha sexo com ela.
Laura teme fazer queixa ou tomar qualquer medida. Isso antes de ele contrair a doença de Alzheimer. Ela leva-o a uma feira do condado e aí abandona-o. A sua única identificação é um pedaço de papel a dizer “O meu nome é Larry”. Com esta nova liberdade, Laura tenta reunir as pontas soltas do seu passado.
Durante a investigação da detetive Liz Roberts para encontrar Laura, redescobre os segredos de há muito, no passado de Liz, segredos enterrados no fundo da sua mente. (Ouçam o lamento de Laura no vídeo grátis, “Ballad of a Pretty Little Girl”, disponível no YouTube).
O governador da Florida, Rick Scott, congratulou o autor e a AudioFile Magazine afirmou ser “um relato real dos desafios enfrentados pelos que cuidam de pessoas afetadas pela demência... não perde um detalhe nem quando o cenário trágico muda...(os leitores) vão sentir que estão numa montanha russa emocional à medida que a história se revela, pouco a pouco, até chegar a uma conclusão inesperada”.
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A Menina Bonita - Don Canaan
Nenhuma parte desta publicação deverá ser reproduzida, armazenada num sistema de memória sob qualquer forma, ou por quaisquer meios sem a autorização escrita prévia do respetivo detentor dos direitos.
Esta é uma obra ficcional. Todos os personages, organizações e eventos retratados neste romance são produtos da imaginação do autor ou usados de forma ficcional. Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência. Apesar de terem sido usados algumas localidades e alguns acontecimentos reais, os seus detalhes e as suas descrições físicas foram alterados. Outras localidades e/ou acontecimentos são puramente ficcionais.
Dedicatória
Aos meus filhos e netos. Sendo os meus filhos Kenneth Swerdlow, Tamar e Golan Canaan. Os meus netos são Matthew e Joshua Swerdlow, Rachel, Sarah e Brandon Swerdlow, Alexis Shelton, Aviad e Eden Canaan.
Outras Obras de Don Canaan
Israel News Faxx
Um índice de hiperlinkes para
peças de noticiário 1994-2017
––––––––
Conceived in Liberty
Uma viagem pelo tempo numa
versão alternativa da história dos Estados Unidos
––––––––
A Menina Bonita
Don Canaan & Shawn Graves
––––––––
A Menina do Papá
Don Canaan
Prequela dos livros 1 e 2
––––––––
A Giant Shadow
(infantil)
Don Canaan. Autor
––––––––
Horror in Hocking County
(crime real)
––––––––
Wayward Pines
Um guia não autorizado
Geneology for Children
- The Bronx Boy Discovers Invisible Ink -
––––––––
Memoir
- Gone is the Wind -
A viagem no tempo de uma criança pela fantasia
Capítulo 1
30 de junho de 1971
Isto foi a tua escolha, Janie
, disse a doutora à medida que espetava a agulha com perícia numa das veias de Janie.
Janie gritava de medo e de dor enquanto a agulha deslizava perfurava a pele. A doutora pressionou o embolo e o seu braço parecia que ardia. Ela tentou gritar, mas logo percebeu que não conseguia respirara. O seu peito doía-lhe e sentia-o apertado, interrogou-se se estaria a ser esmagada. A sua visão começou a ficar turva e o rosto da doutora começou a desvanecer. À medida que o seu coração parava, o último pensamento coerente que Janie teve foi Rachel.
***
Janie ajustou a bomba para o leite e suspirou de alivio. Apesar de a médica lhe ter dado uma injeção de qualquer coisa logo depois de dar à luz, o seu leite tinha começado a fluir uma semana depois da bebé nascer . Janie via os seu peitos cheios como um sinal de Deus.
No primeiro dia ela teve de espremer o leite à mão, debaixo do chuveiro de água quente e massajando lentamente cada um dos seus seios inchados à medida que observava os leitos brancos escorrerem pelo cano abaixo. Um desejo maternal tinha emergido quando ela segurou naquele pequeno corpo, morno, contra o seu peito logo a seguir ao parto. Mexeu com ela durante os dias solitários que se seguiram à adoção. Agora ferve em forma de determinação. Com certeza Deus quereria que ela mantivesse a sua bebé.
Devia ser essa a razão porque tinha leite apesar da medicação. No dia seguinte foi à rua e comprou uma bomba para o leite.
Janie ligou para a médica e disse-lhe que tinha mudado de ideias. Ela queria manter a bebé. A médica tentou desencorajá-la. Lembrou-a que ela queria dar a bebé para adoção porque queria que tivesse uma boa família e um lar estável. Salientou também que Janie tinha apenas 16 anos, sem meios para sustentar um bebé, e que não podia pedir ajuda à família. Mas Janie não se dissuadiu. Ela ainda tinha o dinheiro que a sua irmã que tinha dado. Tinha também o dinheiro do reembolso do bilhete de avião que a sua irmã pensava que a havia levado ao outro lado do país. Era o suficiente para se desenrascar com a bebé até encontrar um emprego, insistia Janie.
A cada dia que passava, os peitos de Janie produziam mais leite e a força da sua resolução aumentava. Ela queria a bebé. Durante as duas semanas seguintes ela ligou à médica todos os dias, depois duas vezes por dia, depois três vezes por dia. A médica disse-lhe que se ela rescindisse o contrato de adoção, se ela quisesse a bebé de volta, os pais adotivos iriam processá-la pelo dinheiro das despesas de saúde com ela e pelos gastos para a sustentar. Janie disse-lhe que não queria saber, que lhes pagaria de alguma forma.
Ao fim de duas semanas a discutir pelo telefone a tentar convencer a doutora, janie caminhou os cinco quarteirões até à clínica. A rececionista reconheceu-a, uma vez que Janie tinha sido lá paciente nos últimos seis meses, e sorriu para ela. Jessica era uma jovem, nos seus vinte e poucos anos, com cabelo castanho, comprido, que usava solto e lhe caía pela costas. Usava uma saia de algodão, até meio da canela como uma colcha de remendos, um colete a condizer e uma blusa branca. Uma fita no cabelo verde alface completava o seu ar de hippy.
Vejam se não é a Janie! Ainda não passaram seis semanas, pois não? Não tenho aqui nenhuma marcação em seu nome.
Não, eu não tenho nenhuma marcação
, disse-lhe Janie. Mas eu preciso de ver a Dra. Ellen. É... é muito importante.
Ó, devia ter ligado antes de ter vindo aqui, querida. A Dra. Goodman tem tudo marcado hoje... está sobrelotada, até. Não é uma emergência, pois não? Tem febre ou está com demasiado fluxo?
Não, não é nada disso. Eu... eu só preciso de a ver. Jessica, eu...
, Janie deu uma olhada pela sala de espera cheia de mulheres à espera, a maioria grávidas. Ela baixou a voz e aproximou-se. Mudei de ideias em relação a dar a minha bebé para adoção. Quero mantê-la. E preciso de falar com a doutora já.
Os olhos de Jessica arregalaram-se e alcançou o telefone. Deixe-me só ver se ela está no escritório, está bem?
Janie acenou e endireitou-se, respirou fundo equanto a outra mulher falava baixinho para o telefone. Por um momento, ficou em silêncio, a ouvir. Tudo bem, doutora
,disse ela e desligou o telefone. Ela diz que pode ir ao seu gabinete, mas diz que só tem uns minutos antes da próxima paciente.
Obrigada
, disse Janie aliviada.
À medida que percorria o corredor, Janie recordava estar sentada no gabinete da Dra. Goodman havia seis meses, a discutir a adoção de que agora se arrependia. Então, entrou no gabinete. A doutora estava sentada por trás de uma grande secretária de carvalho. Ela levantou-se e sorriu brevemente, os seus olhos cinzentos eram frios. O seu cabelo castanho-avermelhado estava apanhado num coque para impedir que a atrapalhasse enquanto trabalhava. Ela era alta e magra, tinha uma postura rigida e altiva. Ela usava uma bat branca sobre um vestido verde de mangas curtas. A Dra. Goodman indicou uma cadeira a Janie no outro lado da secretária.
Muito bem, Janie
, disse ela. "Só tenho um minuto. O que posso fazer por si?
É precisamente o que lhe tenho dito pelo telefone, doutora. Eu quero a minha bebé de volta.
A Dra. Goodman suspirou impacientemente. E tal como eu lhe tenho dito, não assim tão simples. Este casal fez planos para este bebé. Eles gastaram bastante dinheiro em produtos para a bebé, nos seus cuidados de saúde e no seu mantimento.
Eu pago-lhes de volta.
Você só tem dezasseis, Janie. Ainda nem terminou o liceu. Como pensa que lhes vai pagar de volta?
Eu... eu não sei. Mas é o que eu vou fazer. Eu sei que só vou conseguir pagar-lhes aos poucos, mas eu pago-lhes tudo de volta.
E se eles decidirem levar isto a tribunal? Como é que vai pagar a um advogado?
Os olhos de Janie encheram-se de lágrimas. Não sei. Mas farei o que for preciso para ter a minha bebé de volta. Talvez...
Ela hesitou, respirou fundo antes de continuar. Talvez peça ajuda ao pai da bebé. Ele tem dinheiro.
A cara da doutora franziu-se de raiva e inclinou-se sobre a secretária, as suas mãos bem assentes no mata-borrão. Janie encolheu-se para trás na sua cadeira. Ela nunca vira a doutora daquela maneira. Em todos os meses que cuidara de Janie ela tinha sido bondosa e gentil, demonstrando uma preocupação quase maternal no que dizia respeito ao bem-estar de Janie e da bebé. Esta mulher fria e zangada assustava a jovem adolescente.
Segundo me lembro
, dizia a doutora, o pai da criança é o seu cunhado.
Janie acenou com a cabeça sem palavras. E que idade tinha você quando começou a ter relações sexuais com ele?
Janie olhou para os seus pés à medida que as lágrimas jorravam e escorriam pelo seu rosto. Tre... treze.
E tinha quinze quando engravidou.
A Dra. Goodman fez uma pausa e olhou para ela severamente. Portanto, o seu cunhado é culpado de abusar de uma menor, algo que eu deveria, por lei, de reportar assim que veio até mim. A única razão por que não o fiz foi por preocupação consigo. Você não queria que ele, ou fosse quem fosse, soubesse da bebé. Você disse que queria que a criança fosse para um bom lar e depois queria ir para outro lugar recomeçar a sua vida. Foi isso que me disse, não foi?
Uma vez mais, Janie acenou com a cabeça sem olhar para ela.
Portanto, depois de ter arriscado perder a minha licença médica por si, agora quer arrastá-lo para isto? E acha que ele vai assumir a paternidade e ajudá-la a conseguir a custódia? Ele vai é estar demasiado ocupado a defender-se das acusações contra ele. É isso que quer, Janie? Você quer vê-lo na prisão? E quer ver-me a mim na prisão?
Não.
Janie tapou a cara com as mão e soluçava. Eu só quero a minha bebé
.
Você quer a sua bebé sem se preocupar com as consequências
. A Dra. Goodman ergueu-se e sentou-se na sua cadeira. "Você não está a pensar no sofrimento do casal ou no dinheiro que eles lhe pagaram. Não se preocupa em mandar-me para a prisão depois de tudo o que fiz por si. Não está a pensar em todas as outras mulheres que vão ficar sem médicos se esta clínica fechar. Não se preocupa em mandar o seu cunhado para a prisão ou com o que acontecerá à sua irmã. Nem sequer se preocupa por impedir a sua bebé de ter uma família estável e uma boa vida.
Eu acho que lhe está a passar algo ao lado, continuou a doutora.
Suponha que o seu cunhado não vai para a prisão? Ele tem dinheiro e grandes influencias. Talvez se safe apenas com um abanão. Acha mesmo que ele a vai ajudar a manter essa bebé? Ele tem um lar e uma família. Acha mesmo que vai ser assim tão difícil ele convencer um juiz que a bebé está melhor com ele do que com uma mãe adolescente que nem tem meios para se suportar a ela própria?"
Durante vários minutos, o único som naquele escritório era o de Janie a chorar. A Dra. Goodman tinha razão. Como é que ela poderia sequer pensar em combater o casal adotivo, ou mesmo o seu cunhado? Principalmente ele. Ela não podia deixá-lo ficar com a sua bebé preciosa. Talvez a devesse deixar ficar onde estava. Talvez fosse o melhor para ela.
Janie estava a sentir a sensação já familiar da lactação. Ela tinha posto uns protetores dentro do soutien para não molhar a roupa e ela conseguia senti-los húmidos à medida que os mamilos gotejavam o leite. Não, pensou ela. Ela não podia desistir agora. Este leite significava algo. Ela estava segura de que Deus lhe tinha enviado aquele leite porque era suposto ela ficar com a bebé. Se Deus tinha providenciado a alimentação daquela bebé, então certamente providenciaria tudo o resto. Janie só tinha que ser forte. Ela limpou o seu rosto molhado e olhou para a doutora.
Eu quero a minha bebé
, disse ela com firmeza e levantando-se. Eu quero-a e tenho a certeza de que Deus quer que eu fique com ela
. A doutora semicerrou os olhos e Janie resistia para que não demonstrasse o medo na sua voz. Eu conheço a lei, Dra. Ellen, eu li sobre adoção na biblioteca. Ainda não é definitivo e eu ainda posso mudar de ideias. É isso que estou a fazer, estou a mudar de ideias. Você não tem o direito de afastar a minha bebé de mim. Se não a recuperar e não ma devolver, eu vou à policia
.
A policia?
, perguntou a Dra. Goodman.
Sim. Eu li tudo sobe adoção e não creio que os papeis que você me fez assinar sejam sequer legais. Eu acho que você fez aquelas pessoas pagarem-lhe dinheiro pela minha bebé, e acho que não sou a única. Acho que vendeu a minha bebé e que o fez com outras raparigas, também. E se você não me devolver a minha bebé, eu vou contar à policia
.
A Dra. Goodman olhou-a fixamente por uns momentos, e depois a sua expressão suavizou. Sorriu para Janie e de súbito já não parecia assustadora. Voltou a parecer-se com aquela médica bondosa e carinhosa em quem Janie havia confiado todos aqueles meses.
Tudo bem, Janie. Vejo como está determinada e o quanto ama a sua bebé. Talvez vocês duas fiquem bem, afinal. Vou tratar disso e encarregar-me de trazer a sua bebé de volta
.
Quando?
perguntou ela sem fôlego.
Amanhã. Volte para o seu apartamento e eu tratarei de tudo. Amanhã trarei a sua bebé
.
Janie agradeceu a médica copiosamente e abandonou a clínica. No caminho para casa, parou para comprar fraldas e algumas mantas e roupas para a bebé. Ela não tinha a certeza do que necessitaria, mas pensou para começar já era bom. Afinal de contas, presumiu ela, certamente teria leite para alimentar a bebé.
Janie desligou a bomba e limpou-se, colocando o leite que tinha espremido em recipientes para ir para o frigorífico. Era o dia depois da sua visita à doutora. Hoje... ela quase que cantava em voz alta. Hoje ela teria a sua bebé nos seus braços de novo. Ela jurou que nunca mais permitiria que alguém as separasse de novo. Ela tinha estado a pensar em nomes, tentando decidir o que chamar à sua filha. Rachel estava no topo da lista.
Ela recordou-se das coisas que a doutora Goodman tinha dito no dia anterior sobre o seu cunhado. Ela tinha razão, ele não a ajudaria. Nem a sua irmã. Quando ele começou a abusar dela tinha-lhe avisado para não dizer a ninguém, principalmente a sua irmã. Ele tinha dito que ela não acreditaria em Janie e que ela acabaria por viver nas ruas sem sitio para onde ir. Ela sempre se interrogara se a sua irmã saberia o que ele andava a fazer. Quando Janie lhe contara que estava grávida, a sua irmã não lhe pareceu surpreendida e Janie pensou que ela devia saber.
A sua irmã avisou-a para não contar a ninguém da sua gravidez, principalmente ao seu cunhado. Tantos segredos, e Janie estava no centro de todos eles. A sua irmão arranjou maneira de a colocar num lar para mães adolescentes em Nova Iorque. Ela comprou um bilhete de avião... só de ida de Los Angeles para Nova Iorque. Também lhe comprou o bilhete de autocarro de Fresno para Los Angeles. Depois de o seu cunhado sair para o trabalho numa manhã, a sua irmã levou-a de carro para a estação de autocarros.
Ela nem esperou que Janie entrasse no autocarro. Ela disse para lhe ligar depois de aquilo
ter sido adotado, depois ela enviara um bilhete para Janie regressar a casa. Deu-lhe algum dinheiro e foi-se embora, deixando Janie em frente à estação de autocarros com as suas malas. Ali ficou a ver a sua irmã afastar-se, e de repente sentiu encher-se de raiva e humilhação. Ela não ia voltar para aquela casa para voltar a ser usada por ele e ignorada pela sua própria irmã. Ela também não iria para Nova Iorque, e ela não queria mesmo o bebé dele. Janie já tinha ouvido rumores sobre a Dra. Goodman e que ela podia ajudar raparigas como ela.
Ela dirigiu-se a uma cabine telefónica e chamou um táxi para a levar até à clínica da Dra. Goodman. Ela chegou carregada com as suas malas e sem consulta marcada, mas Jessica tinha-a assegurado de que a doutora havia de arranjar maneira de a atender. Antes de ser examinada, Janie sentou-se no gabinete da Dra. Goodman, tranquilizada pela simpatia que a doutora emanava e pela sua indignação pelo abuso que Janie tinha sofrido do seu cunhado.
Discutiram quais as opções. O aborto era legal, mas a doutora insinuara que poderia ser feito à mesma. Janie tinha demasiado medo de todas as histórias que tinha ouvido de mulheres que morreram nessa situação, por isso essa hipótese descartou-se. A Dra. Goodman disse-lhe que poderia dar o bebé para adoção em privado, e inclusive ofereceu-lhe um luar onde ficar até dar à luz.
A ideia do bebé, o bebé dele, ser adotado em Fresno soou-lhe apelativo. Ela ir-se-ia embora, ela tinha uma amiga em Washington que já tinha dezoito anos e Janie tinha a certeza de que ela a receberia e a deixaria ficar com ela. Mas aquele bebé ficava aqui, cresceria por perto. Talvez até fosse adotado por alguém que conhecesse a sua irmão e o seu cunhado. Eles podem ver o bebé crescer e nunca saber que é dele. Ela disse à doutora que queria dar o bebé para adoção.
Durante a gravidez ela viveu no apartamento que a Dra. Goodman lhe tinha providenciado. Havia três apartamentos de seguida, todos propriedade da clínica para mulheres da Dra. Goodman. Ela dissera a Janie que eram para raparigas como ela, sem lugar para onde ir e sem ninguém para as ajudar. Ela tratava das raparigas e os pais adotivos pagavam as despesas até elas darem à luz. A doutora tratava de tudo certificando-se de que as raparigas tinham uma alimentação saudável e insistia para que dessem passeios diariamente. Era-lhes permitido lá continuarem até fazerem o check-up das seis semanas e a doutora lhes dissesse que já tinham recuperado.
Cada um dos apartamentos era pequeno, tinham uma pequena sala de estar, uma pequena cozinha, três pequenos quartos e uma pequena casa de banho. Eram simples e com poucos móveis e todos em segunda mão. Tinham paredes brancas, uma carpete beije. Havia uma televisão em cada apartamento, tal como uma seleção de revistas e alguns livros... muito parecido com a sala de espera da doutora. Cada quarto tinha uma cama de solteiro e uma pequena cómoda.
Já tinha havido outras raparigas a viver no apartamento quando Janie se mudou para lá, uma no dela e outras duas, uma em cada um dos outros apartamentos. Mas já todas tinham tido os seus bebés e já não estavam lá, deixando Janie sozinha. Ela não queria a bebé, a bebé dele, quando se mudara para lá. Mas à medida que a sua barriga crescia e ela sentia a bebé mexer-se lá dentro, começava a arrepender-se de nunca a poder vir a conhecê-la. Quando a viu